Eu havia acordardo não muito tarde. Dei um leve bocejo e me virei, sussurrando: "Rih, você acordou?" mas para minha surpresa, ao me virar, ela não estava lá.

Eu não suportei isso. Ela havia falado com todas as letras que ia ficar e dormir comigo, sendo que ela disse que ia desmarcar os eventos á tarde. Ela descumpriu uma promessa.De repente, um barulho de metal ao cair no chão, me fez estremecer. Fui correndo ver o que era isso.

— Ah, desculpa, lhe acordei? Não era a intenção, queria fazer um café da manhã surpresa, mas quando terminei de fazer e fui guardar a frigideira, ela caiu da minha mão suja de manteiga, enfim... — Ela se virou e pegou uma bandeja com waffles por cima da bandeja, e apontou-a para mim com um sorriso. — Surpresa!

Eu abri um sorriso, seguido de uma leve risada.

— Essa é a Rihanna de ontem... que estava na minha cama? — falei rindo — Desculpa, mas você parece tão... alegre.

— Dupla personalidade. Eu já devo ter cantado algo sobre isso, em algum álbum. — Rihanna riu.

— Eu sei que você cancelou seus eventos... Mas eu tenho a porra de sessão em um estúdio para finalizar o meu álbum. Sinto muito... — Rihanna me interrompe rapidamente.

— Eu... Eu entendo, e além do mais, eu não cancelei todos os projetos importantes. — Ela abriu um sorriso.

— Obrigado Riri, você é importante pra mim. Você sabe disso. — Eu sorri para ela.

— Agora, eu tenho que ir, Kesha. E você tem que ir providenciar sua ida ao estúdio. — falou

— Tchau. Divirta-se lá, seja aonde for. — Por um momento eu pensava que íamos se beijar, mas apenas nos abraçamos.

— Cuide-se aí! — E lá se foi, por trás da porta a mulher com quem eu transei com ela ontem a noite sem compromisso.

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Assim que eu entrei no meu carro, antes de dar a partida, eu chorei. Eu não tinha certeza sobre o porquê do choro, mas era óbvio que não era algo bom. Provavelmente por conta de ontem a noite.

Eu o traí.

Isso não sai da minha cabeça. Eu fui para cama com uma garota na qual eu acho que estou concretizando sentimentos, sendo que namoro secretamente um cara que eu sei que me ama muito. Só não sei se eu ainda o amo.

Fruto de uma briga idiota. Por um motivo idiota, talvez. Da minha parte, ou até mesmo da dele. Tudo por um cara que existiu na minha vida apenas para foder tudo. Ele tem nome: Chris Brown.

Por causa dele, tive a tentação de ir pra cama novamente com uma mulher. Ele me fez trair Drake. O porquê? Porque eu ainda estou presente na vida dele, mas ele não está presente na minha. Ele ainda me ama. Mas eu não o amo.

Então ele colocou coisas na cabeça do meu namorado. E ele acreditou. Acreditou em tudo. Drake não confia mais em mim, e agora não tem mais motivos porque eu o traí, por um incrível tentação.

E ainda estou partindo mais um coração: o de Kesha. O que eu menos quero partir. Ela não merecia estar nisso, ela não merecia. Era apenas uma amizade, nem íntima era. Mas agora eu estou iludindo ela.

Mais lágrimas, e mais lágrimas.

Eu queria me matar. Eu só sirvo para fazer merda com todo mundo. Que bosta de vida!

Comecei a dirigir, antes que Kesha saísse do banho. Não queria que ela soubesse que eu ainda não havia saído da casa dela.

Fui seguindo ainda em lágrimas, até meu celular tocar: era Drake.

— Alô? — eu preferi fingir que não sabia quem estava falando.

— Alô, Rihanna? Aonde você está? Aonde você dormiu? — ele perguntou com uma voz notavelmente irritada.

— Uma pergunta de cada vez: eu estou em um carro, e dormi na casa da Melissa. — falei, tentando esconder rastros de choro.

— Mas que estranho... Eu ligue para ela e ninguém atendeu... — falou Drake com desconfiança.

— Eu não deixei ela pegar o celular. Estávamos vendo filme. — menti.

— Qual filme? — ele perguntou.

– O Guarda-Costas. — respondi sem hesitar.

De repente a outra linha ficou totalmente muda. Só ouvi alguns barulhos de coisas quebrando e vidraças caindo. Então, um alto barulho de buzina soou, seguido de um barulho muito grande ao meu lado, e então fui jogada para o banco do passageiro, como se voasse, até encontrar o chão. Quando eu percebi o que havia acontecido, eu já estava inconsciente no meio do asfalto.