BELLA

Eu estava estacionando o carro numa garagem, de alguma forma eu sabia que tinha que entrar naquela casa, nunca a tinha visto na minha vida. Só que ela me pareceu minha de alguma forma.

Entrei por uma porta perto da onde eu estacionei, admirei a casa, enorme e linda. Tinha fotos minha e de minha família até na cozinha! Éramos felizes, Edward sorria em todas elas. Nessie e a criança em algumas da sala, a diferença de idade se perdendo em alguma delas, ela parecia uma adolescente já, linda!Edward teria muito trabalho.

- Mãe... – a voz mais doce do mundo. E eu fiquei feliz em vê-lo.

- Demorou para chegar.

- Me diga uma coisa, quando estou aqui é porque passei mal? Da última vez...

Ele riu.

- Não, só esta sonhando digamos assim.É a única forma que consigo fazer a conexão sem você cair ou desmair, se te chamasse acordada seria isso que aconteceria.

- Hum... interessante.

- Como isso vai acontecer quando não estivermos mais tão ligados?

- Sempre estaremos ligados mãe. – a certeza dele me fez sorrir.

- Está com fome? – perguntei preocupada.

- Um pouco, mas você já vai comer. Olha, preciso de um favor.

- Qual?

- Diga sim.

- Do que você está falando?

- Diga sim na hora certa por favor.

- Tudo bem.-  A criança parecia um pouco preocupada – o que foi?

- As coisas vão mudar mãe, mas vai ser para melhor.

- Tudo bem. – queria passar confiança para ele, mas sem saber do que se tratava ficava difícil.

- Vou lá, estou com sono. Isso me cansa sabia?

- A mim também.

Com um beijo ele se foi.

- Bella, acorda minha querida. Edward já está chegando e preciso que você faça uma coisa para mim sim?

- Alice... – eu ainda estava desorientada.

- Bella, acorda.

- Oi. – me sentei na cama.

-Vocês vão jantar fora, ele me ligou, te chamou para sair. Eu aceitei.

- Hum..não me sinto tão bem Alice.

- Você vai ficar bem!

- preciso ir na cozinha, comer...

- Nem pensar! Tome banho e trago a comida.

Alice estava estranha, ela me ajudou no banho me vigiou comer e não me deixou sair do quarto, me arrumou e maquiou. Coloquei um vestido azul curto e corei quando me vi no espelho do closet.

- Isso é demais para um jantar não acha?

- Comigo é sempre assim!

- Bom, quando ele bater na porta você abre, antes disso fique aqui sim?

- Tudo bem.

Ela estava mais maluca que o normal. Resolvi não contrariar ou seria esquartejada.

Uns minutos depois Edward bateu na porta. Eu estava de costas olhando para a janela, admirando a noite.

- Entre. – e quando virei ele estava lá. Lindo, arrumado como para uma festa. – Se possível meu coração bateu mais acelerado. Fiquei nervosa.- Vamos em que restaurante? – ele sorriu maliciosa.

- Vem.

Sai do quarto e vi o corredor com flores vermelhas no chão, um caminho de rosas até a mesa redonda com flores, mais flores. Estava lindo, perfeito, a luz da sala estava meio apagada sendo iluminada pelas velas espalhadas pela sala. O aroma era tranqüilizante. Eu estava em êxtase antes mesmo dele me tocar.

- Bella, hoje eu fui buscar uma coisa que foi de minha mãe e que merecia não estar mais guardada, mas no seu dedo.

Meu coração acelerou. Ele se ajoelhou e a caixa apareceu nas mãos.

- Casa comigo.

Nessa hora eu fiquei tonta. Fechei os olhos e ouvi a criança. “diga sim”.

- Sim, eu aceito.

Ele colocou o anel delicadamente nos meus dedos e eu vi o anel delicado, antigo, cheio de brilhantes e oval. Admirei ele alguns segundos depois ele me beijou.

- Obrigado, você acabou de me fazer o homem mais completo do mundo.

E o beijo começou lento, delicado, mas eu senti a necessidade e aumentei o ritmo, queria mais. Queria ele, em mim como nunca quis antes. Parecia algo urgente. E sorri quando ele começou tirando a blusa e me olhando de forma maliciosa. Sentei no sofá, começaríamos ali e poderíamos terminar onde quiséssemos. E assim foi, ele me levou para o banheiro e já sem roupas percorremos o corpo um do outro com nossas mãos e gemidos a cada beijo. Nessa hora senti ele entrar e soltei um grito de prazer, Edward gemia enquanto investia devagar, eu queria mais.

- Vai... vai... – eu supliquei por mais.

- Não, temos a noite inteira e vamos aproveitar cada segundo.

E assim ele fez, devagar, não me deixando chegar ao clímax, me beijando e me tendo inteira, entregue e me fazendo feliz.

Não sonhei com a criança,poderia dizer até que senti saudade de conversar com ela. Ela era linda, a cópia perfeita  de mim,  não sabia como seria quando bebê,mas ao crescer teria mais de mim do que Edward. Eu a amava um amor profundo... um amor reconfortante. Ainda de olhos fechados percebi que Edward já não estava mais ao meu lado e abri os olhos, estava de camisola, ele provavelmente me vestiu porque eu tenho certeza que dormi depois... depois de que fizemos amor pela segunda vez na cama. Tomei cuidado, estava um pouco tonta, e fui andando pelo corredor e nada do que tinha lá estava mais. Só um grande buquê de flores vermelhas com um cartão branco em cima da mesa. Sorri e pensei em Edward, me aproximei curiosa, não encontrei a letra de Edward.

“ Sra. Cullen, parabéns pela felicidade e pela chegada de mais um componente de sua família. Devo dizer que agora vou ter prazer de retornar. Curta e aproveite cada momento, até o fim. V”

O cartão caiu de minhas mãos e uma tonteira me tomou.

“ não mexa nas flores”- Era a voz da criança.Eu estava quase no chão quando senti as mãos de Edward em minha cintura.

- Edward... – minha voz fraca.

- Vamos para o quarto. – a voz dele era tensa, dura. – Alice se livre das flores!

- Alice.. – ela estava lá? Como?

Ele me ajudou a deitar e eu acho que desmaiei.

- Você disse que não faria isso quando eu estivesse acordada. – briguei com a criança.

- As flores estavam envenenadas. O cheiro era quase insuportável.

- Não senti...

- Era muito fraco para seu nariz.

- Hum... mas quem? Meu Deus... Os Volture?O que nós fizemos?

- Mãe... precisamos descansar. Não vamos ficar tirando conclusões. Acho que papai vai cuidar disso.

- Era essa a ameaça?

- Precisamos ser fortes, vamos enfrentar um desafio grande e precisamos realmente descansar.Agora não se preocupe, ele vai nos proteger, vai cuidar de nós.

O sonho acabou e eu entrei em um sono profundo.