Dentro de Mim escrita por Milady Sara


Capítulo 9
Quase lá


Notas iniciais do capítulo

Oi povo!! Mutcho bem, o cap hj é dedicado aos aniversariantes da semana Jennifer e Thiago e pra mim q tbm sou filha de Deus e faço niver no domingo!
Saporra ta ficando mto romantica vou começar a colocar porrada e sangue ,-,.



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“ Talvez eu não te abracei
Todos aqueles momentos solitários
E eu acho que nunca te disse
Que sou muito feliz por você ser minha
Se eu fiz você se sentir a segunda melhor
Garota, eu sinto muito, eu estava cego

Você sempre estava em meus pensamentos
Você sempre estava em meus pensamentos.”

"O beijo é o toque de duas bocas que se calam para ouvir a voz do coração."

“Hoje eu tô sozinha
E não aceito conselho
Vou pintar minhas unhas e meu cabelo de vermelho
Hoje eu tô sozinha
Não sei se me levo ou se me acompanho
Mas é que se eu perder, eu perco sozinha
Mas é que se eu ganhar
Aí é só eu que ganho.”

“Nas ruas de outono
Os meus passos vão ficar
E todo abandono que eu sentia vai passar
As folhas pelo chão
Que um dia o vento vai levar
Meus olhos só verão que tudo poderá mudar.”

Mutano POV

Embarcamos na nave quase uma hora depois, Ciborgue rastreava Ravena a cada segundo. Não levamos muitos suprimentos porque era para ser uma viagem rápida. Ir para a Eslovênia, achar Rae, amarrá-la, jogá-la no porta-malas e voltar para casa.

A viagem era longa, afinal a Eslovênia não é ali na esquina. Só não conseguia entender o motivo daquilo tudo. Custava ela ter nos explicado direito? Sempre escondendo o jogo... SE isolando... Mas o que se podia esperar dela?

Olhei para os outros em suas cúpulas. Estelar estava dormindo, Robin pilotava a nave (sem necessidade, pois temos piloto automático). Ciborgue decodificava os dados que eram transmitidos pelo rastreador. O lugar de Rae é lógico, estava vazio.

Parecia um passado distante quando estávamos todos serelepes e felizes (não necessariamente serelepes ou felizes, mas você entendeu), Robin quebrando a cabeça para fazer uma declaração de amor para Star (e-c-a) e de não pensava no mais óbvio, serenata. E depois do conselho ainda me pediu para tocar porque ele não tem o mínimo talento musical.

Desatei meu cinto, coloquei os pés em cima dos controles, me recostei e olhei a paisagem. Oceano. Ó que emocionante. Águas azuis e calmas... Aquilo me deu sono.

Ravena POV

Saímos do banco depois de trocar meu dinheiro. Me senti envergonhada de ter pedido ajuda para Patrick, mas era melhor do que andar pela cidade como a turista desinformada que sou.

Estávamos na porta do banco um de frente para o outro.

– Bem, para chegar à rodoviária você só tem que descer essa rua. – ele disse apontando para a esquina. – Direto, não tem erro.

– E você?

– A casa dos meus tios é pra lá. – ele apontou para a esquina atrás de mim, oposta a que eu deveria seguir. – Não fique assim. – ele diz em tom descontraído. – Nunca daria certo entre nós mesmo.

Ótimo, outro piadista.

– É mesmo? – digo arqueando a sobrancelha. – Por que pensa assim?

– Acho que não funciona quando o herói é a garota.

– Muito machista da sua parte. – ele riu.

– Mulheres já fazem coisas demais para se manterem de tirar o fôlego. Não tem tempo para caras como eu. – dei uma risada leve, e ele me lançou um sorriso.

Então ele aproximou a mão do meu rosto e segurou meu queixo. Fiquei estática na hora. Logo ele começou a se aproximar e quando estava perto o bastante, fechei os olhos.

Patrick me beijou.

Não foi como um daqueles de cinema, só um beijo leve e bem... Carinhoso. Continuei de olhos fechados quando ele se afastou.

– Adeus, Raven. – pude ouvir seus passos atrás de mim, quando finalmente me virei, ele já dobrara a esquina. Segui meu próprio caminho.

Enquanto caminhava, muitos pensamentos ecoavam na minha cabeça, mas não conseguia me focar em nenhum. Nessa hora, minhas lindas e irritantes emoções voltaram, mas graças aos céus dessa vez elas não estavam gritando.

Hm... O que foi isso dona certinha? – disse Feliz. – Senão conhecesse você diria que estava rolando alguma coisaaaaaaa.

Maravilha. Vocês voltaram.

Há! Achou que ficaríamos longe por muito tempo? – perguntou Valente.

Tinha minhas esperanças.

Você devia ir atrás dele. – disse Afeto.

Para que? Para matá-lo, como quase fiz com Estelar? Além do mais ele gosta de uma garota.

É, mas foi você quem ele beijou sua idiota! – disse Rude.

Isso não vem ao caso. Ele ainda gosta dela, mas, pelo menos a tirei da mente dele por um tempo. E para o bom de todos, é melhor eu não me desviar do meu objetivo.

Ora, ora, ora, Ravena – disse uma voz arrogante. – Por que esse desespero? Medo de mim? De que eu assuma?

Não... Primeiro a outra e agora você! Ela eu até aguento, mas... O que aconteceu com as barreiras?!

Infelizmente elas ainda existem. Isso que está acontecendo fortalece mais você do que nós, mas sabemos que eu sou a mais forte. Não pode me manter aqui para sempre.

Quer apostar?

Não entre numa luta que não tem como vencer. – depois disso ela se calou.

Mais cedo ou mais tarde você vai ter que tomar providências. – disse Conhecimento. – Elas vão se pronunciar cada vez mais.

É... Eu sei...

Cheguei à rodoviária, comprei uma passagem para Bovec (ainda bem que aquela mulher sabia falar inglês) e em 20 minutos estava no ônibus. Dessa vez não apareceu um deus grego para puxar assunto comigo. A viagem levaria algumas horas, olhei pela janela e comecei a apreciar as paisagens (claro que estava na janela, não dispenso esse privilégio).

Lembrei novamente da serenata de Robin, e inevitavelmente de algo que aconteceu naquela mesma noite.

Flash Back On

Não sei exatamente que horas eram, mas era bem tarde da noite. Eu havia levantado para beber um pouco de chá e estava na frente da janela. Fazia isso quase todas as noites, me ajudava há pensar um pouco. Usava uma camisola com robbe por cima.

De repente, sou abraçada por trás.

Antes que eu pudesse explodir os miolos de quem quer que fosse, notei que eram braços verdes que me envolviam. Só pode ser piada.

– Mutano... O que pensa que está fazendo?

– Só... Apreciando a vista. – ouço um sorrisinho em sua voz, li sua mente. “Ela não me matou, ponto pra mim.”. Morri de rir. Por dentro.

Permanecemos assim um tempo.

– Por que isso? – pergunto.

– Bem, já que não tem ninguém aqui para assistir – ele aproximou os lábios da minha orelha. – Achei que valia a pena correr o risco. – me arrepiei com aquilo.

– Pode... Parar com isso?

– Hm... Não. – ele encosta a cabeça no meu ombro. Ele estava sem camisa, só de calção. Ah meu pai...

Achei melhor não começar uma briga, primeiro porque era muito tarde.Segundo, porque, odeio ter que admitir (sério, odeio mesmo), mas até que eu estava gostando daquilo. Continuamos assim, e olhando para a janela.

– É muito linda. – ele quebra o silêncio.

– Sim. A visão da lua daqui é fantástica.

– Ah! Eu não falei da lua. – senti meu rosto esquentar enquanto enrubescia. Sorte as luzes não estarem acesas.

– Tudo bem, agora chega. – digo tentando me desvelhenciar dos braços dele.

– Hã? Mas por quê?

– Eu disse chega Mutano! – abro os braços com força fazendo-o me soltar. Vou em direção à escada, mas ele segura meu braço.

– Não tem ninguém aqui para fingir Rae. – fiz uma cara séria.

– Quem está fingindo? – puxo meu braço e ele me solta.

Voltei para o meu quarto.

Flash Back Off

Mutano POV

Acordei com a voz macia e sedosa de Ciborgue nos fones.

– Acorda ae verdinho! Tá na hora! Chegamos! Levanta vagabundo! – tive vontade de mandar tomar naquele lugar, mas me contive.

Tinha sonhado com a noite em que eu, bem... Tive um momento com Ravena. Sou muito masoquista em lembrar daquilo.

Lata Velha ainda rastreava Rae, ou pelo menos, era isso o que pensávamos. Acabou que o pontinho piscante nos levou a um depósito de lixo de aviões, ou seja, lá o que aquele lugar nojento for.

Agora, estávamos do lado de um restaurante, perto de uma feira orgânica. Robin e Ciborgue discutiam.

– Como eu ia saber que ela jogou o uniforme fora? – berrou Ciborgue.

– Isso não é importante! O importante é nos comunicarmos com alguém aqui, mas você não terminou aquele tradutor portátil! – berrou Robin de volta.

– Er... Robin, quem sabe eu poderia... – disse Estelar. Ela ainda tinha aquela habilidade de aprender idiomas por contato labial. Era nossa melhor opção, mas quem disse que Robin queria isso?

– Nem pensar Estelar. – Robin disse firme.

– Mas...

– Por que você não terminou aquela porcaria? – ele se virou de volta para Ciborgue, ignorando Star.

– Eu estava trabalhando nele, mas você me deu aquele ultimato para eu terminar logo o aparelho que identifica criminosos pelo rosto, por isso! Mas eu posso traduzir do polonês para o russo se você quiser.

– Como se isso fosse ser útil... – Robin pareceu minimamente culpado. Suspirei e disse:

– Pelo visto eu que vou ter que cuidar da situação. – todos me olharam incrédulos. – Qual é pessoal, mais confiança em mim, por favor.

– O que você vai fazer? – perguntou Estelar.

– Seguir o rastro dela.

– Mas um dos nossos problemas é justamente esse! Não tem rastro para seguir! – gritou Robin quase histérico.

– Ai ai chefe... Existe mais de um tipo de rastro. – ele me olhou curioso. – Observe.

Inspirei profundamente, expulsei o ar do nariz, fiz isso cinco vezes até conseguir o que queria. Em meio a um mar de cheiros, encontrei um em particular, familiar para mim. De lavanda, ela tinha estado ali. Comecei a fungar para não perder o aroma.

Corri seguindo o cheiro, os outros vieram atrás de mim, me chamando de cara verde muito drogado. Acabei indo parar na frente de um banco, funguei algumas vezes o ar.

– Perdi... – murmurei.

– Um banco? Por quê? – perguntou Estelar.

– Talvez para trocar dinheiro, dólares não devem ser aceitos por aqui. – disse Ciborgue.

– Tá, mas, o que fazemos agora? – digo.

– Nos comunicamos. – disse Robin.

– Como? – Robin olhou para Ciborgue, que levantou as mãos.

– Não olha pra mim. Já disse só de polonês para o russo.

– Talvez eu pudesse... – tentou Estelar.

– Não Estelar!

– Robin, é o único jeito.

– Não! Não mesmo! Nem pensar!

Então começamos uma briga pra convencer Robin a deixar Estelar dar um selinho em um estranho. Todos contra Robin!

– Ok, então vamos achar alguém para traduzir. – propus.

– Quem?

– Aquele cara não parece americano? – digo apontando para o lado fazendo Robin se virar. Ciborgue colocou a mão no rosto dele e o fez inalar gás sonífero. Ele se contorceu, mas caiu inconsciente, Cabeça de Lata o segurou pelo braço. – Muito bem Estelar, manda ver.

Estelar correu até o outro lado da rua, agarrou um cara loiro que passava pelo pescoço e pressionou seus lábios contra os dele. Olhamos Robin babando inconsciente, pobre garoto. Star largou o cara confuso e voou de volta para nós.

– Pronto. – ela diz. Ciborgue faz Robin inalar outro gás e ele acorda. – Desculpa Robin.

– Ravena vai me pagar caro quando isso acabar. E vocês dois também!

Entramos no banco e fomos perguntar a mulher lá dentro, mostramos uma foto de Ravena (uma das três) e ela pareceu reconhecê-la.

– Hm ... Spomnim se. Prišla sem prej izmenjali nekaj dolarjev v evre s svojim fantom.*

– O que ela disse? – pergunta Cabeça de Lata.

– Disse que Ravena veio aqui trocar dinheiro com... O namorado. – opa. Como é tia?

– Como assim namorado? – digo um pouquinho nervos.

– Ali ste prepričani, da je bil njen fant?** – disse Estelar para a mulher.

– Bil je zelo lep fant in se zdi, da je zelo blizu. Sta se poljubljala zunaj, vendar pa ji je sledil v eno smer in drugo.***

– É... Ela disse que eles se beijaram lá fora, embora tenham ido em direções diferentes. – será que eles me emprestam as filmagens da câmera de segurança para eu matar esse infeliz?

– Tá vendo como é bom? – Robin diz para mim. Olho para ele confuso. – Mais alguma coisa? – ele diz se voltando para Star.

– Ali veste, kaj drugega?****

– No, jaz nisem zelo tekoče govori angleško, vendar se je zdelo, da so se pogovarjali o čemer avtobus iti v drugo mesto. *****

– Falaram alguma coisa sobre ônibus.

– Rodoviária! Mutano, aqui deve ter muito cheiro da Ravena, pode achar de novo? – assenti. O ar condicionado mantinha o cheiro mais tempo. Funguei um pouco e logo saí correndo, não perderia o rastro de novo, Star gritou o que deveria ser um “obrigada” para a senhora e correu atrás de mim com os outros.

Robin estava certo, o rastro dava em uma rodoviária. Perguntamos por Ravena lá também.

– Oprostite, ker motim, ampak kdaj videli to dekle? Ona je naš prijatelj in iščemo za njo. ****** – disse Estelar mostrando a foto de Rae para a mulher das passagens.

– Hm ... Vi ja.Dekle z vijolično lase. Kupil je karto do Bovca nekaj časa. *******

– Ela foi para... Bovec.

Agora falta pouco.




Hm... Lembro-me dela. Ela veio aqui mais cedo trocar alguns dólares por euros com o namorado.*

Tem certeza de que era o namorado dela?**

Era um rapaz bem bonito e eles pareciam ser bem próximos. Beijaram-se lá fora, mas ele seguiu em uma direção e ela na outra.***

A senhora sabe de mais alguma coisa?****

Bem, não sou muito fluente em inglês, mas me pareceu que eles falaram sobre pegar um ônibus para ir para outra cidade.*****

Desculpe incomodar, mas, já viu esta garota? Ela é nossa amiga e estamos procurando por ela.******

Hm... Vi sim. A garota com cabelos roxos. Comprou uma passagem para Bovec faz algum tempo.*******


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Notas finais do capítulo

Ah, fiz um ask fm! Quem quiser mandar uma pergunta ó - http://ask.fm/SBaudelaire
Bem galerinha, tou tendo uns problemas pessoais aqui, vou tentar continuar postando nas sextas mas eu não posso prometer nada :/.
Como presente de aniversário me mandem mtas reviews :3.