Bad Reputation escrita por Camilla


Capítulo 7
Capítulo 7 - Agora é minha vez...


Notas iniciais do capítulo

Este é dedicado a minha princesinha Ste!!! Que me faz rir todos os dias com as suas maluquices hahahaha te amo sua linda ♥



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Me arrumei no banco do passageiro, peguei meu lanche e comecei a comer. As casas passavam com rapidez pela minha visão, aquilo era delicioso, o fato de eu não conseguir enxergar devido a velocidade do carro.


– Josh... – limpei minha boca que estava um pouco suja – Eu preciso ir para casa...


– Precisa mesmo? – sua cara de piedade não me comoveu.


– Sim eu preciso! – dei mais uma mordida no lanche ficando com a boca cheia – Você vai sobreviver sem mim.


Em questões de minutos eu já estava na porta da minha casa, Josh parou o carro devagar e desligou o motor. Me olhou, sorriu, acariciou meu rosto e não disse nada. Abri a porta do carro e sai.


– Sophie – me chamou assim que fechei a porta, olhei para dentro vendo o garoto sorrir.


– O que? – perguntei curiosa.


– Antes de você deitar... Da uma olhada no espelho, isso vai te explicar bastante coisa. – ele piscou e arrastou os pneus pelo asfalto


Foi um comentário um pouco esquisito, eu ignorei, estava cansada demais para raciocinar. Entrei em casa com cuidado pois não queria acordar ninguém, subi até o meu quarto e me joguei na cama dormindo do jeito que eu estava.

A luz do sol bateu forte em meu rosto queimando minha orelha, puxei o cobertor para cima do rosto e resmunguei com a boca abafada no travesseiro. Minha cabeça ardia como se estivesse queimando. Levantei irritada, odeio acordar quando ainda estou com sono, corri para o banheiro e tomei um banho gelado, por mais estranho que isso pareça, a agua fria me acalma nessas horas.

– Quem está ai? – escutei baterem na porta – Eu vou entrar! – Elisabeth entrou no banheiro com rapidez.

– Como quem está aqui vó! Sou eu sua neta, que mora aqui, e que esta no próprio quarto – ela me olhava confusa.

– Como você veio para casa? Nós íamos te buscar no hospital! Como que você está aqui?

– Ai vó relaxa! Meu amigo me trouxe, eu estou bem não tem nada fora do normal aqui – fitei seus olhos e vi as pupilas se dilatarem. Elisabeth permaneceu alguns segundos calada.

– É verdade minha filha, sua vó é muito esquecida – ela sorria enquanto me entregava uma toalha – Você não tem aula hoje?

– Sim... Não me importo de chegar atrasada. – vovó concordou e saiu do banheiro

Com a toalha enrolada no corpo eu caminhei pelo quarto despreocupada, eu estava me sentido bem, muito bem! Abri o armário e peguei algumas peças de roupas que eu não usara a um tempo, vesti e fui me olhar no espelho.

– Que porcaria é essa... – uma mancha preta nas minhas costas chamou minha atenção. Virei para o espelho tirando minha blusa. “Eu estou falando sério Sophie... Ele tem até uma marca nas costas”, a voz de Christian invadiu minha mente, “Antes de você deitar... Da uma olhada no espelho, isso vai te explicar bastante coisa”, agora a voz de Josh tomava conta. A marca estava comigo, o que aquilo queria dizer? Quem eu era?



Peguei minha bolsa e corri pelas escadas. Andei abaixada pelo gramado do vizinho chegando a porta da garagem, chutei, puxei e fiz de tudo para abrir, mas tudo aquilo foi em vão. Olhei a janela da cozinha e ela estava aberta, perfeito! Coloquei os pés na parede e subi com facilidade, o que me impressionou, pulei para dentro da casa e logo foi flagrada.

– O que é isso? – a mãe de Christian me olhava assustada segurando uma caneca nas mãos, seus olhos estavam arregalados, eu tinha que fazer isso, era fácil...

– Olá, o Chris disse para eu levar o carro para ele hoje na escola, ele te avisou lembra? – repeti o processo automático que eu havia aprendido, fitei seus olhos e a mulher ficou naquele vazio profundo. Ela concordou com a cabeça e me deu as chaves do carro juntamente com o controle da garagem.

Sai pela porta principal apertando o botão com pressa para abrir a garagem, entrei, liguei o carro e sem pensar acelerei pela rua. Eu estava com raiva, curiosidade, alegria e medo ao mesmo tempo. Era um conflito entre as minhas emoções que eu não conseguia explicar.

O portão da escola estava fechado, eu havia esquecido que estava fora do horário. Segurei minha mão na buzina fazendo um barulho estrondoso, seguranças da escola correram para ver o que estava acontecendo.

– Eu preciso entrar! – gritei. Um dos rapazes se aproximou do carro.

– Quem é a senhorita? – sua voz calma me irritou. Respirei fundo, tirei os óculos e respondi.

– Sophie. Sophie Miller Babe. – o rapaz se afastou e passou as informações pelo rádio, aguardou, e acenou para que abrissem o portão.

– É para você ir direto para a direção Mrs.Babe. – forcei um sorriso e entrei na escola.

Estacionei um pouco longe da porta principal, havia muitos carros no estacionamento. Sai do automóvel, liguei o alarme e corri para dentro. Os corredores estavam vazios e silenciosos, aquilo me fez agradecer mentalmente. Meu caminho agora era para a sala da direção, novo recorde Sophie, dessa vez você nem chegou a entrar na sala.

– Eu estava no hospital por isso me... – entrei na sala da direção me justificando.

– Pode parar! – Mr.Johnson me interrompeu – Pode voltar, bater na porta e pedir licença - Meus olhos o fuzilaram, obedeci e voltei para traz batendo na porta.

– Quem é? – perguntou irônico

– Papai Noel! – respondi no mesmo tom entrando na sala novamente.

– Se eu fosse a senhorita parava com as brincadeiras – fez um sinal para eu me sentar na cadeira – Quero te mostrar uma coisa.

– Qual é o meu delito dessa vez?

Mr.Johnson virou uma pequena televisão que estava na mesa e meus olhos se arregalaram instantaneamente. Era a câmera de segurança da sua casa, e lá estava eu e Christian com roupas intimas nadando na sua piscina. Procurei seus olhos para me salvar daquela situação, mas Mr.Johnson parecia saber dessa minha habilidade. Seus olhos estavam vidrados na tela.

– Você pode começar a se justificar – ele sentou e olhou alguns papéis na mesa.

– Eu estava... Foi uma brinca... Fui culpa minha, Christian só queria me tirar de lá...

– Você sabe as consequências mocinha? – seus olhos passaram pelos meus muito rápido, não consegui agir.

– Não – sorri confiante – Você pode me falar agora – cruzei os braços e esperei.

– Sophie você está expulsa da escola, vai ficar lindo isso na sua ficha – o rapaz escrevia em um papel na mesa com o meu nome - Primeiro semana de aula detenção, segundo semana de aula expulsão, as faculdades não vão gostar disso.

– Eu não me importo...

– Pois devia se importar – guardou o papel em uma pasta e pegou o telefone – Para quem devo ligar para vim te buscar?

– Não precisa, eu estou de carro. – levantei e sai da sala

Aproveitei que o corredor estava vazio e corri para a sala da detenção, eu sabia que podia achar Joshua lá. A porta estava fechada com um pequeno aviso sobre os horários em que a sala funcionava. Abri e o avistei.

– Josh! – não pude conter a minha raiva – Você pode me explicar que porcaria é essa nas minhas cos... – fui interrompida com a sua mão na minha boca. Todos na sala olharam preocupados.

– Vamos conversar lá fora. – me empurrou pela cintura e eu sedi.

– Pode me explicar? – repeti a pergunta.

– Você quase falou tudo para todo mundo! Ninguém sabe disso aqui Sophie! – Josh passava as mãos pelo cabelo.

– Sabe o que? Que tipo de pessoa é você? Se é que eu posso te chamar de pessoa... O que você fez comigo? – minha voz era alta.

– Eu acho que você sabe o que eu sou – sussurrou perto do meu ouvido – Um mutante – aqueles olhos brilhantes de novo, seus olhos me atrapalhavam os raciocínios. – E agora eu te escolhi para me acompanhar.

– Me escolheu? Como assim me escolheu? E a minha vontade onde entra nisso?

– Não entra – Josh se encostou na parede apoiando um dos pés para melhor equilíbrio.

– Porque eu? – essa era a minha maior curiosidade.

– Porque você não aceita que mandem em você, isso é ótimo – sorriu. – Vai me dizer que você não gostou? Dessa sensação de liberdade, da sensação de que você pode fazer tudo o que quiser com apensa um olhar.

– Realmente... – me aproximei devagar subindo as mãos por dentro da sua blusa – É bem tentador... - me afastei e Josh me olhou com um sorriso bobo.

– Você precisa aprender os limites... Não pode abusar – segurou minha mão e caminhamos para fora da escola.

– Mas Josh... Como você me... Me transformou?

– Você se lembra da sala em que eu te levei, na festa? – concordei com a cabeça – É uma espécie de laboratório, onde guardamos as injeções, por isso estava gelado. Você pode escolher ser um mutante, mas não são muitas as pessoas que são aceitas.

– Você escolheu ser? – eu estava confusa com toda aquela informação.

– Eu não, eu nasci assim... Meu pai escolheu se transformar pelo amor que sentia pela minha mãe. – pude ver sua alegria em falar dos pais.

– E porque eu fui aceita?

– Porque a injeção era de autoria do meu pai, eu o convenci – sorriu torto me causando um sorriso.

– Ultima pergunta – paramos em frente ao carro – Porque você me beijou e... Bem... Não me lembro até que ponto chegamos.

– Isso Sophie – respondia entre risadas – Foi porque eu queira. Eu preciso me envolver com alguém que seja mutante também.

– Seu idiota! – aquilo soou muito egoísta da sua parte, ele havia me transformado sem ao menos saber se íamos ficar juntos? Que ridículo! Entrei no carro colocando os óculos.

– Nós estamos juntos nessa né Babe?

– Na verdade... – liguei o carro – Não!

– Não? Como assim não? – perguntou nervoso – Você tem que ficar comigo!

– Bem... Se agora eu sou uma pessoa ruim, e pelo jeito você já não gosta de mim. Eu acho que vou fazer do meu jeito. – mandei um beijo no ar e sai com o carro, pude escutar um pequeno chute que Josh tinha dado na traseira do carro. Quem mandou não pedir minha autorização, como ele mesmo disse... Eu não gosto que mandem em mim.



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Notas finais do capítulo

Sophie está no poder!!! Gostaram?? Deixa um recadinho para mim :]



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