Kids in Love escrita por Mari


Capítulo 1
First Part


Notas iniciais do capítulo

Oláá~
Primeira parte pra vocês, espero que gostem e... Estou com medo! (Desculpa de houver erros... Não tenho uma beta ainda, então eu estou fazendo esse trabalho sujo)



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O cheiro que exalava da cozinha da Sra. Lee deixava qualquer um com água na boca. SungMin, seu filho, se equilibrava na pontinha do pé, atrás da bancada da cozinha, para poder espiar o que de tão gostoso sua Omma cozinhava. Em seus 9 anos de vida nunca vira alguém que cozinhasse tão bem quanto ela.

– Omma~~ - os olhinhos sorridentes de Minnie eram as únicas coisas que podia se ver, já que os pézinhos ainda sustentavam seu corpo. – O que tem pra hoje?


Assim que soube que o seu prato favorito seria servido no jantar, saiu correndo para a sala arrumar todas as coisas da escola que estava usando anteriormente, que jaziam espalhadas em cima da mesa. Ele sorria.



O ar quente que saia de seu prato fazia com que o pequeno menino de bochechas vermelhas forçasse um bico para esfriar a comida antes de levá-la a boca, arrancando suspiros de sua mãe.


Entre uma colherada e outra, os mesmos olhinhos sorridentes que antes ansiavam pela refeição, agora corriam por diversos cantos da casa. O lustre novo na grande sala de jantar fora uma das coisas que SungMin reparara, vendo como as cores combinavam com o restante da grande casa, deixando-a com um ar mais refinado do que o normal.


A vida que SungMin levava poderia ser considerada normal, mas sua familia possuia uma boa renda, permitindo o menino ter tudo o que sempre quis, além de estudar em uma das melhores escolas de Seoul. Nada mal para alguém tão pequeno, que não entendia praticamente nada dessa vida de ganancia e dinheiro, ele apenas queria brincar sem se preocupar com mais nada.


A boca cheia sorria por alguma gracinha que seu irmão mais novo fizera, até a hora que suas orbes, como sempre sorridentes, encontraram com outras, só que com uma diferença. Estas estavam cheias de medo.


Parou de mastigar por um segundo somente, prestando atenção apenas na figura postada ao lado de fora da grande janela. Mas antes que pudesse pensar no que poderia ser, a pessoa desapareceu, fugindo rapidamente de seu olhar.

Olhara para os lados lentamente, fingindo que nada acontecera segundos antes. Tentou voltar ao seu normal, para que ninguém percebesse o que se passava em sua cabeça. SungMin queria descobrir o que havia lá fora, e essa aventura seria só dele.


Após o jantar, Sra Lee colocou seus dois filhos pra dormir em seus devidos quartos, checando se ambos haviam escovado os dentes. Assim feito, saiu para seu quarto, fechando a porta em seguida.


Em questões de segundos SungMin ja estava de pé, pensando se deveria ou não ir atrás daqueles olhos que chamaram tanto sua atenção. Pegou então um casaco em seu armário, pantufas e uma lanterna.

Desceu as escadas o mais lento que pode, evitando qualquer mínimo ruído, não poderia estragar tudo agora. Alcançou o pote onde seu Appa guardava as chaves da casa e abriu a porta silênciosamente, fechando-a assim que passou.


Observou tudo em sua volta, sentia seu coração disparado em seu peito, era uma aventura oras, era normal ficar assim. Em 9 anos nunca se sentira assim, tão ansioso.

Começou pelo quintal, olhando em cada canto, embaixo de arbustos e pequenas árvores, mas não encontrou nada. Nada além de um pequeno esquilo, mas não era isso que ele queria.

Andou um pouco mais até chegar nos fundos da casa. Sorriu assim que avistou sua casinha de madeira, que ele, seu pai e irmão construiam juntos alguns meses atrás. Era ali que estavam seus brinquedos mais legais e histórinhas em quadrinho que gostava de ler.


Seguiu a pequena trilha de pedras que o levava até a porta da casa, ligando a lanterna para ajudá-lo no caminho. Respirou fundo antes de abrir a porta, colocando a mão na massaneta, esperando uns segundos antes de abri-la.

Ouviu um barulho vindo de dentro, sabia que era lá que os tais olhos de antes estavam.


Assim que adentrou a bem feita casinha de madeira, achou o que tanto queria. Seus olhos imediatamente seguiram o foco de luz que a sua lanterna produzia, caindo na figura de um menino.


SungMin ficou parado, olhando o intruso brincando com seus brinquedos. Sem ser notado ainda, andou até o meio do cômodo. As mãozinhas do menino magricela estavam envoltas em um de seus bonecos preferidos, mas isso não o deixou com raiva, não, só aumentou mais a curiosidade para conhece-lo.


– Olá. – disse SungMin quase em um susurro, não queria assustar o outro que brincava tão calmamente com o seu boneco.

As mãozinhas frágeis pararam de mecher com os brinquedos. Virou-se devagar, como se estivesse com medo da bronca que iria levar por estar em um lugar que não deveria. Ao ver que foi pego, encolheu-se ao lado da caixa de brinquedos, deixando o super-herói que tinha em mãos no chão. SungMin percebeu o quão assustado o menino estava. – Não precisa ficar com medo de mim. – sua voz saiu baixa e calma, não querendo assustá-lo ainda mais, porém ao tentar se aproximar, o outro ficou de pé rapidamente, pronto para correr. – Não! Não corre! E-eu não vou te machucar, e… E nem vou contar a ninguém. – como uma promessa, SungMin desligou a lanterna que, até então mantinha acesa, e a colocou no chão. Voltou a postura normal, encarando o menino em meio ao breu que estava aquela casa.

Os olhos não se desgrudaram um momento se quer, tentando passar o máximo de segurança que precisava para avançar de novo.

– Como é seu nome? – O olhar esperançoso do menino gordinho corria de seu brinquedo largado no canto e os olhos do outro. A ânsia era tanta, que as pantufas cor de rosa só pararam quando estavam bem próximos do tênis surrado. – O gato comeu a sua lingua, é? – Vendo que a resposta não viria tão fácil, SungMin andou até o brinquedo que estava no chão e o pegou. E finalmente, segundos depois, uma segunda voz pode ser ouvida.

– Cho KyuHyun. – somente duas palavras foram o suficiente para que o baixinho abrisse um grande sorriso, sentando-se na frente do outro, batendo as mãozinhas no chão, em sinal para menino alto fazer o mesmo.

– Muito prazer – a mesma mão que antes batia freneticamente no chão, agora estava estendida. – Lee SungMin.

Ainda bastante inseguro sobre tudo o que estava acontecendo, Kyu estendeu sua mão trêmula e gelada até a do menino sorridente. Apertou levemente, balançando-a em um cumprimento. SungMin ainda estampava tal sorriso, mesmo que o outro não mudasse tanto de expressão, fazendo o mais falante ficar quieto, não sabendo como puxar assunto. E para Minnie não conseguir puxar assunto, é porque era grave.

Mas antes mesmo que sua mente pudesse bolar algo muito genial, como sempre fazia, uma luz forte veio da janela de sua Omma.

SungMin ficou de pé rapidamente, assuntando o outro ainda mais.

– Kyu-ssi, desculpe, mas tenho que entrar! – bateu as mãos nas calças, tirando o resquício de sujeira, correndo até a porta. Antes de sair, olhou mais uma vez para trás, deparando-se com uma cena de partir o coração. Os lábios trêmulos de KyuHyun mostravam que ele estava prestes a chorar, mas o outro não podia fazer nada. Se fosse pego, seria bem pior para ambos. – Desculpe. – foi o que disse baixinho antes de sair e fechar a porta, deixando para trás um Kyu solitário e choroso.


Ele corria o mais rápido que suas pequenas perninhas conseguiam. Sentia seu coração acelerado. Abriu as portas do fundo sem muito cuidado, temendo ser pego logo depois que escutou o barulho alto que fizera. Subiu as escadas pé ante pé, rezando para todos os santos que sua pouca idade o permitia conhecer. Se fosse pego, deveria muitas explicações a sua Omma.

Entrou em seu quarto escuro, encostando-se na porta logo depois de fechá-la, com mais cuidado, dessa vez. Respirou fundo, tentando acalmar seu coração que insistia em bater forte e acelerado.

Mas mesmo assim, ainda sorria. Que aventura!


Duas horas depois e ainda observava o teto de seu quarto. Não conseguia tirar aquele menino magricela de sua cabeça. “Será que ele estava lá dentro ainda? Será que estava brincando com seus brinquedos favoritos? Ou será que já dormia?” Arregalou os olhinhos assim que outros pensamentos, um pouco piores, rondaram sua mente. “Será que está com fome… Ou até mesmo com frio?” Levantou um pouco o tronco, espiando a casinha pela janela que, aparenetmente, estava abandonada.

Mas o cansaço era o maior inimigo de SungMin desde sempre e, ganhando forças, fez com que o pequeno caise em um sono gostoso e profundo. E em seus sonhos, era Kyu quem estava presente.



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Notas finais do capítulo

Não sei o que pensar... Não sei se vão gostar, se está bem escrita, não sei. Estou insegura, confesso, mas quero ver no que dá!
:3