The Rose Of Darkness escrita por Pye


Capítulo 29
Capítulo 17 – Cometendo erros, destruindo relações


Notas iniciais do capítulo

Olá novamente meus amores, espero não ter deixado vocês abandonados demais, sim?
Bom, vou dar uma explicadinha básica pelo meu desaparecimento: Eu estive muito ocupada esses tempos pra cá que não postei, ocupada com quê? Com trabalhos e provas escolares, e sem contar que estou me matando de estudar para conseguir uma nota decente em matemática, então me perdoem tá?
Então, trago pra vocês mais um capítulo quentinho, e para não deixar vocês abandonadas de vez, decidi adiantar esse logo, e vou separá-lo em 3 partes, e eu sei que vocês devem odiar isso de ter que esperar na curiosidade por uma segunda ou terceira parte, mas vão por mim, esse é o melhor as vezes.
Então é tipo assim, esse capítulo 17 vai focar mais no Zero, Alam e Joseph. E mais nessa coisa toda na Mellanie e no Zero ficarem mais ou menos "de mal" um do outro, e ela tentando reverter essa situação.
Mil perdões pelos personagens desaparecidos, como o grupo de investigação, o Lawliet, o Sebastian e principalmente o nosso Castiel. Eles irão voltar a todo vapor à partir do 18, e com surpresa.
E claro, um novo personagem vai aparecer no final do capítulo 17, mas por Deus hein gente, ele não vai aparecer nessa parte e sim no final da terceira desse capítulo 17. Não confundam.

Uma ótima leitura e até a próxima, meus botões de chá!



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Capítulo Dezessete

Cometendo erros, destruindo relações e o feitiço do Alam,

Música de abertura

“Cometi erros,

E nunca me perdoaria

Se eu perdesse você,

Sua amizade,

Sua proteção.

Enfio minhas mãos nos bolsos do casaco,

Enquanto ando pelas ruas,

E aqui está frio, silencioso, restrito...

As folhas caiem sobre mim e me perguntam ao pé do ouvido:

Você fez algo errado?

Isso está me deixando louca,

E de verdade,

Eu sou uma louca?

Nossas relações sofreram danos com minhas ações egoístas

Nossas relações estão quase quebradas,

Então apenas venha e me diga:

Tudo ficará bem, meu bem...

~~

(...) E então suas pernas pareceram tomar impulso por conta própria; os olhos se encontraram e ela enlaçou com agressividade os cabelos cinzentos entre os dedos alvos; logo, os lábios se selaram, e sim, ela o beijou, mas um beijo leve, apenas um encostar de lábios enquanto ela se encontrava na ponta dos pés, na tentativa de alcançar a altura dele.

Ela fechou os olhos e pressionou um pouco mais sua boca contra a dele, sentindo a sensação. Mas aquela sensação era diferente, completamente diferente da vez em que fez o mesmo ou até mais além com Alexy. Aquela sensação era pura, oque fez com que suas pernas ficassem geladas, e tinha certeza que se não fosse uma das mãos segurando com firmeza no ombro de Zero, ela desabaria no chão naquele mesmo momento.

A baixinha continuava a manter rígidas as pernas e equilibradas na ponta dos dedos, e então deixou leve os dedos das mãos nas mechas quase prateadas do cabelo dele.

Os olhos púrpura estavam por sua vez, arregalados em alerta total, como se aquilo fosse algo errado, e era de fato algo errado?

Ela não queria saber. Aquilo tudo era um objetivo, aquele beijo e aquele toque inapropriado não passavam de um objetivo: salvar os dois marmanjos em baixo da cama e evitar sangue e assassinato naquele quarto.

Mas aquele inocente selar de lábios não durou muito tempo. Zero agarrou os dois pulsos da garota e a afastou dele apenas míseros centímetros, e agora, um estava encarando o outro, os lábios ainda muito próximos de uma maneira terrivelmente sensual, como se implorassem para que se selassem de novo.

— Oque pensa que está fazendo, Mellanie? — ele perguntou como se estivesse prestes a enforcá-la, e seus olhos, merda, seus olhos estavam tão gelados quanto suas pernas — Oque foi que deu em você?!

Ela não conseguia falar, não conseguia se mexer ou simplesmente piscar. Estava paralisada, como uma estátua de gesso. Seus nervos palpitavam com ira dentro de sua pele, e seu coração, por Deus, seu coração estava à beira do abismo, pronto para pular.

— Zero, eu... — os olhos arroxeados ainda a olhavam com profundidade, talvez pela procura de uma explicação para tudo aquilo. Mas qual explicação ela daria? — Eu...

Ele continuava olhando-a, e não parecia afim de desistir.

Pressionou com mais força os pulsos pálidos da baixinha, que apertou de dor o canto dos lábios com os dentes.

— Você...? — ele disse “ajudando” ela a prosseguir.

Suspirou a baixinha.

— Eu... li um livro... — essa era sua melhor desculpa? “Eu li um livro”?

Os olhos verdes pareciam ainda mais melancólicos quando iam ao encontro dos púrpura e perigosos olhos dele.

— Você leu um livro? — ele levantou as duas sobrancelhas, confuso e ao mesmo tempo irritado.

Ela pensou um pouco, e pensou por mais dois segundos. E vualá, encontrou uma saída de emergência.

A baixinha sorriu um pouco abobalhada ao canto dos lábios, e os olhos agora pareciam de uma pessoa louca, psicodélica.

— Sim, eu li um livro muito bom há três dias, e sabe oque eu aprendi com ele? — tudo bem, ela parecia uma verdadeira doente mental, tanto em seu jeito de falar quanto no brilho em seus olhos.

Que grande encenação.

— Não. — ele respondeu seco enquanto a olhava confuso, se perguntando oque ela tinha de errado.

— Eu aprendi com ele que, — ela pausou e o fitou com um olhar avoado, bem distante, e continuou — devemos beijar aqueles que amamos em noites de lua cheia.

Ele arregalou um pouco os olhos, e de sua expressão brotou dúvida.

“Mas oque diabos deu nessa garota?” ele se perguntou mentalmente,

— Você não está lúcida, Mell. — ele confirmou agora voltando para a sua expressão séria e amedrontadora, enquanto ela sorria feito uma maluca.

— Eu não estou... oque? — ela perguntou a respeito da palavra dita por ele — Lú...lúcida? Oque é isso? Algum tipo de comida?

Ele se espantou, mas não demonstrou.

Apertou mais os pulsos dela, que pareceu sentir uma pequena dor.

— Você não está acordada, ainda está dormindo. Isso é não estar lúcida. — ele explicou analisando as feições do rosto dela — Sonambulismo, talvez?

— Eu estou acordada Zero. Posso te mostrar agora mesmo.

Ela tentou avançar um passo para cima dele, na intenção de repetir um outro beijo, mas ele a deteve, segurando com firmeza os pulsos e a afastando.

— Você precisa voltar pra cama. — ele ordenou— Volte agora.

Ela fez um barulho estranho com a boca em reclamação, mas ele não teve piedade e a jogou na cama, e naquele momento ela fechou os olhos.

“Ela dormiu,” ele pensou, e então respirou fundo, “Estranho, meu olfato está um pouco abalado agora. Não sinto o mesmo cheiro suspeito de antes que me fez vir até aqui.” ele deu de ombros e abriu a porta, saindo e fechando atrás de si.

Ele havia perdido um dos sentidos, então de fato a ação da garota havia dado certo.

Mas tal ação perigosa não o fez perder somente o olfato, como havia o feito ficar desnorteado.Oque aconteceria agora, depois desse ato?

Bingo, ela pensou alto e se levantou em um pulo daquele colchão. Seu plano havia dado certo, como planejara. Mas algo estava muito errado agora. Ela havia realmente o beijado...


Que grande besteira ela havia cometido?





— Oque eu acabei de fazer...?







E de repente de baixo da cama surgiu o homem de roupas estranhas com um grande sorriso.






— Você acabou de beijar o cavalheiro de cabelos brancos, senhorita. — ele disse de forma engraçada e formal.





Alam também saiu de baixo da cama com uma cara... enojada?




— Não, ela acabou de fazer uma coisa nojenta com um cara com cheiro de cachorro.


— Ele não tem cheiro de cachorro! — ela retrucou nervosa — E eu estou muito ferrada agora.

— Só porque trocou sentimentos com aquele homem, minha pequena senhorita? — Joseph sorria com calmaria.

— Não... aquilo foi... — ela rolou os olhos para Alam e novamente para o homem estranho — Eu fiz aquilo para salvar vocês, porque se ele pegasse dois caras em baixo da minha cama, haveria sangue espirrado nas minhas belas paredes pretas.

Alam rolou os olhos para as paredes.

— Não acho tão belas assim, e um tom de vermelho ficaria perfeitamente bem nelas.

— Então não ligaria se o seu sangue estivesse na parede?

Alam revirou o rosto para o outro lado e fez bico.

Joseph gargalhou.

— Vocês irão me trazer problemas, ora ora. — ele ria de forma assustadoramente meiga — Mas você tomou uma iniciativa dura, pequena senhorita, e só para nos ajudar. Que coração de ouro...

A baixinha apertou os olhos e levou as mãos para os cabelos, puxando as mechas com agressividade, com raiva, como se quisesse arrancá-los até sumir com os problemas.

— Ele nunca vai me perdoar por isso... eu nunca mais vou conseguir olhar pra cara dele. — ela lamentou com voz chorosa.

Joseph se aproximou, passando os braços pelos ombros da garota, e a consolou:

— Não se preocupe tanto pequena senhorita, você seguiu muito bem com o plano. E se quer saber, por um momento eu pude acreditar na sua encenação, estava muito convincente, e você parecia mesmo fora de si, seus olhos me deram um certo medo. E também, para ele sua consciência estava dormindo, então não se preocupe, “pequena garota sonâmbula”. — ele riu mais um pouco, e ao final apertou a ponta do nariz dela.

Ela abriu os olhos com mais tranqüilidade, mas as coisas ainda estavam tortas em seu ponto de vista. Não poderia enganá-lo dessa forma, aquele beijo não poderia permanecer somente como uma farsa ou encenação de uma “sonâmbula”.

— E eu acho que vocês tem um assunto não terminado para continuar me contando, não é? — ela sorriu marota, lembrando-os do assunto que Joseph havia parado no exato momento em que Zero havia chegado.

— Oh, sim, tem razão. — Joseph sorriu torto — A forma de quebrar o feitiço de Alam, é claro.

— Isso aí, quero saber aonde eu entro nessa história. No que eu tenho que ajudar?

Joseph sorriu ainda mais assustador, e se tornou sério de uma hora pra outra.

— Nada de muito complicado, minha pequena senhorita. Você só precisa fazer com ele oque fez com o cachorro branco. — ele finalmente disse, e aquilo havia caído como um balde ‘d água na cabeça da baixinha.

Arregalou os olhos.

— Como assim? Quer dizer que pra reverter esse feitiço eu tenho que... beijar esse pirralho? — ela olhou e apontou para o garotinho que agora não era mais tão garotinho assim.

Ele parecia nervoso também.

— Exatamente, senhorita. Você terá que beijá-lo. Esse é o único modo de reverter o feitiço completamente.

— Então ele vai ficar grande assim pra sempre? Quero dizer...

— Oh, não. Para reverter o feitiço apenas por um tempo, você só terá que beijá-lo no rosto, então ele voltará para oque é normalmente. Mas isso não quebrará o feitiço de verdade, só funcionará até a próxima vez que ele se encontrar no escuro.

Mellanie olhou para Alam e sorriu sem graça,uma parte de si agia com diversão.

— Quem diria, o principezinho metido precisa da minha ajuda. É pirralho... você está nas minhas mãos agora.

— Plebéia desprazível. Eu odeio você. — ele resmungou.

Ela se aproximou e se pôs de joelhos na frente dele, e então sorriu sarcástica.

— Me odeia é? Pois vai se apaixonar por mim quando eu beijar você. — ela provocou, pois sabia o quanto ele sentia nojo desse tipo de contato.

Ele fez uma careta engraçada de nojo, então a olhou.

Ela estava perto demais.

— Não ouse fazer isso... sua...

Mas ele não pôde terminar. A baixinha sorriu marota e se aproximou, olhou-o, que por si estava sentado no chão frio do quarto, e ela ajoelhada à sua frente. Os olhos verdes se fecharam e ela selou os lábios em sua bochecha. Isso mesmo queridos leitores, no rosto.

Agora podem matar a escritora por isso.

Ele parecia assustado durante o contato; os olhos fechados com tanta pressão que suas órbitas certamente estavam doloridas. E as bochechas coradas.

Quando o beijo acabou e ela se afastou, de imediato se sentou no chão na frente dele, que pôde finalmente abrir os olhos negros; pareciam confusos.

Ele a olhou sem entender.

É, ela não é tão louca quanto parece.

— Oque foi pirralho? Achou mesmo que eu ia beijar você de verdade? — ela riu com diversão estampada no rosto.

Joseph suspirou impaciente.

— Senhorita, porque não acabou logo com isso beijando-o onde deveria beijar de fato? — o homem gato disse irritado — Agora não será possível. Ele já está provisoriamente em sua forma original.

Mellanie fechou o sorriso e virou lentamente o rosto para onde o garoto com aparência de Dezoito anos antes se encontrava.

Mas teve uma surpresa, e por um momento seus olhos se arregalaram. Mas oque? Ele havia se transformado na pequena criança que havia acolhido em sua casa e que havia encontrado na rua, entretanto, desta vez ele estava vestido com os pijamas dela, que pareceram gigantes por conta de seu minúsculo tamanho.

Ela sorriu zombeteira e bagunçou os cabelos quase negros dele.

— Esse pijama parece ainda mais ridículo agora, plebéia.

— Olha só, o pequeno arrogante Alam está de volta. — ela riu e apertou as bochechas do garoto.

— Oque acontecerá agora? Temos que voltar imediatamente para o reino, caso contrário... — Joseph parecia histérico.

Mellanie sorriu.

— Tudo que precisamos fazer agora é esperar. O tempo é a melhor solução. — ela disse — Por enquanto vocês ficarão aqui comigo, e vão me obedecer. De manhã daremos um jeito em você, Joseph.

— Como assim? — ele perguntou confuso.

— Meus “pais” precisam conhecer você.





Continua.




**


Música de Encerramento

[Imagem Extra do Capitulo ~ Mellanie e Zero ~ Impedindo Beijo]

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Notas finais do capítulo

Me desculpem por qualquer coisa, prometo que no próximo as coisas vão começar a esquentar. Obrigada pela leitura.
E por favor, pelo amor de Deus, COMENTEM! Isso me motiva a continuar, e também digo o mesmo das recomendações e das leitoras fantasmas.
Um beijo,