New Bad Girl escrita por CKS


Capítulo 21
Capítulo 22 - Sabado




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Cap 22.

Infelizmente o final de semana passou rápido demais... ou foi eu que não percebi o tempo passar? Realmente o tempo passa rápido quando a gente tá distraído... e principalmente limpando a bagunça da minha cachorrinha. Eu nem tinha dado um nome pra ela, mas a bandida já estava me dando trabalho. Ontem a noite, quando fui dormir e a coloquei numa caixa de papelão com um tapetinho, na sala, ela começou a chorar e se agitava a ponto de derrubar a caixa e corria pra meu quarto. Depois de repetir isso umas 8 vezes, eu desisti de lutar e deixei ela dormir comigo no quarto... quando acordei na manhã seguinte, a casa estava uma zona! Ela vez do tapete que fica ao lado da minha cama o seu banheiro, e pra completar espalhou pelo quarto pedaços do rolo de papel higiênico... e dormiu em cima de cima da minha bolsa, abraçada ao que restou do rolo do papel higiênico.

Sabe aquele sentimento de raiva que você tem, mas passar rapidamente ao ver algo fofo... pois é, apesar de tudo, ela ficava lindinha dormindo assim. Tenho a impressão que estou com a versão feminina e Cocker do Marley, do filme Marley e Eu. Arrumei tudo antes de sair...

Eu não gosto tanto assim de sair de casa, mas eu tive de sair pra comprar meu café da manhã de novo, mas dessa vez eu levei a cachorrinha comigo... eu não confiava que ela me esperaria quietinha. Tenho certeza que ela arranjaria um jeito de escapar e fazer uma bagunça. Eu carreguei ela num braço, e no outro ia a bolsa... e ela parecia super feliz por isso, será que minha cachorrinha tinha vocação pra ser “cachorrinho de madame”?!. Quando estávamos passando pela padaria, fomos envolvidas pelo cheiro do pão, e ela se agitou...

- Quer pão é? – indaguei a cachorrinha, muito agitada. Ok, eu sei que ela não me  responderia, mas creio que todo o dono de cachorro fala com ele, mesmo sem entender uma palavra um do outro. Quando entrei na padaria, pedi o pão e fui pra fila pagar, tive o desprazer de ser incomodada por uma velinha ranzinza. Eu não posso ter um dia de normalidade... sem nenhum idiota me incomodar ou eu me acidentar?

- É um absurdo! Não é permitido cachorros aqui dentro! – falou e velha estressada, atrás de mim

- Eu já vou sair. – respondi, tentando me controlar. Se ninguém da padaria brigou comigo, porque aquela velha tava implicando comigo? A resposta que eu daria aquela velha já estava na ponta da língua... mas eu tenho que me segurar.

 -Vai contaminar o ambiente... os pães vão ficar contaminados... tudo está contaminado. – começou a se queixar a velha, e eu comecei a perder a paciência, e comecei a tentar contar de um ao infinito! – A se meu finado marido tivesse aqui, ele saberia o que fazer...

- Sim, te estrangular. – respondi, já sem paciência. Que se exploda a educação e respeito aos mais velhos, aquela velha passou dos limites! Eu tava segurando a cachorra, não encostei em nada, ia pagar o pão no cartão de credito, e sairia rapidamente... não tinha necessidade alguma de me incomodar. Era eu que tava carregando a cachorra no braço, não ela!

- Mas que falta de respeito, no meu tempo você iria aprender a respeitar os mais velhos! – falou e velha, quase gritando, chamando a atenção de todos ali. Legal, a velha queria uma cena, ela a teria!

- No seu tempo, as pirâmides do Egito ainda estavam sendo construídas! – respondi. Minha paciência já tinha ido pro o espaço! – Agora cale essa maldita boca, ou eu ligo pra o museu, e falo que uma das múmias mais antigas da exposição do Egito fugiu, e eles veem te buscar!

A velha ficou vermelha de raiva, deixou a sacola de pães dela, e foi embora. Ignorei o olhar de todos ali, mas quando o caixa foi me atender, estava rindo.

- Que?! – indaguei a moça do caixa

- Você é a terceira pessoa que a “velha chata” tentou incomodar. – respondeu ela – Ela já incomodou um cego com seu cão-guia, e também a uma diretora da uma escola aqui perto, que leva o cachorro em todo o lugar. Mas você foi a campeã dos três, a fez calar a boca e sair...

- Normalmente não sou mal educada com velinhas...

- Ela sempre arranja um jeito de incomodar os outros, gosta de chamar a atenção pra si. – respondeu o outro atendente – Ela implica com todos que estiverem na frente dela na fila, pra dar desistir e a deixar passar na frente.

- Legal... eu sempre acabo encontrando gente maluca. Deve ser meu carma...– comentei desanimada, pagando a compra com cartão. A caixa riu, me entregou a sacola com os pães.

Fui para o parque, e me sentei debaixo de uma arvore, e soltei minha cachorrinha inquieta, que logo correu pra perto do saco e tentou o rasgar. Tirei um pão pra ela, que parecia esfomeada a ponto de querer comer o plástico.

- Comer plástico não é uma forma de reciclar, sua esfomeada. – comentei rindo ao entregar o pão pra ela. Sabe, eu não estava com tanta fome assim, então fiquei olhando ela comer... que nome eu daria a ela? – Você não tem cara de Lady, muito menos de algum nome muito frufru... mas também não pode ser um nome comprido... Não posso te chamar de Marley, ou você acaba ficando indisciplinada de vez! ... Vamos ver um personagem de anime, que tenha 4 letras no máximo... Yuki? Yumi? Nami?

Nessa hora a cachorrinha latiu, acabando de devorar o pão e tentando buscar outro no saco.

- Eu poderia te chamar de Magali ou Mali, mas acho que Nami combina mais com você. – respondi, lhe entregando outro pão – Teu nome é Nami! Gostou do teu nome?

A cachorrinha já estava com um enorme pão na boca, me olhando. Nessa hora eu entendi o que ela estava pensando... “Quem se importa com nome, vamos comer!”. Passei aquela manhã brincando com a Nami no parque... ou melhor, eu fiquei correndo atrás da bandida, que também fugia de mim que nem aquele maldito cachorro da diretora. Quem diria que um cachorrinho tão pequeno pudesse correr e se esconder tão rápido?

Quando finalmente consegui pegar ela, já era meio dia, horário de almoço. Ok, era melhor passar num fast-food, depois num supermercado comprar ração e uma coleira com guia e 2 potes  pra Nami e voltar pra casa. Eu não tenho idade pra ficar correndo por ai atrás de uma filhote... e mesmo que tivesse,  se alguém da escola me visse, já era minha reputação!

----x----

Quando fui pra o fast-food, e olhei pela vidraça, tinha uma porção de gente loira lá dentro... não, não sou preconceituosa! Digamos que, se tinha tantas pessoas loiras ali, com idade que regularia com a minha, era bem provável que Amber e o irmão estivessem ali. Ok... sem fast-food hoje! Próxima parada, supermercado. Por favor Kami-sama, não apareça ninguém que eu conheça!!!

Realmente Kami-sama deve gostar de tirar sarro com a minha cara, porque na saída do supermercado, depois de comprado macarrão instantâneo e as coisas pra Nami, tive a infelicidade de encontrar ele...

- Angel?! – indagou ele, parecendo surpreso, olhando pra mim.

- Nathaniel... que desgraça é encontrar você por aqui. – respondi, com um rosto mais simpático possível.

- Não posso dizer o mesmo. – respondeu ele, dando aquele sorriso “colgate” de sempre – Eu estava pensando em como poderia te encontrar pra conversar, mas parece que o destino está me dando uma mão.

- Eu te darei é o meu joelho em encontro de um local seu, que ira garantir que você fique estéril se encostar a mão em mim. – respondi, segurando o melhor que pude a Nami no braço, que ficou agitada com ele.

- Oferta tentadora, mas eu não vim brigar, vim me desculpar. – respondeu Nathaniel, olhando para meu braço, que segurava as compras e a bolsa, e no outro a Nami – Veio fazer compras?

- Não, eu sempre venho aqui pra roubar macarrão instantâneo. – respondi, tentando desviar dele, e sair. Mas o idiota tava fazendo de tudo pra ficar na minha frente e impedir deu passar.

- Eu te ajudo com as compras. – respondeu ele, pegando as minhas sacolas da minha mão. Ok... seria ridículo brigar com ele ainda na loja, e principalmente porque achariam que ele está sendo educado, e eu a violenta... se bem que isso não deixa de ser verdade, mais isso é outra história! Além disso, eu não poderia brigar com uma certa liberdade, pois tinha a Nami no braço... ela poderia se machucar, e eu acabaria matando o Nathaniel se isso acontece-se.

Quando chegamos na entrada do meu prédio, eu parei. Não ia deixar ele subir para meu apartamento, nunca!

- Deixe as compras aqui, já ajudou o bastante. Obrigado. – falei

- Não quer que eu leve pra seu apartamento? – indagou Nathaniel

- Nem morta! – respondi, séria. Graças a Kami-sama que a Nami estava calma no meu braço. – Além disso, não é permitido entrada de estranhos.

- Não? – indagou ele, colocando as compras na calçada do prédio – Mas pelo que sei, Castiel e Lysandre puderam entrar ontem a noite. Porque essa diferença?

- Não é da sua conta. – respondi irritada.

- Quem lhe deu o cachorro? – indagou ele, mas dessa vez eu pude ver que a personalidade mudou... estava de frente com o “bad Nathaniel” agora. O meu detector de problema em potencial disparou, na minha mente.

- Se quer realmente saber foi... foi meu namorado. – respondi, tentando ser o mais convincente possível. Ok, eu e Castiel não estamos namorando oficialmente ou... seja lá o que estiver rolando, não é namoro. Mas o Nathaniel não sabe disso!

- Seu namorado não fica ciumento com Castiel indo até seu apartamento? – indagou ele, mas de repente ficou quieto... como se tivesse caído a ficha naquele momento. Mas depois sorriu – Sabe Angel. Castiel pode ter vencido essa batalha, mas a nossa guerra ainda não acabou. Você vai acabar me escolhendo...

- Podem brigar o tempo que quiser, sou eu quem decide o que vence. – respondi – Além disso, não é contra ele que você luta, e comigo.

- Gosto de desafios. – respondeu ele, e se afastou – Até amanhã fênix, a propósito... gostei do nome Nami. Leve-a para escola, a diretora ficaria feliz em cuidar dela, for em saber o que houve na padaria.

- Como você?!

- Até amanhã. – respondeu ele sorrindo, e foi embora.


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