New Bad Girl escrita por CKS


Capítulo 16
Capítulo 17 - Vinganças




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Decidi que hoje era melhor eu não ir pra sala de aula, ou acabaria fazendo alguma besteira... tipo mandar Amber e seus clones irem conhecer pessoalmente São Pedro. Falei aula durante 2 dias, tentando em vão me acalmar... tentei entrar em contato com Ken durante esse tempo, mas o celular dele dava como numero inexistente, e ninguém atendia o telefone da casa dele. Fui até a casa dele, a mãe dele me atendeu com certa rispidez, dizendo que eu não poderia entrar em contato com o Ken... e que tudo tinha acontecido por minha causa, e falou pra não vir até a casa dela novamente. Confesso que fiquei com raiva dela, afinal não era minha culpa do Ken ter feito àquela idiotice... mas acho que ela devia estar sofrendo mais do que eu...

Quando eu fui pra escola, já era quinta-feira, e acabei indo muito cedo. Não estava mais aguentando ficar em casa... e ficar lá não iria resolver nada também, não sou a debita a depressão. A tristeza que eu estava sentindo se transformou em raiva, estava quase revoltada. Não estava com muito saco pra ira pra aula, então fui pra quadra de basquete... fiquei sentada na arquibancada, com os cotovelos apoiados no joelho, olhando para frente... mas com os pensamentos bem longe.

– você está bem? – indagou uma voz masculina se sentando ao meu lado, o que me fez olhar para o lado. Era o Dajan, e pela expressão dele, devia estar preocupado comigo.

– Não... – respondi simplesmente

– O que aconteceu? – indagou Dajan, meio solidário – As meninas disseram que você não tem vindo à aula... quer conversar, quem sabe eu posso lhe ajudar?

– Duvido que alguém possa. Dijavan... – respondi, sem entender ao certo porque estava tendo essa conversa com ele - Um amigo meu se envolveu numa confusão e os pais o tiraram do colégio e me culpam pelo que aconteceu.

– Que chato. Mas não precisa ficar assim, você vai poder visitar ele no colégio e...

– Não é um colégio comum. – respondi, o interrompendo – É um colégio militar, é um internato. É proibido visitas, fora familiares.

– E não pode entrar em contato com ele? Mandar um e-mail, mensagem ou telefonar? – indagou ele

– É um colégio militar, não um acampamento de férias. Lá tudo é um pouco mais rígido... – respondi, dando um longo suspiro – Celulares são confiscados, computadores são bloqueados para redes sociais. Não tem como mandar um e-mail pois nenhuma de nós tem o e-mail do outro.

– Seu dilema é maior que o meu. – comentou Dajan sorrindo – Vocês vão se ver algum dia, não é um adeus definitivo. Amizades verdadeiras são vínculos difíceis de quebrar e...

– Qual é o seu problema? – indaguei, o interrompendo com aquele discurso de amizade e tudo mais. Eu já estava irritada, e com TPM...não, não é aquela relacionada a hormônios femininos. TPM, pra mim significa “Tendência Para Matar”, e eu não quero descontar minha raiva no Dajan.

– Roubaram o meu amuleto da sorte. – comentou Dajan, dando um sorriso meio triste – Eu sei que esse treco de sorte e azar não existe e tal, acredito que cada um de nós faz o seu destino mas... é um colar de estimação. Mas comparando os problemas o seu é mais chato, e isso me faz pensar se não estou sendo infantil por causa do colar que...

– Onde o viu pela ultima vez? – indaguei, olhando pra ele

– Antes de começar a treinar eu o tirei e deixei com minha toalha na arquibancada. Eu fique tão concentrado no meu treino que nem percebi que alguém chegou perto das minhas coisas e roubou meu colar... quando dei uma pausa para tomar uma água, percebi que estava faltando meu colar.

– Já procurou aonde?

– Procurei em todo o canto por aqui, e não o achei. – respondeu ele, passando a mão nos cabelos – Eu me sinto muito chateado com isso, mas você deve estar se sentindo muito pior por causa de seu amigo e tudo mais. Não posso dizer que lhe entendo mas... se quiser conversar, pode me procurar. Sou bom ouvinte e em dar conselhos...

– Eu vou lhe ajudar a procurar o colar. – respondi, me levantando da arquibancada.

– Não precisa se incomodar com isso. – respondeu Dajan

– Digamos que é um bom motivo pra me distrair um pouco. – respondi pra ele, sorrindo

– Valeu... Angel. – respondeu Dajan se levantando

– Quem te disse meu nome?

– É segredo. – respondeu ele rindo, e voltou para quadra e continuou seu treino sozinho.

Quando entrei no prédio, vi que os outros alunos chegando. Encontrei a Weany e Keroro conversando no corredor, quando eu pensei e dar meia volta e fugir, ela me viram e vieram...

– Pode parar ai mesmo Fênix! – disse Keroro, se aproximando de mim rapidamente. Escutar ela quase correr com salto alto me fez rir um pouco, e de certa forma a relaxar. – Porque você não veio esses dias?

– O que aconteceu com você? – indagou Weany, logo em seguida

– Tava meio chateada com algumas coisas e precisava de tempo pra pensar. – respondi

– Castiel fez alguma coisa? – indagou Keroro, numa mistura de preocupação com irritação – Se for ele, juro pra você que eu pego a guitarra dele e quebro na cabeça dele e depois...

– Não foi exatamente ele. – respondi rindo. Não dava pra acreditar que ela queria me defender... será que tenho a aparência de fragilidade pra tentarem me defender?! – Mas deixa pra lá, eu me viro.

– Você não tem escolha. – respondeu Keroro, séria. Tenho a impressão que estou sendo uma má influenciando ela... – Somos suas amigas, pode falar!

– Estou procurando um colar. – respondi, evasiva...

– Um colar?!! – as duas indagaram

– É, alguém roubou o colar do Dajan durante o treino dele, hoje de manhã. – respondi – Estou tentando ajudar a procurar.

– Você acha que alguém o pegou? – indagou Keroro

– Não, ele decidiu dar uma volta e se perdeu no caminho. – respondi, ele segurei para não rir da cara da Keroro. A cara dela irritada era muito engraçada!

– Sarcasmo não ajuda! – respondeu Keroro, cruzando os braços

– Eu acho que sei o colar está. – respondeu Weany, depois de pensar um pouco – Hoje de manhã, antes de entrar na nossa sala eu ouvi Amber e seus clones rindo e falando ter pegado uma “lembrancinha” de alguém.

– A, então foi ela? Não sabe como essa notícia me agrada... – respondi, começando a estralar os dedos das mãos.

– O que vai fazer? – indagou Weany

– Está na hora deu mostrar as minhas garras. – respondi sorrindo. – Querem assistir o show?

– Depende, vai rolar sangue? – indagou Keroro de imediato

– Não... mas já está na hora dela aprender uma pequena lição comigo. – respondi sorrindo. – Com sorte ela acaba desmaiando.

– Vamos com você. – respondeu Keroro, segurando o braço de Weany e ambas me seguiram, o armário de Amber e seus clones era o um dos últimos no corredor, e elas estavam na frente deles, conversando. Perfeito! Nos aproximamos do grupo e eu fui diretamente até a Amber.

– Olha só quem veio hoje pra escola, achei que ia ficar depressiva com a ausência de seu namoradinho. - Comentou Amber sorrindo

– Realmente ela não veio 2 dias porque... – comentou a comentar a Asiática, com a outra amiga de amber

– Afastem-se. – falei, olhando para as duas sérias. De imediato elas me obedeceram e ficaram mudas, deixando eu e Amber frente a frente – Onde está colar Amber?

–Q-Q-Que colar?! – indagou Amber nervosa – N-N-Não sei do que tá falando!

– Eu lhe dou 10 segundos pra abrir o seu armário e me dar o colar, ou você vai se arrepender de me provocar. – respondi, me aproximando mais dela. Amber recuou, mas acabou se escorando no armário... não tinha onde ela fugir

– E-E-Eu não vou abrir coisa nenhuma... e vou contar pra meu irmão que está me ameaçando e você vai... – respondeu Amber, tentando sair de lado. Mas eu a empurrei novamente nos armários, fazendo ela bater nele.

– Eu não estou com muita paciência hoje, e você está me irritando. Eu não estou de brincadeira, tem 5 segundos. – respondi, a olhando nos olhos – 4...3...

– S-S-Se eu não abrir o que você vai fazer?! – indagou Amber, ainda gaguejando

– Que bom que perguntou. – respondi fechando a mão e dando um soco com força no armário dela, que estava bem próximo a cabeça dela, causando um pequeno estrondo. A chapa de ferro do armário entortou com a força do soco, e Amber ficou branca de susto, mas não conseguiu gritar. Ela tremia e olhava para o braço de fênix, que por poucos centímetros não a atingiu no rosto – Ops! Parece que errei o alvo, mas no próximo eu irei acertar...

– P-P-Para! – gritou Amber apavorada – Por favor, eu... eu devolvo o colar.

– Abra o armário e entregue o colar na minha mão. – respondi calmamente. Amber estava branca e tremia muito ao abrir o próprio armário e pegou o colar e o entregou calmamente. – Agora peça desculpas.

– Me desculpe. – respondeu Amber apressadamente

– Espero que tenha aprendido a não pegar “lembrancinhas” dos outros sem permissão, caso contrário terei que lhe adestrar novamente. – respondi sorrindo – E na próxima, eu posso acabar acertando o alvo. Estamos entendidas?

– Sim... – respondeu Amber. Quando me afastei de Amber, ela escorregou pela armários e ficou sentada, imóvel. Ok, confesso que foi meio divertido encenar o papel de “vilã”, e principalmente fazer Amber virar um coelhinho assustado. Tive que me controlar pra não rir... ou melhor gargalhar. Quando eu me virei pra sair, notei uma pequena plateia ao meu redor, todos estavam olhando o que havia acontecido e chocados. Não reconheci o rosto de ninguém ali, mas era obvio que estavam em estado de choque. Continuei andando e a roda se abriu e permitiu eu passar... quando eu estava no meio do corredor começaram a assobiar e bater palmas. Do jeito que estavam comemorando, parecia que a seleção tinha ganhado a copa do mundo! Eu queria ter virado o rosto e olhado pra trás, mas isso ia acabar com a minha imagem de agora, além disso eles iriam ver que eu tava me controlando pra não rir...

Quando cheguei na quadra, não consegui segurar mais e comecei a gargalhar... até chorei o tanto que ri. Dajan parou de treinar e correu até mim, preocupado.

– Fênix, você tá bem?! Doí alguma coisa? – indagou Dajan preocupado

– Estou ótima! – respondi, ainda rindo muito, e lhe entreguei o colar

– Você achou... onde estava? – indagou Dajan, colocando o colar de imediato – O que aconteceu pra você estar assim?

Antes que pudesse responder a ele, mais risadas começaram a chegar na quadra. Quando olhei pra trás, vi Weany, Keroro, Maryanne e Lubelah, no mesmo estado deplorável que eu...

– Que isso gente, epidemia?! – indagou Dajan preocupado, sem saber o que fazer. O pior que eu e as meninas olhamos umas pra cara das outras e rimos ainda mais... só paramos devido a dor no estomago e a falta de ar.

– Eu... eu vou pegar água pra vocês! – falou Dajan, saindo correndo pra o refeitório.

– Você... você se tornou a heroína do colégio todo! – respondeu Lubelah – Nunca vi Amber daquele jeito!

– Também não, e eu conheço ela faz tempo! – respondeu Weany

– Adorei a parte do olhar malvado e o “afastem-se” pra aqueles clones! – respondeu Maryanne – Eu juro que as pernas delas tremer de medo!

– E eu tenho certeza que via uma cena de anime ali, aquela que tem um fantasminha que saí da boca da pessoa, quando ela fica inconsciente. – falou keroro – Vou te chamar de Ane-sama a partir de hoje! Sou sua fã!

– Todo mundo virou seu fã! – respondeu Weany

– Não exagera... – comentei colocando a mão na barriga, que estava doendo muito

– O pessoal que assistiu tudo foi o mesmo pessoal que Amber perseguiu. Ninguém vai falar nada do que aconteceu, pois você fez algo que todo mundo tava querendo fazer a muito tempo. – respondeu Lubelah

– Nem tanto, eu queria que ela tivesse acertado o soco. – comentou Keroro, divertida

– Se ela fizesse isso, tava expulsa do colégio. – comentou Maryanne, sendo coerente – Mas acho que o que valeu foi a intensão, então o grupo de amber vai andar na linha por enquanto. Teremos “paz na terra” por esses dias.

– Eu espero que sim... – comentei pensativa. Realmente era melhor ter um pouco de paz pra aquele clima meio tenso do colégio.

–--x---


Porque tenho a impressão que, quando as coisas não podem piorar, elas pioram?! Sério, é quase uma espécie de carma ou... sei lá! Ontem a noite, quando liguei para meus pais, eles brigaram comigo... não, não foi por culpa do que fiz com Amber, mas algo totalmente fora de meu controle, o que aconteceu com o Ken. Eu não entendi exatamente como, mas o pai de Ken conseguiu entrar em contato com o meu pai, e que fez as duas famílias terem uma conversa séria e, de certo forma uma briga. Os pais do Ken me culparam de tudo que aconteceu com ele, e meus pais, como não sabiam de todos os detalhes, começaram a tentar me defender e... agora eu sei que as duas famílias se odeiam e eu estou proibida de chegar perto da casa de Ken. Não posso nem tentar saber como ele está... droga! Isso é um saco! Ken era meu amigo... um amigo meio burro, mas um amigo. Ele fez escolhas erradas e pagou pelo erro dele, mas isso não devia envolver nossos pais.
Confesso que fiquei muito chateada com o que houve... sabe aquela raiva que faz você querer bater no primeiro idiota que te encher a paciência?! Pois é, eu estou nesse estado... e o que eu torço é pra Amber e seus clones ainda tenham medo de mim e se mantenham a distancia. Com o humor que estou, não teria controle algum e... bom, digamos que ela iria conhecer São Pedro.

Eu fui cedo pra escola, mas não tive vontade alguma de ficar na sala, muito menos conversar com alguém. O legal que, pelo que eu fiz ontem, todos os outros alunos do colégio se afastavam pra eu passar e ninguém ousou me incomodar.

Eu precisava ficar sozinha pra pensar...  No que eu tinha errado, no que tinha falhado... Havia prometido a mim mesma que protegeria Ken de amber e as outras... Mas no fim, não pude fazer nada. O pai de Ken o transferiu da escola e deixou bem claro pra a direção que deixar o nome do colégio que Ken estaria em sigilo, e o celular do Ken está fora de área... Isso se ele não trocou de numero. Mas que droga! ... Ele era meu amigo, por que ele não falou pra mim o que tava acontecendo? Porque não me chamou pedindo ajuda? Eu agüentaria qualquer punição da escola, desde que Ken continuasse a estudar aqui comigo! Ele foi meu primeiro amigo nessa escola! O que eu faço agora com esse sensação de estar sozinha?

Estava tão chateada que fui para o patio, e me deitei num banco qualquer, com um dos braços protegendo os olhos... Não iria chorar, por mais triste e irada que estivesse. Com quem agora eu conversaria sobre jogo? Star Wars? Ou ter uma luta Jedi? É melhor eu sair do clube de jardinagem, sem o Ken por lá, não tem a menor graça. Quem sabe entro em outro clube ou...

- chega pra lá! - falou a voz masculina, ao meu lado. Era Castiel...

- O que você quer? - indaguei, ainda com os olhos cobertos pelo meu braço - E não estou no seu banco, se quiser se sentar, faça lá!

- Estressada por quê? - indago ele, com aquele tom de quem ta tirando sarro - Isso tudo é por casa daquele nerdezinho “chiquete“ foi embora?

- Cala a boca e vaza! - gritei, tirando o braço dos olhos, e olhando irritada pra ele - Se e não tivesse ter de procurar aquela porcaria de cachorro, e poderia ter ajudado o Ken, e nada disso estaria acontecendo! Porque não me ajudou quando te pedi?!

- Porque eu não queria. - respondeu ele simplesmente, e sorriu

- Fique com o banco, to fora! - falei, tentando me levantar, mas Castiel foi mais rápido e me impediu de me levantar, além de imobilizar meus braços, acima da minha cabeça - Me solta Castiel, ou e juro que farei você se arrepender amargamente!

- Não, é você que vai me escutar! - respondeu ele, parecendo irritado - Porque todo esse sentimentalismo, ele é só mais um nerd? Pra que todo esse drama e sentimentalismo? Por quem você acha que ele fez tudo aqui? Ele queria te proteger também!

- Eu não preciso de um protetor, precisava do meu amigo! – respondi irritada- O que isso te importa?! Você não entende...

- Não entendo?! Ele estava se apaixonando por você, e você faria se ele te pedisse em namoro? – indagou Castiel, mais irritado – O que faria se ele se declarasse pra você? Ficaria ao lado dele por pena ou talvez...

- Isso não tem nada a ver com você Castiel! - respondi, irada

- Pois agora vai ter... - respondeu ele, e antes eu conseguisse responder, ele se inclinou e me beijou. Eu não entendi ao certo se ele me beijo pra me punir ou... Quem vai saber?! Acho que nem ele sabia o que tava fazendo! Não sei quanto tempo ficamos nisso, mas sei que quando nos separamos. Castiel parecia estar mais irritado ainda, me soltou e foi embora, resmungando. Eu juro que não entendo esse cara!!!

 Fiquei olhando ele ir... E fiquei olhando naquela direção muito tempo depois dele sumir. Castiel era um enigma pra mim! Nada do que ele falou ou fez agora tinha um sentido pra mim... uma hora era quase carinhoso, amigável... em outras era um completo idiota que me irritava a ponto de... droga! Porque ele estava assim também? Eu tenho motivos pra ficar irritada... mas ele tem?

Olhei pras janelas da escola, torcendo pra que ninguém tenha visto o que aconteceu entre a gente... Mas não foi assim, pois umas das janelas havia uma sombra, que se escondeu após eu olhar, sem eu poder identificar exatamente quem era. Droga, minha vida já estava complicada antes, porque com a saída do Ken parece que virou um verdadeiro caos?!



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