Oneshots - Victorious escrita por Bloody Rose


Capítulo 12
Poder ter em quem confiar


Notas iniciais do capítulo

Meu amores, eu peço MIL desculpas pela demora, mas estou tão concentrada na minha outra fic que nem estou tendo ideias para as ones!
Bom, essa história aqui vai ser meio diferente. Muito mais fofinha, mas não tem romance. É apenas sobre amizade - E uma amizade bem inesperada por sinal kk. Eu espero que vocês gostem e desculpem se a história ficou fraca. Foi o melhor que consegui arrancar de mim. Boa leitura (:



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/244559/chapter/12

Não estava sendo um final de semana tranquilo na casa dos Vega. Tori estava no seu momento mensal de pura falta de paciência, e é claro que não aguentava ao menos ouvir a voz da irmã mais velha. Diferente do que os outros pensavam, Trina não ficava judiando da irmã. Na verdade, ela tentava se afastar o máximo possível para não incomodar a caçula, mas infelizmente suas tentativas se tornavam cada vez mais fracassadas. Para ajudar, uma onda de calor estava sobre Los Angeles, o que implicaria que a jovem Vega ficasse mais e mais nervosa por conta das temperaturas altamente insuportáveis.

Era domingo a tarde e Trina estava sentada com sua cadeira de praia no jardim dos fundos quando Tori apareceu pisando duro.

- Me dá essa cadeira!

- Pra que? - Ela virou assustada para a irmã mais nova.

- Eu quero tomar sol!

- Mas... Tem uma cadeira bem do meu lado...

- E você pode ficar com ela.

- Não, Tori. Eu cheguei primeiro, vou ficar com ela. - Trina controlava seu tom de voz para não ficar tão agressivo, mas já estava se enchendo da irmã querendo mandar nela. Pensava que era algum tipo de vingança por várias vezes ter se comportado tão mal. Mas na verdade a garota só queria chamar um pouco a atenção das pessoas. Era sempre Tori Vega, sempre a talentosa... Trina apenas ficava "se mostrando" ou "se achando" para os outros para poder ter um pouco da atenção que era sempre da irmã mais nova. Ciúmes, essa deveria ser a palavra. Mas desde que Victoria havia nascido, os olhos de todos sempre caíam sobre ela... Katrina queria poder voltar ao tempo de quando nasceu. Não era birrenta, sempre havia se comportado... Tinha a atenção para ela. 

- Mamãe! - Ela gritou. Trina arregalou os olhos e se levantou apressadamente. Tori se sentou na cadeira rindo. - Ela não está em casa. Mas esse truque sempre funciona.

- Nossa, Tori... - Os olhos da garota se encheram de lágrimas e então ela correu para o andar de cima. Tirou o biquini roxo que estava usando, colocando em seu lugar uma blusinha azul soltinha, shorts jeans e sua rasteirinha. Prendeu o cabelo novamente em um rabo de cavalo frouxo, pegou as chaves do carro e saiu de casa ainda em meios as lágrimas. Não acreditava no como sua irmã poderia jogar tão baixo com ela. Pra ajudar, Trina e sua mãe estavam brigadas mais uma vez, assim como a mesma e seu pai. A vida da garota nunca havia sido tão difícil. Brigada com todos, sem amigos ou amigas e até mesmo a irmã mais nova contra ela.

Ela desceu as escadas e foi para a garagem. Chegando lá entrou no carro e deu a partida sem se importar em pegar bolsa, documentos ou celular. Precisava de um tempo longe de tudo isso, da falsa imagem que havia construído de si mesma. Mas precisava de alguém para conversar. Quem poderia ser? Cat estava viajando, Robbie na casa da avó, Andre compondo, Beck no Canadá... Jade? Ela estava em casa e com certeza estava brincando com suas tesouras. Seria uma boa escolha a não ser pelo detalhe que ela era a que mais odiava Trina. Mas era sua única opção, além do que a garota mal humorada também construia uma imagem diferente da sua realidade. A garota podia perceber que perto do namorado ela mudava, mostrava seu verdadeiro Eu. Jadelyn West não era má pessoa. E com certeza Trina precisava falar com ela.

Chegando na casa da garota, desceu do carro e trancou as portas, seguindo para o portão da frente. Com certo receio ela tocou a campainha, dando de cara com o pai de Jade. O Sr. West sem nada dizer gesticulou para que Trina entrasse e indicou que sua filha estava nos fundos. Ela caminhou devagar até lá, parando a alguns centímetros da garota de mechas azuis. 

- Quem é? - Perguntou de olhos fechados, sentada em uma cadeira de praia, mas ao invés de estar tomando sol, estava na sombra.

- Eu. - Trina respondeu com a voz falhada.

- O que você quer Ve... - Jade se virou pronta para expulsar a visitante, mas parou ao ver que a mesma tinha o rosto molhado por lágrimas. - O que houve, Trina?

Ela foi pega de surpresa com o tão inesperado tom de voz preocupado de Jade. Nunca poderia imaginar que a garota pudesse ser assim, por mais que soubesse que a jovem West não era tão má.

Sem dar uma resposta sequer, Trina jogou os braços ao redor do pescoço de Jade em um abraço apertado, dessa vez realmente desabando em lágrimas. Os olhos azul-esverdeados da garota se arregalaram com aquela reação da Vega mais velha, mas mesmo assim lhe abraçou, tentando reconfortá-la. Alguns minutos de quase silêncio depois, Trina se separou respirando fundo.

- Desculpa.

- Não tem problema. - Jade suspirou dando um sorriso leve, em seguida se levantou, puxando Trina pela mão em direção à cozinha. Pegou um copo limpo e o encheu de água, entregando para a garota chorosa. - Quer me contar o que houve? 

- Eu nem sei por onde começar...

- O que acha de começar pelo começo? - Ela parou dando uma breve risada. - Desculpe, força do hábito.

- Tudo bem... - Trina deu mais um gole. - Eu não sou como todo mundo pensa que sou. Não gosto de me mostrar, mas eu quero um pouco de atenção. Desde que a Tori nasceu é tudo ela, sempre ela. É a Tori perfeita, a caçula obediente enquanto é a Trina chata, a mais velha irritante! Eu to cansada disso... E o meu jeito de tentar chamar atenção afastou a todos. Eu não tenho amigos e não posso nem ao menos contar com os meus pais já que estão brigados comigo. Eu sou uma ninguém sozinha no mundo que só deu sorte de entrar na melhor escola no universo por causa de um coco estragado!

Jade suspirou novamente e abraçou Trina de leve.

- E depois dizem que você não tem talento. Cara, você é uma ótima atriz... Conseguiu enganar todo mundo por todos esses anos! Fingiu ser alguém irritante... Você não é assim.

- E você não é má. Desculpe por todas as coisas que eu já disse... Por dar em cima do Beck. Sério, desculpa mesmo.

- Desculpe também por todas as vezes que te insultei. Sabe como é... Ciúmes...

- E ter que lidar com alguém irritante. - As duas riram. 

Jade enxugou as lágrimas de Trina e deu um leve sorriso.

- Sei que não é muito comum vindo de minha parte, mas conte comigo pro que precisar, ok?

Katrina arregalou os olhos, perplexa.

- Somos amigas? - Jade fez que sim com a cabeça. - Eu tenho uma amiga?

- Sim, claro. Por que não?

- Eu tenho uma amiga! Finalmente! - Trina tomou Jade em mais um abraço apertado.

- Ai, tá bom Vega. Já chega! Que melação!

Ela recuou imediatamente.

- Desculpa.

Foi então que a jovem West caiu na gargalhada.

- Eu tava brincando, Vega. Relaxa.

- Ah... Ok.

* * *

Na segunda-feira Trina já estava mais calma. Ela havia ignorado Tori pelo resto do tempo e conversando bastante com sua nova amiga Jade. Quando chegou na Hollywood Arts, viu ela e Beck conversando. Por causa disso resolveu passar sem cumprimentar, para não atrapalhá-los.

- Nossa, passa reto mesmo! Bom dia pra você também, Trina. - Jade resmungou, dando um gole em seu café. 

- Desculpe. Só não queria atrapalhar sua conversa com seu namorado. Bom dia. - As duas trocaram um leve abraço. - Bom dia, Beck.

O garoto olhou a situação espantado.

- Bom... Bom dia, Trina. O que eu perdi? E cadê a sua voz de taquara rachada?

Jade começou a rir incontrolavelmente. Se não fosse pela amiga tê-la segurado, com certeza teria caído no chão.

- Haha, muito engraçado Beck. Deveria virar comediante.

- Mas é sério. Você não parece a mesma de sexta-feira.

- Porque agora está sendo ela mesma. - A morena de mechas azuis falou depois de se recompor do ataque de riso.

- Como assim?

Nessa hora o sinal tocou.

- Longa história, depois eu te conto. Vai ficar bem sozinha, Trina? - Já que a Vega era um ano mais velha, não teria nunca as mesmas aulas que Jade.

- Eu já não estou mais sozinha. Tenho você que é minha amiga.

- E somos você e eu contra o mundo. - Jade a abraçou novamente. 

Beck soltou um pigarro.

- Você quer dizer, abre aspas, você, eu e o Beck contra o mundo, certo? Porque seja lá o que for, as duas vão poder contar sempre comigo. - Ele deu um sorriso de lado.

Trina sorriu também e Jade puxou o namorado para o abraço também.

- Eu amo vocês dois! - Trina falou.

- Também te amo. - Jade lhe deu um beijo na bochecha. Beck respondeu o mesmo e os dois foram para sua aula de atuação. E Trina foi para sua aula de dança, sentindo-se melhor por estar sendo ela mesma e agora ter amizades verdadeiras e em quem confiar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, gostaram, odiaram? O que me dizem? Quero a opinião de todos, kay?
Bom, queria também pedir dois super favores pra vocês.
O primeiro é que leiam a minha nova fic Bade "Ao Seu Lado" (quem já lê, ignore).
O segundo é que me sigam no meu novo twitter (quem quiser, é claro). Bom pra quem for seguir é @_LoveVictorious
Desde já eu agradeço a vocês, amores. Beijos ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Oneshots - Victorious" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.