Distrito 5 - A Força Da Inteligência escrita por BelleJRock


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! Preciso me desculpar pela demora desse capítulo, é que voltei em semanas de provas e preciso estudar se não as notas vão pro breu. Haha, então eu acho que próximo capítulo será um poquito demorado. Mas o bom é que depois eu vou ficar de férias e terei todo o tempo que puder (yaaaay o/)
Também queria agradecer muuuuuito pelas suas reviews gente, estou muito feliz mesmo com o que vocês escrevem *-* Também queria pedir se não for incômodo para me ajudar a divulgar a fic gente, mostrar para seus amigos, amigos do fanfiction ou sei lá. Mas se PUDEREM não se incomodem. Eu estou tendo provas ai fica difícil eu entrar no pc. Muito obrigada pessoal!! Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/244527/chapter/17

Capítulo 17:

           A surpresa veio à tona. Por um breve momento não soube distinguir se aquilo era um tipo de bestante ou se eram tributos. Afinal, a capital até já recriaram alguns dos tributos mortos como robôs para assustar nos jogos em edições passadas. Mas foi aos poucos em que reconheci um menino aparentemente loiro, alto e muito musculoso junto com mais dois tributos: uma menina baixinha de cabelos escuros que se debatia enquanto caia no chão e um menino baixo que já havia desmaiado. Aqueles eram os carreiristas. Tive o impulso de dar passos ligeiros para trás com medo das grandes e potentes armas que havia nos cintos e, principalmente, nas mãos dos sanguinários da Arena, mas não cheguei nem a virar de costas para eles: parei e fiquei observando-os. A cena só ficou fazendo sentido quando vi grandes insetos com asas pretas voando ao redor deles e picando-os e a cada vez que isso acontecia um grito era dado.

              Eram teleguiadas. Arregalei os olhos e dei um sorriso. Alguém aprontara com eles e foi feio a ‘’brincadeirinha’’. Pensei que aquilo poderia ser uma das invenções da capital para acelerar mortes, mas por que os carreiristas? São eles que gostam de levar sangue a capital com o maior prazer e diversão. Então foi algum tributo. Muito esperto para conseguir fazer isso.

               Dei mais alguns passos para trás e continuei a observar aquilo. Foi aí que um garoto estranho aproximou deles. Ele não continha nenhuma arma, nem mesmo uma faca. Pelo menos não mostrava nada ao cinto. Somente uma mochila que lhe fazia curvar as costas. Ele tinha olhos próximos um do outro e um rosto arredondado. Sua expressão era de pavor e ficara paralisado como eu. A garota que estava se debatendo no chão, aquela que me lembro de que tem uma habilidade nata com facas, parou e começou a falar alguns nomes que eu não fazia ideia de quem são. O garoto loiro e fortão pegou uma grande e brilhante espada e começou a bufar. O garoto estranho hesitou por um momento achando que era sua morte, mas nada aconteceu. Ele na verdade passou do lado do garoto, empurrou-o e disse para olhar seus companheiros no chão.

               - Estou de olho! – Disse ele gritando como se fosse uma ameaça. O que o garoto faria? Ele não possuía armas, e foi assim que tão de repente ele fez uma aliança com os carreiristas. Ou talvez ele morresse na volta, o efeito das teleguiadas poderia passar no garoto loiro, depois ele levantou a espada e continuou a gritar – Eu mato aquela maldita! Mato do jeito mais doloroso! Desgraçada! E onde está ele? – No caminho de volta em que ele seguia, a espada reluzia a luz do sol e ele tropeçou, mas rapidamente se levantara, falou algumas palavras sem nexo e continuou seu caminho. Os dois tributos estavam com calombos enormes no rosto, estava roxo, vermelho, verde todas as cores. As teleguiadas foram embora e agradeci por não terem me picado. O garoto estranho que havia aparecido ficou parado e olhando para os tributos, ele não tinha capacidade para matar alguém, eu acho. Eu poderia muito bem ir até lá e matar o garoto e aqueles carreiristas, mas resolvi sair de lá e deixei aquela cena bizarra para trás.

            Segui um caminho diferente, do outro lado do lago. Saquei minha faca e comecei a fazer marquinhas nas árvores. Dessa vez de vinte em vinte. Não estava rodando em círculos. Fui andando silenciosamente e olhando os tipos de árvores que haviam por ali. Elas foram ficando mais altas e suas copas mais juntas umas das outras, e em plena manhã o ambiente ficou escuro. No meio dos meus pensamentos sobre as teleguiadas lembrei-me dos dois tiros de canhão que haviam disparado. Devem ter sido as teleguiadas que mataram esses tributos. E quanto ao garoto loiro? Ele gritara que mataria ‘’ela’’ e... Katniss! Era ela. Só podia ser. Eles a caçavam por causa de sua nota. Tenho quase certeza que era ela. Fiquei tentando imaginar se a própria Katniss não tivesse morrido também ao meio da armadilha. E agora contando nos dedos, sobraram dez tributos incluindo-me.

                A fome bateu e lembrei-me do esquilo que eu havia capturado. Escolhi uma árvore em que eu faria a próxima marquinha e escorei-me no tronco. Abri a mochila e encontrei o esquilo ainda bom. Retirei um pedaço e abocanhei, retirei mais outro e engoli de novo. Aquilo era um verdadeiro banquete. Peguei minha garrafinha e dei dois goles na água. Enrolei o esquilo nas tiras e continuei a andar. Fiquei andando o dia inteiro e talvez esse tenha sido meu dia mais triste... Pensei muito em Ed e como ele deve estar me olhando na Arena com aquele rosto quieto e sem expressão, mas sendo o rosto mais lindo de todos pra mim. Pensava nos dias perdidos com meu irmão mais velho por causa de brigas. Pensava em meus pais, até em Rodney. Mas quando pensava em Ethan era algo tão ruim... Eu me sentia tão péssima por ter deixá-lo. Desviei esse pensamento da minha cabeça e fiquei pensando aonde os carreiristas iriam. Vi uma pequenina clareira e olhei para o céu que já estava escuro. Minhas pernas doíam e minhas pálpebras estavam pesadas. Infelizmente tive que escalar mais uma vez as árvores e quando estava longe do chão consegui achar um tronco grande e seguro. Amarrei-me com as cordas, dei mais um gole na água e coloquei as alças da mochila em meus ombros com ela virada para frente.

                A árvore tinha um cheiro gostoso, era a primeira vez que sentia algo do tipo, fiquei sentindo o perfume até que olhei para cima e vi uma fruta, meio arredondada e bem vermelhinha. Nunca tinha visto uma fruta dessas no meu distrito. Mas lembro-me de seu nome: maçãs. Foi difícil lembrar, já que o cansaço chegara até em minha mente. Aquele computador enorme no centro de treinador foi uma boa escolha. Estiquei minha mão e alcancei uma. Ela era lisinha e tinha cor estonteante mesmo no escuro. Estiquei para esquerda e consegui pegar mais duas dessa. E com uma grande tentação abocanhei uma. Não tinha muito gosto, mas era deliciosa do mesmo jeito.

               Via o céu iluminado por algumas estrelas pelas brechinhas das copas das árvores. E foi aí que escutei o hino. Agora sim saberia quem havia morrido. Foram dois canhões e assim mostrou as fotos: Uma garota com uma cabelereira loira e um rosto afilado e saudável sorria diante toda a arena.  Ela era uma carreirista do distrito um. Fiquei surpresa com o poder das teleguiadas. A outra também era uma carreirista, ela tinha um rosto bem fino e era bronzeada com cabelos castanho escuro. Era do distrito quatro. E assim o telão fechou e eu adormeci num sono profundo e sem sonhos.

             No outro dia acordei com um farfalhar nas folhas mortas do solo. Abri os olhos rapidamente e desamarrei a corda, guardei na bolsa e coloquei a mochila nas costas e peguei a faca. Respirei fundo e aos poucos estiquei a cabeça para olhar lá embaixo. Vi uma garotinha colhendo raízes. Devia ser umas cinco da manhã. Ela era... Linda. Guardei a faca e vi sua graciosidade. Ela era moreninha e seus cabelos curtos e bem cacheados. Tinha um rosto afilado e olhos brilhantes. Escolhia cada raiz com muito cuidado. Eu me lembro dela, vi-a no treinamento, na verdade quase não a via, pois era muito ágil e vivia se escondendo. Ela recebeu uma nota oito e só tem doze anos. Queria descer da árvore, mas por mais que ela não parecesse agressiva iria esperar. Depois de uma hora ela parou, olhou para os lados e foi embora. Lembrei que ela era do distrito 11: agricultura. Era por isso que sabia bem sobre as raízes. Desci da árvore e reparei que ela havia sumido. Mas antes que eu pensasse em alguma coisa, vi as folhas de uma árvore á frente farfalhar. E outra mais á frente repetir a ação, como se fosse uma reação em cadeia. Seria ela? Seria isso o porquê de sua nota? Decidi seguir ela pelos farfalhares e eu estava muito excitada em descobrir aonde ela iria. Uma vez olhei para frente e topei no chão de susto. Fiquei lá atrás de vários arbustos com o coração acelerado. Katniss fez uma aliança com a garotinha.

                Lá estavam elas sentadas e conversando sobre algo que não estava prestando atenção. Então elas estão juntas... Talvez fossem elas que fizeram as teleguiadas correrem atrás dos carreiristas. Não me lembro de outras garotas além delas que o garoto loiro e forte está atrás. E então me concentrei e escutei a conversa entre elas:

                 -Rue! Onde esteve? – Perguntou a voz potente de Katniss.

                 - Fui coletar algumas raízes para nós comermos. – Disse a garota do 11 que se chamava Rue. A voz dela era tão doce e amigável que seria inimaginável que alguém assim fosse ficar nesse pesadelo de Arena.

                 - Ah sim. Obrigado.

                 - Encontrei algo que possa lhe interessar.

             -O que foi?

             -Os carreiristas. Eles fizeram uma base perto do lago. Estão três carreiristas e um tomando conta.

              -Tomando conta?

             -Eles empilharam os suprimentos que pegaram da cornucópia, que é bem perto dali.  Estão tudo em várias pirâmides, com alguns tipos de lixeiras e caixas. Esse garoto fica vendo os suprimentos enquanto os carreiristas caçam tributos. Não souberam tratar as feridas, estão horríveis. Mas não sei como o garoto conseguiu fazer aliança com eles. – Então o garoto estranho foi aceito. Graças a ele os outros tributos sobreviveram e não foram mortos. Só pode ser isso.

              - E Cato?

             - Forte como sempre. – Disse a doce Rue. Quem era Cato? Seria o carreirista fortão? Ou aquele garoto do 12... Não me lembro...

            - Rue, precisamos fazer algo a respeito disso.

            - O quê?

           - Eles sempre foram bem alimentados. Não sabem como é viver com a fome, muito menos caçar ou comer coelhos. Eles precisam ficar sem alimento.

            -Mas eles possuem todos os suprimentos da cornucópia. E como nos livraríamos dos alimentos?

           - Eu e você poderíamos comer tudo. – Ela disse ironicamente e elas deram belas risadas. Entendo aonde ela quis chegar. – Precisaríamos distraí-los, vamos acender três fogueiras para tirá-lo de lá, depois você sai rapidamente e eu destruo os suprimentos. Isso vai dar tempo de montar um plano.

           -Boa ideia, Katniss.

           Elas ficaram conversando sobre o plano enquanto me afastei cautelosamente do local. Eles ficaram no lago e empilharam sua comida. Mal pude acreditar que lá ficava perto da cornucópia, poderia ter pegado muitas coisas. Eu não me afastei muito delas e escalei uma árvore novamente. Fiquei sentada lá enquanto comia uma maçã, um pedaço do esquilo e bebia um gole de água. Precisava ver o local novamente e ver a situação. Eles não colocariam um mero tributo qualquer vigiando suas comidas preciosas. Tem algo mais lá, como armadilhas. Eu aproveitaria as fogueiras de distração da Katniss e Rue e pegaria alguns dos alimentos dos carreiristas para mim. Eu conseguiria bom alimento e o resto elas destruíram. Uma ótima oportunidade.

           Se tudo desse certo seria a segunda vez que riria da cara dos carreiristas. Posso ouvir a capital inteira vibrando com as cinzas que um dia chamariam de suprimentos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eaí gostaram? Deixe reviews ^^ Obrigado!!
Próximo capítulo vai ser bem legal e mais ação hehe. Até o/



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Distrito 5 - A Força Da Inteligência" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.