Summertime Sadness escrita por weissernebel
Notas iniciais do capítulo
oie. estou inspiradíssima então vou postar hoje, apesar de ter previsto esse capítulo pra daqui a alguns dias. revisei bastante mas se tiver algum erro, pelo amor da santidade me avisem ok
enjoy
"Blue jeans, white shirt, walked into the room, you know you make my eyes burn..."
– Tom, não quero olhar - Bill tapou os olhos dentro do taxi assim que chegaram ao hotel - É caro demais e não acredito que você me trouxe aqui só para que eu pudesse escrever algumas músicas. Não posso olhar.
– Pois deveria - foi só o que o irmão, boquiaberto, murmurou.
O carro parou em frente à que, ao ver deles, era uma das construções mais belas do mundo. O Hotel Martinez ia com certeza consumir os milhares de dólares que eles tinham sobrando no banco, mas ia valer a pena. Ao menos era isso que diziam os sites de viagens.
Era um prédio branco, com colunas majestosas e uma quantidade considerável de janelas e sacadas na frente. Não tinha como não gostar dali. Era um daqueles lugares que a pessoa passa por perto aos 5 anos de idade junto com os pais e fica até motivada a ser alguém na vida pra pagar uma diária que seja naquele hotel. Era como um imã. E podia até ter, depois dos eventos que iam se seguir ali, ser atraído misteriosamente pra um hotel cuja diária passava dos U$1.000 não era tão misterioso assim.
Tom pagou o taxista que ajudou-os a entrar na recepção com as malas. A decoração de lá era tão agradável que não é necessário descrever, já que as coisas agradáveis demais não precisam ser descritas porque são simplesmente agradáveis e descrições podem fugir um pouco da realidade e então a decoração não parecerá tão agradável ao leitor como ela realmente é.
Bill foi obrigado a destampar os olhos e adentrar o hotel caminhando. Assim que passou da porta, já pode sentir o cheiro de coisa cara. Não que esse cheiro realmente existisse, já que o psicológico da pessoa pode ficar um pouco alterado nesses casos de estar em lugares de luxo extremo.
– E aí, caras? - um homem de cabelos longos apareceu do nada atrás deles. A recepção estava um pouco movimentada e era impossível dizer se era porque já estava na hora do jantar e as pessoas perambulavam pelo hotel em busca do restaurante ou se era porque gente rica gosta de ficar zanzando esbanjando riqueza por aí - Todo mundo esperando vocês, o que houve?
Os irmãos cumprimentaram Georg, mas Tom estava mais preocupado em entregar as malas para um funcionário e ir fazer o check-in. Então, Bill encarregou-se de responder.
– Tivemos um pequeno imprevisto - disfarçou o que seria na verdade um "precisei ficar um tempo me recuperando emocionalmente no aeroporto de Cannes porque o avião passou por turbulência e eu achei que fosse morrer"– Mas nada de importante, já está tudo bem.
– Ah, que ótimo, porque está todo mundo esperando por vocês. Ali, ó - e apontou para alguns sofás que tinham um grupo de seis pessoas rindo e falando alto o suficiente para ser um pouco vergonhoso - Vamos lá.
Bill foi caminhando até o sofá com aquela pose de Bill Kaulitz caminhando até um sofá que era bastante atraente, e Georg abraçou-o de um jeito um pouco invasivo e foi sorrindo sem parar enquanto o guiava até o grupo de pessoas.
– Galera - ele ergueu a voz, fazendo o pessoal parar de falar - Esse é o Bill.
Eles sorriram. Alguns seguravam tacinhas de espumante e pareciam bem receptivos.
– Bill - Georg continuou - Esse é Noah - e um homem levantou para cumprimentá-lo. Tinha os cabelos loiros e a pele bronzeada, parecia um desses surfistas viciados em... bem, surfar.
– Então você é o famoso - riu e lançou-lhe uma piscadela um pouco sexualmente duvidosa - Bonito você, hein cara.
Bill tentou ao máximo sorrir e disfarçar a estranheza da situação. De qualquer forma, as apresentações continuaram.
– Essa é Rebecca - e uma loira que parecia ter passado a vida em uma clínica de cirurgia plástica levantou-se e cumprimentou-o. Ela tinha cheiro de cenoura. Tem gente que é assim. Tem cheiro de cenoura - Este é o Peter - Georg apontou para um cara de boné de aba reta e colar de ouro que mais parecia um rapper americano que canta canções que envolvem bebidas e boquetes - Esta é Amber - uma ruiva bonita sorriu para Bill e deu-lhe um longo abraço que ficou um pouco estranho também - Esse é Harry - indicou um homem que apenas lhe assentiu e não sequer levantou, já que estava agarrado em uma garota e parecia que só faltava querer fazer xixi nela pra marcar território - E essa...
– Mas olha só! - Tom apareceu atrás deles, sorrindo e falando alto do tal modo vergonhoso - Vocês vieram mesmo! Que coisa incrí... E olha só quem veio! - e desvencilhou aquela garota do abraço do tal Harry para abraçá-la - Deu as honras de sua presença, então?
– Sabe, eu não ia vir - ela sorriu. Bill pôde notar que não conseguia tirar os olhos dela. Ela tinha os cabelos pretos que contrastavam com a pele absurdamente branca e parecia ter a habilidade de sorrir sem parar. Vestia jeans azuis e uma camiseta com "you're not on my flirt list" em letras amigáveis. Emanava alegria - Mas, poxa vida, é a Riviera Francesa!
– Vocês já foram apresentados? - Tom pareceu ignorar completamente os rosnados do tal Harry enquanto abraçava a menina - Bill, essa é Lucy Shepherd - ela abriu um sorriso maior ainda - Lucy, esse é meu irmão, Bill Kaulitz.
– Oh, finalmente - ela aumentou o sorriso, estendendo a mão. Bill depositou um beijinho sobre ela, o que a fez rir baixinho - Todos esperávamos você, afinal, nunca dá as caras nos nossos encontros.
– Ah, bem, eu estava gravando.
- Sem a banda? - Harry levantou-se e foi, sorrindo de um jeito um tanto maníaco, até eles enquanto o resto do pessoal voltava a conversar.
– Um projeto solo - Bill engoliu em seco - Com o Far East Movement.
– Ah tá - deu de ombros, agarrando Lucy de novo - É assim que começa, né? Depois passa de projeto pra carreira solo.
– Não corremos esse risco - Tom interviu, sério de o clima ter ficado pesado de repente.
– Bem, de qualquer forma - Lucy mordeu o lábio inferior - Você está aqui agora, e é isso que importa.
Bill assentiu, arqueando uma sobrancelha, respondendo ao olhar sapeca dela e ignorando completamente Harry, o que não durou muito tempo já que ele puxou-a para o sofá de novo. Definitivamente ela se encaixava na categoria de pessoas com aparência e personalidade agradáveis demais para serem descritas.
– Tom, duas perguntas - Bill deu-lhe uma cotovelada assim que eles ficaram mais ou menos sozinhos - 1: De onde você conhece essa gente? 2: Onde está Gustav?
– Bill, duas respostas. 1: São conhecidos do Georg que por acaso estavam farreando em duas das festas que você não pôde ir. 2: Gustav chega amanhã porque a namorada teve um imprevisto e ela vem também.
Oh, bem. Bill deu de ombros e foi sentar-se junto com o resto do pessoal, nem um pouco constrangido com os olhares de Harry que pareciam encarar até sua alma. Aquela conversa e aquelas férias fora de época estavam só começando e ele já previa que a graça daquelas férias não seria apenas o luxo do hotel e a beleza do lugar.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
au revoir