Summertime Sadness escrita por weissernebel


Capítulo 2
Blue Jeans.


Notas iniciais do capítulo

oie. estou inspiradíssima então vou postar hoje, apesar de ter previsto esse capítulo pra daqui a alguns dias. revisei bastante mas se tiver algum erro, pelo amor da santidade me avisem ok
enjoy



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"Blue jeans, white shirt, walked into the room, you know you make my eyes burn..."



– Tom, não quero olhar - Bill tapou os olhos dentro do taxi assim que chegaram ao hotel - É caro demais e não acredito que você me trouxe aqui só para que eu pudesse escrever algumas músicas. Não posso olhar.

– Pois deveria - foi só o que o irmão, boquiaberto, murmurou.

O carro parou em frente à que, ao ver deles, era uma das construções mais belas do mundo. O Hotel Martinez ia com certeza consumir os milhares de dólares que eles tinham sobrando no banco, mas ia valer a pena. Ao menos era isso que diziam os sites de viagens.

Era um prédio branco, com colunas majestosas e uma quantidade considerável de janelas e sacadas na frente. Não tinha como não gostar dali. Era um daqueles lugares que a pessoa passa por perto aos 5 anos de idade junto com os pais e fica até motivada a ser alguém na vida pra pagar uma diária que seja naquele hotel. Era como um imã. E podia até ter, depois dos eventos que iam se seguir ali, ser atraído misteriosamente pra um hotel cuja diária passava dos U$1.000 não era tão misterioso assim.

Tom pagou o taxista que ajudou-os a entrar na recepção com as malas. A decoração de lá era tão agradável que não é necessário descrever, já que as coisas agradáveis demais não precisam ser descritas porque são simplesmente agradáveis e descrições podem fugir um pouco da realidade e então a decoração não parecerá tão agradável ao leitor como ela realmente é.

Bill foi obrigado a destampar os olhos e adentrar o hotel caminhando. Assim que passou da porta, já pode sentir o cheiro de coisa cara. Não que esse cheiro realmente existisse, já que o psicológico da pessoa pode ficar um pouco alterado nesses casos de estar em lugares de luxo extremo.

– E aí, caras? - um homem de cabelos longos apareceu do nada atrás deles. A recepção estava um pouco movimentada e era impossível dizer se era porque já estava na hora do jantar e as pessoas perambulavam pelo hotel em busca do restaurante ou se era porque gente rica gosta de ficar zanzando esbanjando riqueza por aí - Todo mundo esperando vocês, o que houve?

Os irmãos cumprimentaram Georg, mas Tom estava mais preocupado em entregar as malas para um funcionário e ir fazer o check-in. Então, Bill encarregou-se de responder.

– Tivemos um pequeno imprevisto - disfarçou o que seria na verdade um "precisei ficar um tempo me recuperando emocionalmente no aeroporto de Cannes porque o avião passou por turbulência e eu achei que fosse morrer"– Mas nada de importante, já está tudo bem.

– Ah, que ótimo, porque está todo mundo esperando por vocês. Ali, ó - e apontou para alguns sofás que tinham um grupo de seis pessoas rindo e falando alto o suficiente para ser um pouco vergonhoso - Vamos lá.

Bill foi caminhando até o sofá com aquela pose de Bill Kaulitz caminhando até um sofá que era bastante atraente, e Georg abraçou-o de um jeito um pouco invasivo e foi sorrindo sem parar enquanto o guiava até o grupo de pessoas.

– Galera - ele ergueu a voz, fazendo o pessoal parar de falar - Esse é o Bill.

Eles sorriram. Alguns seguravam tacinhas de espumante e pareciam bem receptivos.

– Bill - Georg continuou - Esse é Noah - e um homem levantou para cumprimentá-lo. Tinha os cabelos loiros e a pele bronzeada, parecia um desses surfistas viciados em... bem, surfar.

– Então você é o famoso - riu e lançou-lhe uma piscadela um pouco sexualmente duvidosa - Bonito você, hein cara.

Bill tentou ao máximo sorrir e disfarçar a estranheza da situação. De qualquer forma, as apresentações continuaram.

– Essa é Rebecca - e uma loira que parecia ter passado a vida em uma clínica de cirurgia plástica levantou-se e cumprimentou-o. Ela tinha cheiro de cenoura. Tem gente que é assim. Tem cheiro de cenoura - Este é o Peter - Georg apontou para um cara de boné de aba reta e colar de ouro que mais parecia um rapper americano que canta canções que envolvem bebidas e boquetes - Esta é Amber - uma ruiva bonita sorriu para Bill e deu-lhe um longo abraço que ficou um pouco estranho também - Esse é Harry - indicou um homem que apenas lhe assentiu e não sequer levantou, já que estava agarrado em uma garota e parecia que só faltava querer fazer xixi nela pra marcar território - E essa...

– Mas olha só! - Tom apareceu atrás deles, sorrindo e falando alto do tal modo vergonhoso - Vocês vieram mesmo! Que coisa incrí... E olha só quem veio! - e desvencilhou aquela garota do abraço do tal Harry para abraçá-la - Deu as honras de sua presença, então?

– Sabe, eu não ia vir - ela sorriu. Bill pôde notar que não conseguia tirar os olhos dela. Ela tinha os cabelos pretos que contrastavam com a pele absurdamente branca e parecia ter a habilidade de sorrir sem parar. Vestia jeans azuis e uma camiseta com "you're not on my flirt list" em letras amigáveis. Emanava alegria - Mas, poxa vida, é a Riviera Francesa!

– Vocês já foram apresentados? - Tom pareceu ignorar completamente os rosnados do tal Harry enquanto abraçava a menina - Bill, essa é Lucy Shepherd - ela abriu um sorriso maior ainda - Lucy, esse é meu irmão, Bill Kaulitz.

– Oh, finalmente - ela aumentou o sorriso, estendendo a mão. Bill depositou um beijinho sobre ela, o que a fez rir baixinho - Todos esperávamos você, afinal, nunca dá as caras nos nossos encontros.

– Ah, bem, eu estava gravando.

- Sem a banda? - Harry levantou-se e foi, sorrindo de um jeito um tanto maníaco, até eles enquanto o resto do pessoal voltava a conversar.

– Um projeto solo - Bill engoliu em seco - Com o Far East Movement.

– Ah tá - deu de ombros, agarrando Lucy de novo - É assim que começa, né? Depois passa de projeto pra carreira solo.

– Não corremos esse risco - Tom interviu, sério de o clima ter ficado pesado de repente.

– Bem, de qualquer forma - Lucy mordeu o lábio inferior - Você está aqui agora, e é isso que importa.

Bill assentiu, arqueando uma sobrancelha, respondendo ao olhar sapeca dela e ignorando completamente Harry, o que não durou muito tempo já que ele puxou-a para o sofá de novo. Definitivamente ela se encaixava na categoria de pessoas com aparência e personalidade agradáveis demais para serem descritas.

– Tom, duas perguntas - Bill deu-lhe uma cotovelada assim que eles ficaram mais ou menos sozinhos - 1: De onde você conhece essa gente? 2: Onde está Gustav?

– Bill, duas respostas. 1: São conhecidos do Georg que por acaso estavam farreando em duas das festas que você não pôde ir. 2: Gustav chega amanhã porque a namorada teve um imprevisto e ela vem também.

Oh, bem. Bill deu de ombros e foi sentar-se junto com o resto do pessoal, nem um pouco constrangido com os olhares de Harry que pareciam encarar até sua alma. Aquela conversa e aquelas férias fora de época estavam só começando e ele já previa que a graça daquelas férias não seria apenas o luxo do hotel e a beleza do lugar.


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Notas finais do capítulo

au revoir



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