Uma Jornada Ao Resgate escrita por Sally Yagami, TommySan, Vanessa Sakata, MisuhoTita


Capítulo 5
Tentativa de Fuga


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo postado por mim, Sally e escrito com a ajuda do Tommy.
Esperamos que gostem!

Boa leitura!



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Valery desliga-se de todo o mundo exterior, concentrando-se apenas em sua magia e, em sua mente, parece começar a enxergar com um terceiro olho, que tem uma visão que vai muito além da visão normal de um ser humano.

A jovem aprendiz de maga começa a enxergar uma grande floresta, a léguas de distancia, a cavalo, provavelmente demorariam dois dias para chegarem ao local... E, também vê uma montanha... Então sua terceira visão é tomada por uma forte força das trevas, e a magia se desfaz, o impacto das forças das trevas sobre ela é tão forte que ela cai no chão.

– Você está bem? – pergunta Samira, estendendo uma de suas mãos para ajudar a amiga a se levantar.

– Sim, estou. – responde Valery, aceitando a ajuda da amiga para se levantar. – Uma força das trevas muito poderosa me repediu.

– O que isso quer dizer? – pergunta Tavius sem conseguir conter sua ansiedade – Você a encontrou? Você encontrou a Tabita?

– Não cheguei a ver a Tabita ou as bruxas, mas, vi um lugar em que provavelmente elas devem estar escondidas. O lugar é totalmente cercado por magia das trevas. Tenho quase certeza de que aquelas três estão mantendo a Tabita prisioneira lá.

– Ótimo. – diz Tavius em tom decidido – Me leve até lá!

– O lugar é longe, Tavius. Dois dias de distância daqui, isso se for a cavalo... Se fizermos o percurso a pé demoraremos mais.

– Vamos até sua propriedade buscar três cavalos, Tavius. – diz Samira em tom decidido – Para aí sim partirmos em nossa jornada. Também poderemos aproveitar para nos abastecermos.

– Dois dias... – diz Tavius – Terei que deixar a minha irmã dois dias nas mãos daqueles três demônios em forma humana. Por que sou tão fraco e não consegui protege-la? Por quê?

E, ao dizer estas palavras, o jovem descarrega toda sua raiva, dando um poderoso soco em uma árvore, fazendo com que as folhas caiam feito chuva em cima dos três.

– A Tabita jamais me perdoará por não ter conseguido protege-la...! Ela deve estar me odiando neste momento... Meu pai também, onde quer que ele esteja agora deve estar me chamando de fraco, por não ter conseguido manter minha promessa...!

– Isso é bobagem, Tavius. – diz Samira – Conheço a Tabita perfeitamente bem para poder dizer que ela deve estar suportando tudo na esperança de que você irá aparecer para salvá-la.

– A Tabita acredita em você, Tavius...! – completa Valery – Eu sei que ela jamais deixará de acreditar em você. Ela deve estar mantendo dentro dela, aquela chama de esperança de que você aparecerá para resgatá-la.

– Vocês não entendem... – o rosto de Tavius é tomado por dor imensa e lágrimas caem desesperadas por seu rosto – Ela me pediu socorro...! Ela me implorou ajuda...! E eu estava caído no chão, derrotado! Sem poder fazer nada enquanto a via sendo torturada por aquelas mulheres!

– Vamos voltar para sua casa, Tavius. – ordena Samira – Temos que nos preparar para esta jornada e você ficar se culpando não vai adiantar nada!




***





– Já acordou, imprestável? – Servia diz enquanto sorri de forma perversa para sua prisioneira.

Tabita tenta desviar os olhos daquela mulher, não quer olhá-la... Ainda não se sentia recuperada da última sessão de tortura... Seu corpo todo doía, respirava de forma ofegante, seu cabelo grudava no sangue que havia secado de seu rosto...

– Por favor...! Eu imploro...! Para de me machucar...!

A voz desesperada de Tabita evocou um brilho malvado e sombrio nos olhos verdes de Servia. A bruxa aproximou-se da refém e, com suas mãos, pega na cabeça da jovem e a obriga e encará-la.

– Parar? Como você é ingênua, criatura! Seu tormento está só começando! Seu sofrimento só vai piorar daqui para frente!

Mais lágrimas começam a banhar a face desesperada de Tabita.

– Por que...? Por que vocês fazem isso comigo...? O que fiz pra vocês?

– Quer saber, imprestável! Agradeça a seu maldito pai por isso. Ele nos perseguiu e por culpa dele, quase fomos para a execução. E, ele morreu sem pagar o que nos devia... Só estamos cobrando dele o preço justo!

– Papai não fez nada a vocês...! Ele só disse a verdade...! Por favor...! Não me machuca mais...! Me solta...!

– Você me dá nojo, “princesinha”. – Servia ironizou, colocando um tremendo deboche em sua última palavra, para em seguida cuspir na face da jovem prisioneira – Era assim que aquele velho maldito te chamava, não é? Quando eu terminar com você, não sobrará nada para o medíocre do seu irmão.

E, ao dizer estas palavras, os olhos de Servia assumem uma sinistra coloração roxa, e em suas mãos, surfe uma bola de fogo, com uma estranha coloração rocha. A bruxa gargalha de prazer ao ver as chamas vivas em suas mãos.

– E então, o que acha dessas chamas? Elas pertencem ao mundo das trevas e queimam mais que as chamas do nosso mundo. Estou louca para ouvir seus gritos quando estas chamas entrarem em contato com sua pele!

– Não...! Por favor...! Não faz isso comigo...! Eu imploro...! Não faz isso...!

Porém as lágrimas desesperadas de Tabita só aumentam o prazer nos olhos de Servia, que lança a bola de chamas das trevas contra sua prisioneira. Tabita sente seu corpo sendo queimado por aquelas terríveis chamas, e grita de dor. Seu grito só faz o lado sádico de Servia vir mais a tona, e, a bruxa começa a chutá-la e golpeá-la sem piedade, enquanto o sangue de Tabita começa mais uma vez a ser derramado...




***




Tavius, Valery e Samira acabam de chegar com seus cavalos à floresta que Valery viu usando a sua magia.

– É aqui. – diz a jovem – Pelo que vi em minha visão, o lugar é bastante denso, os cavalos não conseguirão avançar. É melhor que os deixemos aqui, para nossa volta.

– Boa ideia! – diz Samira – Assim os cavalos estarão descansados e poderão voltar com mais velocidade em nossa viagem de volta, em que traremos a Tabita conosco.

Tavius apenas concorda com as duas, sem dizer uma única palavra. Durante estes dois dias de viagem, as pontadas em seu coração só aumentaram. O que significa que Tabita está sofrendo demais...! E, ele não sabe até onde sua doce e amada irmãzinha irá suportar. Não sabe a que tipo de torturas ela está sendo submetida... Só o que sabe, é que ela sofre e o chama. Mesmo ele a tendo decepcionado, mesmo ele não tendo conseguido impedir que ela fosse levada por aquelas bruxas, ela ainda o chama... Seu coração lhe diz claramente isso...! E, ele precisa resgatá-la, nem que isso lhe custe à vida...!

– Tavius, você escutou o que a Samira disse? – pergunta Valery.

– Não... Acho que não. – responde o jovem espadachim.

– Eu estava dizendo que é melhor nos separarmos e, usarmos este lugar como ponto de encontro quando o sol se por. Não sabemos que tipo de armadilhas pode haver neste lugar então seria muito arriscado andarmos sem destino durante a noite.

– Além do que, separados teremos mais chance de achar a Tabita do que se andarmos os três juntos. – completa Valery.

– Vocês tem razão. – diz Tavius, sem tirar os pensamentos de sua irmã.

– Tavius, vá para o norte! Valery, vá para o sul! E eu irei para o oeste. Nos encontraremos aqui ao por do sol. Boa sorte, amigos!




***




Naquele lugar em que estava aprisionada, Tabita abre sues olhos, e, diante da dor que aquelas correntes lhe proporcionam, tenta ao menos sentar-se naquele colchão velho e frio. Mais lágrimas vêm a seus olhos, lágrimas de tristeza, de dor... Não aguentava mais ser torturada por aquelas três mulheres, queria desesperadamente ver seu irmão de novo...

É então que ela nota uma pequena claridade vinda daquele quarto totalmente escuro, e estranha, pois, sabe perfeitamente que aquele lugar onde está aprisionada não tem nenhuma claridade. Seus olhos vão em busca da claridade e é então que ela percebe a única porta de saída encostada. Seria possível? Ou era apenas fruto de sua imaginação desesperada por sair dali?

Servia havia lhe torturado tanto que não aguentou e desmaiou... Será que depois de toda aquela tortura, a bruxa ficara tão satisfeita que esquecera a porta de sua prisão aberta?

As correntes ainda machucavam seu troco e seus pulsos, estavam demasiada apertadas e, isso dificultava até que caminhasse por aquele minúsculo e escuro quarto em que está confinada.

Com dificuldade, se arrasta até aquela brecha e tenta espiar através dela. Vê um cômodo totalmente vazio com uma porta que provavelmente daria para a saída daquele lugar horrível aberta... Mas, onde estariam àquelas três bruxas? Onde estariam suas raptoras?

A única coisa que aquela jovem dama conseguia pensar, é que estava vendo sua única chance de tentar escapar daquele lugar horrível naquele momento... Se não estivesse presa naquelas correntes, talvez fosse mais fácil correr. Mas do jeito como estava só piorava sua situação... Servia tinha razão quando a intitulava uma fraca... De fato, era mesmo...

Mas, mesmo sendo fraca, mesmo estando acorrentada, iria tentar fugir... Seu coração lhe dizia que Tavius estava a sua procura... E, ao contrário do que Servia não parava de afirmar, não era por causa de uma promessa feita a seu pai... E sim porque ele a amava... Sempre a amou...

Tavius estava a sua procura... E, se tivesse ao menos um pouquinho de sorte, poderia encontrá-lo e ele finalmente a libertaria de todo este sofrimento pelo qual estava passando.

Com dificuldade, ela se empurra contra a porta de seu cativeiro, fazendo a porta se abrir por completo. Alguns passos à frente e estaria fora daquela casa... Com lágrimas nos olhos e juntando a pouca força que ainda restava em seu corpo, tentou se colocar de pé... E, no mesmo instante, sentiu uma tontura querendo dominá-la... O jeito seria se arrastar até a saída, e, torcer para a sorte finalmente bater a sua porta e conseguir escapar daquele lugar.

Juntando todas as suas forças, com lágrimas que não paravam de cair por seus olhos desesperados, conseguiu se arrastar para fora daquela casa sem ser percebida e, ao ver finalmente a luz forte do sol tocar sua pele, fechou instintivamente seus olhos... Naqueles dias em que estivera em cativeiro, sua visão acostumou-se ao escuro e a luz solar estava machucando seus olhos.

Quando finalmente conseguiu enxergar novamente, viu uma vasta e densa floresta a sua volta. E agora? Para onde ir? Não podia fiar muito tempo parada ali... Estava com dificuldades de locomoção e, quanto mais tempo ficasse parada, mais tempo Mabel, Soraya e Servia teriam para descobrir sua fuga e tentar capturá-la novamente.

Sem pensar mais, a jovem começa a se arrastar por qualquer caminho, entrando em um caminho formado por altas arvores e sumindo na floresta. Em seu coração, a esperança de encontrar Tavius antes de ser encontrada por suas raptoras.




***




No quarto daquela casa ocupado pelas três bruxas, Mabel acorda sentindo-se descansada e, ao mesmo tempo, achando o ambiente calmo demais. Olha as duas camas ao lado e vê que Soraya e Servia ainda dormem. Porém, o estranho silencio a incomoda.

Onde estão os gritos desesperados de socorro da insuportável filha de Lorde Harrison? Onde estão os soluços dela? Onde estão às tentativas inúteis de bater na porta daquele quarto onde está aprisionada?

Seu sexto sentido lhe diz que há algo bastante errado e, sem pensar duas vezes, sai de seu próprio quarto para ir ao quarto onde sua prisioneira é mantida refém. Ao chegar à porta do quarto, a encontra aberta e, um forte ódio toma conta da líder das três bruxas. Sua prisioneira havia fugido!

Tomada pela raiva, volta ao quarto onde suas companheiras dormem.

– ACORDEM!! VAMOS, ACORDEM DE UMA VEZ!! A MALDITA TABITA HARRISON FUGIU!! TEMOS QUE ENCONTRA-LA IMEDIATAMENTE!

Soraya e Servia acordam assustadas com o grito enfurecido de sua amiga.

– O que houve? – pergunta Servia.

– Você se descuidou e deixou a porta daquele quarto destrancada! – esbraveja Mabel com toda sua fúria – Agora a idiota mimada fugiu!! E se o nada do Tavius a encontrar?

Servia encara a companheira com bastante calma. A fúria da bruxa líder é tanta que ela esqueceu-se de dois pequenos detalhes.

– Calma, Mabel. – diz Servia, sem se deixar intimidar pelo tom de fúria da líder – Você está nervosa e, por este motivo, não está raciocinado com clareza.

– O que quer dizer com isso, irmã? – pergunta Soraya.

– Tabita não poderá ir longe por dois motivos. – continua Servia – O primeiro é porque ela está fraca, está há vários dias conosco sofrendo as mais cruéis torturas e o segundo, a inútil está acorrentada. Minha magia é poderosa e eu fiz questão de deixar as correntes bem apertadas, de modo que nossa prisioneira sinta dor apenas por respirar. E, se quiserem um terceiro fator, Tabita é fraca demais para ir longe, com toda certeza, está em algum lugar aqui por perto, ela não pode estar longe.

Mabel encara Servia por um momento e, conclui que a companheira tem razão em seu raciocínio, Tabita não passa de um nada, é fraca, chorona, desprezível, a única coisa que sabe fazer bem é chorar e pedir por socorro, além de chamar pelo irmão, que ela acha que pode fazer alguma coisa por ela.

A bruxa sorri de forma sinistra.

– Tem razão, Servia. – conclui Mabel – Aquela inútil da Tabita não deve ter ido muito longe. Nós vamos encontrá-la e então eu darei a ela uma lição a marcará tanto que ela nunca mais irá pensar em fugir de nós novamente.

– Vamos. – diz Soraya – Quanto antes sairmos para procurá-la mais cedo poderemos encontrá-la e castigá-la por esta tentativa de fuga.

– Vou dar uma lição naquela insuportável que a fará chorar lágrimas de sangue. – conclui Servia.

– Não percamos mais tempo aqui. – ordena Mabel.

As três bruxas saem da casa e, adentram a floresta, novamente a caça de sua prisioneira.




***




Estava com a sensação de que a cada minuto, aquelas correntes estavam mais pesadas, pois sentia dificuldade até mesmo de se arrastar, estava com a respiração ofegante... Sabia que não tinha conseguido ir muito longe, sua atual situação não permitia... Seus machucados, frutos de horas de tortura, ardiam por baixo de seu vestido... Queria desesperadamente gritar por socorro, mas, se fizesse isso, corria o sério risco de ser ouvida por aquelas três mulheres e aí seria o fim de sua pequena chama de esperança...

Não estava mais aguentando, estava tremendo apesar do sol... Cansada... Ofegante... Suas forças deixando seu corpo... Mas, precisava continuar... Apesar de ser fraca... Precisava desesperadamente continuar... Tinha que encontrar Tavius... Tinha que encontrar seu amado irmão... Ele a salvaria de tanto tormento... E não deixaria nada de ruim acontecer a ela novamente...

Tavius acabaria com seu sofrimento...

Dominada pela fadiga, pela dor e pelo cansaço, ela cai no meio da floresta, e não consegue juntar forças para ao menos tentar ficar de quatro... As malditas correntes não deixam... E mais lágrimas começam a inundar seu rosto... Lágrimas por não conseguir sair daquele lugar... Mabel, Servia e Soraya a encontrariam... E certamente a torturariam mais do que a torturaram até ali...

E, enquanto lágrimas de dor e desespero não param de banhar seu rosto de anjo, tenta juntar a pouca força que possui, para tentar ao menos sair daquele lugar...




***




Valery continua a vagar por aquela floresta, todos os seus sentidos em alerta, pois tem que ficar de olhos e ouvidos bem atentos a qualquer movimento suspeito. Seu coração bate forte, tem medo de um ataque surpresa, afinal, aquelas três são traiçoeiras e isso se provou na armadilha covarde que armaram para raptarem a pobre Tabita.

Só de pensar em Tabita sofrendo nas mãos daquelas três, fica angustiada, Tabita era boa demais, dona de um coração meigo e doce e não merecia passar por tudo isso, não em nome de uma vingança. Tabita fora quem havia lhe ensinado o que é a verdadeira amizade, através dela, conheceu Tavius e Samira e os quatro cultivaram um laço muito forte.

Foi Tabita quem lhe deu isso... E agora, ela está em perigo... E, fará o que estiver a seu alcance para salva-la. E, tem certeza de que, ao lado de Tavius e Samira, conseguirão realizar este resgate.

Seus ouvidos escutam um som, não muito longe dali, parecia que alguma coisa estava se mexendo... Seriam suas inimigas? Se fossem, no momento estava em desvantagem.

A morena se esconde atrás de uma árvore, ficando a espreita. Após alguns minutos, percebe que o som continua parado, no mesmo lugar... E, decide ir se escondendo e tentar uma ofensiva. Provavelmente uma das três não estariam esperando seu ataque, e, isto lhe daria alguma vantagem.

Com este pensamento em mente, ela começa a se esgueirar por entre as árvores, pronta para enfrentar quem aparecesse em seu caminho, e, quando está pronta para desferir o primeiro golpe contra quem quer que fosse, fica completamente paralisada diante do que seus olhos veem.

O vestido, outrora branco, estava completamente manchado de vermelho vivo, que rapidamente deduziu ser sangue, correntes envolviam todo seu tronco até os pulsos, e, ela tentava, em vão, levantar-se daquele lugar.

Um misto de alivio e pena tomaram conta de Valery e sem pensar duas vezes, se pôs ao lado de sua amiga.

– Tabita...! Eu To aqui...!

Tabita olha para o lado e quase não acredita no que seus olhos veem... Era mesmo Valery ou só sua imaginação? Lágrimas continuam a cair por sua face.

– Valery... É você mesma? Eu não to sonhando...?

– Não, Tabita, você não está sonhando, eu estou aqui.

Valery ajuda Tabita a se virar e, deita a amiga em seu colo, sentando-se no chão daquela floresta para deixar à amiga um pouco mais confortável. Apesar de saber que não podem ficar paradas ali muito tempo. Mas, precisa fazer isto por pelo menos alguns minutos, o rosto de Tabita está totalmente ensanguentado, o vermelho do vestido não deixa dúvidas de que a machucaram muito...

– Porque você está aqui? Onde estão Mabel, Soraya e Servia?

Ao ouvir o nome daquelas três, o pânico domina Tabita e Valery sente o corpo da amiga tremer em seu colo.

– Eu fugi... Por favor... Por favor... Não deixa elas me encontrarem... Por favor... Me ajuda... Chama o Tavius... Ele vai me proteger...

– Calma, Tabita...! – ela tenta acalmar a amiga, sem deixar transparecer que também sente medo – Não deixarei que nada de ruim aconteça, você está segura comigo.

Valery sente que os tremores de Tabita pararam e rapidamente entende a razão, pois olha para o rosto ensanguentado de sua amiga e o vê inconsciente. Provavelmente, ela está esgotada.

– O que faço agora?

– Entregue-nos a Tabita. – diz uma voz sombria, repleta de maldade, a voz de Mabel.

Um vento frio sopra ao mesmo tempo em que Valery se vê cercada pelas três bruxas, que a olham de forma assustadora. Um sorriso cruel estampado no rosto de cada uma delas.

Valery continua com Tabita em seus braços, o medo a dominando e, por outro lado, a certeza de que não pode entregar Tabita para elas.

– E se eu me recusar? – ela pergunta em tom decidido.

Servia sorri de modo debochado para Valery antes de dizer:

– E que escolha você tem? Pense, você é apenas uma e nós somos três.

– Além do mais. – completa Mabel – Você não tem saída. Como vai nos enfrentar segurando a Tabita?

– E, se você se separar dela. – completa Soraya – Pode ter certeza de que uma de nós três irá capturá-la novamente no mesmo instante.

– Você não tem saída, inútil. – diz Servia – Se não deixar a Tabita no chão para nos enfrentar, nós iremos te atacar e você morrerá. E, se deixar Tabita no chão enquanto nos enfrenta, uma de nós três irá recuperar a filha de Lorde Harrison sem que você perceba.

– E então, Valery? – Mabel pergunta de forma cruel – Qual é a sua escolha?


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Notas finais do capítulo

CONTINUA...



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