Uma Jornada Ao Resgate escrita por Sally Yagami, TommySan, Vanessa Sakata, MisuhoTita


Capítulo 24
O Plano Arriscado de Valery


Notas iniciais do capítulo

Capítulo escrito e postado por Tommy e Tita.
Esperamos que gostem.



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Samira olha de Tavius para Valery sem compreender os dois. Tudo bem, já estava acostumada a ouvir que Tavius tinha uma conexão ou seja lá o que for com a Tabita... Mas a Valery também...?

– Será que vocês dois podem me explicar o que está acontecendo? – pede a arqueira – Porque sinceramente não estou entendendo nada.

Tavius encara Samira por um breve segundo, pois também não conseguia entender o que estava acontecendo. Valery também ouvira a Tabita?!

– Não sei te explicar o que está acontecendo, Samira. – diz o espadachim – Mas a Tabita está sofrendo, e muito, eu a ouvi gritando e pedindo para que eu não a abandonasse.

– O estranho é que agora eu também ouvi isso claramente. – completa Valery.

– E como você conseguiu ouvir a Tabita? – questiona Samira, a fim de tentar entender melhor a situação.

Valery pensa por um momento, também tentando encontrar uma resposta para esta pergunta, pois ela mesma não consegue entender o que se passa. Até onde conseguira compreender, existia uma ligação de amor muito forte entre Tavius e Tabita, e isso possibilitava ao espadachim escutá-la, mesmo ela sendo refém daquelas três bruxas. Mas por que...? Por que neste momento ela também escutara...? A não ser que...

– Acho que tenho uma teoria para esta sua resposta, Samira. – diz a maga.

– Então...? – pergunta Samira sem conter sua curiosidade.

– Só consigo pensar nessa teoria. – continua Valery – De alguma forma, minha magia está ficando mais forte. E, esse aumento do meu poder deve ter feito com que eu conseguisse penetrar na ligação que existe entre o Tavius e a Tabita. Alguma coisa aconteceu para que a Tabita se desesperasse muito, e esse aumento no desespero dela de querer ser escutada deve ter chegado até mim. De alguma forma os meus poderes captaram o desejo da Tabita de que a escutássemos.

– Acho que estou começando a entender. – diz Samira.

– Tavius, você se lembra do que nos disse antes de sermos atacados por aqueles dragões? – pergunta Valery.

– Não me recordo. – diz o espadachim – Acaso tinha alguma coisa a ver com a Tabita?

– Tinha tudo a ver com a Tabita. – continua a maga – Se bem me recordo, você havia dito que de alguma forma a Tabita havia parado de acreditar que nós iríamos resgatá-la.

Sim. – confirma Tavius – Eu havia tido um sonho e, nele, a Tabita implorava para que eu não a abandonasse.

– Agora me lembro de você comentando isso conosco. – diz Samira.

– Pode ser que aquele sonho e este de agora estejam interligados. – Valery termina seu raciocínio.

***

Tabita abre seus olhos e não consegue enxergar muito na escuridão, as lágrimas não cansam de cair por seu rosto ensanguentando e ferido. Não consegue entender o que está acontecendo... Aquelas bruxas lhe mostram uma visão horrível da realidade, em que ela vira claramente que seu amado irmão e suas preciosas amigas não se importam mais com ela.

Isto lhe tirara tudo, a vontade de continuar vivendo e o desejo de continuar acreditando em sua libertação, pois Tavius, seu amado irmão, deixara de se preocupar com ela e preferia se divertir com suas amigas, entregando-a a própria sorte nas mãos destas terríveis mulheres.

E agora, para piorar a situação e deixa-la muito mais confusa, Mabel aparecera e a culpara por algo de que ela não fazia ideia do que poderia ser.

Só queria que tudo fosse mentira... Só queria que Tavius não tivesse desistido dela... Só queria que seu querido irmão ainda estivesse em algum lugar procurando por ela... Porém, infelizmente, esse desejo não passaria de um sonho... A esta altura Tavius estaria se divertindo, e para ela não restaria nada além de sofrimento...

– Tavius...

***

Tavius, Samira e Valery estão planejando o que fazer com relação à Tabita, como conseguirão chegar até ela e a fazer entender que ela está acreditando em uma mentira. Mas sentem dificuldade por não saberem onde a irmã de Tavuis é mantida prisioneira.

– Não dá! – diz Samira – Sinto em dizer, mas não há possibilidade de chegarmos até a Tabita e dizer a ela que é tudo uma mentira. Se tivesse como nós a salvaríamos de uma vez!

– Deve existir alguma forma da Tabita me escutar! – argumenta Tavius, persistente – Se o laço que me une a ela é capaz de fazer com que eu a escute, deve ser capaz de fazer ela me escutar também!

– Concordo! – afirma Valery – A questão é, como vamos fazer esta ligação percorrer o caminho contrário?

– Se tiverem alguma boa ideia me avisem. – diz Samira – Porque sinceramente não consigo pensar em nada. Pra mim é surreal demais, gente.

– Não vou deixar a Tabita acreditando em uma mentira! – continua o espadachim – Ela voltará a acreditar em mim, voltará a acreditar que ele o tempo que levar eu irei salvá-la! Não descansarei enquanto não desfazer o que aquelas três malditas fizeram a ela!

Valery mal presta atenção às palavras de Tavius, concentrada em seus próprios pensamentos, tentando encontrar uma maneira de chegarem até a Tabita através da ligação que faz com que Tavius a escutem em sonhos...

Em sonhos... Seria esta a resposta? Em sonhos?

– Acho que acabo de encontrar a resposta para fazermos com que a Tabita nos escute! – afirma a maga com um sorriso no rosto.

***

Em seu esconderijo, Mabel continua com muita raiva de Tavius, Samira e Valery por eles terem acabado com seus dragões. Dera uma pequena lição na mimadinha, mas para ela, isso não fora suficiente.

Queria se vingar mais e mais, queria fazer aquela criatura patética pagar com lágrimas de sangue as mortes de seus dragões, afinal a culpa de eles terem morrido era única e exclusivamente dela.

Era por culpa dela que o mongo do irmão não havia desistido ainda. Era por culpa dela que o pateta do Tavius reunira aquelas duas imbecis e os três estavam naquela jornada inútil atrás daquela mimadinha.

Os três patetas não tinham percebido que o morto Lorde Harrison devia muito a ela, Soraya e Servia, e que o pagamento era Tabita, sua prisioneira que não fazia nada a não ser chorar e implorar por uma ajuda que nunca irá chegar.

Ainda pensaria em um plano para fazer o babaca do Tavius pagar com lágrimas de sangue pela morte de seus dragões. Pensaria em algo grandioso, para o rapaz se arrepender pelo resto da vida de ter tido a ousadia de desafiá-la, e, para conseguir pensar neste plano, a melhor estratégia seria se divertir e descontar toda sua raiva em sua prisioneira, pois descarregando toda sua ira nela, sua mente iria se esvaziar e sua raiva amenizar fazendo com que um novo plano viesse a surgir em sua mente.

Deixando seu quarto e com um sorriso de pura maldade estampado em seu rosto, se dirige para o quarto onde mantém a mimadinha cativa, a fim de descontar nela toda sua ira.

Destrancando a porta, a abre com impaciência e encontra sua prisioneira encarando-a com o olhar perdido, como se não conseguisse mais distinguir a realidade da ilusão que mostrara a ela, e que felizmente a fizera desistir de esperar pelo idiota do irmão.

Tabita a olha com seu rosto encharcado por lágrimas e sangue. A dor de suas feridas se misturando a dor de ter perdido o amor de seu amado irmão. As correntes que a prendem parecendo mais pesadas, por conta de seu corpo cada vez mais fragilizado.

– Você é patética, mimadinha. – diz Mabel ao aproximar-se da refém e acertar uma bofetada no rosto dela.

Tabita não reage, não encontra motivos para reagir. Desde que descobrira que seu irmão não se importa mais com ela, desistira de tentar continuar a resistir, apenas espera pela morte.

Mabel se enfurece ao ver que Tabita não reage, em suas mãos, faz aparecer vários raios negros e ela os lança na direção de Tabita. O corpo da jovem se contorce devido à dor, e lágrimas caem pelo rosto de Tabita enquanto ela grita ante mais uma sessão de tortura que está se iniciando.

– Grite mais!!! – Mabel sorri ouvindo os gritos de Tabita.

Começando a se divertir ao assistir o sofrimento de sua refém, Mabel começa a criar esferas negras de energia em uma das mãos, e com a outra continua com os raios negros. E desta vez, lança a ambos na direção da refém, que não para de gritar de dor.

– Sabe por que estou fazendo isso, mimadinha? – diz Mabel sorrindo tetricamente.

A líder das bruxas cria um chicote negro, e o lança contra o pescoço de Tabita, fazendo-a sufocar e obrigando a frágil jovem a olhar para ela.

– Eu ordeno que responda quando eu estiver falando com você, sua inútil! – diz Mabel, descarregando toda a sua ira.

Sendo obrigada a encarar aquela mulher, Tabita não consegue parar de chorar, enquanto luta para conseguir respirar.

– Está... Está me sufocando... Para... Por... Por favor...

– É tudo culpa sua!!! – diz Mabel, sem parecer ouvir as súplicas de Tabita e continuando a sessão de tortura – Por sua culpa o idiota do seu irmão continua a prosseguir!!! Eu deveria te matar agora!!!

Após dizer estas palavras, Mabel continua a sua sessão de tortura, rindo alegremente enquanto escuta os gritos desesperados de Tabita. E, após muitas lágrimas, dor e sangue, Tabita chega à exaustão, perdendo os sentidos.

– Já, mimadinha? – diz Mabel, sorrindo alegremente – Queria que você suportasse mais, mas consegui descarregar toda minha tensão agora.

Saindo do quarto aterrorizante e deixando Tabita pingando sangue e feridas, Mabel não consegue deixar de sorrir. Descontando toda sua frustração na mimadinha, acabara encontrando a maneira perfeita de se vingar do idiota do Tavius.

– Tavius, farei você se arrepender do momento em que cruzou meu caminho e resolveu me desafiar.

***

A luz do luar trás uma nova noite aquela floresta onde três jovens acabam de traçar um ousado plano que envolve a Tabita.

– Esse plano é ousado e arriscado. – comenta Samira.

– Sei que é. – concorda Valery – Mas é o único plano que nós temos.

– Temos que arriscar. – diz Tavius, decidido – E eu vou fazer isso pela Tabita, já decido. Não vou deixar que minha irmã continue acreditando em uma mentira.

– Certo! – diz Valery – Então vamos lá! Quando você estiver pronto, Tavius!

CONTINUA...


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