"In the middle of the night, when I'm in this dream, it's like a million little stars spelling out your name"

Reyna se virou rapidamente após um estrondo e um clarão perto de onde ela estava. Aparentemente, a Névoa não havia ajudado dessa vez, porque Henry também se virara.

Lá estava Jason, parado, chocado e um pouco ofegante. Ele parecia surpreendido com o que fizera, e até um pouco assustado, mas também parecia... com raiva. Reyna não levou muito tempo para perceber o que estava acontecendo... "Eu não acredito nisso!"

- Com licença, um minuto. - Ela pediu e foi andando na direção de Jason.

Os batimentos cardíacos de Jason demoraram um tempo para se estabilizarem, e quando ele voltou a conseguir ficar de pé sem sentir tontura, viu que Reyna vinha em sua direção. Em seu olhar, dava para perceber que ela estava confusa, mas ela estava com o olhar feroz. Da última vez que ela o encarara assim, o filho de Júpiter quase acabou com um braço cortado fora por um adaga. Péssimo sinal.

- Jason! - Ela chamou. - O que raios, literalmente, você fez?

- E-eu não sei, eu... - Jason começou a ficar ofegante novamente.

- Ah, não sabe? Jason, o Henry...

- Quem?

- O cara com que eu estava conversando. - Reyna revirou os olhos. - Ele é só meu amigo. E, além do mais, você não é meu namorado. Não te devo satisfações. - Dizer "você não é meu namorado" doeu. Porque a filha de Belona queria que ele fosse, mas não conseguia aceitar o pedido. "Será que sou a única tão complicada assim?"

- Mas poderia ser... - Jason replicou.

- Mas não sou, e não quero. - "Mas sou mentirosa."

- Tem certeza, Reyna? - Ele falou e a olhou nos olhos como se tivesse penetrado na mente da garota, nos mais profundos pensamentos e desejos até mesmo de seu subconsciente. "Ah, droga! Desde quando você passou a ter esse efeito em mim, hein? Ora, Grace! Vá se foder por me fazer te amar tanto assim."

- E se eu te dissesse que não tenho? - Sua auto-confiança se esvaiu.

- Por alguma razão, isso me faria sentir melhor.

- Então, já pode se sentir melhor. - Ela se virou e saiu andando para onde estava antes, deixando um Jason ridicularmente confuso (ele era extremamente lento quando o assunto era garotas) para trás.

- O quê...

A madrugada já havia chegado lá fora, mas de alguma maneira ainda era de tarde para Piper. Ela tinha voltado aos seus 15 anos e estava em uma área ao ar livre, próxima à Escola de Vida Selvagem, ou mesmo em seu interior, ela não tinha certeza. Estava caminhando calmamente pelo cenário, e Leo ia ao seu lado, a observando sem falar nada, até que ela tropeçou em uma pedrinha. Piper quase caiu de cara no chão, mas antes disso, ela sentiu duas mãos em sua cintura, impedindo a queda. Leo a havia segurado.

Ela se ajeitou enquanto sua respiração se estabilizava, e então sorriu.

- Obrigada.

- Por nada. - Leo sorriu e beijou sua testa. - Sabe que eu te pegaria quantas vezes fosse necessário. - A filha de Afrodite riu, corando levemente, e então teve uma ideia.

- Oh, sério? - Ela arqueou as sobrancelhas e sorriu misteriosamente. - Então, venha me pegar!

Piper saiu correndo antes que Leo pudesse raciocinar, então a ficha caiu para o filho de Hefesto e ele saiu correndo atrás dela, quase tropeçando também.

- Isso não é justo! - Ele reclamou. A garota era muito rápida. - Você me pegou desprevenido!

- Você que falou que me pegaria quantas vezes precisasse. - Piper retrucou e voltou a correr.

Eles corriam sem parar, também rindo sem parar. Leo começou a se aproximar cada vez mais de Piper.

- Vamos, Valdez! Ou vou ficar correndo o dia todo? - Ela provocou. Leo apertou o passo, correndo mais rápido, até que conseguiu agarrá-la pela cintura e puxá-la para mais perto.

- Te peguei! - Ele exclamou e a beijou, dessa vez nos lábios. Piper não pensou duas vezes antes de corresponder. Até que...

- PIPER!