Nas Ruínas Da América Do Norte escrita por Alice Mesquita


Capítulo 9
O pesadelo...


Notas iniciais do capítulo

É a minha primeira fic. por favor, comentem.
É fã de Jogos Vorazes? vem ser meu amigo :3
Se gostarem da história a acompanhe e deixe sempre um #up nos comentários.
espero que gostem. kisses.



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Há um tributo escondido pelas redondezas e ele atirou uma flecha em mim. Cato pega sua lança e vai atrás do garoto. Um garoto não, uma menina. É uma menina do distrito 5. Cato joga sua lança e ela acerta em cheio suas costas. Ele volta e fala que não temos mais com o que nos preocupar.


Obrigado, Glimmer. – Falo sem jeito para ela.


Não foi nada. – Fala ela se virando e indo ao lado de Cato.


Isso foi muito diferente de qualquer coisa que poderia vir dela. Ela estava falando sério a respeito da tal aliança verdadeira. Ela salvou minha vida agora, não posso fazer outra coisa a não ser aceitar e acreditar nela. Alterar nossa relação para uma melhor. Sem querer a morte uma da outra. Eu consigo.


Eu insisto para ficar de guarda primeiro e todos aceitam. Todos estão dormindo e o único barulho que se pode ouvir é o som da mata. Percebo que Marvel vira para o meu lado. Ele está dormindo profundamente e ele é tão fofo assim. Aliso seus cabelos durante todo o meu tempo de guarda até que o garoto do distrito 3 tomar o meu lugar. Durmo ao lado de Marvel durante toda a noite, até que sou acordada por gritos.


Corram! Corram! – Grita Cato.


Não consigo distinguir o que está acontecendo, até que olho para frente e vejo um ninho de teleguiadas estourado, mais em uma distância razoável. Me levanto mas sou picada por duas delas ao mesmo tempo. Caio no chão e não levanto. A picada dói tanto, que enquanto estou deitada, outra vem e me pica de novo. Forço muito e consigo me levantar. Olho para o lado e vejo Glimmer ficando completamente louca, gritando e tentando espantar as teleguiadas com o arco o que é inútil. Observo ela cair, se contorcer histericamente no chão por alguns minutos e depois ficar imóvel. Grito por ela mas não há mais tempo. Glimmer está praticamente morta. Tento correr mais não consigo, estou muito zonza para isso. Caio por cima dela, vejo que as teleguiadas desapareceram e acho que não vão voltar. Observo o rosto dela. Essa garota, tão extraordinariamente bela em seu vestido branco na noite de entrevistas, está agora irreconhecível. Suas feições foram erradicadas, seus membros estão três vezes maiores do que o tamanho normal. Os calombos dos ferrões começaram a explodir, expelindo um líquido verde e gosmento para todos os lados. Marvel pega em minha mão e me puxa enquanto dou adeus ao corpo de Glimmer. Estamos correndo em direção a vegetação e consigo ver Cato porque o sol está refletindo em sua espada. Quando estamos a uma distância grande do local, vejo ele e o garoto do distrito 4 caindo no chão. O mundo começa a adquirir uma curvatura alarmante e caio também. Meus olhos não conseguem se abrir e sinto que Marvel está tirando as ferroadas da minha pele.


Entro em um pesadelo no qual acordo repetidamente apenas para achar um terror ainda maior esperando por mim. Todas as coisas que mais abomino, todas as coisas que mais abomino que aconteçam com quem amo se manifestam em detalhes tão reais que só posso acreditar que são mesmo. A cada vez que acordo penso: Finalmente Acabou, mas não. É apenas um novo começo de um capítulo de tortura. De quantas maneiras diferentes assisto a morte de Cato; revivo a morte horrível de Glimmer; sinto meu próprio corpo sendo dilacerado? Essa é a natureza do veneno das teleguiadas, cuidadosamente criado para atingir os locais onde o medo se aloja em seu cérebro. Quando percebo que todo o terror acabou e estou readquirindo meus sentidos, fico imóvel. Abro meus olhos e percebo que meu corpo está arrasado e enfraquecido. Noto folhas nas partes onde as teleguiadas me atacaram e vejo Marvel saboreando uma maçã.


Oi – falo baixinho.


Oi – fala ele.


O que são essas folhas? – falo ainda baixinho.


Eu li sobre plantas uma vez. Elas são legais. Essas aí são remédios e ajudaram a tirar o veneno das teleguiadas. – fala ele. – Você dormiu durante 2 dias.


E não foi o melhor cochilo da minha vida. – falo sarcasticamente.


Me levanto um pouco e vejo que Cato já havia acordado minutos antes. Ele me vê e da um sorriso. O dia vai caindo e Marvel ajudando a retomarmos nosso corpo, até que a noite chega e o hino toca. Vemos que ninguém morreu hoje, mas a imagem do corpo de Glimmer morto toma conta da minha cabeça. Deito minha cabeça no peito de Cato e caímos no sono. Logo de manhã, todos acordamos cedo. Comemos um bom café da manhã e pusemos as folhas em nossa pele novamente. Inesperadamente ouvimos o som de trompetes. Ficamos atentos dispostos a não perder uma sílaba sequer. O locutor Claudius Templesmith está nos convidando para um ágape. Penso que não precisamos de coisas quando volto-me para Cato e vejo que suas ferroadas estão feias. Observo seu braço e vejo que está ferido. Não havia percebido antes. Não sei como ele aguentou aquilo, está horrível. Ele conta que foi na luta contra a garota do distrito 5, na noite antes do ataque das teleguiadas.


– Esperem um pouco. Alguns de vocês já devem estar declinando de meu convite. Mas esse não será um ágape qualquer. Cada um de vocês precisa desesperadamente de alguma coisa.


De fato preciso desesperadamente de alguma coisa. Alguma coisa que possa curar o braço de Cato. Ele está com um buraco de flecha, não sei.


– Cada um de vocês encontrará essa alguma coisa na Cornucópia, ao amanhecer de amanhã, dentro de uma mochila marcada com o número do seu distrito. Pensem bem antes de se recusarem a aparecer. Para alguns de vocês, essa será a última chance. – conclui Claudius.


Com certeza essa indireta não foi para mim. Mas olho para Cato e logo depois olho para seu braço. Ele olha pra mim confuso.


O que foi? Não tá na cara? Eu vou Cato. – Falo com certeza.



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