Plus Quune Mission escrita por B Mar, B Mar


Capítulo 34
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Bom pessoal, chegamos.
O último capítulo, o qual eu decidi manter como um epílogo.
Leiam e não se esqueçam das notas finais.
Seis páginas, só pra fechar com chave de ouro =).



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/242766/chapter/34

Epílogo


Hermione PDV:


– E eu vos declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva. – O juiz de paz do ministério anunciou e Tom beijou minha bochecha. – Só isso?

Ri e ele me acompanhou.

– Desculpe, mas o show fica só pra mim.

Senti o rosto vermelho e todos riram.

Desci do altar e fomos para o centro, com a primeira dança. Eu me lembrava bem da primeira dança de Fleur e Bill. Na verdade, eu havia sido atingida pelo buquê da meio-veela enquanto conversava com Gina, e você sabe o que dizem: Quem pega o buquê é a primeira a casar.

E cá estou eu.

Sra. Weasley me ajudou a tirar o véu e arrumar o cabelo, então voltamos para dentro.

Havíamos misturando um pouco de tudo. Casamentos trouxas e bruxos. Afinal, eu queria que minha cultura de berço estivesse comigo até o fim, e Tom ficou muito feliz com isso. Ele nunca havia visto o mundo trouxa com bons olhos, e estava aprendendo a conviver com todos os lados de si.

– Venha aqui. – Ele segurou minha mão e minha cintura e a música soou atrás de nós.

Tom me guiou pela pista suavemente. Eu não era muito boa com esse tipo de música.

Encostei a cabeça em seu ombro e ele sorriu.

– Casados.

– Arrependido? – Lhe encarei, cética.

– Arrependido de não ter feito isso antes. – Completou. – Sra. Riddle.

Sorri com o título e ele me acompanhou.

– Eu amo você.

– Eu amo você

(...)

– Tudo bem, querida, respire. – Tom orientou.

Tínhamos pouco mais de cinco anos de casamento e neste exato momento eu estava dando a luz ao nosso primeiro filho. Ao menos um “oficial”.

– Tom. – Rosnei e ele me encarou. - Cale a boca.

O medibruxo riu e Tom tentou responder-me à altura.

– Hermione, eu estou tentando te acalmar.

– Mas você está me irritando. – Gritei de volta e ele se encolheu.

– Isso é normal. – O doutor avisou.

Senti a contração seguinte e me agarrei à barra de ferro.

– TáQuiPa. – Exclamei e Tom engoliu a seco, respirando fundo. – Não respira, não faz barulho. Eu odeio a sua voz, eu odeio a sua respiração. Fique quieto.

Meu marido abriu a boca, mas lhe interrompi.

– Sai daqui.

– Hermione...

– Sai. – Berrei novamente.

Meu corpo se lançou à frente com outra contração.

– Ah...

– Sra. Riddle.

– Quatro horas. – Chorei. – Quatro horas e eu ainda estou aqui. Quatro horas.

Chorei com a contração seguinte. Maldita seja Eva.

Ou Morgana.

Ou dane-se, só dói.

As lágrimas começaram a escorrer e uma curandeira se aproximou de mim, checando a dilatação.

– Está quase lá, Sra. Riddle. Só mais um centímetro.

Confirmei e tomei sua mão.

– Chame o Tom, por favor.

Ela sorriu e, menos de um minuto depois, tom veio para meu lado.

– Me perdoa. – Pedi e ele beijou minha mão. – Eu amo a sua voz, amo sua respiração, por favor, não me deixe aqui sozinha.

– Tudo bem. – Me interrompeu sorrindo. – Tudo bem. Eu vou ficar por perto. Só mais um pouco e nós podemos ver o nosso bebê.

– A senhora não quer mesmo uma poção anestésica?

– Seria bom. – Ponderei.

– Seria muito bom.

– Mas não é natural. – Interrompi.

– Não é. – Tom concordou novamente.

– Mas está doendo tanto. – Choraminguei.

– Então use.

– Mas o milagre da natureza é tão lindo. – Rebati.

– Então não use.

– Mas dói.

– Então use.

– Mas não é completamente natural. – Lembrei.

– Então não use.

– Droga, Tom. – Berrei lhe interrompendo. – Pare de ser tão indeciso.

Ele finalmente se calou e senti algo.

– Eu preciso empurrar. – Avisei.

A médica se abaixou à minha frente.

– Está pronta.

Posicionei as pernas e segurei Tom ao meu lado.

– Posso ficar...

– Você vai ficar aqui.

Ele se encostou ao meu lado e apertei sua mão com o primeiro impulso.

Finalmente pude empurrar. Uma, duas, três... Dez vezes até que meu corpo relaxou e o choro soou alto e agudo.

– Tom? – indaguei.

– É um menino.

Ele acariciou meu rosto e, minutos depois, o pequeno embrulho veio para meus braços.

– Andrew. – Sussurrei tocando as mãos do pequeno. – Andrew Granger Riddle.

Tom beijou minha testa e sorrimos.

(...)

– Vamos. – Chamei antes de atravessar a barreira da plataforma. – Não podem chegar atrasados.

– Ah, mãe. – Faith resmungou atrás de nós. – Porque tanta pressa?

– Não está ansiosa para o seu primeiro ano? – Estranhei.

– Não.

Arquejei uma sobrancelha para minha filha.

Faith era parecida comigo e com Tom – assim como os irmãos - , mas estava numa fase que nenhum de nós dois passou: Dane-se o mundo, eu só quero Rock&Roll. Andrew e Fox seguiam o mesmo ritmo, mas um pouco menos... Exagerados. Andrew tinha 14 anos agora. Três anos depois dele tivemos Fox e Faith. E sim, Faith é ela, mesmo que digam ser nome de homem.

– Tenham um bom ano letivo. – Tom desejou abraçando os três: Primeiro ele, depois ela. – Lembre-se, querida, se não quiser ser deserdada, você tem de ir para a Sonserina.

– Tom. – Bati em seu braço e ele torceu a boca.

– Ou grifinória.

Bati novamente e ele suspirou.

– Ou para onde você quiser, apenas sinta-se feliz.

Minha filha riu e me abraçou, entrando logo no trem.

– Ele está olhando pra ela. – Meu marido resmungou atrás de mim e estranhei.

– Quem?

– O Malfoy. – Explicou. – Ele está olhando a Faith.

– Tom... – Revirei os olhos.

– Não, tudo bem. – Se adiantou. – Fox e Andrew já estão avisados.

Revirei os olhos novamente e a locomotiva apitou.

As crianças se amontoaram nas janelas e acenaram para nós. Até mesmo Faith – que era extremamente séria (ou “apática”) – estava com um enorme sorriso.

– Vou sentir falta deles. – Tom confessou. – A casa vai ficar vazia.

– Até o natal. – Completei. – O que nos dará certas... Liberdades.

Ele cerrou os olhos para mim.

– Eu estou aqui imaginando como será ficar se os nossos filhos e você pensando em transar por todos os cômodos? No sofá, nos corredores, nas mesas e cadeiras... – Beijou meu pescoço. – E marcar tudo com o seu cheiro.

Oh claro, e ele está muito indignado com isso...

Me contorci e Tom riu.

É, teríamos um longo e maravilhoso ano.


...


É. Foi isso.

Eu nunca imaginei que encontraria meu namorado com outra na cama.

E muito menos que viajaria no tempo.

Ou que salvaria o mundo.

Ou que me apaixonaria.

Mas aconteceu como tudo na vida: Foi algo fora do meu controle, e foi muito bom. É muito bom.

Essa foi a minha jornada com o meu imperfeito perfeito, algo que jamais seria possível sem sacrifícios significativos. Eu perdi um filho, mas hoje tenho três.

Eu perdi um namorado, hoje tenho um marido.

E eu perdi um romance bobo, mas ganhei a história mais linda de todos os tempos.

A vida nunca obedece à ordem que impomos a ela, nunca vai adiantar. Ela nos dá cartas e cabe a nós escolhê-las, mas as cartas são dela.

No fim acho que é tudo o que eu tenho a dizer.

Não vivemos felizes para sempre. Seria muito chato. Apenas vivemos felizes. Apenas a ingrata e o idiota.

Apenas Tom e Hermione Riddle.


Fim



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

(Hermione (casamento): http://www.polyvore.com/cgi/set?id=91786850&.locale=pt-br)

Sim, eu sei, é triste. Na verdade, eu estou quase chorando.
Deixar o Tom e a Hermione em paz para viverem suas vidas é uma tarefa árdua, mas gratificante. Espero que tenham amado a experiência tanto quanto eu, mas que não se prendam apenas a "Plus Qu'une Mission", (Sim, é assim que se escreve. O Nyah não aceitou o '), eu ficaria muito feliz se vocês dessem uma olhadinha nas minhas outras histórias, então...
Bom. É isso.
Comentem, recomendem, favoritem... Façam o que quiserem.
XoXo, BMar.