Plus Quune Mission escrita por B Mar, B Mar
Notas iniciais do capítulo
Bom pessoal, chegamos.
O último capítulo, o qual eu decidi manter como um epílogo.
Leiam e não se esqueçam das notas finais.
Seis páginas, só pra fechar com chave de ouro =).
Epílogo
Hermione PDV:
– E eu vos declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva. – O juiz de paz do ministério anunciou e Tom beijou minha bochecha. – Só isso?
Ri e ele me acompanhou.
– Desculpe, mas o show fica só pra mim.
Senti o rosto vermelho e todos riram.
Desci do altar e fomos para o centro, com a primeira dança. Eu me lembrava bem da primeira dança de Fleur e Bill. Na verdade, eu havia sido atingida pelo buquê da meio-veela enquanto conversava com Gina, e você sabe o que dizem: Quem pega o buquê é a primeira a casar.
E cá estou eu.
Sra. Weasley me ajudou a tirar o véu e arrumar o cabelo, então voltamos para dentro.
Havíamos misturando um pouco de tudo. Casamentos trouxas e bruxos. Afinal, eu queria que minha cultura de berço estivesse comigo até o fim, e Tom ficou muito feliz com isso. Ele nunca havia visto o mundo trouxa com bons olhos, e estava aprendendo a conviver com todos os lados de si.
– Venha aqui. – Ele segurou minha mão e minha cintura e a música soou atrás de nós.
Tom me guiou pela pista suavemente. Eu não era muito boa com esse tipo de música.
Encostei a cabeça em seu ombro e ele sorriu.
– Casados.
– Arrependido? – Lhe encarei, cética.
– Arrependido de não ter feito isso antes. – Completou. – Sra. Riddle.
Sorri com o título e ele me acompanhou.
– Eu amo você.
– Eu amo você
(...)
– Tudo bem, querida, respire. – Tom orientou.
Tínhamos pouco mais de cinco anos de casamento e neste exato momento eu estava dando a luz ao nosso primeiro filho. Ao menos um “oficial”.
– Tom. – Rosnei e ele me encarou. - Cale a boca.
O medibruxo riu e Tom tentou responder-me à altura.
– Hermione, eu estou tentando te acalmar.
– Mas você está me irritando. – Gritei de volta e ele se encolheu.
– Isso é normal. – O doutor avisou.
Senti a contração seguinte e me agarrei à barra de ferro.
– TáQuiPa. – Exclamei e Tom engoliu a seco, respirando fundo. – Não respira, não faz barulho. Eu odeio a sua voz, eu odeio a sua respiração. Fique quieto.
Meu marido abriu a boca, mas lhe interrompi.
– Sai daqui.
– Hermione...
– Sai. – Berrei novamente.
Meu corpo se lançou à frente com outra contração.
– Ah...
– Sra. Riddle.
– Quatro horas. – Chorei. – Quatro horas e eu ainda estou aqui. Quatro horas.
Chorei com a contração seguinte. Maldita seja Eva.
Ou Morgana.
Ou dane-se, só dói.
As lágrimas começaram a escorrer e uma curandeira se aproximou de mim, checando a dilatação.
– Está quase lá, Sra. Riddle. Só mais um centímetro.
Confirmei e tomei sua mão.
– Chame o Tom, por favor.
Ela sorriu e, menos de um minuto depois, tom veio para meu lado.
– Me perdoa. – Pedi e ele beijou minha mão. – Eu amo a sua voz, amo sua respiração, por favor, não me deixe aqui sozinha.
– Tudo bem. – Me interrompeu sorrindo. – Tudo bem. Eu vou ficar por perto. Só mais um pouco e nós podemos ver o nosso bebê.
– A senhora não quer mesmo uma poção anestésica?
– Seria bom. – Ponderei.
– Seria muito bom.
– Mas não é natural. – Interrompi.
– Não é. – Tom concordou novamente.
– Mas está doendo tanto. – Choraminguei.
– Então use.
– Mas o milagre da natureza é tão lindo. – Rebati.
– Então não use.
– Mas dói.
– Então use.
– Mas não é completamente natural. – Lembrei.
– Então não use.
– Droga, Tom. – Berrei lhe interrompendo. – Pare de ser tão indeciso.
Ele finalmente se calou e senti algo.
– Eu preciso empurrar. – Avisei.
A médica se abaixou à minha frente.
– Está pronta.
Posicionei as pernas e segurei Tom ao meu lado.
– Posso ficar...
– Você vai ficar aqui.
Ele se encostou ao meu lado e apertei sua mão com o primeiro impulso.
Finalmente pude empurrar. Uma, duas, três... Dez vezes até que meu corpo relaxou e o choro soou alto e agudo.
– Tom? – indaguei.
– É um menino.
Ele acariciou meu rosto e, minutos depois, o pequeno embrulho veio para meus braços.
– Andrew. – Sussurrei tocando as mãos do pequeno. – Andrew Granger Riddle.
Tom beijou minha testa e sorrimos.
(...)
– Vamos. – Chamei antes de atravessar a barreira da plataforma. – Não podem chegar atrasados.
– Ah, mãe. – Faith resmungou atrás de nós. – Porque tanta pressa?
– Não está ansiosa para o seu primeiro ano? – Estranhei.
– Não.
Arquejei uma sobrancelha para minha filha.
Faith era parecida comigo e com Tom – assim como os irmãos - , mas estava numa fase que nenhum de nós dois passou: Dane-se o mundo, eu só quero Rock&Roll. Andrew e Fox seguiam o mesmo ritmo, mas um pouco menos... Exagerados. Andrew tinha 14 anos agora. Três anos depois dele tivemos Fox e Faith. E sim, Faith é ela, mesmo que digam ser nome de homem.
– Tenham um bom ano letivo. – Tom desejou abraçando os três: Primeiro ele, depois ela. – Lembre-se, querida, se não quiser ser deserdada, você tem de ir para a Sonserina.
– Tom. – Bati em seu braço e ele torceu a boca.
– Ou grifinória.
Bati novamente e ele suspirou.
– Ou para onde você quiser, apenas sinta-se feliz.
Minha filha riu e me abraçou, entrando logo no trem.
– Ele está olhando pra ela. – Meu marido resmungou atrás de mim e estranhei.
– Quem?
– O Malfoy. – Explicou. – Ele está olhando a Faith.
– Tom... – Revirei os olhos.
– Não, tudo bem. – Se adiantou. – Fox e Andrew já estão avisados.
Revirei os olhos novamente e a locomotiva apitou.
As crianças se amontoaram nas janelas e acenaram para nós. Até mesmo Faith – que era extremamente séria (ou “apática”) – estava com um enorme sorriso.
– Vou sentir falta deles. – Tom confessou. – A casa vai ficar vazia.
– Até o natal. – Completei. – O que nos dará certas... Liberdades.
Ele cerrou os olhos para mim.
– Eu estou aqui imaginando como será ficar se os nossos filhos e você pensando em transar por todos os cômodos? No sofá, nos corredores, nas mesas e cadeiras... – Beijou meu pescoço. – E marcar tudo com o seu cheiro.
Oh claro, e ele está muito indignado com isso...
Me contorci e Tom riu.
É, teríamos um longo e maravilhoso ano.
...
É. Foi isso.
Eu nunca imaginei que encontraria meu namorado com outra na cama.
E muito menos que viajaria no tempo.
Ou que salvaria o mundo.
Ou que me apaixonaria.
Mas aconteceu como tudo na vida: Foi algo fora do meu controle, e foi muito bom. É muito bom.
Essa foi a minha jornada com o meu imperfeito perfeito, algo que jamais seria possível sem sacrifícios significativos. Eu perdi um filho, mas hoje tenho três.
Eu perdi um namorado, hoje tenho um marido.
E eu perdi um romance bobo, mas ganhei a história mais linda de todos os tempos.
A vida nunca obedece à ordem que impomos a ela, nunca vai adiantar. Ela nos dá cartas e cabe a nós escolhê-las, mas as cartas são dela.
No fim acho que é tudo o que eu tenho a dizer.
Não vivemos felizes para sempre. Seria muito chato. Apenas vivemos felizes. Apenas a ingrata e o idiota.
Apenas Tom e Hermione Riddle.
Fim
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
(Hermione (casamento): http://www.polyvore.com/cgi/set?id=91786850&.locale=pt-br)
Sim, eu sei, é triste. Na verdade, eu estou quase chorando.
Deixar o Tom e a Hermione em paz para viverem suas vidas é uma tarefa árdua, mas gratificante. Espero que tenham amado a experiência tanto quanto eu, mas que não se prendam apenas a "Plus Qu'une Mission", (Sim, é assim que se escreve. O Nyah não aceitou o '), eu ficaria muito feliz se vocês dessem uma olhadinha nas minhas outras histórias, então...
Bom. É isso.
Comentem, recomendem, favoritem... Façam o que quiserem.
XoXo, BMar.