Pela minha surpresa, eu dormi tanto que só acordei as 9:00 da noite, Liam estava comendo e eu fui comer também.

– ta se sentindo melhor? - ele pergunta.

– aham. - falei - eu to com fome.

– toma uma bolacha. - ele falou enclinado o braço para me entregar a bolacha.

– obrigado. - sorri e peguei a bolacha. Me sentei e ficamos assistindo TV até umas 11:00 da noite, e depois fomos dormir.

(...)

E aqui estou eu de novo, na escola. (lê-se inferno). Tendo aula de química com o Idiota.

O resto a aula foi um saco! O Harry do meu lado fazendo gracinha, e o professor chamando atenção dele. Depois das outras aulas, havia o almoço onde todo o pessoal se reuniu.

– Então Andy, hoje de tarde vamos fazer um passeio em uma praia que tem aqui perto, aceita ir? - o Harry pergunta.

– desculpa, mas eu não posso ir, tenho compromisso. - falei triste e olhei para o Liam.

– eu também não vou poder ir. Me desculpem caras, a gente combina outro dia. - o Liam falou.

Depois disso, o almoço se reuni em porquisse total. O Louis contava piada, e o Niall morria de rir com um pedaço de sanduíche na boca. É, eu preciso de uma amiga mulher urgente.

Depois do almoço avisto o Niall que vem correndo ao meu encontro, mas no meio do caminho algum idiota põe o pé na frente dele fazendo com que todos os livros, e as batatas dele caírem no chão. Fui correndo para ajuda-lo.

– ei Niall, tudo bem? - pergunto preocupada.

– minhas batatas!!!! - ele olha para as batatas jogadas no chão.

– ah, vai catar coquinho Niall! - falei - eu aqui pensando que você quebrou um braço e você preocupado com as batatas. - ele riu.

– desculpa.... mas e aí, não vai mesmo com a gente pra praia hoje? - ele pergunta se levantando do chão.

– não... - falei desanimada. - eu queria realmente ir, mas não posso... tenho um compromisso.

– e posso saber que compromisso senhorita? - ele pergunta.

– errrrrr.... NÃO! - eu falei e ele me olhou indignado.

– não vai contar mesmo? - ele diz fazendo bico.

– não... outra hora eu conto... não é importante. - falei

– ok né. - ele falou e se virou para a sala. - até mais então.

Ele acenou e entrou na sala.

POV's Harry

A aula tinha acabado e estávamos a caminho da praia. Não sei porque, mas era uma praia especial para nós, e tudo que precisávamos era de sol e um bom sossego.

Chegando na praia pegamos nossas coisas de descemos da van. A praia estava realmente linda. Um sol radiante, e as ondas se quebravam lentamente na areia. Não estava muito cheio, o que era muito melhor.

Peguei minhas coisas e coloquei sob a areia, e os meninos fizeram o mesmo. Passamos a tarde na maior tranquilidade, esquecendo dos problemas, da escola, de tudo. Mas em meio aos devaneios vinha uma pessoa em minha mente.

– o que rolou entre você e a Andy esses dias? - o Louis pergunta me tirando dos pensamentos.

– nada... porque? - perguntei.

– não me pergunte porque Styles! - o Louis fala. - você é o pegador, sempre que acha uma gatinha tenta pegar ela. Eu te conheço! - ele me olhou com um ar malicioso.

– ah sei lá cara... - falei dando de ombros. Mas lembrei que tinha tomado um fora dela. Dahora a vida.

– então não vai dizer que não sente nada por ela? - o Zayn pergunta entrando na conversa.

– acho que não... Só uma atração física talvez. - eu digo desinteressado.

– também, como não sentir atração por aquilo? - o Zayn fala com um sorriso malicioso. Eu reviro os olhos. - aposto cem pratas que não consegue pegar ela.

– há. Perdeu meu filho! Você ta falando com o Harry Styles lembra?

– então aceita a aposta? - ele pergunta.

– aceito. - fazemos um toque estranho com a mão.

– vocês não tem nada na cabeça! - o Louis revira os olhos e deita na toalha.

Pov's Andy

– então doutor, como está minha situação? - pergunto ansiosa para o Doutor.

Ele me olha serio e depois para o papel.

– Sinto lhe dizer isso, mas não está nada boa... Seu coração não está bom, o seu ritmo cardíaco não funciona direito.

– o que? - falei indignada.

– se continuar assim, seu coração não irá aguentar. Você precisará fazer uma operação para colocar um marca-passo. - ele me olhou serio.

Eu não tinha reação. Não sabia o que fazer, se chorava, ou se entrava em desespero.

O medico pegou a prancheta e anotou algumas coisas.

– mas doutor, eu vou sobreviver? - perguntei aflita para ele.

– mas é claro que vai! Se tudo der como eu planejar! - ele me olhou esperançoso, eu apenas sorri de lado.

Sai da sala de cabeça baixa eu fui ao encontro de Liam na sala de espera. Ele estava sorridente lendo uma revista e ouvindo musica. Parei na frente dele e esperei ele me notar.

– pronto? - ele olhou para cima e eu assenti. Decidi não contar a ele. Não agora... - vamos tomar sorvete?

- ah Liam, eu não to mais afim... vamos outro dia ok? - ele me olhou como uma cara tipo " você ta bem?" 

- ok né. - ele fala em um tom de desconfiança.

Fomos para o carro e o caminho inteiro eu fiquei calada. Ele fazia algumas perguntas e eu só fazia um sim com a cabeça. Não estava pronta para isso. E eu não queria morrer, estava tudo na tranquilidade de novo. Ia começar minha vida de novo, e só com uma noticia, acaba tudo. Não consigo descrever o que eu sinto. Se é angustia, desespero ou medo. Não sei de nada.

Entrei em meu quarto e fechei a porta. A única coisa que procurava era a garrafa. Desde que meu pai morreu eu havia prometido a mim mesma de que não iria mais beber. Mas eu precisava, sentia a necessidade de ardência em minha garganta.

Procurei nas gavetas, debaixo da cama, na escrivaninha, em tudo quanto é lugar, quando ia desistir veio um lugar em minha cabeça. Armário, gaveta de meias. Abri ela e achei a gloriosa garrafa de vodka. A abri e tomei, 1 gole, 2 goles, 3 goles e a bebida descia ardendo pela minha garganta. No quinto gole ela já estava fazendo efeito. Depois de um tempo não lembrava de mais nada.

Pov's Liam

Depois que saímos do medico, Andy ficou realmente estranha. Havia acontecido alguma coisa. Ela subiu para o quarto e ficou lá. Eu precisava saber o que havia acontecido, subi as escadas e bati em sua porta.

– o. que. foi..? - ela falou se embolando toda.

– Andy, você ta bêbada? - perguntei o que eu mais temia.

– eeuuu nãoooo... - ela falou engolindo as palavras.

– mas é claro que está! - falei bravo e abri sua porta. Ela estava terrível. Todas as suas coisas jogadas no chão, uma garrafa de vodka em sua mão, e ela estava deitada no chão olhando para cima. Ela deu mais uma golada e eu tirei a garrafa de sua mão.

– Andy! Tudo tem seu limite! - gritei com ela.

– bla bla bla! - ela disse toda embolada. Olhei para o lado e avistei um papel em sua escrivaninha. O peguei e li. Não! Não é possível!

– Andy! porque você não me contou? - perguntei

– porque não te interessa! - ela falou levantando do chão e cambaleando até sua cama.

– é claro que me interessa! você é minha prima! é do meu sangue! - grito e sento no chão, enfio minha cabeça entre minhas mãos e começo a chorar. - sua mãe sabe disso?

– nãooo... - ela responde. - sai daqui!

– ok então... - saí do quarto e a deixei sozinha. Entrei em meu quarto e chorei mais ainda. Como? Andy? Como?