Entre Mãe E Filha escrita por nikas
Notas iniciais do capítulo
Aqui está o novo capitulo
Espero que gostem.
POV BELLA
Fiquei a olhá-lo fixamente, à espera que ele saltasse e começasse a gritar que era 1 de Abril.
Mas isso não aconteceu.
Edward devolvia-me o olhar calmamente, pacientemente á espera que eu assimilasse o que ele me dissera.
Quando consegui entender o significado das suas palavras foi a minha vez de arregalar os olhos.
-Mas…
- Eu e a tua mãe falamos hoje enquanto tu tomavas o pequeno almoço. E eu estava agora a ir para vossa casa. Iriamos almoçar fora para esclarecer tudo. Quero resolver as coisas.
- Mas…
- Eu amei a tua mãe, Bella. Tenho um carinho enorme por ela e respeito-a acima de tudo, mas desde a primeira vez que te vi, o meu mundo mudou. Mudou para melhor. Acho que, embora eu não lhe tire o significado, a minha história com a Renee, serviu como compasso de espera. Para me preparar e me amadurecer para ti. Só preciso de falar com a tua
mãe.
- Não faças… não vás…não sou…
As palavras perdiam o significado logo depois de pensar nelas, fazendo-me tropeçar no que dizia.
Mas Edward não parecia importar-se com isso, já que aparentemente ele percebeu tudo o que eu queria dizer.
- Faço…vou…tu és…
- Edward… - sentia os meus olhos brilhantes.
Eu não conseguia acreditar que isto estava a acontecer.
Era simplesmente demais.
Ele balançou a cabeça.
- Eu não quero dizer mais nada. Não quero falar mais sobre isto. Primeiro quero falar com a tua mãe. Só depois de resolver tudo com ela é que vou falar contigo. As duas merecem isso.
Encostei a cabeça no seu ombro.
Eu precisava de sentir que ele era real. Precisava de ter a certeza que isto não era um sonho e sim a realidade.
Edward subiu a mão pelas minhas costas, até chegar ao meu cabelo, começando a acaricia-lo. A outra mão continuou na minha cintura, onde fazia leves círculos na pele.
O meu telemóvel começou a vibrar no bolso.
Mais calma afastei-me ligeiramente de Edward e atendi o telemóvel.
- Sim?
- Bella? Ah meu deus minha filha. Como estas? Está tudo bem? Por favor não me faças mais isto?
- Eu estou bem.
- Tens a certeza?
- Sim. Está tudo bem.
- Fiquei tão aflita, Bella.
- Desculpa. Peço imensa desculpa.
- Não tem problema querida. Vem para casa, por favor.
Ao ouvir a sua voz preocupada, o meu coração apertou. Finalmente eu tinha uma mãe.
Olhei para Edward, que ainda me olhava atentamente.
- Vou agora para casa. Não demoro.
- Obrigada. E vamos conversar, sim?
- Sim. Estou a ir.
Desliguei e levantei-me, sendo acompanhada por Edward.
- Tens de ir.
- Sim. Preciso de acabar a conversa com a minha mãe.
- Certo. Vem, eu levo-te.
O caminho até casa fez-se em silêncio, cada um perdido nos seus próprios pensamentos.
Quando chegámos voltei-me para ele.
- Obrigada.
Edward voltou-se para mim
- Bella, estás bem? Ficaste estranha de repente.
- Estou bem.
- Está bem. Até logo, sim?
- Sim.
Dei-lhe um beijo na bochecha, mantendo os meus lábios na sua pele por um momento mais, sentindo o seu cheiro.
Depois sai sem olhar para trás, ou então não teria coragem para o que tinha em mente.
Ao subir até ao apartamento senti uma estranha calma a apoderar-se de mim, dando-me força para as próximas horas que tinha pela frente.
Abri a porta e Renee, que estava sentada, levantou-se de um salto, quase correndo até mim e abraçando-me com força.
- Por favor, querida. Não me faças mais isto. Tenho estado aqui com o coração nas mãos com medo que te acontecesse alguma coisa.
- Desculpa –falei, olhando-a nos olhos, para que ela percebesse que não me referia apenas ao meu desaparecimento.
Renee puxou-me para o sofá, antes de começar a falar.
- Queres conversar sobre isso agora?
Assenti.
-Eu não queria mãe. Eu juro que não queria estar a sentir nada do que estou a sentir. Eu tenho raiva de mim, pelos meus pensamentos, pelos meus sonhos. Eu sinto tanta culpa que não te consigo olhar nos olhos.
E era verdade.
Eu apenas a conseguia olhar por uns segundos antes de desviar o olhar, fixando-o em algum outro ponto da sala.
- Tu apaixonaste-te de propósito? Para me magoar? Para te magoares? – perguntou.
- Não
- Então… não tens que sentir culpa.
- Eu estou tão confusa, mãe. Não sei o que fazer.
- Eu vejo isso. Eu quase sinto a agonia que sai de ti.
- Tu odeias-me? – perguntei aquilo que me preocupava.
- Claro que não. Como é que eu poderia odiar a minha própria filha?
- Mãe…
- Eu sempre soube que isto podia acontecer. Por isso é que eu liguei tantas vezes quando estava fora. Não é uma surpresa para mim. Mas ter a certeza é diferente de apenas achar.
- Eu tenho tanto medo. Eu nunca te quis magoar, mãe. Principalmente agora que sei o que é ter uma mãe – confessei, sentindo uma lágrima cair.
- Eu não te vou deixar sozinha. Nunca mais.
Atirei-me nos seus braços, precisando do conforto materno.
Não sei quanto tempo ficámos assim, até que a campainha tocou.
Renee afastou-se.
- É o Edward. Nós combinamos ir almoçar.
Levantei-me e antes de ir para o quarto olhei-a.
- Eu amo-te mãe. Quero que saibas que aquilo que construímos nestes dias significou o mundo para mim.
- Eu sinto o mesmo, querida. Amo-te com todas as minhas forças.
Deu-me um beijo na testa essa foi a minha deixa para ir para o quarto.
Enquanto ia no corredor ouvi a porta fechar, e então sim, permiti-me chorar tudo aquilo que tinha a chorar.
Assim que cheguei ao quarto, corri para o armário e de lá tirei a minha
mala, começando a pôr todas as coisas lá para dentro.
Enquanto isso, peguei o telemóvel, marcando o número de quem eu sabia que me ia ajudar
- Bella, tudo bem?
- James, preciso de ajuda. Estás a trabalhar?
- Não, estou em casa. O que se passa, querida?
- Podes vir buscar-me a casa? Preciso de boleia para o aeroporto.
- Aeroporto? O que é que vais fazer?
- Eu explico-te tudo pessoalmente. Está bem?
- Sim. Estou aí em meia hora.
- Obrigada.
Desliguei e continuei a fazer a mala.
Assim que terminei liguei para o aeroporto, para reservar a minha passagem.
Olhei em volta do quarto e tirei as fotografias das molduras, guardando-as na mochila.
Quando abri a bolsa para as guardar prendi a respiração.
Lá dentro estava já uma fotografia.
http://i46.tinypic.com/rcsvfm.jpg
No verso da fotografia tinha um pequeno recado, escrito numa bonita caligrafia.
“Tive o pressentimento de que ias precisar desta foto.
Por favor, não me deixes sem saber o que se passa.
Força.
Um grande beijinho.
Alice Cullen”
O meu corpo caiu até ao chão e, com a fotografia contra o peito, chorei pedindo forças para conseguir levar o meu plano até ao fim.
Não demorou muito para que James chegasse.
Ao contrário do que eu esperava ele veio buscar-me à porta do apartamento, ficando surpreendido com o meu estado.
-Bella… - falou abrindo os braços.
Não disse nada, atirando-me apenas para os seus braços.
- Está tudo bem, pequena.
- Por favor, James. Leva-me
daqui.
- Agora mesmo.
Ele pegou-me nas malas e levou-me até ao seu carro.
Rapidamente estávamos a caminho do aeroporto.
- Já tens voo?
- Sim. Sai daqui a uma hora.
Encostei a cabeça no banco, cansada do dia, que parecia arrastar-se.
Prevendo que eu precisava de ser distraída, James logo iniciou a conversa.
- Segui o que me disseste. – falou de repente.
Desencostei a cabeça do banco, olhando-o.
-É verdade, conta-me.
Durante o resto do caminho, ouvi-o contar sobre a sua noite com Victória e sobre como tudo se tinha resolvido, já que agora estavam juntos e felizes.
Quando chegámos ao aeroporto, James entrou comigo.
Depois de despacharmos a bagagem, sentámos numas cadeiras.
- Conta-me o que aconteceu. Estou preocupado.
Contei-lhe tudo o que tinha acontecido, desde a noite de hoje até agora.
Ele ouviu tudo em silêncio.
Quando terminei passou-me a mão pelo cabelo, suspirando.
- Isto deve de estar a ser tão difícil para ti. Entendo esta tua decisão, embora também acho que as coisas estão a ser todas resolvidas agora.
- Até podem estar. Mas como é que eu poderia ficar com o Edward, sabendo que a minha mãe o ama?
- Eu sei. Eu não queria estar no teu lugar.
- Acho que não fazes o género do Edward – tentei brincar para aliviar o ambiente.
A risada contagiante de James fez-me rir, deixando-me mais relaxada.
Ainda riamos quando o meu voo foi anunciado.
Levantei abraçando James.
- Manda-me pelo menos uma mensagem, para eu saber que chegaste bem.
- Tudo bem. Obrigada James, por tudo.
- Eu é que tenho de te agradecer. Graças a ti, agora estou bem.
Sorri, voltando a abraçá-lo.
- Espero sinceramente que vocês sejam felizes.
- Vamos ser. E tu também serás. Vais ver que tudo se resolve.
Assenti e depois de me despedir, quase corri para o avião.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Este capitulo estava dificil de sair, digam-me por favor o que acharam.
Sobre o dia 1 de Abril eu nao sei se tem o mesmo significado em todos os países mas em Portugal é o dia das Mentiras, em que as pessoas tentam pregar partidas umas às outras.
Amei os comentários e mais ainda amei saber que estao tão enolvidas na fic quanto eu, é maravilhoso saber isso.
Capitulo dedicado a quem comentou o anterior.
Um grande beijinho a:
-> claudia pires
-> marlene
-> dcm
-> RaphaTwilighter
-> ingrid barbosa grawn
-> Belita
-> brunas2
-> Lu Culen
-> Mandy_cat
-> Anna Hathaway Belikov
-> Preira_Vivi
-> patriciapt
-> Biianka Salvatore Cullen
-> vau
-> michaelamarce
-> joanattnp
-> ana sara
-> Lóte
-> Carlota Teixeira
-> leonor
-> Rita Santos
-> patricia
-> veronica nuno
-> Patricia Ribeiro
Um maravilhoso fim de semana e uma optima semana.
Até ao próximo capitulo.