When my time comes

Forget the wrong that I've done,

Help me leave behind some

Reasons to be missed.

Don't resent me, when you're feeling empty

Keep me in your memory, leave out all the rest

Leave out all the rest...

Senti Justin jogar a milésima batata frita em mim e o olhei mortalmente fazendo-o rir. Às vezes eu me esqueço da maravilhosa mania que Justin tem de jogar batata frita em mim e aceito sair com ele, aliás, tenho que parar com isso.

E se já não bastasse Justin, Ryan e Chaz também aderiram o lindo comportamento dele.

Os idiotas riam igual retardados, contando com Vicky que ria mais ainda e todos naquela praça de alimentação nos encaravam como se fossemos loucos.

Estávamos no Mc Donald’s depois de assistir Ted e ficarmos ouvindo Ryan falar durante todo o filme como o ursinho mal educado se parecia com Justin, sem contar as partes em que ele comparava o que o ursinho faz com algumas coisas que Justin já fez.

Acho que ir ao shopping com esses quatro malucos não foi uma boa ideia, ainda mais que é sábado e o shopping está lotado.

Tudo bem chega de mau-humor... Até que não foi tão má ideia assim.

Eu estava me divertindo.

– Desculpa! – Justin disse parando com sua guerrinha de batatas fritas e passando o braço pelos meus ombros. – Prometo que não faço mais. – disse docemente e me roubou um selinho, fazendo minhas bochechas esquentarem.

Justin sorriu.

Sorriu como se isso fosse a coisa mais normal do mundo. E era, se não fosse pelo fato de que eu estava próxima até demais do meu melhor amigo, talvez até mais próxima do que deveria.

Notei Vicky me lançar um olhar mais do que malicioso, e não foi só ela. Senti minhas bochechas ficarem mais quentes, se isso fosse possível.

– Eu tenho que ir. Prometi para o meu pai que almoçaria com ele hoje. – revirei os olhos.

– Eu te levo. – disse Justin.

– Não precisa, meu pai já deve estar chegando aqui. – me levantei e Justin se levantou comigo me fazendo rir fraco.

Despedi-me dos outros três babacas e caminhei com Justin até a entrada do shopping onde ficamos em silêncio esperando pelo meu pai.

Justin envolveu os braços em minha cintura me colando ao seu corpo, aproximando seus lábios dos meus, mas eu desviei.

Afastamo-nos e Justin respirou fundo colocando as mãos no bolso da calça e fitando o chão.

Eu havia o decepcionado.

Vi o carro do meu pai parar um pouco a minha frente. Murmurei um “tchau” para Justin e fui para o carro.

– Temos muito que conversar. – meu pai disse sério, assenti e olhei pela janela para a entrada do shopping.

Justin não estava mais lá.

Justin P.O.V

– Mãe. – gritei assim que entrei em casa, mas não obtive resposta. Provavelmente minha mãe estava com Anthony.

Senti meu celular vibrar em meu bolso e o peguei.

Mensagem de Lauren.

“Espero que não tenha se esquecido de hoje à noite... Te encontro lá às 10h!”

É, eu tinha esquecido. Joguei o celular na cama e fui para o banheiro logo tomando um banho rápido. Saí do mesmo com a toalha enrolada na cintura e olhei as horas no visor do celular.

9h 20min.

Não estava com a mínima vontade de ver Lauren, então também não estava com pressa.

Peguei qualquer roupa e a vesti calmamente, assim que estava pronto peguei as chaves do carro e meu celular, olhei novamente no visor que dessa vez marcava 9h 50min. Até que não demorei tanto.

(...)

Encarei o nome Elevation escrito em vermelho com letras grandes, o fluxo de pessoas ali era intenso, na parte de fora havia pessoas bebendo, usando drogas e se pegando. Ri baixo, como eu disse, esse era o típico lugar que você sempre encontra Lauren.

Entrei no lugar e fui até o open bar com dificuldade, devido a multidão de pessoas que dançavam freneticamente, me encostei no balcão e pedi uma Tequila.

– Pensei que não viria. – Lauren sussurrou em meu ouvido e me abraçou por trás.

– Vontade de não vir era o que não faltava. – disse me virando e encarando Lauren que bufou.

– Você parece um velho de dezoito anos! – falou.

– O que você quer comigo Lauren? – disse impaciente.

– Quero que você se anime mais. – Lauren disse me abraçando e depositando beijos em meu ombro e pescoço.

– Tem muitas coisas que me animam Lauren... – sussurrei em seu ouvido e sorri ao perceber ela estremecer. – Você não é uma delas. – disse por fim e Lauren se afastou de mim irritada me fazendo rir.

– Vem comigo. – falou irritada e me puxou para a parte de cima da boate que tinha um pouco mais de claridade do que a parte de baixo, mesmo assim ainda era escuro, havia pouquíssimas pessoas, mas as poucas que havia bebiam e usavam o que parecia ser cocaína.

Sentei-me em um grande sofá preto e Lauren se sentou ao meu lado me entregando um copo com alguma bebida e uma espécie de bala colorida com algo desenhado nela.

– Êxtase? – arqueei as sobrancelhas. Lauren assentiu. – Você é maluca! – ri fraco.

– Eu sei que você quer. Talvez até precise disso... É uma forma de esquecer seus problemas essa noite! Quem é que não adoraria esquecer tudo por pelo menos uma noite, uh? – Lauren disse sorrindo.

Talvez ela estivesse certa.

Não em tudo, mas em pelo menos uma parte.

Respirei fundo, e encarei as “balas” em minha mão.

(...)

Senti uma euforia fora do normal, conforme eu descia as escadas, a música ficava cada vez mais alta, não conseguia entender qual música tocava, mas era algo parecido com Chris Brown... Ou Katy Perry.

Gargalhei com o meu pensamento sem sentido.

Comecei a me mover no ritmo da música, às vezes sentia minha mente adormecer, mas quando eu “acordava” ficava mais eufórico do que nunca. Sentia meu suor escorrer pela testa e minha boca ficar seca, mas resolvi isso tirando a garrafa de alguma bebida da mão de Lauren.

Eu ria por coisas sem sentido.

Meus batimentos estavam cada vez mais acelerados, estava cada vez mais suado, mas isso não impedia que eu parasse com a euforia, nem se eu quisesse.

Meus pensamentos começaram a se perder, minha mente estava confusa. Por um momento pensei ter visto Beyoncé na minha frente, gargalhei alto.

Perdi as contas de quantos minutos se passaram e de quantas coisas estranhas eu tinha visto... Ou imaginado.

A loucura estava apenas começando...

(...)

Narrado 3ª pessoa.

Justin abriu a porta do quarto com dificuldade, devido à escuridão que dominava a casa.

Não só pela escuridão, mas também pela confusão que havia em sua mente.

– Parece que a mamãe não está em casa hoje. – Lauren disse debochadamente, mas o garoto apenas ignorou jogando-a com brutalidade para a cama.

– Cala a boca. – disse rígido, ainda dominado pela droga que comandava todas suas ações.

O garoto tirou a jaqueta rapidamente enquanto caminhava em direção a Lauren, que se sentou na cama observando Justin, o mesmo, por sua vez tratou de puxar a garota pelos cabelos com violência, em seguida grudando seus lábios aos dela com certa urgência.

Logo Justin tratou de se livrar das roupas Lauren, a empurrando novamente para a cama enquanto se livrava de suas próprias roupas.

O loiro deitou seu corpo quente sobre o corpo de Lauren e a beijou novamente, as mãos dele percorriam o corpo da garota deixando marcas e arranhões por todo lado.

Justin desceu seus beijos sugando e mordiscando toda a região do busto de Lauren arrancando pequenos gemidos de sua parte, e por impulso ela levou suas mãos até os fios dourados do garoto puxando-os fortemente.

Em resposta Justin apertou a cintura da garota o mais forte que pôde.

– Justin! – Lauren gemeu o nome do garoto, fazendo-o sorrir maldosamente.

E como ele queria, Lauren estava entregue a ele.

(...)

Justin abriu os olhos lentamente, graças a forte claridade que ali havia. Sentiu braços quentes sobre sua cintura e se virou para o lado em seguida fechando os olhos rapidamente desejando que aquilo fosse um pesadelo.

Contou até dez mentalmente e abriu novamente os olhos encarando Lauren que dormia tranquilamente.

Justin respirou fundo.

– Lauren. – chamou a garota numa tentativa falha de acordá-la. – Lauren, acorde! – chamou mais uma vez, perdendo a pouca paciência que lhe restava.

Lauren abriu os olhos e sorriu ao olhá-lo. Justin bufou irritado se levantando da cama e vestindo sua boxer preta que estava jogada no chão junto a outras peças de roupa.

Lauren se sentou na cama cobrindo seu corpo pelo lençol branco.

– Como foi sua noite Justin? – perguntou sorrindo ironicamente. – A minha foi ótima! – disse ainda sorrindo, mas desta vez havia uma ponta de malícia em seu sorriso.

– Você tem cinco minutos pra sumir da minha frente... E da minha vida. – Justin disse ríspido, jogando as roupas de Lauren em cima da cama.

– Não vai nem me pagar? – Lauren disse com sarcasmo, e se levantou da cama sem se importar em estar completamente nua, pegou suas roupas e foi para o banheiro.

Justin bufou mais uma vez irritado, pegando algumas peças de roupa e indo para o banheiro do quarto de sua mãe que estava vazio.

Alguns minutos depois Justin saiu do mesmo, levando as mãos até a cabeça ao sentir uma dor insuportável.

– Droga. Lauren, eu te odeio! – o garoto resmungou.

Já vestido, se dirigiu novamente para o seu quarto onde Lauren o aguardava sentada na cama.

– Espero que pelo menos me leve até minha casa. – Lauren disse indiferente.

Justin bufou pela milésima vez naquela manhã.

– Vamos. – disse friamente e pegou as chaves de seu carro, guardadas no bolso da calça que usara na noite anterior.

Os dois foram em silêncio até a rua, onde o carro do garoto estava estacionado na frente da enorme casa. Justin levou seu olhar até a casa de Sam, como sempre fazia dessa vez encontrando a garota saindo de casa apressada, mas assim que seu olhar se encontrou com o de Justin ela sorriu e acenou levemente para ele.

Justin sorriu bobo.

Assim que Lauren viu Justin dar seu primeiro passo em direção a Samantha, puxou-o pela camisa e grudou fortemente seus lábios aos dele.

Poucos segundos depois o garoto se soltou rapidamente de Lauren, levando seu olhar novamente até Sam, que tinha um sorriso triste e ao mesmo tempo sem graça nos lábios. Justin deu outro passo em direção à garota, mas foi interrompido por uma buzina alta vinda do carro do pai de Sam. O homem gritou alguma coisa para Sam, e a garota entrou no carro do pai rapidamente, sem olhar para Justin.

– Por que fez isso? – perguntou indignado para Lauren.

– Me deu vontade. – deu de ombros. – Aliás, não gostei dessa sua roupa. Prefiro você sem. – disse com um sorriso malicioso e entrou no carro de Justin, seguida por ele.

Alguns minutos depois de só se ouvir os palavrões que saiam da boca de Justin, ele parou o carro em frente à casa de Lauren.

– Vaza. – Justin ordenou sem olhar Lauren.

– Você usou porque quis a culpa não foi minha. – Lauren disse fitando suas unhas. – E eu sei que gostou da sensação, e mesmo não querendo ainda virá atrás de mim... Se precisar, já sabe onde me encontrar.

Justin travou o maxilar.

– Eu não vou precisar. – disse frio. – E me faz um favor Lauren... Saia de perto de mim antes que eu não consiga mais reprimir a enorme vontade que tenho de mata-la agora e aqui mesmo.

– Como quiser. – Lauren disse e se retirou do carro, logo depois entrando em sua casa.

Justin encostou a cabeça no volante e respirou fundo, mas logo se recompôs ao ouvir seu celular tocar. Olhou no visor e revirou os olhos ao ver que era uma chamada de sua mãe.

– Fala. – atendeu sem nenhuma emoção.

– Esqueceu que prometeu passar o domingo com seu avô? Você tem dez minutos para chegar até aqui na casa de seus avós e não decepcioná-los. – Pattie ameaçou. – E espero que no caminho invente uma ótima desculpa por não ter atendido nenhuma das minhas ligações a noite toda. – disse tudo rapidamente e desligou o telefone antes que Justin pudesse dizer algo.

Justin fechou os olhos por alguns tentando manter a calma, e depois os abriu novamente. A última coisa de que ele precisava agora era de pessoas lhe dando sermões.