The Last Tear escrita por Emis


Capítulo 17
Capítulo 16 - Extra > Pov's Keith


Notas iniciais do capítulo

Oi!!
Bom, esse é um capítulo de "experimento"...Se gostarem, por favor avisem, porque ai eu poderia por mais P.O.V's Keith ^^!
(Esperando a resposta~.~)



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P.O.V’s Keith


Abri os olhos e a humana estava sentada, pálida. Essa menina só vai me dar mais dor de cabeça, pensei.

–Você está fraca, não devia se levantar! – Olhei bravo para ela, que desmaiaria a qualquer momento se eu não a segurasse. – Deite-se! – Ordenei e a empurrei , me juntando a ela sem que saísse dos meus braços. Ela começou a fazer manha, se esperneando.

–Você ficou louco? Por que eu deveria dormir com você?! - Não respondi, ignorando o comentário. - Não tenho privacidade nem para dormir?! – E bufou, parecendo não entender nada.

Comecei a rir, imaginando se ela tinha perdido a memória por estar com febre, ontem á noite.

–Deus, essa humana só me dá trabalho! – Falei sorrindo e sentando, reparando em sua expressão irritada. Ela não se lembrava, eu tinha certeza. – Você não se lembra de nada?! – Perguntei confirmando.

–Lembro, claro, nós fizemos sexo e... Foi bom? – Essa eu não esperava, nem em um momento assim, no meu quarto e na minha cama. Comecei a rir, enquanto ela ficava vermelha de vergonha. – O quê?! – E me olhou incompreendida.

–Humana, você é muito engraçada. – Sorri, parando de rir e saindo da cama. Senti ela me observando, enquanto eu estava de costas.

–Quantos anos você tem?! – Falou de repente, me surpreendendo.

–Dezenove. – Respondi sem ter que falar a verdade. Eu odiava esse tipo de pergunta, odiava lembrar os anos e as perdas ao longo do tempo.

–Há quanto tempo tem dezenove anos? – Ela continuava a perguntar, mesmo eu começando a me irritar.

–Há muito tempo. – Sorri para disfarçar a expressão que eu não mostraria a ninguém. Não era culpa dela, só as perguntas. Eram coisas que eu não me sentia confortável a responder. Perguntas sobre mim. – É melhor você dormir, seu corpo ainda está fraco. – Tentei mudar de assunto.

–Nós já nos conhecemos? –Onde ela queria chegar, fazendo essas perguntas? Eu sempre soube que as mulheres não resistiam a minha presença, mas ‘nós já nos conhecemos?’ e perguntando séria, é um jeito estranho de flertar.

–É claro que nos conhecemos, você tem estado um bom tempo aqui, no meu quarto. – Vou entrar no jogo então. Reparei na beleza de seu corpo, coberto até a cintura, e lembrei da noite passada, enquanto ela dormia. A imagem de um anjo, descansando em meu peito. Ela acordada e dormindo eram duas coisas diferentes, incrível. Nem parecia ser a mesma pessoa.

–Elfo, você entendeu errado. – Disse, percebendo porque eu a observava, cobrindo os seios que mostrava o sutiã preto. - Nós já nos conhecíamos, antes do acidente? Há muito tempo atrás? Tipo, muito tempo mesmo, uns quinhentos anos atrás? - Refez a pergunta e isso confirmou o meu pensamento. Ela perdeu a memória e ficou doida por completo.

–Não, nós não nos conhecíamos. O acidente na floresta foi nosso primeiro encontro. – Respondi sério, porque parecia estar desconfiada. E depois ficou me encarando, pensativa, e foi aí que eu ouvi, na minha cabeça, novamente a voz dela.

“Mentira. Você está mentindo. Não podia ser outro elfo além dele, só se ele tivesse uma cópia, um irmão gêmeo.”

–Eu não estou mentindo. – Respondi ao pensamento. - Eu não minto. – Afirmei, fazendo ela ficar chocada. - E, eu não tenho irmão. – Não que eu me lembre, mas nunca tive. A humana ficou pálida, mais do que já estava.

–M-Mas, como que você faz isso?! – Ela só podia estar brincando, nem ao menos percebendo o que fala. – Você lê minha mente?! – A tão esperada pergunta apareceu. Ela levantou espantada, esperando minha resposta.

–Não, é você quem fala comigo. – Falei e me olhou como se não entendesse nada. - Ou seja, seus pensamentos chegam até mim, não sou eu quem lê sua mente. Você que fala comigo por pensamentos. Mas, isso só acontece ás vezes. – Expliquei e ela parecia ainda mais confusa, duvidando.

–Ah, claro, sou eu quem falo com você, ás vezes? – Eu a ignorei, sabia que seria perda de tempo. - Eu só faço isso com você?! – Gostei da pergunta, algo que eu queria ouvir.

–Pelo que vejo, sim. Só comigo. – Sorri malicioso, esperando a reação dela. - É algo bom. Só eu posso te ouvir. – Ela não gostou nem um pouco, pela cara que fez dava para ver que não era nada bom. Isso me divertiu.

–Isso é horrível! – Gritou histérica. - Agora não tenho privacidade nem para pensar! – E foi se deitar, cruzando os braços igual uma menininha emburrada, esperando o pai mimá-la. Incrível, essa menina nunca me entediava.

–Ah, Que dó. – Falei irônico. - Que anjo triste, coitada. – Era muito divertido provocá-la. - Não pense que sofre só por isso. Outros não têm o mesmo privilégio que você, meu anjinho. – E me olhou com um sorriso de canto.

–Mas, quem tem o privilégio de ser um anjo? – Bufou irônica, como se criticasse o que é.

–Ninguém, por isso que anjos não tem privilégio. Eles nascem com isso, como eu. Sou um elfo abençoado, com corpo e mente de um Deus, claro. - Era a pura verdade e ela estava duvidando, como se perguntasse se eu era um idiota. O que eu não sou claro, humanos são os idiotas e não os elfos.

–Nem tudo que pensa pode ser seu, "Deus". – Disse e me desafiou com o olhar, algo que eu não encontrava em nenhuma das elfas, ou ninfas. Ela sabia que podia me provocar, em qualquer momento. Uma “humana”, um ser que nunca viveu entre os elfos e nem entre os anjos. Ótimo, ela era a única que podia me provocar, e apenas por estar ali, me olhando como se pudesse vencer um jogo, confiando em si mesma. Eu mordi os lábios para não forçá-la a me beijar. Nunca vi um ser me desafiar tanto, querendo vencer minhas jogadas.

–Não se engane quanto aos filhos de Deus e, os mais próximos dele: os elfos. - Avisei orgulhoso, como para que ela soubesse que eu conseguiria tudo, tudo o que quisesse. levantei e peguei o colete e a adaga. - Seu treinamento começa amanhã, mas como já se levantou, vá comer alguma coisa e depois me encontre na entrada, na sala. – Não virei para olhá-la, era inevitável. Eu só podia sair do quarto, ou não seria nada bom ficar ali, continuando com a conversa.


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Notas finais do capítulo

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