Capitulo 10- recordações (bônus Seth Clearwater)

Me joguei na cama depois de chegar da ronda e tomar um banho, senti o cheiro da roberta no outro travesseiro misturado com o meu, olhei pra manchinha de batom no espelho e varias das nossas fotos desde que ela era pequena, cada pedacinho daquele lugar me fazia lembrar ela, não é como se eu tivesse tido o imprinting mas o que eu sinto por ela parece ser algo de outro mundo ou de outra vida.

Comecei a me lembrar dos motivos pra ela ter sido expulsa de casa, de certa forma eu me sinto culpado por tudo o que aconteceu.

“Flashbackon

- por favor papai, deixa eu ir.- ouvi a voz da roberta na sala logo que entrei na casa, depois que o Charlie morreu ela ficou bastante revoltada e fria com todos- talvez pior do que a Leah no quesito frieza- e o Jacob era muito linha dura com ela por causa das amizades que ela tem.

- Eu já disse que não roberta? Quando você vai aprender o significado dessa palavra?- ele não mudou muita coisa no jeito bruto de ser com os outros e as vezes pega pezado com a filha.

- o que ta acontecendo aqui?-perguntei vendo a roberta em pé de na escada vestida com uma de suas milhares de roupas pretas e o jacob sentado no sofá com uma expressão de raiva.

- sua queridinha “sobrinha” quer ir pra uma festa onde a garotada é toda de maior e ta fazendo drama porque eu não quero deixar ela ir.- o jake falou e eu ri com esse jeito durão dele, sempre querendo proteger todo mundo do mundo.

- eu levo ela, prometo manter a pirralha longe de encrenca.- se eu soubesse o que iria acontecer eu nunca teria proposto isso pro jake.

- cara, eu não sei.- a essa hora a “pirralha” já tinha se trancado no quarto batendo a porta com força desnecessária.

- confia mais em mim não jake?

- em você eu confio, mas pela roberta eu não colocaria a mão do meu pior inimigo no fogo.- essa ai nunca vai mudar mesmo.

- confia no que você ensinou pra ela, ou isso não é o suficiente?- ele suspirou e acabou aceitando que eu a levasse pra essa festa.

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- valeu mesmo Seth, eu não seria nada sem você.- não sei porque algo mexeu comigo quando ela disse isso, eu to ficando doido.

- que nada pirralha, você também teria conseguido.- falei encostado no carro em frente a uma espécie de bar no meio do nada.

-teria nada, até parece que o meu pai não confia em mim.- sua cara de inocência foi imperdível.

-até parece que você não dá motivo pra isso.- falei e ela me puxou pra dentro do bar dando um sorriso sapeca de menina que vai aprontar.

Flachbackoff”

Pov Roberta.

Por Sua Causa

Eu não cometerei

Os mesmos erros que você

Eu não me permitirei

Causar a meu coração tanta tristeza

Eu não vou desabar

Do jeito que você fez, você se machucou profundamente

Eu aprendi da maneira difícil

A nunca me deixar chegar até esse ponto

Por sua causa

Eu nunca ando muito longe da calçada

Por causa de você

Eu aprendi a jogar do lado seguro

Assim eu não me machuco

Por sua causa

Eu acho difícil confiar

Não só em mim, mas em todos à minha volta

Por causa de você

Eu tenho medo

Eu perco meu caminho

E não demora muito até você mencionar isso

Eu não posso chorar

Porque eu sei que isso é fraqueza nos seus olhos

Eu sou forçada a fingir um sorriso, uma risada

Todos os dias da minha vida

Meu coração não pode se partir

Quando não estava inteiro para começar

Por sua causa

Eu nunca ando muito longe da calçada

Por sua causa

Eu aprendi a jogar do lado seguro

Assim eu não me machuco

Por sua causa

Eu acho difícil confiar

Não só em mim, mas em todos à minha volta

Por causa de você

Eu tenho medo

Eu assisti você morrer

Eu ouvi você chorar

Toda noite no seu sono

Eu era tão jovem

Você deveria saber melhor

Do que apenas se apoiar em mim

Você nunca pensou

Nos outros

Você só viu sua dor

E agora eu choro

No meio da noite

Pelo mesmo maldito motivo

Por sua causa

Eu nunca ando muito longe da calçada

Por sua causa

Eu aprendi a jogar do lado seguro

Assim eu não me machuco

Por sua causa

Eu dei o meu melhor para apenas esquecer tudo

Por sua causa

Eu não sei como deixar ninguém se aproximar de mim

Por sua causa

Eu estou envergonhada da minha vida

Porque ela está vazia

Por sua causa eu tenho medo

Por sua causa

Por sua causa

Enxuguei as lagrimas do meu rosto e  respirei fundo olhando novamente a chuva que teimava em cair como se entendesse e chorasse comigo a minha dor, em meus ouvidos essa musica parecia bem mais triste do que ela realmente é, ela conta a historia da minha vida, como eu não queria seguir os passos da tia Leah, de como eu me eu tentei me fazer de forte e inabalável na frente do meu pai só pra provar alguma coisa pra mim mesma, toda a dor que eu senti quando o Charlie e a Sue morreram e minha briga com o Adrian e a minha noite com o Seth.

Arranquei os meus fones de ouvido como se fosse culpa deles tudo o que está acontecendo na minha vida, senti o vendo gelado junto com a chuva e o cheiro de terra molhada e encarei o violão em cima de uma das cadeiras do conjunto de Billy perto da rede que transformava a varanda em frente a cozinha e perto da parede uma das melhores partes da casa, pulei a minha janela e caminhei até o pequeno sofá pegando antes do violão preto com a marca em adesivo de um arranhão de uma pata de lobo que um dia foi o presente da minha mãe pro Jacob, dedilhei e vi está afinado o suficiente.

Cada Parte de Mim

Eu me sinto a milhões de milhas distante

De mim mesma,mais e mais esses dias

Eu estive abaixo de tantas estradas abertas

Mas elas nunca me levam pra casa

E agora eu não sei bem

Quem eu realmente sou, como isso vai ser

Existe algo que eu não consigo ver?

Eu quero entender...

Talvez eu nunca serei quem eu era antes

Talvez eu não a conheça mais

Talvez quem eu sou hoje não é tão longe de ontem

Posso encontrar um jeito de ser todas as partes de mim?

Então eu vou tentar,

Tentar resolver as coisas

E me encontrar

Colocar meus pés de volta no chão

Vai levar tempo

Mas eu sei que vai sair tudo bem,

Porque muita coisa não mudou

No interior

É difícil de descobrir,como isso vai ser

Porque eu realmente não sei agora.

Eu quero entender!

Talvez eu nunca serei quem eu era antes

Talvez eu não a conheça mais

Talvez quem eu sou hoje não é tão longe de ontem

Posso encontrar um jeito de ser todas as partes de mim?

Yeah

Eu não quero esperar muito tempo

Para descobrir onde eu deveria pertencer

Eu sempre quis estar onde estou hoje

Mas eu nunca pensei que iria me sentir desta maneira

Talvez eu nunca serei quem eu era antes

Talvez eu não a conheça mais

Talvez quem eu sou hoje não é tão longe de ontem

Posso encontrar um jeito de ser todas as partes de mim?

Cada parte de mim

Cada parte de mim

- não sei porque mas essa musica é extremamente a sua cara.- uma voz que eu conheço melhor do que ninguém falou e eu me virei encarando seus olhos cor de chocolate provavelmente herdados da mãe.

- será que é porque eu a escrevi?- a pergunta retrograda deve ter mostrado que hoje eu não estou pra conversa porque ele se sentou do meu lado e só me encarou.

- o meu pai me contou o que aconteceu.- suspirei quando ele colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.

- então sabe que eu não estou mais tão disponível assim.- falei e ele riu sem graça.

- eu não vejo porque não sabe? Eu sempre quis ser pai.- ele passou um braço ao redor do meu pescoço e eu gargalhei com essa.

- clao, porque o sonho de todo adolescente é ser “pai” de um filho que não é seu.- minha ironia fez ele rir.

- eu não brinquei quando disse aquilo

- que eu precisava de você? Faz-me rir.- ele segurou meu queixo fazendo olhar nos seus olhos e por um instante eu me perdi ali.

- eu realmente acho que estou apaixonado por você.- senti a sua respiração perto do eu rosto enquanto ele se aproximava, ele roçou nossos lábios antes de me beijar de verdade.

- então, você sabe tocar violão?- perguntei me afastando dele com a respiração entrecortada.

- sei sim, acho que você deve ter percebido quando eu cantei.

- toca um pouco pra mim.

- só se você me contar o que aconteceu pra você vir parar aqui.- suspirei e fechei os olhos me deixando levar pelas lembranças da minha vida, peguei na mão dele e sabia que isso faria ele ver tudo o que eu pensasse.

“Flashbackon:

- você não deveria ter feito aquilo com a alice Roberta, ela não teve culpa de não ter previsto o acidente.- a Leah falou colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha enquanto eu olhava a chacina que eu tinha provocado contra aqueles pobres animais indefesos.

- foi dela a ideia dessa lua de mel pra eles, mesmo eu sabendo que alguma coisa iria acontecer, eles nunca acreditam em mim.- falei sentindo as lagrimas nos meus olhos querendo sair.

- isso não é verdade.- ela falou e eu olhei dentro dos olhos dela.

- eles pararam de acreditar em mim quando eu comecei a falar.- sorri meio sem graça pois apesar de trágico era bem engraçado.

- eu me lembro de quando o meu pai morreu...

- eu conheço bem essa historia.- falei me levantando e tentando limpar um pouco a minha roupa.

- só não quero que você cometa os mesmos erros que eu por causa de uma dor que todos sentem, não machuque as pessoas porque você está machucada.

- sobre os erros não precisa se preocupar, normalmente os meus são bem piores e sobre a parte da dor, as vezes eu acho que sou a única que está sentindo algo por aqui.- sai correndo e fui pra casa, pulei a janela do meu quarto e fui tomar um banho, vesti uma roupa confortável e segui o cheiro  do Adrian mas o que eu vi ali na hora me deixou extremamente enjoada, uma humana de cabelos loiros estava se agarrando com ele, reconheci sendo a Kalinka, líder de torcida da escola, respirei fundo sentindo o ódio percorrer todo o meu corpo e apenas mandei uma mensagem pra mente dele “não olha mais na minha cara”

Flashbackoff”

Me deixei levar pelas lembranças de todas as brigas com o meu pai e de todas as vezes por puro egoísmo eu fiz a minha mãe chorar e finalmente minha mente chegou no dia que mundou a minha vida pra sempre.

“ flashbackon(vai continuar onde o do Seth parou)

A musica alta de rock me fazia sentir como se nada pudesse dar errado, arrastei o seth pra o balcão e ele pediu 2 cervejas pra nós dois.

- não sabia que você gostava de rock.- falei bebendo a minha cerveja e ele riu.

- tem muita coisa que você não sabe sobre mim pirralha, quando eu morava em La Push tinha um bar em um canto bem afastado que era tipo esse aqui, eu e o Embry vivíamos lá .- ele falou e eu ri.

- que tal uma coisa mais forte?- falei dando um sorriso sapeca e ele gargalhou.

- ta querendo me embragar?- sorri com isso.

- quem sabe? Talvez dessa forma eu possa fazer o que eu quiser com você.- ele pediu alguma coisa e logo o Barmen trouxe um tipo de coquetel de frutas com álcool, era bonitinho mas extremamente forte, depois de varias dessas eu chamei ele pra dançar.

Começou a tocar “i don’t Believe you”, eu coloquei minhas mãos nos meus ombros e as dele foram parar na minha cintura, aos poucos fomos nos aproximando e mesmo sem saber direito o que estava acontecendo me deixei levar fechando os olhos, a próxima coisa que senti foi seus lábios contra os meus, o cheiro forte de cigarro misturado com álcool estava me deixando meio tonta mas eu não me importei, quando a gente se soltou eu o puchei pra fora do bar, o prensei no carro e o beijei novamente como nunca tinha feito antes sentindo a chuva cair em cima de nós dois como se fossemos nos importar.

- vamos pra um hotel por aqui, eu ligo pro meu pai e aviso que o tempo tá muito ruim pra dirigir.- ele concordou e entramos no carro, digitei uma mensagem pro meu pai e logo chegamos em um hotel na saída da cidade, o seth conseguiu um quarto pra gente e entramos no elevador, ele me prensou na parede e me beijou me fazendo perder o ar, o elevador abriu e eu sai puxando ele pro nosso quarto quando ele abriu a porta e me pegou no colo estilo noiva e fechou a porta com o pé me colocando no chão, grudei novamente nossos lábios enquanto tirava a jaqueta dele e a jogava em algum lugar do quarto, ele se sentou na cama me puxando pro seu colo, tirei o meu vestido e vi desejo brilhando em seus olhos, tirei a blusa dele arranhando de leve aquele tanquinho recebendo um gemido de volta, tirei o meu tênis de qualquer jeito e usei o meu peso pra que ele deitasse na cama... (agora o que eles fizeram depois é com a imaginação de vocês)

Flachbackoff”

- ta, vocês transaram. Isso não da cadeia por aqui não.- ele falou depois que eu soltei a mão dele.

- tenta dizer isso pro meu pai, pra ele foi um erro imperdoável que sua filha tivesse transado com o seu melhor amigo e mais imperdoável ainda que eu tivesse a culpa nisso tudo.- falei me lembrando de quando ele descobriu.

- mas você não teve culpa, foi o calor do momento misturado com a bebida.

- a gente tentou explicar e o Seth tentou ficar com a culpa toda pra ele mas nada tirou da cabeça do meu pai que eu o seduzi só pra atingir o Senhor perfeitinho Black, eu gritei que o mundo não girava em torno do Alfa mais que perfeito e que eu tinha que viver a minha vida sem ter que carregar o meu sangue querendo que eu fosse perfeita como ele tentava a todo custo ser, ele se levantou e me deu um tapa na cara, mandou eu arrumar as minhas malas porque eu iria embora e quando a Reneesme perguntou quando eu iria voltar ele respondeu que nunca porque a partir daquele momento eu não tinha mais pai e a filha dele estava morta, o seth foi proibido de me ver com a voz de alfa e o Adrian provavelmente estava ocupado demais com a Loira do Tcham pra dar atenção ao resto da família.- passei as mãos pelas bochechas tirando as lagrimas que ainda tinha ali e respirei fundo, o Cris me abraçou e começou a cantar alguma coisa no meu ouvido enquanto aos poucos eu sentia meu corpo mole a vontade de dormir maior. “eu te amo e nunca vou abandonar você” foi a ultima coisa que eu ouvi antes de cair totalmente na inconciencia.