Sweet Children - Green Day escrita por Renata Pádua


Capítulo 14
Allen, o alien


Notas iniciais do capítulo

Oi, não me matem õ/
Eu sei que não tenho postado por um bom tempo, mas tenho uma desculpa muito plausível: mentira, eu não tenho desculpa nenhuma, só 'tava sem criatividade mesmo.
Maaaaas, eu já tô com o capítulo doTré meio-pronto, só falta revisar (hehe, meio-pronto. É engraçado porque o próximo capítulo está totalmente relacionado a "meio"), e é provável que eu poste ainda hoje ^^
Enfim, mais um capítulo narrado pelo Al, e espero de gostem do Allen! Já já atualizo a página dos personagens, colocando a Becky e o Jimmy (que eu descobri que deveria se chamar Alan, mas eu vou deixar Jimmy mesmo porque é um nome muito mais legal u.u)
Enfim, vou parar de escrever porque esse coisinha tá ficando muito grande '-'



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POV Al Sobrante

– Está se mexendo?

– Eu não faço a mínima ideia.

Tré e eu estávamos abaixados, olhando embaixo da cama dele.

Eu estava tomando café da manhã quando ele me chamou, pedindo por socorro. Quando cheguei, me mostrou que tinha alguma coisa embaixo da cama dele. E estava respirando. Nada melhor do que um animal selvagem para tirar o apetite de manhã.

– Sério cara, como você consegue dormir nesse quarto? - perguntei, me levantando e fazendo uma careta.

Tré deu de ombros.

– Nunca me pareceu necessário limpa-lo antes.

– E veja no que deu. Você tem um guaxinim dormindo no "beliche de baixo". - bufei, revirando os olhos. - Vem, eu vou ligar pro controle de animais. - disse, pegando o telefone.

– NÃO!!!

Só me lembro de um Tré descontrolado pulando em cima de mim e me jogando no chão.

*

Acordei com frio.

– Mas o que que merda aconteceu aqui? - abri os olhos lentamente e me sentei. Eu estava deitado no chão do quarto do Tré. - Por que eu estou molhado?

– Ufa, ainda bem - Tré suspirou aliviado. - pensei que tinha matado você ou algo do tipo.

– Cara, qual é o seu problema?! É a segunda vez que você joga água na minha cara essa semana! Esse bicho escondido em baixo da sua cama te transmitiu raiva ou o que?! Me dá logo esse telefone, temos que ligar para o Controle de Animais e-

– NÃO! - Tré berrou. - Nós não podemos ligar para o Controle de Animais! - ele disse, colocando o telefone no gancho.

– E por que não? - indaguei.

– Eles vão matar ele! - choramingou em resposta.

– Tré, a gente nem ao menos sabe o que é essa coisa!

- E se ele for um ser de outro planeta? Vão disseca-lo!

– Ok, agora é oficial: chega de filmes de ficção cientifica para você. - esses dias Tré tinha visto "E.T.", e agora cismava que tudo que via era um extraterrestre. Era meio constrangedor andar com ele na rua enquanto ele apontava para um bebê, gritava "E.T." e saia correndo.

– Eu não estou brincando! Pensa bem: nós podemos cuidar dele, seja lá o que ele for! E talvez ele convença seus amigos aliens a não explodirem a Terra!

Nós ficamos em silencio por alguns minutos. Encarei Tré e comecei a observar seus olhos.

– Você andou fumando de novo?

– Sim! Quero dizer, não! Ah, isso não vem ao caso! Seja lá o que for, nós podemos resolver sozinhos!

Eu suspirei, derrotado. Depois que ele colocava uma ideia na cabeça, era impossível fazê-lo desistir dela.

– E como você pretende fazer isso, gênio?

– Tenho uma idéia. - Tré disse, abrindo um sorriso vitorioso.

*

– Não acredito nisso. - eu disse, revirando os olhos. - Isso não vai adiantar em nada.

– Shhh! Você vai espanta-lo!

Tré havia preparado uma daquelas armadilhas simples, daquelas em que fica uma caixa apoiada por um graveto e com uma isca dentro. E a isca era um pizza de pepperoni que havíamos achada na gaveta de meias do Tré. Estávamos usando capacetes improvisados a partir de panelas. Porque, de acordo com Tré, aliens odeiam cobre. Eu só entrei no esquema para tirar essa idéia sem noção da mente dele.

– Seja lá o que for, você acha mesmo que vai querer essa pizza?

– É pepperoni, claro que vai. - ele disse, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. - além do mais, o único jeito de ele ter sobrevivido esses dias, seria por meio das pizzas que ficam no meu quarto.

E acabou que Tré estava certo. Depois de alguns minutos, o tal "Alien" saiu de seu esconderijo e foi mordiscar a pizza podre.

– Uma doninha? - Tré pareceu decepcionado.

Eu puxei a corda e o animal ficou preso dentro da caixa.

– Grande alien. - falei, revirando os olhos. - Agora coloca ela pra fora e depois volta aqui para me ajudar a arrumar esse quarto. - disse, entregando para ele a caixa e puxando do chão, com o cabo da vassoura, é claro, uma cueca que provavelmente era branca quando nova.

40 minutos se passaram.

Joguei todas as inutilidades, como caixas de sapato, pizzas, papel higiênico (nem quero saber o que estes últimos estavam fazendo lá) no lixo.

Uma hora se passou.

Juntei todas as roupas jogadas pelo quarto em um grande saco para mandar à lavanderia.

Duas horas se passaram.

Varri e passei um pano nas estantes cheias de livros empoeirados. Pela quantidade de poeira, Tré não havia lido nenhum deles.

Três horas se passaram.

Troquei a roupa de cama do Tré e deixei o quarto pronto para habitação.

Três horas e cinco minutos se passaram.

Só agora percebi que o Tré não voltou e eu fiz todo o trabalho sozinho.

Vou matar aquele folgado.

Desci as escadas com a minha raiva nas alturas, e quando chego na sala, só encontro o dito cujo sentado no sofá, assistindo luta livre com uma latinha de energético na mão e um rato no ombro.

– FRANK EDWIN WRIGHT! - berrei. É tão estranho chama-lo de Frank. Mas eu estava muito revoltado.

– Ah, oi Al! - ele disse, na maior cara de pau do mundo, abrindo um sorriso retardado. - Da um oi pro Allen. - ele balançou o ombro em que o rato estava. - Então, vamos começar a arrumar o quarto agora?

– Primeiro: eu já arrumei o quarto inteiro. Sem a sua ajuda. Segundo: Por que diabos você está com esse rato no ombro?!

– Shhh, não diga isso! Você vai ferir os sentimentos do Allen! - ele disse.

– Allen? Você deu um nome para essa coisa?

– Ele é uma doninha albina. - Tré disse, cochichando.

– Por que cochichar?

– Ele não gosta que digam que ele é uma doninha. - ele cochichou novamente. - Descobri isso da pior forma.

– Ah, qual é! Primeiro você me faz de trouxa, depois me vem com essa história de "doninha" que não é doni- depois disso, não tive tempo par terminar a frase, porque um animal enfurecido pulou em cima de mim. - AAAAAAAAAHHH TIRA ISSO DE MIM!!! - aquele bicho começou a arranhar meu rosto com umas garrinhas afiadas. Eu sei que isso parece retardado, mas, na boa, doeu pra caralho.

– AI MEU DEUS, VOCÊ ESTÁ BEM?! - gritou Tré tirando a doninha do meu rosto.

– Sim só um pouco arranhado - eu disse arfando.

– Como ele pode fazer isso com você?

– Ahn, talvez porque ele seja um animal?

– Ownt, vem cá, vem, dá um beijinho no papai - e foi aí que eu percebi que Tré estava falando com a doninha, e não comigo.

– Quer saber?- eu disse, esfregando os olhos. - Só preciso de um cochilo para acalmar as coisas. - e dito isso, subi para o quarto dos hospedes e fui dormir com minha cara toda arranhada.

– Quem é o amorzinho do papai? Quem é? É você sim! - pude ouvir a voz de Tré enquanto subia as escadas.



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Notas finais do capítulo

Eu nunca sei o que falar nessas notas finais '-' acho que só "comentem" ta bom
Beijo na bundinha de vocês



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