O homem caminhava lentamente, de mãos atadas. Todos os observavam, com um olhar de ódio. O que eles não sabem, é que o pobre moço era inocente. Os Pacificadores o encaminhavam para a Árvore Forca.

“Are you, are you, coming to the tree...”

Seus olhos expressavam dor. Lágrimas lutavam para não sair de seus olhos, quais já estavam vermelhos de chorar.

“Where they strung up a man they say murdered three…”

Todos iriam assistir sua morte, lenta e dolorosa, sem piedade alguma. Várias coisas aconteciam de estranho naquele lugar. Era considerado “Lugar das Almas”, “Árvore das Trevas”, e assim, “Árvore Forca”. Ninguém tinha coragem de passar pela árvore, pois mitos assustavam todos os moradores, e Pacificadores alertavam sobre perigos dessa área.

“Strange things did happen here”

Uma moça, triste e desesperada chorava. Seu último desejo era se encontrar novamente com o desafortunado.

“No stranger would it be, If we met up at midnight in the hanging tree.”

Empurram o homem ao lado da árvore, obrigando-o ficar parado enquanto passavam a corda por seu pescoço, apertando-a.

Uma garotinha de cabelos loiros, olhos verdes, o encarava com seu ursinho de pelúcia na mão, seu olhar expressando medo.

A moça, atrás da menina, implorava para soltá-lo.

Já ele, gritava para a ela fugirem, irem para algum lugar seguro, onde ninguém poderia machucá-la.

“Are you, are you, Coming to the tree, Where the dead man called out for his love to flee.”

A garotinha parecia tão assustada, soluçando, sem querer largar seu ursinho. Já a moça toma uma atitude, assim, fugindo com a menina.

“Strange things did happen here, No stranger would it be, If we met up at midnight in the hanging tree.”

Seus pensamentos estavam a mil naquele momento. Gritara para o rapaz pouco antes para correr ao estar livre. Liberdade? Não, a liberdade nunca existiu.

“Are you, are you, Coming to the tree, Where I told you to run so we'd both be free.”

“Strange things did happen here, No stranger would it be, If we met up at midnight in the hanging tree.”

Horas se passavam. Em todos os lugares era possível ouvir os gemidos do rapaz sendo enforcado. A garotinha, indefesa,  foste para casa, sem companhia alguma.

Tick Tock.

Tick Tock.

O relógio soava, indicando que era meia noite, o horário adequando para o último adeus, sem que interrompam.

A moça anda, com uma rosa em sua mão, caminhando até o local da morte de seu amado, ainda pendurado com a corda no pescoço. Gostaria de estar ao seu lado, junto com seu amado, com a corda em seu pescoço.

 “Are you, are you

Coming to the tree

Wear a necklace of rope, side by side with me.

Strange things did happen here

No stranger would it be

If we met up at midnight in the hanging tree.”

Lágrimas escorriam pelo rosto do rapaz morto. Sua irmãzinha estaria provavelmente o esperando em casa, mesmo sabendo que não era possível.

Ao observar por muito tempo, a moça apenas deixa um último sussurro de adeus, seguido pela rosa.

***