Eu Te Odeio Vs. Eu Te Amo escrita por maria


Capítulo 13
Jacob


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente. Tem alguém aí? Vocês devem estar querendo me matar, né? Minhas desculpas pra ter demorado tanto: bloqueio e falta de tempo. Pelo título dá pra perceber que o capítulo promete, hein? Boa Leitura.



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O tempo foi passando e eu não sabia exatamente o que sentia por Edward. Eu não podia confiar num futuro com ele, não podia imaginar um futuro com ele; tudo em nosso relacionamento era incerto. Ao mesmo tempo em que aquilo me dava medo, também me inebriava, pois eu nunca soube ao certo o que era viver o hoje. Tudo que já havia feito na vida era pensando no amanhã, no depois de amanhã, sem saber ao certo se eu os teria, porém apostando neles, pois era tudo o que eu tinha. Esperança no futuro. E às vezes nem isso. Eu sempre imaginei o quanto o futuro seria melhor que o presente, que o futuro iria me devolver o que o presente me roubou: a felicidade. Mas aquilo era perigoso. O amanhã não pertence a ninguém, tudo o que possuímos é o hoje. Talvez esse seja o motivo pelo qual eu fico com medo do que virá a seguir. Não estou acostumada a viver no presente.

Edward interrompeu meus pensamentos passando os braços por cima de mim enquanto dormia. Havia se passado duas semanas desde que eu contei a verdade sobre meu passado a ele. Nesse tempo nós tínhamos nos isolado do mundo, vivendo em nossa bolha particular, mas isso não iria durar para sempre. Dei um beijo suave em sua testa. Logo ele acordaria, eu ficaria ocupada demais com ele e esqueceria todos os problemas.

[...]

Passamos o dia numa preguiça boa, assistindo TV, conversando. Cada dia eu descobria uma coisa nova sobre Edward e percebia o quanto ele era incrível. De noite ele me chamou para dar uma volta na cidade, ver as luzes, como ele mesmo disse.

– Vamos, estamos trancafiados nesse apartamento há muito tempo. – disse fazendo uma carinha de anjo.

– Hum, claro. Normalmente eu não gosto de sair de casa, mas como você está pedindo desse jeito... – falei de brincadeira.

– Sabe, você é tão... – se aproximou e colocou meu cabelo bagunçado atrás da orelha – perfeita.

– Você é tão exagerado. – sorri.

– Sim, admito. Mas todo o meu exagero é pra você, senhora. – o beijei.

Aquele homem ainda ia me deixar louca. Ao mesmo tempo em que era doce e romântico, era quente. Um equilíbrio perfeito entre extremos. Nos afastamos um pouco sem ar e olhei para ele.

– Tudo bem, senhor exagerado. – disse com um pouco de dificuldade para respirar. – Vamos nos arrumar para ver as luzes, então.

[...]

Estávamos em seu carro, com as janelas abertas, o vento soprando no rosto e alguma música dos Smiths tocando no rádio. O silêncio predominava, mas não precisávamos dizer nada. Não havia nada a ser dito. Alguns sentimentos são impossíveis de traduzir em palavras. Como quando você só está passando o tempo e vendo a vida passar ao seu redor, e do seu lado tem alguém que você gosta muito, e no rádio tem uma música boa. E você sabe que vai se lembrar disso para sempre. Alguns momentos não tem nada de extraordinário: só são perfeitos pela simplicidade.

– Ei, um amigo meu faz aniversário hoje. – ele disse depois de algum tempo.

– Por favor, não me diga que vai ter alguma festa em uma boate ou algo do tipo. – falei com um pouco de medo.

– Não, claro que não. – ele riu. – Não estou no clima também. Ele trabalha num bar onde eu costumava ir. Uma vez eu tomei um porre e comecei a falar da minha vida e ele da dele. Aí viramos amigos.

– Típico de homens.

– Ah, eu estava mal naquele dia e precisava de alguém pra me ouvir. Ele também. Enfim, eu estava pensando se nós não poderíamos passar lá, só pra eu dar os parabéns.

– Claro, vou adorar conhecê-lo. – dei um sorriso inocente.

Edward dirigiu calmamente pela rodovia até chegarmos a um bar aparentemente inofensivo. Quando fui sair do carro, ele abriu a porta para mim.

– Seu cavalheirismo me surpreende. – gargalhei.

– Assim você me ofende. Essa é uma de minhas melhores qualidades. – fez uma falsa cara de indignação.

Andamos em direção ao bar e ele foi na frente. Ele entrou e já ia cumprimentando seu amigo quando vi. No fundo do bar, que estava praticamente vazio, um figura alta e morena. Eu reconheceria aqueles ombros em qualquer lugar. Edward se virou para me apresentar seu amigo e viu minha expressão de choque.

– Bella, o que foi?

Assim que ele falou, Jacob se virou para nós. Quando me viu, deu um sorriso cafajeste.

– Ora, ora, se não é Bella Swan.

– Oi, Jacob. – falei com a voz mais fria que consegui.

– Que recepção fria é essa, meu doce? Não vai me dar um abraço? Sabe, senti sua falta.

Eu não conseguia elaborar nenhum pensamento claro, exceto: ele só pode estar de brincadeira comigo.

Edward – e seu amigo - , que até então assistia a cena chocado, resolveu fazer alguma coisa.

– Quem é ele, Bella? De onde você o conhece? – ele parecia irritado com a pose irônica de Jacob.

– Não falou de mim pra esse aí, não, Bella? Aliás, quem é ele? Seu rosto não me é estranho...

– Ele não é ninguém. – disse, respondendo Edward. – Olha, Edward, se quiser comemorar com seu amigo, tudo bem. Mas vou esperar no carro. Depois a gente conversa.

Estava quase saindo quando Jacob segurou meu braço.

– Já vai? Não vai nem conversar comigo, querida?

– Me solta. – respondi, trincando os dentes.

– E se eu não quiser?

– SOLTA ELA, PORRA! – levei um susto com a voz de Edward. Ele parecia tomado pela fúria quando arrancou Jacob de perto de mim. Ia começar a bater nele, mas eu impedi.

– Não, não bata nele. Você não precisa sujar as mãos com esse maldito.

Muito a contragosto, Edward o soltou. Jacob parecia levemente irritado.

– O que é isso? Quem é esse, Bella? Seu novo namoradinho? O que aconteceu? Você se esqueceu de mim? De nós?

Eu me esqueci de nós? Não seja estúpido! Você se esqueceu primeiro. E a vadia, onde está? Você não tinha ido “se descobrir”? Pois então, espero que tenha aproveitado. – falei com toda a raiva e amargura que estavam estaladas na garganta desde que ele me deixara.

– Ela não era a pessoa que eu pensava ser. Eu errei, admito. Você é certa pra mim, Bella. Vamos voltar, por favor. Vai me trocar por esse magrelo? Acho que sei de onde o conheço. Edward Cullen, não é? O playboy que cada dia sai de uma festa com uma vadia diferente. Você baixou o nível, hein? – deu uma risada amargurada.

Edward já estava pronto para dar um murro na cara de Jacob, mas o segurei. Em vez disso, eu mesma caminhei lentamente até o maldito e apontei o dedo pra sua cara.

– Você lave sua boca imunda para falar do Edward! Nem se você vivesse cem vidas, iria chegar aos pés dele. Não me interessa se a vadia da Victoria te deixou. Achou que ia voltar e eu estaria de braços abertos? Não, Jacob. Não sou mais aquela garotinha frágil que precisava da sua atenção. Lembra a última vez em que nos falamos? Você disse: “. Quem é Bella? Acho que nem você sabe. Você é só a filha de Charlie Swan. Você nunca vai conseguir ser mais nada. Tudo na sua vida gira em torno disso. Mesmo que você consiga sair de casa, arrumar um emprego. Coloca isso na sua cabeça: VOCÊ É E SEMPRE VAI SER SÓ A FILHA DE CHARLIE SWAN!!”. Nunca me esqueci dessas palavras. Pois bem, mesmo que eu ainda seja filha de quem sou, afinal não posso mudar isso, agora eu sei quem é a Bella. Ela NÃO precisa mais de você, ela não dá a mínima pra você e vive uma vida bem feliz assim. Eu sei que nunca vou conseguir me desvincular do nome do meu pai, mas não me importo. Porque agora eu sou livre de toda aquela mágoa que me fazia precisar de você, me agarrar a você. Então, Jacob, finalmente posso dizer uma coisa que eu sempre quis dizer, não só pra você, mas também pra todo mundo que acha que eu sou só a filha de Charlie Swan: FODA-SE!

Jacob, Edward e seu amigo pareciam chocados; nenhum deles abriu a boca. Saí do bar e fui pro carro pra desabar. Mesmo que eu estivesse chorando, sentia a verdade das palavras que acabara de dizer. Eu era livre de minha tristeza anterior. E, por mais que quisesse negar isso, o motivo era Edward.

Fiquei mais um pouco chorando, deixando as lágrimas lavarem a alma. Não queria nem imaginar o que estava acontecendo no bar. Só sei que em menos de 3 minutos desde que eu tinha saído de lá, Edward entrou no carro e me abraçou. Retribui, me agarrando a ele como se fosse minha tábua de salvação, e, no fundo, eu sabia que era.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Me desculpem se tiver algum erro, é porque eu não tive tempo de revisar. Quero muito saber a opinião de vocês. Se eu não postar antes de janeiro, boas festas a todo mundo.