Scritto Nelle Stelle escrita por Karla Vieira


Capítulo 5
Tentativa


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde amores! Vocês sumiram! Só poucas pessoas me deixaram review, poxa. Mas tudo bem... Esse capítulo está pequeno, mas está legal, pelo menos eu achei.



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Mahara Carter POV

Mal entrei no escritório da divisão do colarinho branco e o agente Collins já me chamou. Andei até a mesa dele e sorri simpática, ou tentando aparentar simpatia. Meu humor não estava dos melhores; apesar de ter passado uma noite maravilhosa conversando com Liam, fazendo uma maratona de Friends e comendo pizza, desabafando com ele e recebendo conselhos e apoio em troca, eu ainda estava com abalada.

– Olá, agente Collins.

– Me chame de Frank, Mahara. Não precisa dessa formalidade toda.

Revirei os olhos.

– Tudo bem, Frank. Aconteceu alguma coisa?

– O registro telefônico e os e-mails de Susan foram analisados e encontramos vários telefonemas para Evan e alguns e-mails com conteúdo... Enigmático, digamos assim.

Ele estendeu algumas folhas, e eu li a primeira. Era um e-mail impresso.

Dan,

Estou preocupada. Comigo e com você também. Ele agora sabe que eu sei tudo o que ele fez, e também sabe que você está a par de tudo. Eu não devia ter contado para você. Agora, você pode se tornar um alvo das ameaças dele. Eu já recebi uma, e sei que não vai ser a última. Eu vou tentar contatar a polícia, e se algo acontecer a mim antes que eu consiga fazê-lo, você deve fazer isso, Dan. Deve por um fim nisso.

Venha me ver hoje à noite, quero contar uma última coisa, e talvez a mais importante. Já que contei as primeiras, devo contar esta.”

Terminei de ler o e-mail intrigada.

– Olhe a data. – Disse Frank. – Vinte e nove de maio, às dezessete horas. O que significa que...

– Foi enviado horas antes de ela ser assassinada. O assassino sabia do que ela estava falando, sabia do material que ela possuía e também sabia que se ela contasse para Dan esta última coisa, ambos contatariam a polícia e ele estaria encrencado. O que o fez tomar a decisão de assassiná-la, mas não tomou cautela suficiente porque Dan viu e sabe quem ele é. O que faz de Dan...

– Sua próxima vítima. Exato. – Disse Frank. – O único problema para o assassino é o fato de Dan ser famoso. Se ele for assassinado, gerará muito estardalhaço em cima disso, e é óbvio que tentarão descobrir quem ele é. Ele precisaria então descobrir algum jeito de matá-lo, mas sem deixar suspeitas.

– Fazer parecer um acidente, então. Um atropelamento, um acidente de carro...

– Adulterar o combustível do avião em que Evans voaria, qualquer coisa, tudo é possível. Mais vidas podem estar em jogo, dependendo do que o nosso querido bandido pensar. É óbvio que ele não se importaria em matar mais gente junto com Evans. Por exemplo, os colegas de banda dele. – Ele suspirou. – E não sabemos ainda com que mente criminosa estamos lidando, então não podemos prever nenhum passo. Só podemos ficar atentos e tentar evitar qualquer coisa.

Assenti.

– Eu estava pensando...

– Um passatempo perigoso. – Disse Frank, rindo. Revirei os olhos. Assim como eu, ele amava a saga Rangers – A Ordem dos Arqueiros; e adorava citar frases dos livros.

– Enfim. Como eu ia dizendo... Seria possível Dan conhecer o criminoso? Digo, conhecer antes de saber que ele é quem ele é?

– É possível, mas improvável. Como, por que Dan conheceria uma pessoa assim?

– Talvez ele sequer fizesse ideia, e então Susan o alertou. – Expliquei minha improvável teoria.

– Acho muito, muito difícil. Entretanto, você está ficando próxima dele. Tente descobrir o máximo que puder. Eu e a agente Andersen vamos investigar a casa de Susan para ver se encontramos algo que seja útil a nós.

– Sim, claro. Eu tenho que ir... Walker quer me ver.

– Ok. – Disse Frank. Virei-me e comecei a andar. – E Mahara?

– Sim?

– Cuide para não se apegar a ele. No final, pode ser ruim para vocês dois.

Olhei nos olhos de Frank, e vi uns resquícios de tristeza em seu olhar. Soube imediatamente que ele estava falando por experiência própria – só não sabia o que havia acontecido com ele. Dei um sorriso fraco e assenti. Frank assentiu e baixou o olhar para as pastas em sua mesa.

Suspirei e fui até o escritório de Major Walker.

Dan Evans POV

Andava distraído pela rua com um copo de café Starbucks na mão, em direção ao escritório de Mahara no estúdio. Os meninos iriam para lá mais tarde, para gravarmos uma música, e eu havia decidido ir a pé e sozinho antes, para andar um pouco. Sozinho entre aspas: eu era seguido por um segurança logo atrás de mim e era parado por algumas fãs.

Cheguei na frente do prédio e resolvi atravessar a avenida. Esperei que o trânsito se acalmasse um pouco e comecei a andar. Até que ouvi um carro em alta velocidade e olhei para a direita a tempo de ver um carro vindo em minha direção. Reconheci o motorista e fiquei sem reação; ele não frearia – estava focado em mim. O copo de café escapou de minha mão, indo parar no chão.

– DAN! – Uma voz feminina gritou, e um segundo depois fui arremessado ao chão, caindo com tudo na calçada, sentindo um corpo pequeno sobre o meu. – Dan, ficou louco?! Ficar parado daquele jeito?! Quer morrer?!

– Mahara, calma. – Eu disse. – Sai de cima de mim, por favor, tá todo mundo olhando.

– Tô pouco me lixando! Você poderia ter morrido!

Mahara saiu de cima de mim e se levantou, estendendo a mão para me ajudar a levantar. Eu havia entrado em choque na hora, ao perceber que aquilo era uma tentativa de assassinato. Eu reconheci o capanga. Se não fosse Mahara...

– Mas você me salvou.

– Sorte sua! Se eu não estivesse logo atrás de você, na rua, você estaria estatelado no meio da rua todo machucado ou até morto! Agora vamos lá para dentro e esperar os outros meninos. – Mahara me deu um tapa da nuca, exatamente como minha mãe fazia quando eu dizia ou fazia algo estúpido. – Fica atento!

Mahara mal sabia que era justamente essa a intenção do motorista. Eu não poderia contá-la sobre toda a minha vida. Não poderia colocar mais ninguém em risco. Depois do que vi acontecer a Susan, tenho que evitar que isso aconteça a alguém. Inclusive a mim.

Criminoso POV

– Seu incompetente! Nem para atropelar um idiota você serve! – Esbravejei, socando a mesa. O homem se encolheu um pouco com os meus gritos.

– Eu ia acertá-lo, senhor, mas a garota loira se intrometeu e o empurrou para longe!

– Sem desculpas! – Bati na mesa. – Não me obrigue a ter que fazer isto eu mesmo. Seria uma ideia agradável. Vou lhe dar uma última chance de fazer este serviço, daqui a alguns dias. Enquanto isso, pratique sua mira. Vai lhe ser útil.

– Sim, Senhor, obrigado, Senhor.

– E fique sabendo que se você errar desta vez, não será somente Evans que vou matar com minhas próprias mãos.

– Sim, Senhor. – O homem engoliu em seco, com seus olhos arregalados. Respirei fundo e olhei para fora da janela, enquanto o cômodo era preenchido pelo silêncio.

– O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI AINDA? SUMA DAQUI! – Gritei, e o homem saiu correndo. Larguei-me na poltrona e olhei a foto do jovem sorridente na tela do meu notebook. – Vá sorrindo enquanto pode Dan Evans. Daqui a pouco você não poderá mais o fazer.



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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Não sumam, por favor.