Scritto Nelle Stelle escrita por Karla Vieira


Capítulo 44
Epílogo.


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde, galera... Então, esse é o epílogo. O fim... Eu sei, essa história não foi tão boa quanto outras que escrevi, eu sei que decepcionei, irritei com as minhas crises, demorei para atualizar... Desculpem-me por isso. Vocês sabem, minha vida tá corrida e a minha cabeça anda uma confusão danada. Mas obrigada a todos aqueles que me deram apoio desde o início e suportaram tudo, ajudaram de alguma forma, me incentivaram - sem vocês, essa história só teria fim na minha mente. Com certeza esse fim não era o que vocês esperavam que fosse, e não era nem o que EU esperava, mas não consegui fazer melhor com a bagunça que eu ando sendo. Então, me perdoem, e espero, do fundo do meu coração, que vocês gostem. Vou deixar vocês lerem, e volto a falar com vocês no final.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/240739/chapter/44

Mahara Carter POV

Major Walker colocou o distintivo preso em uma corrente de metal no meu pescoço, e não pude deixar de sorrir. Ela me estendeu a mão, sorridente, e a apertei firmemente. Nos viramos para bater as fotos, e enquanto os flashes incrivelmente brancos me cegavam, ouvi os gritos e assovios de Dan, Luke, Sean, John e Jack.

Finalmente eu havia alcançado meus sonhos. Havia me tornado finalmente uma agente federal pela MI6, na divisão do Colarinho Branco. Havia vingado a alma do meu pai, que morrera a serviço. Havia salvo o homem que eu amo, e todas as pessoas que estão ao nosso redor.

- Parabéns, Mahara. Eu sabia que você conseguiria. – Disse Major Walker. Agradeci com um aceno de cabeça, já que não possuía muita certeza de que conseguiria falar. Na verdade, minha vontade era de gritar e pular de felicidade, mas o protocolo não me permitia. – Acho que seus amigos estão felizes por você.

Os rapazes gritavam loucamente frases de congratulação e estímulo, e a observação de Major me fez corar levemente e rir. Major Walker deu por encerrada a cerimônia que efetivava a mim e Andie como agentes federais, e nós pudemos ir de encontro aos nossos amigos, tão felizes quanto nós. Ao nos aproximarmos, Dan praticamente correu ao meu encontro e me abraçou, tirando-me do chão e rodopiando. A cicatriz mal doía, e eu estava feliz demais para sequer me importar com ela. Dan me colocou no chão e afagou meu rosto, me beijando em seguida.

- Estou tão orgulhoso de você. – Disse ele, sorrindo. Eu apenas sorri, sem nada conseguir dizer. – Obrigado, mais uma vez, por salvar a minha vida.

- Eu salvei a minha própria. Sem você, eu não iria conseguir viver.

Uns gritos animados e surpresos chegaram aos nossos ouvidos, e nos viramos para encontrar Andie e John em um beijo apaixonado. Sem entender muita coisa, ficamos observando os dois se entregarem naquele beijo. Quando finalmente se distanciaram, sorriram um para o outro, e Andie enrubesceu furiosamente.

- O que... Quando... Como isso aconteceu? – Perguntei.  John abraçou Andie lateralmente e sorriu.

- Há uma semana. Não consegui mais me manter afastado dela, e quando tive certeza de que esse caso estava acabado, não contei tempo e fui atrás dela. Pedi por mais uma chance...

- E eu disse que para ele: todas as chances do mundo! – Andie disse, olhando-o apaixonadamente e sorrindo. John inclinou-se e a beijou. Para completar a minha felicidade, eu não mais veria minha melhor amiga sofrer longe do homem que ela amava – sim, amava, isso estava escrito no brilho do olhar dela.

- Escuta aqui, John, querido. – Eu disse, aproximando-se e fazendo um gesto para que ele se aproximasse de mim também. Ele se inclinou a ponto de poder me ouvir claramente, como se eu estivesse lhe contando um segredo. – Se você magoá-la, eu vou matar você. Estamos entendidos?

- Sim, senhorita. – Respondeu. – Não é minha intenção magoá-la, de qualquer forma.

Sorri satisfeita, enquanto todos riam ao nosso redor. Logo Collins e McCartney vieram nos parabenizar, e então fomos para o salão do prédio da MI6 onde ocorreria um coquetel de comemoração. Ficamos ali comendo e conversando, até que Sean parou ao meu lado e disse baixo, só para que eu ouvisse:

- Tá na hora de sairmos daqui e comemorarmos decentemente. Sua efetivação vale mais do que alguns doces e salgados chiques e uma música calma.

Vi Dan e os outros esperando uma resposta minha. Pousei a taça de champanhe na mesa de vidro ao nosso lado, e sorri.

- Vamos logo! – Exclamei, e eles sorriram animados. John encontrou Andie e deu uma desculpa qualquer para tirá-la dali. Fomos todos para a van dos rapazes, onde tirei o paletó do terninho feminino e joguei no espaço ao meu lado, e Dan ocupou o outro, passando o braço pelos meus ombros.

- Para onde vamos? – Perguntei.

- Para as estrelas, senhorita! – Exclamou Dan ao meu lado, beijando minha bochecha.

- Ah, não, aquela boate não...

- Não é para lá que nós vamos. Nós vamos te levar para um lugar em que você vai ser tão feliz, que vai se sentir nas estrelas. – Ele disse. Sorri, tentando imaginar onde seria. Dan pareceu ler meus pensamentos, e riu. – E não, não vamos dizer onde. Você vai ver quando chegarmos lá.

Dei de ombros, e começamos a conversar enquanto Sean dirigia a van e ligava o rádio. Entre conversas e risos, cantávamos as músicas que tocavam alto e desafinadamente. Passamos na casa de Eleanor e de Perrie para buscá-las e irem conosco para onde quer que estivéssemos indo. Ficamos um bom tempo na estrada, o que, no relógio, vi ser uma hora, entretanto o tempo passava tão rápido ao lado deles que sequer notei. Logo estávamos parando em algum lugar. Ao longe, ouvi o som de ondas se quebrando, e senti o cheiro de maresia. Estávamos perto de uma praia.

- Estamos em uma praia? – Perguntei, mesmo já sabendo da resposta.

- Sim! Vamos fazer um luau improvisado. – Disse Luke. – Eu trouxe o violão...

- Trouxemos comidas de verdade e super calóricas do jeito que gostamos... – Disse John.

- Trouxemos bebidas igualmente calóricas e gostosas e não alcóolicas... – Disse Sean.

- Trouxemos lenha para fazer uma fogueira... – Disse Jack.

- E trouxemos vocês. – Disse Dan. – Tudo o que precisamos para ter uma boa noite!

Não pude deixar de sorrir. Descemos da van e a brisa fria do mar nos atingiu, e eu olhei ao redor. Havia algumas cabanas mais ao longe, e um ou outro quiosque aberto com pessoas curtindo a noite. O resto era apenas rochas, árvores e muita areia. A uns 500 metros de distância, estava o mar negro com a lua refletida em suas águas. Tirei o sapato social e deixei-o dentro da van, e arregacei a barra da calça social.

- Podiam ter me dito, eu colocaria algo mais apropriado... – Resmunguei.

- Qualquer coisa é apropriada quando se trata de você. – Disse Dan, abraçando-me pela cintura e beijando minha bochecha. – Você é bem apropriada pra mim...

- Para, seu bobo! Você sabe o que eu quero dizer. – Eu disse, rindo. Ele encostou o queixo no meu ombro. – Eu só queria uma roupa mais confortável que combinasse com um luau, e fosse mais bonita que um terno.

- Mahara, Maharinha, Maharoca meu amor. – Cantarolou ele. – Você consegue bater e imobilizar um cara usando um vestido e sem despentear o cabelo. O que um pouco de areia e sereno significam agora?

Dei risada.

- Tem razão. Vou parar de ser paranoica e curtir a noite.

- E é melhor que não se canse, porque ela vai ser longa... – Sussurrou ele no meu ouvido, fazendo-me estremecer. Os outros já estavam escolhendo um lugar na areia para acender a fogueira, e estavam acenando e gritando para que nos juntássemos a eles. De mãos dadas, corremos até chegarmos perto deles. Ajudamos a acender a fogueira, e logo nos sentamos em roda, dividindo pacotes de salgadinhos, assando marshmellows na ponta de varetas e cantando loucamente quaisquer músicas que Luke tocava no violão.

- I won't give up on us even if the skies get rough. I'm giving you all my love, I'm still looking up, I'm still looking up… - Cantavamos aos berros. Eu olhava nos olhos de Dan enquanto cantava essa música. Ela simplesmente traduzia boa parte da nossa história. Como fomos proibidos de ficarmos juntos, e mesmo assim, fizemos de tudo para ficarmos. Como apesar de todas as dificuldades e perigos, não desistimos de nós. E hoje cá estamos, juntos, felizes, sãos e salvos.

Encostei-me em seu ombro, e ele me abraçou lateralmente, fazendo com que eu me aconchegasse mais no calor de seu corpo. Em seguida, Dan nos envolveu com um manto fino, e segurou minha mão com a sua. Fiquei olhando para nossas mãos entrelaçadas, relembrando tudo o que vivemos juntos. A forma com que tudo mudou tão rápido na minha vida, a partir de um telefonema de Major Walker interrompendo minha folga dizendo que tínhamos um novo caso. Mal sabia eu que aquele se tornaria o dia chave em que tudo na minha vida mudaria. O dia que marcaria o cruzamento da minha vida com a de Dan, e como eu descobriria o que é o amor. Eu sempre tive a missão de protegê-lo. Salvá-lo. Mas no fim, ele me salvou. Por quê? Por que ele me ensinou o amor. Me ensinou que ele é bem mais do que um sentimento, e que não surge do nada. Surge da convivência. Surge de cada sorriso, cada palavra. Surge do tom de voz no telefone, no toque suave que causa arrepiar. Surge da mania que não suportamos, surge da pequena decepção ao não vir o telefonema esperado, o sms tão aguardado. Surge de cada coisa, em seu devido tempo.

Ele me ensinou também que nós não amamos uma pessoa por ela ter olhos lindos e um nariz perfeitinho. Não amamos por ela gostar de tal banda e ler tal livro. Isso são só referências. Nós amamos é o que a pessoa nos causa. No que ela nos transforma. No que somos perto dela. Somos melhores, nos sentimos completos e transbordados. Somos felizes. E é a lembrança dessa felicidade que nos faz lutar pelo amor quando as dificuldades e problemas surgem.

E também me ensinou que o nosso destino está traçado nas estrelas, desde o começo, até a eternidade. Por mais que possa parecer acaso, não é. Estamos sempre predestinados a algo. A uma carreira, a uma família, a um lugar, a um amor. E não importa se é cedo ou tarde: as coisas sempre surgirão na hora certa.

- No que você está pensando? – Perguntou ele, despertando-me dos meus pensamentos.

- Em você, em mim, em nós... – Olhei-o. – Sabe, Dan, eu nunca falei muito sobre amor com você. Mas acho que tudo o que você precisa saber é: eu te amo. Mais do que ontem, menos do que amanhã.

Ele sorriu. Um sorriso genuíno, verdadeiro, singelo. Um sorriso totalmente aberto, totalmente apaixonado. Um sorriso que traduzia o que ele era, o que ele sentia. Era esse tipo de sorriso o que eu mais gostava.

- Eu nunca duvidei disso. – Dan se inclinou e me beijou.

- EI! Dá para parar com a sem-vergonhice aí, por favor? – Exclamou Luke. – Vocês todos não precisam jogar na minha cara que eu estou sozinho, abandonado, sem namorada!

Todos nós rimos, enquanto Luke fechava a cara, indignado.

- Fica tranquilo, Luke. Na hora certa a garota certa vai aparecer para você. – Disse John, passando o braço pelos ombros de Luke e o puxando para um abraço lateral.

- O problema é esperar enquanto vocês todos estão no maior clima, todos fofinhos e bonitinhos.

Continuamos conversando, cantando e nos divertindo. Era assim que sempre devia ter sido. Ou pelo menos, era assim que eu mais gostava. Talvez, se tudo tivesse sido assim desde o início, não estaríamos assim agora. Nunca se sabe, nunca se saberá. Tudo o que eu sei é que devemos aproveitar o momento, afinal, nunca sabemos quando o fim virá.

Dan Evans POV

Quando você passa por situações de vida ou morte, com a sua vida em risco, você começa a repensar em várias coisas. Você descarta da sua vida coisas que agora lhe parecem fúteis, desnecessárias, coisas que só te faziam mal. E então você passa a valorizar mais coisas que dava pouco valor, ou sequer dava valor. Percebe, então, o que é realmente importante para você e do que a vida é feita.

Eu acabei de descobrir a minha.

Minha vida é feita de momentos como esse. Momentos em que eu reúno algumas das pessoas mais importantes para mim. Momentos em que eu esqueço de tudo, apenas por pouco tempo, e consigo ser somente eu sendo feliz. Momentos tão simples, mas que na verdade, significam tudo. Qualquer momento com as pessoas certas, significa tudo.

Olhando para aqueles rostos sorridentes e sentindo a felicidade que irradiava deles, eu sabia que era tudo isso que eu precisava: meus amigos, minha namorada, um violão e tempo livre... Falando na minha namorada (isso é bom de dizer alto. Ainda mais quando passei tanto tempo em segredo), ela era a que mais irradiava felicidade. Mahara agitava sua cabeça de um lado para o outro enquanto cantava alegre a música, fazendo seus cabelos castanhos sacudirem de um lado para o outro. Sorrindo o tempo todo. Aquele sorriso que me fazia tremer sempre. Aquele brilho no olhar que me encantava todos os dias. Ela ria, batia palmas e cantava. Era uma felicidade genuína, do tipo que eu raramente a via ter – também pudera com todo aquele estresse. Agora, estava tudo acabado, e nós podíamos viver.

Finalmente, estávamos livres.

Mahara me pegou olhando-a, e franziu as sobrancelhas, risonha.

- O que foi? – Perguntou.

- Estou observando você se transformando em uma louca completa. Do tipo desvairada de hospício. – Eu disse. Ela ficou séria.

- Dan Evans, você tem três segundos para correr antes que eu mate você. Um... Dois...

Levantei-me e comecei a correr, encontrando dificuldade por causa da areia da praia. Eu sabia que ela tinha melhor condicionamento físico e iria me alcançar em alguns segundos, afinal quem era eu contra uma espécie de treinamento militar que ela recebeu e treina todos os dias? É, não sou ninguém.

Mahara me alcançou e se jogou em cima de mim, fazendo-me cair na areia, com ela por cima. Ela apoiou os braços no chão, um em cada lado do meu corpo, fazendo que ela ficasse uns centímetros acima e pudesse me olhar. A cascata castanha que era seus cabelos caíram pelo seu rosto, e ela estava rindo, arfando.

- E então é agora que eu morro? – Perguntei, erguendo a mão e tirando uma mecha de cabelo de frente de seu rosto, e colocando atrás da sua orelha.

- É. Prepare-se, esse é o seu fim.

Mahara se inclinou e me beijou.

- Fim? Acho que não... Essa história está longe de terminar. – Eu disse, quando apartamos o beijo.

- Tem razão. Agora é só o começo...

E rolei para cima dela, beijando-a em seguida. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Não poupem palavras. Podem criticar (construtivamente, por favor, sem ofensas), elogiar, sugerir, whatever. Para aqueles que leram Flamma Amoris, uma boa notícia: ela tem uma continuação e o prólogo já se encontra disponível para leitura aqui no site, porém, um aviso: os nomes estão mudados, mas pela descrição física vocês podem saber quem é quem ali. Ok? Espero vê-los lá.
E mais uma vez, obrigada por tudo.

http://fanfiction.com.br/historia/357563/Ad_Limina_Portis/