Scritto Nelle Stelle escrita por Karla Vieira


Capítulo 41
Festa


Notas iniciais do capítulo

Boa noite! Viram, desta vez não demorei muito! Mesmo com as aulas de violão tendo começado, as semanas de provas também, eu tendo ficado resfriada, consegui escrever um capítulo bom para vocês com esse meu surto de inspiração! Mas ainda assim não estou satisfeita com a história, mas espero que vocês estejam, afinal, é o que importa! Mas bem que vocês poderiam aparecer, né? Nem cinco pessoas apareceram no último capítulo, poxa! :(



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/240739/chapter/41

Dan Evans POV.

Os meus guarda-costas me deixaram sozinho em uma sala do estúdio de música, porque juravam que eu estava seguro ali. E eu também precisava de um momento sozinho em algum lugar que não fosse a gaiola da MI6. Comecei a olhar os discos de vinil enfileirados em ordem alfabética em um estante, enquanto esperava os rapazes chegarem, quando a luz acabou, de repente. Ouvi vários protestos indignados vindos de todos os lugares, e ri levemente, imaginando a frustração dos produtores e editores naquele lugar. Peguei meu celular para acender a lanterna, iluminando um pouco o ambiente perto de mim, quando ouvi passos atrás de mim.

Senti uma pancada forte atrás da cabeça, e então tudo escureceu.

Mahara Carter POV

Andie e Collins me encaravam atônitos e incrédulos. Também pudera, estavam pensando que aquela era mais uma mentira minha, quando na verdade, não era. Essa era a verdade por trás de tudo.

– Ah, tá bom, Carter. Conta outra. – Disse Andie. – Não há dúvidas que você seja a traidora que estávamos procurando. Sua fala não condiz com os fatos. Admita, você é a traidora da MI6.

Eu abri a boca para falar, quando o telefone de Collins tocou, e ele atendeu. Andie não tirava os olhos de mim, com a mão repousada no cabo da arma, preparada para qualquer movimento brusco meu. Eu sabia que ela não hesitaria em atirar em mim. Collins desligou com a expressão séria, e em silêncio.

– Dan Evans sumiu. Deixaram-no sozinho no estúdio de música, houve um apagão, e quando a luz retornou, encontraram o celular e um suporte de ferro manchado de sangue, além de marcas de queda brusca na sala. Ele foi sequestrado. – Disse Collins, e eu empalideci. Meu cérebro começou a pensar rapidamente sobre o que eu poderia fazer para fugir dos dois e ir atrás de Dan, já que eu imaginava onde ele estaria. De repente, uma luz se acendeu no meu cérebro, e a ideia não me ajudaria a escapar das acusações de traição, por hora. Mas me bastaria para fugir dali.

Aproveitei o ensejo da distração dos dois, peguei um pequeno vaso de vidro que estava acima do balcão atrás de mim, e acertei na cabeça de Collins, fazendo-o cambalear. Em seguida, avancei para Andie, cujo reflexo foi lento naquele momento. Desarmei-a e empurrei-a na parede, saindo correndo.

– Estação de trem abandonada! Procurem lá! – Gritei, sabendo que Andie me escutaria, enquanto corria pelo corredor, e escadas abaixo. Por sorte, as chaves do meu carro e o celular estavam no bolso do meu casaco, e consegui entrar no carro rapidamente, dando a partida e saindo dali. Não estava muito longe do apartamento quando meu celular tocou, e era Hawking.

– Alô? – Atendi, ainda arfando.

– Por que a afobação, Carter? – A voz fria e irônica de Hawking surgiu do outro lado da linha.

– Tive um contratempo, Senhor, mas já resolvi.

– Ótimo. Venha para a estação de trem abandonada, temos uma visita conosco... Não é, Evans? – No fundo, ouvi os grunhidos de Dan se debatendo. Meu coração se apertou, enquanto a vontade de matar Hawking retornou com força. Controlei-me, e esforcei-me para sorrir maquiavelicamente e dizer um “temos que ser bons anfitriões, então...”. Eu tinha uma teoria de que podíamos sentir por telefone quando uma pessoa sorria, então tive que me esforçar para soar verdadeira. Hawking disse para eu me apressar e desligou.

Depois de tomar atalhos e ir no máximo que a velocidade permitia (em alguns lugares, até mais além), cheguei à estação abandonada de trem. Era uma construção grande, cinza e antiga, feita basicamente de concreto. Havia muita brita, barro e mato ralo por ali, além dos indícios de que outros carros passaram no local, provavelmente se dirigindo ao pátio interno que as plantas que eu vira mostraram ter. Segui os rastros, acabando por parar no pátio interno, onde havia uma SUV preta e uma picape marrom mais antiga. Logo vi dois homens armados com fuzis AR-15 e pistolas Taurus PT-398 presas nos cintos. Desliguei o carro, pegando uma lixa de unha de metal no porta luvas e colocando dentro da bota, e um revólver, colocando-o preso no cinto, e saí do carro. Os homens, um loiro e outro moreno, me olhavam com desconfiança.

– Sou Mahara Carter, o Sr. Hawking mandou me chamar. – Eu disse. O loiro olhou para o moreno e assentiu, e pela sua expressão, lembrava-se vagamente de mim. Ambos me deixaram passar. Logo entrei no edifício empoeirado e sujo, encontrando Hawking confortavelmente sentado em um sofá marrom, fumando um charuto, cercado de outros homens armados com metralhadoras MP5K, fuzis AK-47, e ainda pistolas presas nos cintos. E eu apenas tinha um simples revólver calibre 38 preso no cinto. É, eu sou humilde.

– Mahara! Que bom que você veio se juntar a nossa festa! – Exclamou Hawking com aparente alegria. Era, no mínimo, bizarro.

– Não perderia isso por nada. E onde está o Evans?

– Calma, Mahara... O melhor das festas nunca se faz cedo! Nosso convidado especial está se preparando em uma sala separada. Ele vai se juntar a nós...

Nesse momento, um grito de dor de fez ouvir não muito longe. Reconheci como a voz de Dan gritando. Ele estava sendo torturado. Hawking sorriu macabramente.

– Achou que eu ia deixar barato? Ele está tendo um pouquinho de diversão naquela sala. Nada demais, não se preocupe. Só apanhando um pouco. A verdadeira diversão será quando eu entrar lá. – Ele sorriu. – Aposto que você irá querer participar também...

Sorri maquiavelicamente, atuando.

– Obviamente.

Hawking sorriu satisfeito. Ao mesmo tempo, tive a impressão de que ele me avaliava, como se escondesse algo de mim. Como se soubesse mais do que eu. Ouvi o barulho de sirenes e tiros, e os dois homens que guardavam o pátio interno entraram correndo esbaforidos no edifício. Hawking se levantou, furioso.

– O que está havendo? – Perguntou, rugindo.

– Os tiras... Chegaram... – Disse um deles. – Nos descobriram...

– Para terem chego... Tão rápido... É porque alguém daqui disse... Onde estamos. – Disse o outro. Hawking ficou furioso, e assentiu em concordância com o homem, que tinha razão. Alguém havia contado. Eu havia.

E Hawking sincronizou seus pensamentos aos meus. Olhou-me, e sorriu. Um sorriso cruel, furioso, assustador.

– Acho que a Srta. Carter sabe quem é nosso traidor... Não é mesmo, Srta.?

– Demorou a perceber, não é? – Perguntei desafiadora, cruzando os braços e o encarando. Hawking sorriu cruel e macabro.

– Acho que a Srta. Carter vai participar da festa junto com o Sr. Evans... Prendam-na e certifiquem-se de que ela não vai escapar!

Dois homens vieram para cima de mim, e eu sequer protestei. Tiraram minha arma, jogando-a no chão, e amarraram minhas mãos com uma corda fina, mas firme, chegando a machucar meus pulsos. Em nenhum momento deixei que minha expressão mudasse. Ali, eu era a Mahara Carter desafiadora e furiosa.

Levaram-me edifício adentro, para um corredor onde havia salas interligadas entre si por barras de ferro, como um calabouço. Lembro-me vagamente de ter lido nos relatórios que aquela estação de trem outrora era um palacete onde havia calabouços. Ah, ótimo, era exatamente para onde eu ia.

Passei por uma sela do calabouço, onde Dan estava amarrado, caído junto a parede, ensanguentado e ferido. Olhou-me assustado, mas não disse nada. Abriram uma cela e me jogaram de qualquer jeito lá dentro, trancando-me. Logo que se certificaram de que eu estava bem presa e indefesa, assim como Dan, saíram, deixando-nos sozinhos no corredor.

– Mahara... Você está bem? – Perguntou baixinho. – Me disseram que você estava traindo a MI6, é verdade? Mas Hawking disse que você se juntaria a mim numa cova, no chão, por ter mentido pra ele... O que está acontecendo?

– Não se preocupe, Dan. Eu vou tirar você daqui. Nem que seja a última coisa que eu faça. – Ousei olhar para ele, e a imagem me desconcertou. Ele estava com lágrimas nos olhos, o supercílio cortado e o lábio inchado. Seus olhos refletiam seu medo, sua angústia, sua dor. Mostravam como ele era frágil, apesar de tudo.

Assim como eu.

– Ok, pombinhos, podem se despedir agora. Essa vai ser a última vez que vão se ver... Com vida. – Um homem disse se aproximando de nós juntamente com outro, armado. Eles abriram a cela de Dan, e o arrastaram para fora.

– Vamos lá, bonitão, Hawking quer te ver... Afinal, a festa vai começar!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Será que Mahara e Dan vão conseguir se safar?