Scritto Nelle Stelle escrita por Karla Vieira


Capítulo 39
Estranho


Notas iniciais do capítulo

Boa noite amores! Desculpem a demora para postar. Foi uma série de coisas que não me deixaram escrever: o bloqueio criativo, o acidente de moto da minha irmã (quem me segue no twitter soube), ter que cuidar da casa toda sozinha, ter que ficar no hospital com a irmã... Foi um estresse! Agora que as coisas estão começando a melhorar. Tentei fazer esse capítulo o melhor possível, mas saiu só isso aí... Porém começa a se encaixar no que eu quero. Espero que gostem!



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Mahara Carter POV

- Andie, eu vou precisar de mais um favor seu.

- Mais um? Você vai me encrencar, dessa forma. – Disse ela, cruzando os braços e me olhando. – O que seria?

- Eu queria uma cópia de todos os arquivos em que o nome de Hawking é citado, e tudo o que a MI6 tem sobre a estação de trem abandonada.

- Mas você não tem os arquivos do Hawking, já? Uma cópia própria sua?

- Major Walker tomou tudo o que eu tinha quando eu fui afastada. Além do mais, não era tudo o que ele aparecia, apenas o que nós sabíamos sobre ele e sobre o caso de Susan e Dan.

Andie assentiu lentamente, pensativa.

- Eu não sei se vou conseguir tudo isso. Major Walker sabe que eu tenho uma cópia de tudo, e iria querer saber por que eu estou pegando outras. Você sabe, tenho que documentar tudo pra ela.

- Ok... Você não pode pegar, mas e se EU pegar? – Perguntei, em seguida levando o copo de suco aos lábios. Estávamos almoçando juntas em um restaurante próximo ao prédio da MI6, durante o horário de almoço de Andie. Já eu buscava algo para me entreter enquanto não tinha que ficar fazendo trabalhos para Hawking ou algo do tipo.

- Como assim? O que você quer dizer? – Perguntou ela, dando uma garfada em seu prato de macarrão.

- Eu ainda posso entrar no prédio da MI6 sem ser barrada, e usar das suas dependências como a academia, certo? Certo. Se houvesse uma distração, eu poderia acessar um dos computadores do sistema e fazer as cópias para o meu pen drive, e ninguém ficaria sabendo. Afinal, não estarei hackeando nem pegando uma das cópias impressas.

- E em que tipo de distração você está pensando?

- Em alguma que isole o corredor e a sala de arquivos, para que eu possa entrar lá. Limpeza, talvez? Daquelas bem grandes que toda a área tem que ser isolada?

- Não vai funcionar. Não estão fazendo mais isso. Posso forjar chamados para o pessoal da sala de arquivos e de dar no máximo dos máximos quinze minutos para entrar e fazer as cópias. – Disse ela, tomando um gole do seu refrigerante e me olhando séria. – Para quê você precisa de tudo isso, afinal?

- Como eu não tenho mais os arquivos de Hawking, preciso deles para analisar e descobrir possíveis locais onde ele possa estar escondido, ou algo do tipo, para encontrar também o traidor. E sobre a estação de trem, eu creio que ele está tramando algo com isso.  E não estou nem um pouco a fim de ir lá e ser pega de surpresa por algum capanga dele. – Eu disse. Andie assentiu em concordância.

- Tudo bem. Vamos fazer isso. Mas você vai me dever favores pro resto da sua vida.

- Me diga algo que eu não saiba.

Ela riu, assentindo, e nós continuamos nosso almoço.

Alguns dias depois.

Eu estava parada no corredor da MI6, com as roupas de treinamento da academia, olhando no celular como quem não quer nada. Normalmente essa era uma visão comum minha, então ninguém estava se importando comigo. Ouvi uma porta se abrir e as três pessoas que trabalhavam na sala de arquivos saírem conversando entre si, e em seguida recebi uma mensagem de Andie dizendo “Câmeras desligadas, vai que é tua”.

Olhei para o corredor e não vinha ninguém. Entrei na sala de arquivos e fui direto ao computador procurar os arquivos virtuais, digitando o nome “Ian Hawking” e me surpreendendo ao ver que o nome dele era citado em mais de quinze arquivos diferentes. Ele era maior do que eu imaginava... Selecionei todos e os copiei para o meu pen drive, e a cópia iria durar pelo menos cinco minutos. Droga.

Meu celular vibrou dentro do bolso da calça de moletom e chequei. Era uma nova mensagem de Andie, dizendo que estava enrolando o pessoal da sala de arquivos o máximo que podia, mas não iria conseguir mais muita coisa. Fiquei nervosa, e comecei a tremer. “Se acalma, Mahara Carter, se acalma” pensei.  Faltavam dois minutos. Mandei uma mensagem para Andie dizendo para achar qualquer outro assunto, que eu precisava de mais tempo.

Olhei para os lados, nervosa. O meu celular, que estava conectado ao GPS dos carros de Jones e Collins apitou, dizendo que Collins estava se movendo. De qualquer forma, eu não poderia analisar isso agora. A cópia finalmente terminou e comecei uma nova busca, pelos arquivos da estação abandonada de trem. Há anos atrás uma tragédia havia acontecido lá e desde então a estação estava abandonada, mas a estrutura estava intacta, e o local era remoto e pacato, perfeito para alguém que procura fazer algum crime. Não havia nada por perto.

 O celular vibrou novamente com uma nova mensagem de Andie. “Eles estão voltando”. Droga! A cópia demorou um minuto e meio, pois o arquivo era extenso, apesar de único. Desconectei o pen drive no exato momento em que ouvi vozes altas do lado de fora da porta, e sabia que não conseguiria sair sem que ninguém me visse. Escondi-me atrás de uma pilha enorme de caixas de arquivos perto da porta, ao lado de uma estante cheia, e tentei pensar em uma saída rapidamente. A porta se abriu e os três funcionários entraram, conversando. A porta ficou escancarada, aberta. Bom, isso era bom para mim. Mas como sair sem que eles me vissem?

“Pensa, Mahara, pensa... Você não é mais loira, vamos lá...” pensei. Ousei espiar por cima da pilha de arquivos, e vi que os três estavam de costas para mim e a porta, discutindo entre eles sobre como arrumar uma pilha de arquivos que estava naquele canto. Respirei fundo, tomei impulso e saí rapidamente da sala, suspirando quando olhei para trás e vi que ninguém havia me visto ou me chamado. Olhando para trás, com o celular e o pen drive bem seguros na mão, não vi alguém e esbarrei, derrubando-me.

- Mahara! – Exclamou Jones, abaixando-se para me ajudar a levantar. No exato momento meu celular vibra e avisa por mensagem que “a águia pousou na Rua Shelburne”, e Jones viu. Comecei a suar frio.

- Jones! – Exclamei, sorrindo simpática, tentando disfarçar o meu nervosismo.

- Você nunca vai me chamar de Adam, não é? – Ele riu, pegando meu celular e o entregando, junto com o pen drive. – Fazendo o quê por aqui?

- Estava treinando na academia, mas já estou de saída...

- Ah, claro. – Ele olhou para o celular novamente e deu uma risadinha. – Desculpa perguntar, mas “a águia pousou na Rua Shelburne”?

- Ah, é um apelido idiota que arrumei com uns amigos. Marcamos de nos encontrar no Nando’s daquela rua, daqui a uns quinze minutos, e um deles já chegou. Eu tenho que ir, se não vou me atrasar! – Eu disse sorrindo. – Outro dia a gente conversa, então?

- Claro! Bom encontro com seus amigos. – Jones sorriu e me beijou na bochecha, se afastando em seguida. Comecei a caminhar, quase correr, para a saída torcendo para que a desculpa que eu dei tivesse funcionado. Caso contrário, daria motivos de suspeitas para ele, e se ele começasse a fazer o mesmo que eu estava fazendo com ele, o meu plano ia todo por água abaixo. Encontrei meu carro na rua, entrei nele e o liguei, dando partida e indo para o meu apartamento, olhando pelo retrovisor todo o tempo para ter certeza que não estava sendo seguida, dando algumas voltas desnecessárias para despistar alguém, e fui para a Rua Shelburne.

Estacionei algumas vagas atrás do carro de Collins, tendo uma perfeita visão do Nando’s e do carro dele. Peguei um binóculo e observei. Ele estava sentado em uma mesa, junto com a “gerente” do local, conversando, até que ele entregou a ela um envelope pardo, discretamente. Isso realmente era suspeito. Peguei rapidamente a máquina fotográfica e dei zoom, conseguindo capturar aquela cena. Logo em seguida, eles se levantaram e ela deu um beijo no rosto dele. Estranho, muito estranho.

O meu dedo apertava freneticamente o botão da máquina, capturando cada movimento. Logo em seguida ele saiu do estabelecimento com um copo de refrigerante na mão, andando displicentemente. Entrou no carro e saiu, comigo a vários metros atrás. Quando vi que ele voltou para o prédio da MI6 relaxei, e voltei para o meu próprio apartamento.

O que Collins estava fazendo, afinal?


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Notas finais do capítulo

E então? O que acham?



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