Scritto Nelle Stelle escrita por Karla Vieira


Capítulo 35
Propósito


Notas iniciais do capítulo

Boa noite galera! Quem aí tá animado para o Natal? Eu tô. Ainda mais que só posso abrir os presentes no dia 24 a noite, depois da missa e da janta! Mas enfim... Vejo que tem menos gente comentando, mas creio que é pela falta de tempo, né? Afinal, final de ano, vestibular, viagens... Eu vim aqui postar um capítulo, e desejar feliz natal, e também avisar que só vou postar ano que vem, afinal, eu também tô ocupadinha. Então... Espero que gostem, e FELIZ NATAL E FELIZ ANO NOVO!



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Mahara Carter POV

Depois de receber um telefonema de Hawking, me dirigi ao endereço que ele havia me passado. Segundo ele, queria expor seu novo plano para mim, onde eu seria uma peça importante para a sua execução. Se eu pudesse adivinhar, diria que tem algo a ver com conseguir informações da MI6 e dá-las a ele. Se fosse isso, era isso que ele teria.

Adentrei no prédio, passando pelo hall de entrada levemente luxuoso, e com a lareira acesa pois fazia um dia frio, e entrei no elevador, dividindo-o com outro rapaz. Apertei o número 13 e esperei, ouvindo a irritante música que vinha das caixas de som do elevador. Eu estava me sentindo feliz. Apesar de todos os problemas, me sentia feliz. Afinal, eu agora tinha Dan do meu lado. Ainda sendo proibido, mas eu o tinha comigo. Eu podia voltar a sentir o calor de seu abraço em noites frias como as que estavam dando. Pelo menos, por hora... Ele ainda tinha que voltar ao prédio da MI6 para passar a noite naquela gaiola de concreto, gesso e metal.

As portas de metal dourado se abriram e uma voz feminina anunciou “décimo terceiro andar”. Saí, e as luzes do corredor se acenderam automaticamente ao notar minha presença, enquanto as portas se fechavam atrás de mim. Olhei para a direita, e vi a porta branca com o número 1325 cravado nela. Era aquela que eu procurava.

O telefone vibrou no meu bolso, e vi que era uma mensagem de Dan. Abri rapidamente antes de me dirigir a porta, e li: “Passarei as sete na sua casa para te esquentar nesse dia frio. E prepare-se para uma surpresa”. Sorri automaticamente, antes de guardar o celular no bolso e me dirigir à porta.

Bati duas vezes, e um olho verde preencheu o olho mágico e a porta se abriu alguns centímetros, onde uma correntinha se estendeu entre a porta e a parede e eu pude ver metade de um rosto.

- Quem você é? – A voz masculina perguntou.

- Mahara Carter.

A porta se fechou bruscamente, ouvi o barulho de correntes e em seguida ela se abriu com violência. O rapaz me deu licença para passar, e eu entrei no cômodo. Era simples, sem grandes coisas, além de uma escrivaninha, uma cadeira atrás dela e um sofá de três lugares marrom. Havia uma porta negra em um canto, e ele apontou por ela.

- O Sr. Hawking está esperando por você. Pode entrar.

Fui até a porta e bati duas vezes, ouvindo o sonoro “entra” atrás dela. Abri a porta e encontrei uma sala simples, porém sofisticada, com o homem sentado atrás da escrivaninha com os pés apoiados na mesa.

- Mahara! Eu estava esperando por você. – Disse ele, sorrindo animado. Coisa que ficava meio macabra em seu rosto... Bem... Macabro. – Encontrei um propósito para você no meu plano, e aposto que você vai gostar. Envolve o Evans de pertinho!

Sentei-me na cadeira enquanto ele se ajeitava e apoiava as mãos na mesa enquanto ficava reto.

- Pois diga.

- Você vai ficar de olho nele por mim. Vai usá-lo da melhor forma que encontrar. Vai reconquistar sua confiança, vai dizer que quer voltar a ser a namorada dele, e no fim, vai dar a chance para que eu o sequestre e possa fazer o que eu quiser com ele. Sei que você vai ficar com nojo em deixar ser tocada por ele, e tudo o mais, mas a sua recompensa é maior no final. Certo?

“Você nem imagina o quanto ela será grande no final” pensei. Sorri.

- É claro, senhor. Mal posso esperar para esse dia.

- Mas para que ele chegue logo, você terá que reconquistar o Evans primeiro. Creio que não vá ser muito difícil, já que você não é uma mulher de se desprezar e ele te ama com todas as medíocres forças dele.

- Sim senhor.

- Agora vá, Carter, e me deixe orgulhoso.

- Eu vou, senhor. Prometo que não irei falhar.

Ele sorriu, assentindo, e eu me retirei da sala. Andei pelas ruas de Londres, pensando no que eu faria a seguir. Tinha o dia inteiro livre pela frente, para variar, até que encontrasse Dan à noite no meu apartamento. Resolvi passar no mercado e fazer algumas compras. Ao passar pela seção animal, fiquei cabisbaixa e chateada, parando na frente de pacotes de comida de pássaro. Aquele homem desprezível havia matado os meus animais de estimação, a única coisa que eu tinha mais próxima que lembrava a minha família que estava lá na Tailândia. Continuei andando pelos corredores, eventualmente pegando alguma coisa. Um pacote de cereal, duas jarras de leite, achocolatado, e por aí vai.

- Mahara? – Chamou uma voz conhecida. Sorri só de reconhecer. Virei-me e encontrei a figura loira e sorridente de Luke e a morena e também sorridente de Jack parados a minha frente.

- Luke! Jack! – Sorri mais ainda, os abraçando. – Já ganharam alta? Estava com saudade de vocês e do abraço de vocês.

- Eu não estava. – Disse Luke, franzindo o nariz. Olhei-o com o se dissesse “você não me engana” e ele sorriu. – Mentira, é claro que eu estava. Graças a Deus pudemos sair de lá... O que veio fazer aqui?

- O que pessoas fazem no supermercado, Luke? – Perguntou sarcasticamente Jack, dando um tapa na nuca do loiro.

- Vim fazer compras. – Eu ri.

- Meu Deus, Mahara. Você é muito saudável. Tem que comprar umas besteiras também! – Exclamou Jack, analisando meu carrinho. Olhei para a cesta dos dois e vi cerveja, chocolates, salgadinhos, refrigerantes e pizza congelada.

- Ou vocês que tem que comer menos besteira. – Constatei. – Vocês vão mais tarde lá em casa também?

- Não, só o Dan. Ele tem uma surpresa para você e disse que queria que o momento fosse só seu e dele, e que nós estragaríamos tudo. – Disse Luke, contrariado. – Mas não seja por isso, aparecemos todos lá amanhã.

- Por mim  tudo bem! – Exclamei animada. Eles sorriram.

- Nós temos que ir. Vemo-nos amanhã, então. – Disse Jack, beijando a minha bochecha, sendo imitado por Luke. Despedi-me deles e continuei minhas compras, me permitindo comprar duas barras de chocolate, uma ao leite e outra do tipo branco, e um pacote de batatas assadas. Era o máximo que eu me permitiria comprar. Afinal, era exigente com a minha saúde. Depois de pagar tudo, passei na loja onde vendiam telas, tintas e coisas do tipo, e comprei mais tintas, e duas telas não muito grandes e também não muito pequenas. Voltei para casa, guardei tudo, e fiz uma faxina para me ocupar, ao som de All Time Low no último volume. Eu tenho um gosto musical bem variado, admito.

Às sete horas, a casa estava arrumada e limpa, eu estava limpa e cheirosa esperando Dan chegar. Dez minutos mais tarde, a campainha tocou. Abri a porta e lá estava ele, sorrindo feliz, com seus olhos brilhando e seu perfume chegando as minhas narinas. Havia uma sacola em suas mãos. E um filhote de Pug no colo. Ele tinha a pelagem bege claro, com as patinhas, orelhinhas e a ponta do rabo pretos. Os olhos eram castanhos e sua boca estava aberta, com a língua para fora.

- Dan! Que fofo! É seu? – Eu exclamei, pegando o filhote no colo.

- Olá amor, sim, eu estou bem, e você? Ah, que bom. – Ele disse irônico, e eu o beijei levemente nos lábios, fechando a porta em seguida. – E não, ele não é meu. Ele é seu.

- Meu?!

- Sim, eu o adotei em um abrigo para você. Achei que você devia estar muito solitária nesse apartamento, e achei que você gostaria de uma nova companhia. Então eu o trouxe.

- Não precisava Dan, mesmo!

- Precisava sim. Além do mais, ele vai sempre te lembrar de mim. Não vai, garotão? – Ele fez carinho no pequeno cachorro, que abanou o rabo contente e deu um latido fininho e muito, muito fofo.

- Ele já tem nome?

- Não, achei que você gostaria de escolher.

- Que nome é legal para você, hein menino? – Perguntei afinando a voz, olhando para o pequeno e fazendo carinho embaixo do seu pequeno focinho. – Que tal Thor?

Ele latiu em resposta. Sorri.

- Ele gostou. – Disse Dan. – E é um nome legal.

- Eu já mencionei que te amo? Que você é o namorado mais legal do mundo? - Perguntei. Ele se fez de desentendido.

- Hm... Acho que não!

- Ei, Dan, eu te amo. E você é o namorado mais legal do mundo!

- Eu sei! – Ele riu.

- Sua humildade me sufoca.

- Há apenas duas qualidades em mim. – Disse ele. – A minha perfeição e a minha modéstia!

Eu gargalhei. Soltei Thor no chão e ele foi reconhecer o terreno. Aproximei-me de Dan, que me envolveu nos seus braços, e ficamos os dois conversando baixinho, mesmo que não precisasse, enquanto observávamos o pequeno Thor rosnar para a flor na parede, e depois brincar no tapete felpudo da sala, deitando e rolando no mesmo.

- O que você trouxe na sacola? – Perguntei curiosa.

- Um pacote de 2kg de ração de filhote e uma coleira, afinal, você não teria isso. Imaginei que uma almofada e um pote para colocar a ração e água você tem, então não peguei.

- Você é demais. E como eu posso agradecer? – Perguntei, olhando para cima e encontrando seus olhos. Brilhavam intensamente castanhos, e eu sabia que poderia ficar perdida neles para sempre. Parecia haver muita coisa por trás deles, e eu não fazia ideia de várias delas. Eu queria saber. E queria desvendar o mistério por trás dos olhos castanhos de Dan, queria saber o que havia na sua alma. Afinal, seus olhos eram a porta para ela. E eu nunca chegaria a saber por completo, nunca haveria de saber o que ele quisesse me revelar. Ele sorriu. O sorriso dele era perfeito, e me encantava por se completar nos olhos. Eu sabia que muitas vezes, seu sorriso era falso, mas desta vez, ele sorria por querer de verdade. Por sentir de verdade a alegria.

Se alguém olhasse para mim naquele momento, poderia dizer que eu estava com uma expressão de boba apaixonada pelo homem na minha frente.

- Você já faz tudo por mim, Mahara. Você me faz feliz como nunca ninguém fez, me protege de tantas maneiras. Você não tem que me agradecer nada, minha pequena, pois tudo o que eu faço, é para agradecer só por você ter entrado na minha vida.

Eu sorri, e levei uma das mãos até sua face, acariciando-a sem dizer nada. Ele fechou os olhos, e eu encostei minha testa na dele. Bem baixinho, quase sussurrando, lhe confessei.

- Eu te amo, Dan Evans. – E o beijei. Ele retribuiu o beijo calmamente, até que os latidos frenéticos de um pequeno cachorro nos interromperam. Distanciamo-nos rindo, e olhamos para o pequeno Thor, nos olhando bravo.

- Mal chegou, e já acha que manda. – Resmungou Dan. – Desculpa amigão, mas ela é minha.

Thor latiu.

- Eu sei, eu sei, você é o cachorro dela e tem que protegê-la, mas só dos caras maus, porque eu só vou fazê-la feliz, ok? Não precisa latir e rosnar para mim. – Continuou, olhando e sorrindo para o cachorro. O cachorrinho se sentou e virou a cabeça para o lado, olhando para Dan e abanando o rabo. Parecia que tinha entendido o recado. Dan se virou para mim rindo.

- Acho que ele tem ciúmes de você. – Disse.

- Ele vai aprender a lidar com isso. – Dei de ombros e o beijei. Thor latiu de novo.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?