Scritto Nelle Stelle escrita por Karla Vieira


Capítulo 3
Resto


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde amores!!! Tudo bem com vocês? Adorei as reviews de vocês, me deixaram bem mais animada com a história!! Então, eu trouxe esse capítulo que não está lá muito bom, mas vai mostrar um pouco do que está acontecendo interiormente nos personagens, para justificar ações futuras; e avisar que vou ficar uma semana sem postar porque vou viajar! Vou para o Chile, e só volto dia 23 desse mês! Então espero que não me matem com a demora, tá?



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Mahara Carter POV

Andei pelos corredores do hospital, vestindo meu avental branco cheio de adereços coloridos como flores, laços e desenhos pintados por mim mesma. Eu tinha pelo menos uma hora e meia livres antes de ir até o estúdio onde eu “trabalhava” de compositora, e resolvi aproveitá-los visitando algumas das pessoas mais lindas do mundo.

Entrei pelas duas portas grandes e azuis com uma janela circular em cada.

– Bom dia crianças!

– Tia Mahara! – Exclamaram em uníssono. O pequeno Samuel pulou de sua cama e veio até mim, abraçando minhas coxas; para um menino de dois anos, ele já era bem grande. Peguei-o no colo. Samuel deu um beijo em minha bochecha, e eu sorri.

– Tudo bem com vocês?

– Estamos bem... – Disse Lily, uma ruivinha que estava deitada em uma das camas, com seu braço ligado a fios de soro e coisas do gênero.

– Tia Mahara, fiz isso para você... – A pequena Molly veio andando mancando, apoiada na muleta. Estendeu um papel para mim, e eu vi um belo desenho; havia uma menininha de vestido rosa, apoiada em uma muleta também rosa, com uma das mãozinhas entrelaçadas a de uma menina maior, loira com as pontas dos cabelos coloridas e vestindo um vestido roxo. Estavam ambas em um parque, com o sol brilhando o céu e uma pipa solitária.

– É lindo... É meu?

– Claro! – A pequena sorriu, e revelou a falta dos dois dentes superiores da frente.

– Ei... Alguém andou perdendo uns dentes, não é?

– É... Mas a mamãe disse que eles nascem de volta.

Ri levemente.

– Tia Mahara, conta uma história? – Pediu Samuel, acariciando meus cabelos com suas pequenas mãozinhas.

– Claro meu anjo. Todo mundo quer uma história?

– SIM! – Exclamaram elas em uníssono. Coloquei Samuel na cama dele e comecei a contar uma história sobre cavaleiros fortes e belos chamados Samuel, princesas lindas chamadas Lily, Molly, Annie; bruxos bons e leais chamados Bryan, Britanny, Wendy... E a cada frase contada, eu fazia as crianças sorrirem.

Aquilo me confortava.

Dan Evans POV

– Você está bem? – Perguntou Luke, entrando no camarim onde eu estava sozinho. Os outros deviam estar do lado de fora, jogando futebol, pelo o que eu ouvia dos gritos “passa a bola Jack!”, “GOL!”... Suspirei.

– Acho que sim.

– Me conte o que está acontecendo, quem sabe eu possa ajudar.

Ele se sentou ao meu lado e ficou me olhando com seus olhos azuis preocupados, em silêncio, com as sobrancelhas erguidas esperando que eu dissesse algo.

– Você sabe o que aconteceu. Eu não consigo tirar aquela noite da minha cabeça, e fico preocupado se... Se aquilo pode acontecer a mim. Sabe, eu sei quem ele é e o que ele fez no passado. Ele tem motivos para fazer comigo exatamente o mesmo que fez a ela.

– Você está seguro, Dan. Ninguém poderá machucá-lo.

– Eu espero que você esteja certo, duende.

– Entretanto tem mais alguma coisa te atormentando.

Assenti em concordância, sentindo meus olhos arderem. Eu não conseguia esconder nada de Luke.

– Danielle... Ela... Terminou comigo.

– Quê? Por quê?

– Segundo ela é porque ela não aguenta mais toda essa distância entre nós, tudo o que ela tem que aguentar por minha causa, etc. e tal... Eu não acredito muito nisso, mas vou deixá-la partir, pois é isso que a fará feliz, então...

– Mas não fará você feliz.

– Por hora, não mesmo.

– Sabes que quando algo nos é tirado, é para ser posto algo melhor no lugar? – Disse Luke, sorrindo de canto. – Tudo tem uma razão na vida, e isso não é diferente; mas só o tempo poderá dizer qual é esta razão.

Luke me abraçou, e deixei escapar uma lágrima.

– Obrigado, cara, obrigado.

– Não agradeça por isso. Bem... Vou deixá-lo sozinho. Qualquer coisa, estou lá fora com os rapazes jogando futebol ou o que quer que eles estejam jogando agora.

– Vai lá. Daqui a pouco eu apareço.

Luke sorriu, deu dois tapas nas minhas costas e se levantou, saindo do camarim. Bufei, chateado, e passei a mão nos meus cabelos, levantando-me e indo lavar meu rosto com água fria. Olhei-me no espelho por um bom tempo, como se procurasse respostas, soluções para os meus problemas, até que pus um sorrisinho no rosto e fui jogar futebol. Minha vida não poderia parar só por causa disso.

O planeta continua girando, o tempo continua correndo e nenhum dos dois para só para que eu reconstrua meu coração.

Mahara Carter POV

– Srta. Carter? – Perguntou alguém inseguro, abrindo uma fresta na porta do meu escritório no estúdio. Levantei a cabeça e encontrei Dan, Luke e John pondo a cabeça para dentro por uma fresta na porta; de relance vi os olhos de Jack e Sean atrás.

– Olá meninos! Entrem. Tive ideias legais para músicas. – Eu disse, empolgada. Eles entraram e se espalharam pelos sofá e poltronas. – Ah, e me chamem de Mahara, não de Srta. Carter, pois parece meu chefe me chamando.

Os meninos riram.

– O que você pensou, Mahara? – Perguntou John.

– Bom, o álbum novo de vocês com certeza é algo mais maduro, mas não podemos deixar de lado toda essa jovialidade que vocês tem, muito menos a sensibilidade nas músicas mais suaves.

– Ela parece o Simon falando. – Sussurrou Luke para Jack. Simon era o empresário deles, quem colocou eles no ramo musical.

– Eu ouvi isso! – Exclamei. – Mas vou levar como um elogio. Então, eu pensei em usarmos esta letra com uma melodia agitadíssima, e esta como uma melodia mais sensível, mais lenta... Mas não suave.

– Explica porque isso ficou muito confuso. – Disse Jack.

– Bom... Acho que só eu tocando e cantando para vocês entenderem. Por mais que eu odeie a minha voz. Vamos lá para a sala dos pianos, que vocês vão ver.

Fomos até a sala dos pianos, e eu me sentei diante do branco. Respirei fundo e comecei a tocar, introduzindo a música. Fechei os olhos, ignorando os olhares curiosos e ansiosos dos cinco rapazes, e comecei a cantar.

Assisto minha vida passar, na visão de trás do espelho. Retratos paralisados no tempo vão se tornando mais nítidas; Não quero desperdiçar mais um dia preso na sombra dos meus erros, yeah... Porque eu quero você e eu sinto você, espalhando-se debaixo da minha pele. Como a fome, como uma queimadura, ara achar um lugar que eu nunca estive. Agora estou despedaçado e estou perdendo força; Não sou metade do homem que eu pensei que seria, mas você pode ficar com o que restou de mim”.

Abri os olhos, olhando fixamente para frente, para o meu reflexo no espelho. Eu estava ciente que os meninos me assistiam, mas não estava me importando. Eu estava sentindo a música; sentindo bater fundo dentro de mim e trazer lembranças que eu achava não serem mais dolorosas para mim.

A verdade é que a decepção sempre vai doer, não importa o tempo que passe.

Finalizei a música e respirei fundo. Arrisquei olhá-los. Os cinco me olhavam em um misto de surpresa, admiração, e Dan... Com um pouco de tristeza, como se a música tivesse resgatado coisas dentro dele.

– Então... Que tal? – Arrisquei perguntar, insegura.

– Você tem uma voz incrivelmente linda! – Exclamou Luke. – E eu senti a dor da música, a tristeza...

– É justamente essa a intenção. – Eu disse em um tom mais baixo, olhando para o lado.

– Mahara, você está bem? – Perguntou Dan, se aproximando.

– Estou... Digamos que esta música me traz lembranças ruins.

Mais que ruins” pensei.

– Somos dois. Olha só... Independente do que for nós estamos aqui para você, viu? – Disse ele, abaixando-se para ficar no nível do meu olhar.

– Obrigada Dan. – Sorri. Talvez este novo caso iria me trazer grandes amigos.



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Notas finais do capítulo

O que acharam?