P.O.V Annabeth

Eu estava no banco de trás do carro do meu pai. Eles estavam me levando para o aeroporto, onde eu encontraria minha amiga Thalia. Hoje nós duas estamos nos mudando para Los Angeles. Foi um pouco complicado convencer meus pais, mas eles acabaram cedendo, pois eles sabia que eu precisava de um bom estudo para seguir meu sonho de ser arquiteta.

Convencer os pais de Thalia foi mais difícil ainda. Meus pais tiveram que falar com eles para que eles deixassem.

O que importa é que agora nós estamos indo juntas para LA.

Chegamos ao aeroporto e meu pai me ajudou com as malas. Fomos para o lugar onde eu e Thalia combinamos de nos encontrar. Eu cheguei lá e encontrei Thalia conversando com nossos amigos Grover, Júniper, Clarisse e Chris. Cheguei perto deles e os 4 me deram um abraço de urso que eu pensei que morreria esmagada.

- Socorro, garota morrendo esmagada aqui! – eu falei fingindo desespero –

Eles se separam de mim, e eu reparei que Júniper e Clarisse choravam. E Clarisse chorar é uma coisa considerada impossível.

- Clarisse, você está chorando? – eu pergunto surpresa –

- Eu não consigo acreditar que vocês duas vão abandonar agente. – ela fala chorosa e Thalia abraça ela –

- Nós vamos nos ver de novo. – Thalia diz –

- E, se algum malandro chegar perto da Annabeth, você me conta Thalia, viu? – ela fala –

- Não se preocupe, ninguém vai chegar perto dela. – Thalia diz se postando do meu lado –

Bem, você deve estar se perguntando o porque dessa proteção. Bem, á 1 ano atrás eu tive um namorado, ele se chamava Jack, e eu daria a minha vida para ele. Mas depois de um tempo eu descobri que ele estava me traindo. Eu sofri muito. Me cortava todas as noites, não comia, não falava. Thalia, Júniper e Clarisse que me ajudaram. Desde então eu não tenho namorado, e não pretendo ter. Eu sofri de mais, e confesso que tenho medo que isso aconteça de novo.

- Passageiros do voo 532 para Los Angeles, comparecer á área de embarque. – anuncia a moça no alto falante –

- Tchau pai. – eu me viro para o meu pai já com os olhos marejados –

- Tchau filhinha. – ele me abraça – Se cuida viu?

- Claro papai. Eu te amo.

- Eu também te amo.

Ele me dá um beijo na testa, e eu abraço a minha mãe. Ela chorava compulsivamente.

- Não acredito que a minha única filhinha vai embora. – ela fala –

- Agente vai se ver logo mamãe. – eu falo chorando também -

- Me prometa que você vai se cuidar Annabeth, eu não quero ver você sofrer como eu vi á 1 ano atrás.

- Eu prometo mamãe.

Ela segura meu rosto, olhando nos meus olhos.

- Eu te amo, querida.

- Eu também te amo, mãe. – eu pego as mãos dela e as beijo.

Eu abraço Grover.

- Se cuida Annie. Eu vou sentir sua falta. – ele fala –

- Eu também vou sentir sua falta.Eu te conheço a tanto tempo, é estranho dar tchau. Cuide da Júniper, ok?

- Claro que sim. – ele me dá um beijo na testa –

Abraço Júniper, que chorava muito.

- Tomara que dê tudo certo na sua vida, amiga. Você merece ser muito feliz.

- Você também, amiga. Tudo de bom para você, e vá me visitar, ok?

- Vou sim.

Abraço Chris.

- Cuide daquela durona ali, viu. – eu falo –

- Pode deixar. E você se cuide também.

Abraço Clarisse.

- Se cuida Annabeth, você não pode ficar como você ficou da ultima vez. Aconteça o que acontecer, fique com a cabeça erguida, você é forte garota. – ela diz chorando –

- Obrigada por tudo. Você é de mais, e eu já estou com saudades.

Me despeço dos pais de Thalia. Eu não gosto muito deles, devido a uma história que Thalia me contou, mas...

Eu e Thalia vamos juntas para o embarque. Eu preferi não olhar para trás. Seria doloroso vê-los ficando para trás.

Finalmente estávamos no avião. Meu rosto ainda estava manchado pelas lágrimas. Eu e Thalia nos sentamos nos nossos lugares. Eu estava na janela, e Thalia apertava a minha mão com força quando o avião decolou. Bem, ela tem muito, muito medo de altura. Quando o avião ficou estável no céu, ela soltou a minha mão, colocou os fones de ouvido e fechou os olhos, me deixando com duvida se ela estava dormindo ou não.

Peguei meu livro ‘As vantagens de ser invisível’ e abri na página marcada. Li até pegar no sono e dormir com o livro nos braços.

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Acordei com Thalia me sacudindo.

- Acorda, agente vai pousar. Socorro. – ela exclamava desesperada –

- Calma Tha. – eu digo segurando sua mão –

Parece engraçado esse medo dela, mas ela entra em um colapso nervoso que chega a dar medo.

Depois de ficar sem circulação alguma em meus dedos da mão, finalmente pousamos. Eu e Thalia pegamos nossas malas e pegamos um taxi. Dei o endereço para o taxista e logo estávamos  no nosso prédio. Bem, meus pais e os pais de Thalia são bem ricos, de modo que o nosso prédio é um prédio de luxo.

Subimos para o 12º andar. Nosso apartamento era lindo:

Sala:

http://cdn.mundodastribos.com/photobucket/fotosapartamentosdecorados.jpg

Meu queixo ficou caído. A sala era magnificamente perfeita. Eu e Thalia não falamos nada, só fomos para os nossos respectivos quartos.

Quarto Annabeth:

http://www.casosdecasa.com.br/wp-content/uploads/2009/09/teen-pb1-500x364.png

Entrei no meu quarto e fiquei sem palavras. Era magnifico. Me joguei na minha cama e comecei a pensar em como seria de agora em diante. Espero que as coisas mudem para melhor.

P.O.V Thalia

Meu quarto? Perfeito.

Quarto de Thalia: http://3.bp.blogspot.com/_OCHf1hRBVQc/TKSOT5ElxoI/AAAAAAAAFkw/btdxosjQhKQ/s1600/Foto_1_Qto_do_Adolescente_por_Gustavo_Romanelli[1].JPG

Me joguei na minha cama e comecei a pular em cima dela. Eu parecia uma louca, mas á muito tempo eu não me sentia assim. Livre e feliz.

Como eu havia dormido no avião, não estava cansada, então fui arrumar as minhas roupas no closet.

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Depois que eu terminei de arrumar todas as minhas roupas, encontrei no fundo da minha mala, uma foto. Uma foto velha, que era muito importante para mim. Eu e meu irmãozinho mais novo.  Na foto mostrava a mim abraçada a meu irmãozinho. Eu era apenas 1 ano mais velha que ele. Mergulhei na única lembrança que eu tinha sobre ele.

FLASHBACK ON.

- Ele... ele não é seu filho. – minha mãe Hera diz –

Eu mesmo sendo muito pequena, com 3 anos de idade, estava entendendo tudo.

- Como assim? – meu pai pergunta estupefato – ELE NÃO É MEU FILHO? – ele grita –

Minha mãe assente com a cabeça, e lágrimas rolavam de seus olhos.

- VOCÊ ME TRAIU. VOCÊ ME TRAIU E TEVE UM FILHO COM OUTRO? – ele grita – E TRÁS ELE PARA A MINHA CASA. PARA MIM CUIDAR DELE. AQUELE GAROTO NÃO É MEU FILHO? E ELE ESTÁ NA MINHA CASA A 2 ANOS. VIVENDO NAS MINHAS CUSTAS FINANCEIRAS. EU NÃO QUERO ESSE GAROTO NA MINHA CASA.

Ele pega o bebe que prestava atenção na discussão, sentado no chão, com um carrinho de brinquedo na mão, e sai pela casa às pressas. Minha mão cai ao chão em brandos. Chorando desesperadamente. Eu realmente não entendi isso. Onde meu pai estava levando o meu irmãozinho?

Horas depois meu pai volta.

- Onde você o levou? – minha mãe pergunta desesperada –

- Pra o orfanato. Eu não quero aquele garoto na minha frente nunca mais. E você Hera, nós precisamos conversar.

- Cadê manim? – eu pergunto inocente –

- Esqueça-se daquele garoto Thalia. Ele nunca mais vai fazer parte das nossas vidas.

Comecei a chorar. Isso queria dizer que eu nunca mais iria ver meu irmão que eu tanto amava, que eu protegia dos trovões e relâmpagos, que eu cuidava enquanto meus pais brigavam e ele ficava com medo. Eu o amava tanto.

FLASHBACK OFF.

Limpei as lágrimas que rolavam soltas pelo meu rosto, borrando toda a minha maquiagem. Resolvi tomar um banho, com esperança de que a água leve as lembranças embora pelo ralo.

P.O.V Annabeth

Arrumei minhas roupas no meu closet, e resolvi tomar um banho. Coloquei uma roupa leve, e fui para a cozinha. Thalia estava jogada no sofá vendo televisão. Gritei ela da cozinha.

- THALIA. – eu chamo –

- QUE É? – ela grita de volta –

- NÃO TEM COMIDA. – eu aviso –

- VAI COMPRAR. – ela grita direta –

- VEM COMIGO? – eu pergunto –

- NÃO. – ela responde curta –

- OK, MAS SE ALGUM CARINHA MEXER COMIGO... – eu nem termino e ela já está na cozinha –

- Vamos Annabeth? – ela chama –

- Vamos. – eu respondo rindo –

Nós duas saímos e pegamos o elevador. Perguntamos para o porteiro onde tinha um supermercado, ele nos disse que havia um muito bom na rua de baixo do prédio.

Chegamos no supermercado e compramos de tudo. Muita comida saudável e muita besteira. Nossa compra ficou um pouco cara para o meu gosto, mas fazer o que...

Voltamos para casa. Era estranho não conhecer ninguém. Fui para a cozinha, peguei um pacote de Doritos e fui para a sala. Thalia chegou logo depois com um pote de sorvete. Estava passando na tv The Vampire Diaries. Eu e Thalia adorávamos aquela série, então ficamos assistindo. Quando acabou, olhei as horas e já eram 00:00. Resolvi ir dormir.

- Eu vou dormir Thalia, amanhã é o primeiro dia de aula, lembra? – eu aviso –

- Lembro. Eu também já vou dormir.

Nós duas subimos para nossos quartos, que eram um de frente para o outro.

- Boa noite. – eu digo –

- Boa noite. – ela repete –

Entro no meu quarto e me troco, colocando meu pijama. Entro debaixo das cobertas e adormeço rápido. Tenho uma noite sem sonhos.

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6:45 da manhã:

Meu despertador toca. Levanto e desligo ele. Me espreguiço lentamente. Vou para o banheiro e tiro a minha roupa. Tomo um banho quente e demorado. Faço minhas higienes matinais e visto a minha roupa.

Roupa Annabeth:

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Faço uma maquiagem leve, deixo meus cabelos soltos, e saio do quarto.

Pego o cereal no armário, e o leite na geladeira, coloco os dois numa tigela, e me sento para comer. Quando estou terminando, Thalia chega na cozinha.

Roupa Thalia:

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- Uau, você está linda. – ela diz –

- Obrigada, você também.  – eu respondo –

Ela arruma cereal para ela também. Terminamos de comer em silêncio.

- Vamos? – ela pergunta –

- Claro. – eu pego minhas coisas e nós saímos –

Agente tem que pegar um taxi, por que ainda não temos carro. Entramos no taxi.

- Você tá nervosa? – Thalia pergunta –

- Não, imagina. Eu só estou indo estudar na Good High School. – eu respondo irônica –

- É só uma escola, Annie. – ela tenta me acalmar –

- Só uma escola que pode ser a chave para mim virar arquiteta e você fotógrafa.

- Eu sei, é demais não é? – ela diz animada –

Logo chegamos na escola. Todos os alunos descendo de seus carros chiquérrimos. A escola era imensa. Tinha uma estrutura incrível.

Pagamos o motorista e saímos do carro.

- Vamos lá? – ela pergunta –

- Vamos. – eu respondo nervosa –

- E lembre-se do que a Clarisse disse. Aconteça o que acontecer. Cabeça erguida.