Eternal Driver - re:coded memories escrita por SeaVampire


Capítulo 1
Layer 01 : Cyberia, Neon´s Paradise


Notas iniciais do capítulo

Perdão pelo capítulo tão extenso,sou muit descritivo mas garanto que o enrredo em si está muito bom
Aproveitem e mandem suas criticas e sugestões ,me ajuda muito na composição da história
Recomendo que ouçam a música :
Eternal-Evanescence
Durante a leitura pois as uso como base para os acontecimentos
além de ser um ótimo instrumental
boa leitura



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_ Esta na hora de acordar querido.

–Dizia uma voz profunda, mas ao mesmo tempo doce, aos ouvidos do jovem Babel - ou seria em sua cabeça.

Antes mesmo que abrisse os olhos, sentia varias gotículas geladas baterem contra seu rosto, ouvia ao longe trovoadas, como se um cenário montado estivesse o esperando há muito tempo, o que parecia ser uma chuva em longo prazo se intensificava cada vez mais.

Luzes de neon azul ofuscantes como as asas de um borboleta atrapalharam seu sono, havia acordado ,quando a sua frente avistara uma moca de afeição pálida ,de traços perfeitamente desenhados e olhos azuis gelo penetrantes o observando, nem sorrindo mas também não seria ,apenas doce. O garoto mesmo acordado paralisara, ou por espanto ou por mero platonismo, ela o marcara a face com o mais sutil beijo e desaparecera em uma fumaça espiral negra.

Enquanto o menino continuava sentado apenas ouviu-se: Boa sorte querido...

Tudo aquilo lhe parecia um sonho fantasioso de realidade imensamente absurda.

Ainda estático observava a imensa cidade de grandes prédios iluminados por neons de cor azulada escura e gélida, com uma grande catedral ao longe, uma mistura do passado que permaneceu com o futuro que se constrói. Olhava para o alto e avistava grandes construções futuristas arquitetônicas e diferentes automóveis voadores, todos passando por cima de sua cabeça, também iluminados por ledes de azul mertilo.

Prestes a levantar-se ouviu passos vindo em sua direção, apressados não por medo, mas em conseqüência da chuva incessante, logo a criatura tomou forma, era uma garota de vestimenta gótica, longos cabelos dourados, olhos azuis vívidos, pele pálida, semelhante a descendência alemã.sapatilhas , longa fita vermelha prendendo seu cabelo ,a perfeição parecia ser algo predominante nos habitantes daquele local ,ela segurava uma cesta de palha rústica como se fosse um tipo de chapeuzinho vermelho neo moderna,havia parado seu andar por causa do garoto em seu caminho ,cujo já se levantara , a melodia infantil saia de seus finos lábios perguntando:

_ Quem e você garoto? E novo em Cyberia? Nunca o vi por aqui, desculpe se o machuquei ao correr, esta chuva esta mais forte a cada noite, a eternidade desta cidade parece estar mais melancólica do que de costume, mas enfim como se chama? A propósito me chamo Annabel, sorria angelicalmente, a garota, meio tímida e com bochechas rosadas, mas muito gentil.

O garoto dizia meio tremulo: _ Cyberia? Eternidade? Que lugar e este? Olhava em volta novamente aflito. Desculpe-me, meu nome e Babel, isso aqui não e um sonho? Quer dizer...a ultima coisa que eu vi e ouvi foi uma mulher de cabelos negros, lisos ,olhos azuis gelo, pele pálida ,sussurrando em minha cabeça,me chamado de querido e por ultimo dando um beijo no meu rosto,desaparecendo em uma nevoa.

Colocava a mão no mesmo local do beijo, arregalando os olhos e corando novamente.

A garota ria colocando a pequenina e delicada mão a frente da boca, corando também dizendo meio abafado:

_ Desculpe-me, mas isto sim é um sonho e não Cyberia, uma mulher que beija garotinhos, os chama de queridos, e desaparece em uma nevoa negra – A garota ria novamente ,e momentaneamente refletiu , pondo a mão sobre o queixo.

_Entretanto isto me lembra uma história que me contaram quando criança, ela dizia que quando o céu chorasse mais do que de costume a beleza das trevas se revelariam com a chegada de uma pessoa a Cyberia e o encontro da mesma com uma mulher muito bela e sedutora aqui na nossa cidade, mas é claro que isso é mera lenda urbana –A doce garota interrompia sua explicação olhando para o céu chuvoso e logo para o garoto todo ensopado.

O garoto tinha cabelos roxos em tom lavanda, olhos verdes claro penetrantes envolvidos pelo o que parecia ser lápis de olho, pele também pálida, traços femininos, aparentava ter seus dezoito anos completos (Annabel tinha já seus dezesseis, também aparentemente).

Tinha seu corpo coberto de tatuagens, até mesmo em seus dedos onde se notava o número sete nos três primeiros dedos da mão esquerda e o número treze nos dois primeiros dedos da direita,algumas inscrições japonesas nos braços ,enfim o garoto era uma verdadeira obra de arte por assim dizer, usava também o que parecia ser uma coleira de couro com um cadeado de metal prata no centro e dois guizos como um colar mais para baixo de seu pescoço ,roupas verde rotas e gastas com as de um prisioneiro judeu,as unhas pretas com o que se assemelhava a esmalte.alguns anéis , um deles com preto com detalhes barrocos de uma flor de Liz prata no indicador da mão esquerda entre outros.

A garota ficara mais corada, pois tinha se encantado com o diferencial e a beleza do menino e afirmou:

_Você me parece muito sujo, cansado e com fome, eu acabava de voltar do centro da cidade com minhas compras quando te encontrei, não gostaria de passar a noite em minha casa. Você parece estar sozinho e precisa de repouso, vamos meu apartamento fica logo ali –Apontava com o dedo para o prédio mais alto entre todos muito iluminado com algumas partes pontiagudas ao topo e como a maioria deles com neon azul.

_e você vai precisar de roupas novas –Dizia enquanto puxava uma das mangas da blusa do garoto sorrindo.

_Vamos novato! Novamente disse sorrindo, pegava-o o envolvendo pelo braço como em uma dança que exigia par, o mesmo corava. Deste modo eles iam auxiliados por um guarda-chuva ao qual Annabel havia trazido em sua sesta.

Enquanto andavam Babel observava a modernidade da cidade, holofotes por tudo quanto era canto,propagandas em todos os lugares de produtos eletrônicos a alimentícios,pessoas e carros passando em alta velocidade, milhares de robôs ,cada um com sua função animais,policias, ate crianças robóticas para os pais que não podiam adotar devido o grande número da população , havia também moradores de rua pedindo pela nota e moeda eletrônica da região. Tudo o impressionava muito.


Annabel soltava risos e sorrisos durante a trajetória, um pouco mais solta, enquanto o gibi em forma de menino, Babel, continuava tímido.

Chegaram ao seu destino, o grande edifício, o empregado na porta do mesmo se curvava para Annabel como um mordomo para sua criada, a menina parecia ser de uma família de status na cidade, o empregado dizia cortes:

_Boa noite Srtª. Anna, este menino é companheiro seu?

_Sim ele é meu hospede

_Ok, então tenham uma agradável noite.

Os dois subiram até o centésimo quinto andar do edifício ao qual possuía mil andares. Anna destrancava a porta do apartamento tirando suas sapatilhas, observando-a Babel fez o mesmo com seu coturno, o garoto ficou maravilhado com a perfeição e delicadeza dos pés da garota corando muito, seguindo os passos da mesma para dentro do apartamento.

_Hey garoto o que o paralisou desta vez? Não diga que foi minha casa? –Anna sorria, mal ela sabia que a timidez do garoto era causada por seu desconhecido fetiche, apesar de que por um pequeno momento Babel observara o apartamento, e não se enganou ,a garota era de alta classe, a casa mesclava o moderno com o clássico. A garota pegava uma garrafa com uma bebida alcoólica azul fosforescente oferecendo ao garoto, ele fez sinal negativo com a cabeça.

_Você é mesmo caldo em garoto –levantava o queixo do garoto com um dos dedos levemente sorrindo,o mesmo corava com a atitude.

_Bem amanhã é outra noite , faremos um dia de compras ,você precisa se livrar desses trapos –mostrava mexendo na manga da roupa dele novamente,ela botava uma manta e um travesseiro em cima do sofá.

_Esta será sua caminha, perdoe-me não tenho quarto de hospedes pois não recebo muita gente, todos são interesseiros de mais,enfim pode ver TV se quiser ,estarei no meu quarto qualquer coisa que precisar,boa noite Bel –ela o presenteava com um beijo no rosto levemente levantando seu rosto, ele corava excessivamente dizendo rouco e tremulo:

_B-boa noite Anna até amanhã, obrigado por tudo – A menina sorria e ia para seu quarto.

Ele ligava a TV no canal de noticias observando atentamente, necessitava de mais informação, pois aquele parecia um sonho que nunca acabava. Nem ele mesmo o conhecia mais, não se lembrava de nada e via as chamadas:

“Os saques em Cyberia aumentam, Governo de Cyberia desvia mais dinheiro a cada ano, Zaibatsus multimilionárias iniciam uma grande rede mafiosa, Cyberia, a cidade da noite eterna, rebelião de robôs aumenta nas grandes corporações, novas raças mutagênicas aparecem, que são os novos anjos cibernéticos? Mestiços? Cyberia á espera de novos Drivers.”

Babel se espantava com cada palavra transcrita naquela tela, aquilo parecia uma fantasia mirabolante, precisava de resposta quem era ele? O que fazia naquele lugar? Aquilo tudo era real? Anjos cibernéticos? Drivers?Noite eterna? Ele fechava os olhos esperando por suas respostas.




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Notas finais do capítulo

Cyberia - lê-se saiberia,ou como algo de cibernético
Zaibatsus - (財閥? , círculo financeiro) é um termo da língua japonesa que se refere aos conglomerados industriais e/ou financeiros do Império do Japão, cuja influência e tamanho propiciaram o controle de parte significativa da economia japonesa do período Meiji até o fim da Segunda Guerra Mundial.