Mistakes Of The Love escrita por LittlePhoenix


Capítulo 13
Capítulo 12




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Eu e Rose saímos da biblioteca e fomos tentar achar aqueles dois garotos. Rose disse que a tia Mione e mamãe tinham ido para Hogsmeade ver se eles não estavam lá e que papai e tio Rony foram checar as passagens secretas.

— Hey, Potter! – Chamou Tyler da porta da biblioteca – O que houve?

— Desculpa, Tyler, não posso explicar, depois nos falamos. – Falei me virando para ele, mas depois voltando a andar com a Rose.

— Desde quando você e Tyler Cornor são “amiguinhos”? – Perguntou dando um olhar malicioso.

— Não somos “amiguinhos” – Falei – Só conversamos. – Ela continuou me olhando daquele jeito, bufei. – Eu sou irmã do melhor amigo dele!

— Será que é só isso? – Eu revirei os olhos.

Nós andamos mais um pouco, sem um destino certo na verdade. Eles podiam estar em qualquer lugar, mas então uma coisa me surpreendeu. Vimos os dois andando e olhando para as próprias roupas, para as mãos, cabelos e etc. Como se não se reconhecessem.

Fui até Sirius e dei um tapa no braço dele.

— Ei! – Exclamou colocando a mão onde eu havia batido.

— VOCÊ ESTÁ LOUCO?! – Gritei irritada, ele e Pontas me olhavam confusos. – VOCÊ PROMETEU QUE IA COM A TIA MIONE!

— Do que você está... – Começou Pontas, mas então alguém atrás de nós nos interrompeu.

— Aí estão vocês! – Tia Mione vinha na direção dos dois. – Onde é que vocês estavam?! Não podiam ter sumido assim desse jeito! – os dois pareciam ainda mais confusos. – Temos que ir agora, antes que algo mais seja alterado. – Ela pegou na mão dos dois garotos e começou a puxa-los.

Rose tocou no meu ombro como um sinal para irmos, então começamos a andar. Eu senti algumas lágrimas se formarem nos meus olhos, olhei para trás uma última vez, mas os três já haviam sumido. Não estava caindo a ficha que ele estava indo, e só nos veríamos de novo quando ele fosse voltar para o passado. Era a nossa despedida... E a única coisa que eu fiz foi bater no braço dele e gritar com ele.

Sabe do que acabei de me tocar? Eu nunca disse que o amava. Mesmo sendo a coisa mais errada que eu pudesse sentir. Me sentei no chão e desabei a chorar, Rose olhou para mim e se sentou ao meu lado me abraçando sem dizer nada. Acho que não tinha muita coisa pra ela dizer.

— Quer ir para a Sala Comunal da Grifinória? – Perguntou quando eu já tinha me acalmado um pouco. – Podemos comer os sapos de chocolate do Hugo para você se sentir melhor. – Eu dei um risinho.

— Obrigada, Rose. – Falei – Mas eu vou descansar um pouco.

— Tem certeza? – Perguntou, eu assenti. – Então, ok. – Nós duas nos levantamos e ela me abraçou mais uma vez. – Até amanhã minha ruivinha linda.

— Até amanhã ruivinha.

Ela foi para o lado que ficava a torre da Grifinória e eu fui para o lado oposto, onde ficava a sala da Sonserina. Estava quase na entrada para a sala quando uma voz séria e fria me chamou.

— Senhorita, Potter? – Me virei assustada, vendo a figura de Severo na minha frente. – Não se esqueceu de nada importante? – Eu não respondi, do que ele estava falando? – O seu amiguinho pode ter ido embora, mas a senhorita ainda tem que cumprir as detenções.

Ah, as detenções. Tinha me esquecido completamente delas. Não estava com muita cabeça para isso, sabe. Mas acho que eu não tinha muita opção. Foi quando um aviãozinho acertou minha cabeça.

 

“Desculpe não ir cumprir a detenção com você.

Mas tive que ir com a sua tia, não é mesmo?

— Almofadinhas”

 

Oh, Mérlin! O Filho de um comensal da morte vai embora, mas sempre deixa seus vestígios. Não sei se eu dou risada disso ou se respondo mandando ele ir para um lugar muito feio. Revirei os olhos e comecei a acompanhar o Severo até a sala de poções.

 

Fiquei uma hora limpando e arrumando caldeirões, isso me deixou tão animada! Assim que Severo me liberou fui para a sala da Sonserina, estava tão cansada e deprimida, agora duplamente deprimida porque tive que cumprir a porcaria da detenção.

Ainda havia algumas pessoas na sala quando entrei, inclusive Escórpio que estava com a Helena Zabini. Eu odeio essa menina, e o pior é que dormimos juntas.

Fui para o meu quarto, coloquei o meu pijama e me joguei na cama. Estava exausta. Então quando olhei para a mesa de cabeceira que tinha ao lado da minha cama reparei na foto que ainda estava lá, mesmo depois de todo esse tempo. Era uma foto minha com o Escórpio no porta-retrato. Tudo estado tão confuso atualmente que eu nem me lembrava que ela ainda estava ali. Peguei o porta-retrato, tirei a foto dali e coloquei dentro do bolso das minhas vestes, que estavam em cima do malão. Peguei a foto do meu primeiro dia de aula para substituir aquela. E o meu pior pesadelo aconteceu, Tiago estava mais uma vez sumindo da foto, mas papai ainda estava ali inteiro. Por que isso estava acontecendo de novo?

Então a porta do dormitório abriu e eu consegui reconhecer a silhueta da Zabini entrando por ela.

— Boa noite, Potter. – Falou aquela voz de grito de mandrágora, mas eu não respondi. – Você e o Escórpio terminaram, não é? – Tenha paciência Lili e não responda. – Porque você ficou com um outro cara aí enquanto vocês namoravam, acertei? – Não fala nada, ignore e ela vai parar. – Seu irmão ficou sabendo? Acho que ele não ia gostar de ver a princesinha do papai beijando qualquer um por aí. – Se essa menina não calar a boca eu vou lançar uma azaração nela. – Pelo menos isso fez o Escórpio se tocar e parar de namorar uma ridículazinha que nem você.

Eu me levantei da cama e fui até ela apontando a varinha. Meu rosto estava vermelho de raiva.

— Eu posso ser ridícula, eu posso ter terminado com ele, mas vê se você se toca! Ele jamais sairia com uma vadia como você! Eu o conheço. – Voltei para a minha cama e fechei a cortina verde que tinha em volta dela. Essa menina não perde uma oportunidade de me tirar do sério.

Então outro aviãozinho passou pela fresta da cortina e pousou na minha cama. Eu o abri e li dando um leve sorriso.

 

“Boa-noite, Lilindinha. Sonhe comigo.

— Almofadinhas”

 

 

O dia veio triste e chuvoso, minha primeira aula era poções, com o Severo. Não adianta, não consigo chamá-lo de Professor Snape. Era muito estranho as outras pessoas agirem como se a existência dele aqui fosse supernormal. Tomei um banho e me troquei para tomar café. Já ia para a cozinha pegar comida para os garotos, mas então lembrei que eles não estavam mais em Hogwarts. Então fui até o Salão Principal. Rose, Hugo e Roxanne já estavam lá, mas Alvo não. Quando estava quase chegando na mesa da Grifinória, Tyler me parou. Otávio Finnigan estava com ele.

— Bom dia, Lilian. – Falou sorrindo.

— Bom dia. – Respondi sorrindo também

— Você viu seu irmão? – Perguntou - Ele sumiu.

— Não, não o vejo desde ontem na hora do almoço.

— Tudo bem, valeu! Depois nos falamos. – Ele e Otávio se afastaram e foram para um canto lá da mesa da Grifinória.

Eu me sentei junto com Rose, Hugo e Rox. Eles me deram bom dia e eu retribui. Depois comecei a me servir de ovos mexidos, adoro ovos mexidos no café da manhã.

— Está melhor hoje? – Perguntou Rose para mim, eu assenti sorrindo.

— Onde o Alvo está? – Perguntei.

— Não faço a mínima ideia. – Falou Hugo – ele desaparatou.

Ficamos conversando por um tempo então reparei que Alvo vinha andando com Tiago, e os dois riam em vez de discutir, como de costume. Eles se sentaram e deram bom dia para gente.

— Vai se sentar com a gente em vez de ir com seus amiguinhos hoje, Tiago? – perguntou Roxanne, ele olhou para ela e depois para o Alvo, depois para onde Tyler e Otávio estavam sentados.

— Ah... Bem, eu já estava indo para lá. – Falou se levantando. – Nos vemos depois. – Ele parecia se referir mais a Alvo do que ao resto de nós. Ele foi na direção dos dois garotos.

— Ele está um pouco estranho, mais do que ele já estava por causa da perca de memória. – comentou Rose.

— Deve estar piorando – falou Hugo, Alvo deu de ombros.

— Bom, pra mim ele tá normal. – Falou, nós três olhamos para ele com um ponto de interrogação na cara. – É... mudando de assunto, que horas é o treino hoje?

— Treino do que? – Perguntou Roxanne.

— De Quadribol, ué! – Falou como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

— Desde quando você joga Quadribol? – Perguntei dando uma risadinha, ele nos olhou confuso. Será que ele também estava perdendo a memória?

— Eu... é... Não jogo... Só queria assistir... – Falou, fiquei ainda um pouco desconfiada de que ele estava perdendo a memória, mas fingi acreditar.

Terminamos de comer e fomos cada um para as suas devidas aulas. Essa aula agora eu tinha com a Grifinória, então Hugo me acompanhou. Chegamos na sala, ele foi com a dupla dele e eu fui até a minha, que já estava lá.

— Bom dia, Escórpio. – Sem resposta. Me sentei ao lado dele e não falei mais nada.

Severo começou a falar que iriamos preparar uma poção importante para os N.O.M’s e blá, blá, blá... Ele terminou de falar e começamos a trabalhar na poção.

— Precisa que eu pegue alguma coisa no armário de ingredientes? – Perguntei. Nada. – Certo, então como temos que preparar? – Novamente o silêncio. – Você não vai me ajudar? – Ainda sem resposta. – Ótimo! Eu faço sozinha!

Comecei a colocar os ingredientes aleatoriamente no caldeirão, sem seguir nada. Ele olhou para mim preocupado.

— Lili... – Começou com um tom mais preocupado. Olhei para ele para ver o que iria dizer, mas antes dele concluir...

BUM!

Minha tentativa de poção explodiu e os nossos rostos e cabelos estavam pretos. Agora todos olhavam para nós, eu e Escórpio começamos a rir.

— Senhores! – Falou Severo bravo. Nós paramos de rir. – Eu não acharia graça ficar com um Trasgo nos N.O.M’s, não concordam? – Nós assentimos. – Ótimo, então acho melhor tentarem fazer uma poção correta. – Ele continuou, lançando um feitiço que limpou a sujeira do caldeirão e da mesa, mas eu e Escórpio continuamos sujos. Severo se virou e sentou-se na mesa dele.

— Foi culpa sua. – Sussurrei para Escórpio.

— Minha? – Perguntou indignado, mas no mesmo tom de brincadeira que eu.

— É, se você tivesse me respondido, eu não teria feito isso. – Ele deu um risinho. – É sério, você sabe que eu sou péssima em Poções.

— Então quer dizer que se eu quiser evitar que você, sem querer criar uma bomba que possa matar todo mundo, não vou poder te ignorar?

— Basicamente isso. – Falei dando um sorriso. Ele revirou os olhos. – Podemos pelo menos voltar a nos falar?

— Tudo bem. Tudo isso pelo bem da humanidade. Não quero que você mate outras pessoas, inclusive eu. – Eu dei uma risada, então começamos a trabalhar em uma nova poção, dessa vez, decente.

Alguma coisa para me deixar feliz nesse dia, fiz as pazes com Escórpio.

E assim que acabou a aula, eu e Escórpio fomos para a sala da Sonserina para nos limparmos.

— Fico feliz que tenhamos voltado a nos falar. – Falei quando já estávamos quase na parede de pedras para entrar na sala.

— Eu também. – Ele falou.

Eu olhei para ele e ele olhou para mim. Então ele me beijou. Foi um beijo rápido, mas não rápido o bastante para não me deixar paralisada. Fiquei olhando para ele por alguns segundos, raciocinando, então me virei e comecei a correr para qualquer lugar que não fosse perto dele.

Não queria beijar ele, só queria que voltássemos a nos falar. Eu realmente não sinto mais nada pelo Escórpio. Mas parece que ele ainda sente algo por mim. Parei em um corredor qualquer e me sentei no chão um pouco confusa com tudo o que aconteceu. Foi só então que me toquei em que situação eu tinha deixado ele e que eu ainda estava toda suja de fuligem.

Mas aí uma coisa ainda mais apavorante aconteceu. Pelo corredor perpendicular ao que eu estava, bem diante de meus olhos, estava passando Alvo Dumbledore.


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