Me Apaixonei sem Querer escrita por Daniele Avlis


Capítulo 9
Duelo de Prata – final / Disparo do começo




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Capitulo nove
Duelo de Prata – final / Disparo do começo



Diário… Dia tal... do mês que foi... do ano que ainda se passa... (preguiça de colocar data, se é que já coloquei isso alguma vez).

O que posso contar no momento e estado do meu espírito? A estupefação tomou conta de mim naquele momento, não sei o que deveria ter feito ou se deveria ter feito alguma coisa, mas no fundo, era como se eu já soubesse o que estava acontecendo. Creio ter que admitir que não levei muito a sério o que Harry e Hermione me disseram, fiquei surpresa sim, mas não havia acreditado, e se acreditei, não queria que fosse verdade, apesar de ser. Acho que os dias aqui estão mudando de uma forma estranha, e me pergunto onde ficou a “comédia” da minha vida? Sinto uma sensação ruim de está sendo vigiada, ou até mesmo sob os olhares acusadores de meus próprios amigos, aqueles que julgo serem de minha eterna confiança, ou talvez seja a mim mesmo de quem eu tenho tanto medo. Engraçado pensar, de que tenho a sensação de que já estive aqui, mas como minha irmã diz, às vezes, isso pode ser muito ruim. Eu só espero algum dia entender a mim mesma, já que a única pessoa que me entendeu na vida, foi uma senhora a qual eu chamo de mãe, seu nome: Alice, a única que me chama por nome completo, à vezes até me esqueço de Annabela, por m chamarem somente de Ann. Alice é uma senhora que trabalha lá em casa e a única com quem me sinto confortável como um carinho de avó, saudades de casa.
Sinto-me mais perdida do que cego em tiroteio. Enquanto passos páginas e páginas do que escrevi até aqui, sinto que mudei um pouco, ou que alguém me mudou. Será possível mudar em tão pouco tempo? Acho que os dias felizes que passei aqui estão prestes a desmoronar como castelo de areia. Talvez sejam os últimos dias em que eu escrevo em você. Desculpe por ter xingado você no começo, e você foi o meu único aliado com quem pude contar situações íntimas. (ERA ISSO MESMO, VOCÊ ME IRRITAVA, ERA COMO SE VOCÊ ESTIVESSE NO MEU PÉ: “CONTE-ME, ESCREVA EM MIM, CONTE-ME”, AHHH VAI VER SE EU TO NA ESQUINA!). Desculpe pelo meu estresse (VOCÊ MERECEU!). Está na hora de colocar um fim neste diário e caminhar com as minhas próprias pernas (ÉÉÉ ISSO MESMO, CHEGA DE VOCÊ FICAR ME ENCHENDO O SACO, CARA! ISSO É VICIANTE!).
Mas para fechar isso, hoje (Talvez, se caso você não entre ma minha mente: “Ann, pegue agora pena e tinta e me conte TUDO DE HOJE). Vamos ao começo desse dia, finalmente o dia dos duelos no qual todo mundo pode ferrar o todo mundo e ninguém pode falar nada...
Estávamos em pleno café da manhã. (Impressionante como parece que ficam olheiros de plantão esperando para o desfecho de alguma pérola do dia.). O silencio era aterrorizante, não basicamente o silêncio, mas só se ouviam os tilintar dos talheres batendo nos pratos, e se caso você olhasse para alguma mesa oposta, pode acreditar que não era somente você que faria isso. Era como um caça ratos, se você olhasse para algum lugar que não fosse o seu prato, era como se você estivessem sendo acusando de algum crime, e esse clima torturante de duelo foi quebrado (Digo quebrado pelo fato de quase caírem em quebra pau mesmo, DUELO DE TROUXA), Quando um grupinho de uma das equipes de Beauxbatons resolveu se apresentar. Um garoto chamado Thomas Rivert, integrante da equipe de Draco Malfoy (Engraçado como esse nome me dá uma dor na espinha), andou da mesa improvisada de Beauxbatons até a da Sonserina, (É impressionante como tem um mar de cabeça seguindo o cara para onde ele andava, sinceramente até eu queria saber o que ele tava fazendo na mesa de Beauxbatons, mas a nossa curiosidade é logo saciada.). Como o silêncio era tamanho e o todo mundo parecia está prestando atenção o que se ouviu foi à voz baixa de Tom, e se em alguns lugares não se dava para ouvir pelos menos levava a informação. E como a mesa da Grifinória estava perto da mesa da Sonserina e da mesa improvisada de Beauxbatons, os alunos da Grifinória poderiam perfeitamente apurar os ouvidos e escutar, o engraçado era que tinha até gente espremendo o rosto para escutar melhor.
— 60 e nem mais nem mesmo – dizia a voz ansiosa de Tom. – Eles estão dizendo que quem vai ganhar esse Duelo é um dos Beauxbatons e não de Hogwearts.
— Está maluco! – exclamava a voz de Sam Geour, também era integrante da equipe de Draco Malfoy, (esse nome esta me dando uma dó de escrever...).
— Durmstrang? Não foi mencionada? – perguntou Goyle com uma voz abafada, dava pra imaginar a cara dele olhando para os brutamontes de Durmstrang.
— Se a aposta fosse mais, teria que ser mais! – disse a voz de Tom com grosseria para Sam.
— Mas 60 é uma fortuna! – exclamou a voz de taquara rachada da Pansy... (tenho que desinfetar isso mais tarde... esse nome pode ter um colapso mental no meu diário, você tem cérebro diário?).
— Claro que é! – exclamou Tom aborrecido para ela como se fosse óbvio. (É óbvio, né?)
— Mas eles têm o melhor duelista! Sem contar nos macacos que eu vi em algumas equipes – deu pra notar na voz de Sam uma certa tremedeira.
— Isso não é mais uma simples aposta, é uma guerra de Hogwarts contra Beauxbatons e Durmstrang! – Tom parecia está numa daquelas batalhas medievais, só de olhar para o rosto dele hesitante de felicidade. Mas já pensou se ele perde essa fortuna?
— Quem temos para poder competir? – perguntou a voz guincha de Pany, Hermione e Gina, ambas sentadas do meu lado, revirara os olhos.
— Temos Draco, Cauldwel da Lufa-lufa...
— Cauldwel?? Owen Cauldwell? – exclamou Sam. – Por que ele? Ele é ruim!
— Mas está ganhando nas apostas! – disse Tom contrafeito por ter sido interrompido. – E Potter. – “Hã?” Exatamente esse “Hã?” que metade da mesa da Grifinória fez ao ouvir o nome de Harry.
— O que Potter está fazendo nesta Lista? – perguntou uma voz azeda, já da pra entender né?
— Não sei. – fez Tom sonolento sem encarar o rosto lívido do dono da voz azeda.

A aposta era: equipes da Sonserina contra as equipes de Beauxbatons, por isso a aposta era tão alta. Meus olhos recaíram sobre a mesa de Beauxbatons, e vi que a equipe de Roland Welling estava numa calmaria que dava ate raiva, parecia que não estava aquele clima pesado, mas esta equipe como a de tantas outras estava era com os ouvidos apuradíssimos. O clima era: Se alguém gritasse, todo mundo saia correndo. Um garoto da mesa de Beauxbatons, resolveu encarar os da mesa de Sonserina com ar de deboche.
— Hogwarts não vai ganhar esse torneio! – disse ele em voz alto, alta o bastante para que todo mundo escutasse, enquanto os da própria equipe caiam em gargalhada, isso era demais. Foi aí que começaram os murmúrios e desafios.
— Beauxbatons, não tem forças nas pernas para enfrentar os duelistas de Hogwarts!! – berrou um garoto da Lufa-lufa se alegrando de seu comentário. Daí já dá pra imaginar o duelo do café da manhã era um bate boca entre as equipes de Hogwarts contra as equipe de Beauxbatons, me surpreende que os marmanjos de Durmstrang e mesmo que alguns os desafiassem, não sairiam ilesos, sairiam totalmente massacrados, boatos de que Durmstrang se ensina Magia negra, não se é verdade, mas vai saber?! Mas era uma guerra e, concordo com Sam, os brutamontes não estão aqui para brincadeiras.
— Não aposte! – vociferou Draco num Tom ameaçador para Thomas Rivert, este ergue as sobrancelhas. – Vai perder.
— Como assim?!
— Não é por nada não, mas ele pode estar certo. Quem irá contra Welling, é o melhor! Nem Potter consegue! – Basicamente eu encontrei os olhos de Gina e Hermione, sem seguida olhamos para Harry, que este se escondeu atrás de um copo de suco. Gina fechou a cara.
— Harry?! – exclamou ela aborrecida. – Eu não acredito nisso! – ela batia o pé invocada.
— O que você quer, Gina? Que Harry pule na mesa da Sonserina? – soou a voz distante Rony. Gina o olhou com um olhar tão aterrorizante que nem eu nem Hermione queríamos ouvir o que ela tinha para dizer. Bastou Hermione derrubar suco no colo de Gina e interrompe uma discussão ali mesmo.
— Me desculpe Gina, sinto muito! – imaginem a cara de sonsa de Hermione. Até que Gina saiu bufando sozinha da mesa e tentei escutar mais sobre a aposta, ou melhor, a guerra.
—... Pernas francesas tremem em solo inglês! – berrava um garoto da Sonserina no meio da aglomeração de alunos que berrava uns contra os outros.
— Os ingleses é quem têm medo dos franceses!! – berrou uma montanha de Durmstrang, não era uma guerra de escola contra escola? Por que virou país contra país, estamos ferrados.
— Cale a boca seu Quasimodo! – aí já foi longe demais!
— Eu não vou perder esta apostar por nada nesse mundo! – a voz de Tom soou ansiosa e alarmante de excitação. – APOSTAS! APOSTAS AQUI! – ele saiu gritando com um saquinho velho de pano negro pelo meio da aglomeração de alunos que passavam de uma a mesa a outra.
— 70 na primeira luta de um Hogwarts contra Beauxbatons! – berrou um garoto da Corvinal.
—... INGLESES NÃO SABEM DUELAR!
—... E FRANCÊS FEDE!
—... SÓ FALTA ISSO PRA EU QUEBRAR DE VOCÊS, INGLESES!
— PODE VIR!
—... APOSTAS, APOSTAS, OS DUELOS SERÃO NA ARENA, LÁ VOCÊS PODEM METER A PORRADA EM QUEM QUISER!!!!
— VOCÊS TÊM APENAS APRENDIZES DE DUELISTAS, NOS TEMOS O CAMPEÃO MUNDIAL. ELE PODE DERROTAR TODOS VOCÊS – Aí eu vi Roland Welling engasgando, mas engasgando feio mesmo, dava pra ver Michael Aira e Ryan Galleger dando tapinhas nas costas dele. Se professores estavam presentes? Sim, eles estavam. Interromper aquela guerra de alunos? Não, eles não fizeram isso. Dava para ver a conversa animada de McGonagall com a professora Sprout, enquanto Olímpia Máxime mantinha o máximo a sua cara de cavalo sólida para não gritar e Sibila Trelawney parecia alucinadamente louca com aqueles olhos esbugalhadas por trás dos óculos, e de quando em quando, ela anotava algo em um pedaço de pergaminho e rapidamente voltava a olhar para a turma a sua frente, acho que ela estava anotando as possíveis mortes para quem entrasse na arena. Surpreendo-me com ela, pelo fato, dela não ter falado nada sobre esse duelo, ter agido normalmente, é melhor nem comentar, vai que ela dá uma de louca – louca ela já é – e monta uma barreira ou um movimento anti-duelos? Pois isso pode causar a morte; Ta louco, já to viajando aqui!
Depois dessa guerra que só acabou com a entrada de Filch e sua cara amassada ameaçando um primeiro que gritasse “APOSTA” ou brigas de ingleses contra franceses iria para a masmorra dormir lá por três meses, isso sem contar que seria no quarto ao lado dele. Aí todo mudo calou-se. É instantâneo, falar ou ver Filch era ver variadas expressões faciais, credo!!
Depois desse tempo, eu estava a caminho da torre da Grifinória, não só eu como todos os outros se encaminhavam para seus dormitórios para um breve aquecimento para os duelos, o que nos deixou ainda mais nervosos do que já estávamos. Quando passei por um corredor eu esbarrei em alguém que não tinha visto alguns dias, e por alguma razão senti um desapontamento no peito e uma sensação estranha de perda.
— Kei... – foi o que eu sussurrei ao esbarrar em Keichi Sato, ele me segurou pelos ombros evitando que eu caísse, já que eu estava no mundo da lua com o dia cheio. Eu me virei e dei as costas sem falar nada, mas nesse exato momento ele segurou o meu braço direito, para que eu não fosse.
— Me desculpe. – sua voz soou distante, ele ainda segurava o meu braço, eu me virei para encará-lo, mas sua cabeça estava baixa, ele fitava os pés, evitando meu olhar, eu não agüentei ficar tentando encara-lo e fiquei, pelo menos, apreciando uma porta (Como se sua espessura fosse interessante). – Eu...
— Você não tem nada para me dizer. – minha voz soou fria? Direta? Indiferente? Foi isso que eu notei, e quando eu olhei nos olhos parecia que ele estava sofrendo. Odeio isso. Detesto quando alguém esta sofrendo e esta perto de mim, dá uma pena...
— Tem sim. – ele parecia decidido em falar algo há muito tempo, algo do qual eu realmente já tinha me esquecido, para falar a verdade, nem me lembrava, mas quando tocar nesse assunto e ao vê-lo, não sei o que posso descrever o que senti. – Eu sei que eu...
— Kei... Sato. – fresei bem o Sato. Já que não somos mais íntimos. – Eu já havia esquecido e...
— Não! – ele brigou. Realmente me assustou. Foi espontâneo! – Eu só peço que... – ele parecia estar nervoso, me olhava e quando meus olhos encontravam os dele ele simplesmente virara o rosto. –... que me escute. – eu suspirei. Acho que não tinha como evitar, um dia essa conversa chegaria. – Podemos conversar noutro lugar? – ele sugeriu, eu consenti que sim, já que estava pra conversar isso, que fosse de uma vez. Nós fomos para um lugar calmo, fora do castelo e ficamos pertos dos jardins. Ele parecia triste e desolado. Mesmo que aquilo tivesse ocorrido, eu não consigo sentir raiva dele, ao contrário, era como se eu tivesse esperando para um motivo de terminarmos. E quando esse motivo veio, eu me vi assustada. Ele se sentou na grama e ficou olhando fixamente para o nada a sua frente, depois abaixou a cabeça e com uma voz embargada disse:
— Ela... era uma garota que eu gostava muito. – eu me sentei ao seu lado, com uma pequena distancia, não sei se isso pode ser notado como um erro. – E me deixou porque eu era mais novo. – seus olhos tinham uma expressão de um cachorro abandonado, deu uma dó. To muito sentimental!!!
— Ela... era mais velha que você? – perguntei, tentei ser delicada, não sei se consegui. Ele suspirou antes de responder.
— Eu a conheci quando eu estava no quarto ano. Era surpreendente vê-la sorrindo. – ele sorriu, foi um sorriso apagado, mas sorriu. Keichi Sato sempre me tratou bem, nunca me machucou fisicamente, mentalmente ou no modo sentimental, excerto àquela vez. Eu poderia passar horas e horas conversando com ele que nem notaria o tempo passar. Sabe quando a gente está com alguém que te faz sentir bem e não ter nenhuma pressa do tempo? Como se estar com essa pessoa era como se o tempo parasse e você, mesmo que não fosse uma boa pessoa de bate-papo, você se surpreenderia com você mesmo por ter tanto o que falar? Keichi era assim. Era esse tipo de pessoa. – Foi transferida, assim como você. Eu gostava muito dela. Começamos a namorar e quando eu estava percebendo que tudo o que fazia era somente por ela, eu não queria outra coisa na vida, a não ser terminar Hogwarts e ficar com ela. Foi quando ela me deixou. – ele parou de falar, ficou um silêncio horrível entre nós. Eu fiquei sem chão, não sabia o que dizer. – ela foi embora, para fora do país, tentei esquecer, tentei namorar outras garotas, mas... era como se fosse tudo superficial até que você apareceu. – ele me olhou de repente, senti um rubor, minha face esquentar. Eu não pude evitar, apreciar a beleza do garoto, aquela beleza delicada e oriental dele era DIVINA, (Diferente de uma que parece o demônio encarnando em pele de cordeiro). Era como um anjo... mas que me traiu! Eu aqui apreciando a beleza dele, minhas mãos quase arrancando os coitados dos capins e ele me contando suas dores de amor... QUEM SOU EU???? ELE ME TRAIU! ERA PARA EU FICAR COM CARA DE CACHORRO ABANDONADO E NÃO ELE!! – Você me fez esquecer dela por um bom tempo. Eu sinto que perdi algo muito grande com tudo o que aconteceu. – Alguém jogou algo para me deixar petrificada ou esse garoto tem essa estranha mania de fazer isso nas pessoas? Se existe alguém que me deixe desse jeito, sem defesas, esse alguém era Sato, ô garoto pra quebrar a gente todinha.
— Eu... – eu realmente não sabia o que falar. Acho que outro tipo de garota teria explodido, teria acabado com ele naquele momento, mas eu sou uma palerma mesmo.
— Eu realmente sinto muito por tudo o que tenha acontecido. Eu realmente peço desculpas. Quero que saiba que o que eu disse a você, disse que gostava muito de você era verdade. Não era mentira – ele parecia falar muito rápido, como se não me desse chance de fala, não precisava nem fazer isso, me roubaram a língua mesmo. – Eu espero com toda a sinceridade, que algum dia você chegue a me perdoar. Pois eu realmente me sinto mal por tudo o que aconteceu, eu me senti um lixo... – ele parou de falar, respirou fundo.
— Eu não sinto mágoas de você. – disse depois de um tempo. Mesmo parecendo que isso não era verdade, outras garotas talvez pudessem pular na cara dele e mata-lo ali mesmo, talvez esse tipo seria de uma pequena porção de mim. Mas na verdade, não era isso que eu queria fazer. Talvez eu entendesse o lado dele. – Não quero pensar que você tenha me usado para...
— Não! – ele disse rápido pegando no meu braço me obrigando a encará-lo de frente. – Eu nunca faria isso com ninguém! Theron... NUNCA! Não seria baixo a esse nível. – ele realmente pareceu ofendido.
— Quero que saiba que não sou ninguém para julgá-lo ou coisa do tipo, mas com toda a minha sinceridade, eu realmente já esqueci o que aconteceu. – fique em silêncio, ele me olhou por alguns minutos, depois ficou encarando o gramado a frente. – Era ela? – perguntei do nada. Ele me olhou rapidamente, em seguida olhou para o gramado.
— Ela tinha sido transferida, mas retornou, no dia em que te vi, mas nós não estávamos juntos. Nem tocávamos no assunto. Quando eu comecei a sair com você, ela me evitou por bastante tempo, eu nem a encontrava nas aulas, via algumas vezes ela falando com duas garotas da turma da Sonserina, o que achei estranho, mas depois disso, com as aulas e com os duelos se aproximando, eu não a vi mais até aquele dia. Eu fui pego de surpresa, eu não consegui reagir parecia que eu estava...
— Feliz. – minha voz fraca calou a dele, ele me olhou atônito com o cenho franzindo.
— Eu sinto muito. – ele repetiu num tom desolado.
— Eu sei. – uma nota de tristeza passou pela minha voz. – Eu sei o que é gostar de alguém e ter essa pessoa bem perto de você, mas por incrível que pareça ela recusa te entender. – ele ainda me olhava atônito.
— Confesso que... – um rubor passou pela sua face, agora era a vez dele ficar vermelho. – que senti... ciúmes quando Malfoy apareceu. – eu o olhei surpresa. Ele sorriu como não tinha visto há muito tempo, e esse sorriso me acalma de alguma maneira. – Não sei se posso dizer isso, mas mesmo tendo namorado você, mesmo que tivesse sido por pouco tempo, acho que não daríamos certo, não é?! – ele disse ao se levantar, e sorrindo pra mim. – Pois seus olhos estavam voltados para outra pessoa. – me estendeu a mão. Eu tenho que admitir e não tem mais como esconder isso, eu realmente estava apaixonada por Malfoy e isso já estava claro desde o começo, tão claro, mesmo que eu estivesse negando, negando a mim mesmo, Keichi já tinha percebido há muito tempo. Engraçado, alguém que passou menos tempo saber tão claramente sobre meus sentimentos para outra pessoa. Keichi, mesmo tendo acontecido tudo aquilo, não sinto mal dele, não sinto mágoa, raiva ou vontade de matá-lo, o que senti quando eu presenciei aquele dia. Mas acho que ele foi bastante homem para dizer o que sentia e talvez até bastante coragem para gostar de outra pessoa, sem maldade de querer usar. – Quando se gosta de verdade de alguém, é preciso cuidar muito bem do sentimento que tem. Os sentimentos das pessoas mudam, e o sentimento que se sente agora não é o mesmo que se pode sentir por outra pessoa. – eu deu a mão a ele para que eu pudesse me levantar, ele sorriu e saiu andando na minha frente. Mesmo ele gostando de outra, ele realmente gostou de mim, e sentiu mal pelo o que ela fez. Acho que esse assunto se encerrou, não sei se posso dizer que nós podemos nos tornar amigos, mas sempre é bom esperar, esperar passar a tempestade por águas mais calmas. Acho que Keichi me ensinou uma coisa: o que é realmente sentir algo por alguém, mesmo que você tente esquecer, mas esta dando o máximo de valor a si, mesmo que a pessoa que você ama te decepcione você não tem mágoa dela, mas você tem que dar respeito a você mesmo e tentar leva as coisas para um caminho melhor. Você não usa a pessoa ao lado para esquecer, tem que ter coragem para se lançar a um novo amor para esquecer o velho e tentar ser feliz de novo.
Depois da conversa com Keichi me senti mais leve, mas ouvir que a antiga namorada dele estava de conversa com duas garotas da Sonserina era de se estranhar, e me veio à cabeça o encontro com a Vivian Schneider em Hogsmeade, o que me fez ter uma baita ansiedade e nervosismo ao lembrar do que aconteceu na floresta, lembrar dos Comensais da Morte, eu realmente entrei em estresse. Mas também me surgiu uma pergunta: Por que ele brigou com Draco? Seja lá o que for, isso tem dedo das duas garotas que Keichi falou e tenho quase certeza de que foi Vivian Schneider e Pansy Parkinson...

— Ann, o que está fazendo? – perguntou Gina ao se sentar ao lado da garota no dormitório feminino da Grifinoria. Ann fechou o diário e o guardou.
— Existe um nome chamado privacidade, Gina. – cantarolou ela. Gina a olhou atônita.
— Ta... ta bom, eu sei ta?! O duelo faz a cabeça de todos. – disse ao se levantar.
— Gina, espera! – falou Ann segurando o braço da amiga. – Desculpa. Não quis ofender.
— O que houve? Ta com uma cara preocupada. – falou Gina ao segurar no queixo da amiga em forma avaliativa, Ann sorriu.
— Ah... é... – fez Gina como se tivesse tirando avaliação completa. - Eu não vou nem perguntar por que já sei a resposta que você vai me dar: “Não é anda não” – sentenciou.
— O que disse? – falou Ann distante. Gina suspirou, sentou-se ao lado de Ann.
— É engraçado como eu vejo as coisas. – disse ela com um sorriso sarcástico no rosto. – Ann vai lá e diga de uma vez que você gosta dele. – Ann olhou rapidamente com o cenho franzido para Gina.
— O que disse?! – exclamou com cara de espanto. Gina fingiu não ter notado.
— Olha, eu só suspeito, claro, não sei se é verdade, não tenho provas, Harry custa a me dizer o que tanto conversa com Rony e Hermione. Ann, eu sei das coisas e não preciso eu ninguém me trate como uma criancinha que não iria entender. Seja o que for que Malfoy... – Na pulou em cima de Gina fazendo-a se calar.
— Não fale essas coisas em voz alta! Não sabe que as paredes têm ouvidos?!
— Se tem eu não sei, mas acho que isso seria uma ótima idéia para a loja de meus irmãos – brincou ela. – Calma, calma... – disse quando Ann se afastou – continuando... – disse em voz baixa quase num sussurro. – você está sofrendo por isso. Faça o possível para aproveitar esses dias de tranqüilidade o máximo que puder, pois os dias difíceis estão por vir e talvez seja tarde. – Ann apenas ficou olhando para o nada a sua frente. – Ele pode ser um canalha, mas se você o deseja tanto assim. Não vai ser traição com a gente. – Ann a olhou por um momento, atônita. Gina sorriu. – Traição seria se você desistisse de seu coração. – Gina se levantou. – Vou dar um pulinho lá em baixo. O duelo vai começar daqui a pouco. – falou ao sair do quarto em seguida.
— Ahh o que eu faço... – murmurou Ann ao se jogar no travesseiro da cama. – Eu sou uma idiota. – sua voz saiu abafada. Ela se virou, ficou fitando a janela do quarto. – Gina é tão inocente, o que será que ela faria na minha situação? – Ann se levantou e saiu dor quarto.
— Aonde vai? – perguntou Hermione ao encontrá-la na escada.
— Vou ver uma pessoa. – falou.
— Volta logo! – disse Hermione ao subir.

Ann saiu do salão principal, desceu as escadas de pedra, passeando devagar pelo corredor extenso, onde dava pra ver o campo de Quadribol, suspirou ao olhar o vestuário e uma lembrança lhe pelo pensamento, o céu nublado, era como se casasse com seus pensamentos perdidos e obscuros, lembrou da primeira vez que foi beijada por Draco, na chuva, sorriu por dentro, algo que lhe surpreendeu em seguida corando, levou rapidamente as mãos ao rosto assustada, temendo que alguém visse esse pequeno “descuido” de sua parte. Olhou mais uma vez para o vestuário sorriu novamente, consigo mesma, com as coisas que passou, com o que escreverá no diário. Passando rapidamente a língua nos lábios era como se lembrasse dos nomes que colocou nas páginas rasgadas, “Os traidores”, e ao lembrar da palavra “traidor”, sentiu um peso no coração, uma dor insuportável.
— Eu não agüento mais isso. – sussurrou ela para si mesmo. – Eu preciso... “Trair aqueles que estão comigo ou ao meu coração?”, pensou ela olhando para o céu nublado. Olhou mais uma vez para o campo de Quadribol. Permitiu-se se entregar as lembranças, ao fechar os olhos, mesmo que fosse dolorosa a sensação de que tudo aquilo, agora, era proibido acontecer novamente. Preferiu trair o coração a seus próprios amigos. Passos pararam a uma pequena distancia dela, Ann abriu os olhos devagar, olhando para o campos de Quadribol, sentia um olhar lhe queimando ao lado direito, seu coração entrou num compasso descontrolado, e suas emoções entraram num desespero torturando, virou para encara o alguém. E os olhos castanhos encontraram os olhos obscuros e sombrios, como um mar negro calmo, mas preste em entrar numa tempestade. Ann sentiu suas mãos ficarem tremulas, de tanto evitar encontrar ele estava bem perto, Draco Malfoy.

— Aquele dia foi engraçado. – disse a voz dele arrastada. Por um momento eles se olharam, Ann desviou o olhar rapidamente para o campo de Quadribol, teria mais chances de enganar, ou a si mesmo, se tivesse um jogo a sua frente. – Eu apanhei duas vezes. – eles sorriram. Constrangidos: Draco se pôs em silêncio, e Ann ficou olhando o corrimão de pedra do corredor.
— Ann, eu...
— Eu não sei se quero falar sobre isso. – disse ela cortando-o. Ele ficou olhando para ela, enquanto esta apenas olhava para o corrimão de pedra, Ann apertou as mãos no mesmo.
— Mas eu preciso. – Ann levantou a cabeça e o olhou atônita.
— Não precisa me contar o que você faz ou deixa de fazer. – falou ela ríspida.
— Já disse. – falou ele. – preciso falar isso com você. – os dois ficarem em silêncio por um momento.
— Não entendo. – se pronunciou Ann, sua voz saiu tremula. – Você não precisa me contar nada, somos meros desconhecidos. – sua voz começou a tremer e a aumentar descontroladamente.
— Me desculpe. – disse Draco numa voz baixa.
— Você faz o que bem entende da sua vida, não tem que dar satisfações a mim. Não somos amigos, não somos parentes, não somos absolutamente nada. Você escolhe o caminho que quer seguir e não sou eu quem vai...
— Confie em mim. – disse ele mais uma vez em voz baixa.
—... impedir ou... – Ann parou. O olhou surpresa, ele a encarou com o olhar distante. Em seguida, Draco desviou o olhar para o campo de Quadribol.
— Sei que você esta desapontada, mas quero que saiba que tenho os meus motivos. – Ele se virou para ir embora, inclinou a cabeça para o lado. – E que você mudou minha vida. – disse ao se retirar. Ann ficou parada, olhando Draco seguir o caminho do corredor de volta para o castelo. Ann abraçou a si mesmo, deixando se cair de joelhos no chão frio, sentido as primeiras lágrimas correrem por seu rosto, Ann sufocava o choro que parecia não querer parar, talvez escutar aquelas palavras em fim ditas, não fosse tão duro dada à situação. Tinha que admitir sentia o mesmo, mas não era possível. Não assim, não naquele momento. Todo o seu corpo implorava por um toque, um suspirou um sussurro que fosse dele, um beijo como sempre desejou, os seus toques como sempre fazia. Sentou no chão encostada-se à parede, entregue ao próprio desespero e a dor.

**
A chuva caia pesadamente na noite sob a água calma do rio, o vento forte batia nos rochedos fazendo um zunido horrendo, a noite estava agitada e sombria. Era um sonho estranho que Draco pudesse ver a si mesmo do alto, ele vinha correndo e entrou no rio, gritava, mas ele não conseguia escutar a si mesmo, o som do vento abafava sua voz. Era como se ele visse um filme e visse a si mesmo atuando. Estava todo molhado, com uma expressão acabada, como se seu corpo e espírito tivessem entrado num estado de choque em seguida de morte. Ele gritava e gesticulava com os braços abanando para algo que estava flutuando. O Draco que se assistia olhou para o ponto onde o outro estava olhando, e uma visão aterradora o surpreendeu. Era a visão de uma moça, uma garota, de cabelos negros que balançavam com o vento, e raios vermelhos a envolvia, a chuva parecia que não era capaz de tocá-la, Draco, que assistia, viu que atrás do seu outro eu, vinham pessoas que olhavam para a garota que flutuava sobre a água. Elas pareciam nervosas, assustadas, Draco olhou bem para estás pessoas e pode ver seus rostos, eram Harry Potter, Rony Weasley, Gina Weasley, Hermione Granger, Roland Welling, Ryan Galleger, Michael Aira, Victor Hartley e Kristin Lana. Draco franziu o cenho ao ver que tantas pessoas estavam presentes. Draco, que gritava, estendeu a mão para a garota sobre água, e uma luz avermelhada bloqueou a sua vista. Ele sentiu uma sensação de ser sugado e de que cada pedacinho de seu corpo era cortado por algo quente e afiado, sentia cada veia de seu corpo pulsando, até ouvir seu coração batendo como se estivesse em seus ouvidos e o sentir na garganta, sua cabeça se tornou pesada e seu olho esquerdo começou a queimar, e ele começou a gritar, gritava muito, mas não conseguia escutar sua voz, a dor era imensa, ele queria arrancar o que tivesse tomado conta de seu corpo, foi quando tudo começou a esfriar, ficou calmo, ele respirava com dificuldade, respirava fundo, doía, não conseguia sentir mais seu corpo, membros, pernas e braços, nada. Nem mesmo as batidas de seu coração. O som da chuva foi lhe invadindo as têmporas calmamente, como se fosse um volume ganhando fervor. E começou a se sentir vivo, uma sensação alucinada de excitação e prazer, era como se tivesse algo que desperto dentro de si como um vulcão em chamas. Ele abriu os olhos, e viu sob seus pés água, o rio, ele estava flutuando sem estar numa vassoura. E um homem a sua frente, de cabelos negros e olhos vermelhos, ele avançou em Draco e atravessou seu corpo.

Draco acordou como se tivesse levado um tapa na face, olhou atordoado para os lados, se deu conta de estava na sala de Monitoria Chefe revendo alguns relatórios dos monitores quando acabou adormecendo.
— Que coisa estúpida! – murmurou ele para si mesmo. Esfregou as mãos nos rosto a fim de despertar, coçou rapidamente a nuca em seguida tirou os pés de cima da mesa, abriu a gaveta para pegar a tinta e pergaminho para fazer anotações quando olhou a garrafa de Hidromel que recebera de sua tia, um pergaminho estava preso, muito bem enrolado, num pedaço de arame na boca da garrafa, Draco o tirou de lá e o desenrolou, a caligrafia estava quase ilegível, como se a pessoa que a escrevera tivesse feito isso às pressas:

Um corpo foi achado próximo ao lago
mais gelado, perto de Azkaban alguns meses atrás.
Relatos foram dados pelos aurores do
Ministério da Magia de que o corpo, já em
estado de decomposição, fora de Igor Karkaroff.
Os Comensais da Morte estão em alerta.
Complete sua missão o mais rápido possível ou
Pode haver interferência externa.
Tudo indica que o assassino de Karkaroff esteja
Em Hogwarts, tudo indica que seja Loki, um dos
Inomináveis Aurores do Ministério da Magia.

De sua mãe.
Tome cuidado, não faça nada suspeito que possa incriminá-lo, há aurores pelo castelo. Estamos vigiando você.


Franzindo o cenho, enrolou o pergaminho e colocou no bolso das vestes.
— Certo. O que vou dizer? – falava sozinha Ann no corredor da Sala de Monitoria Chefe. – Merlin me ajuda agora, por favor. Coitado do Merlin, não sabe nem o que eu vim fazer aqui, e muito menos eu. – falou ao levantar a mão para bater na porta. Ficou parada, com o punho levantado. Em seguida o baixou devagar. Respirando fundo ela ficou a encarar a porta fechada a sua frente, enquanto os vozeirões dos alunos se ecoavam pelos corredores ao longe. Ann depositou a mão na porta, repousando-a, e a abaixou rapidamente, em seguida, batendo sem querer na porta. Ann rapidamente levantou os olhos, escutando com atenção através da porta. Draco que estava sentado à mesa, estava encarando a porta agora. O coração de Ann começou bater rapidamente, e sua respiração era como um sufocamento involuntário.
Draco caminhou lentamente até a porta, levou a mão até a maçaneta, a girou-a lentamente, Ann deu dois passos para trás. O Monitor desistiu de abrir a porta. Ann ficou encarando a maçaneta de olhos arregalados, franziu o cenho, se aproximou da porta e encostou o ouvido. Com o silêncio no corredor, conseguia ouvir os mínimos movimentos da pessoa atrás. Draco fez o mesmo. Os dois estavam de ouvidos colados a porta, esperando por algum movimento brusco. Passou alguns minutos e eles ficaram assim, parados. Draco se afastou da porta por alguns centímetros, se encostou de costas e se deixou escorregar até o chão. Ann ouviu cada movimento, e notou, pela sombra da fresta da porta, que ele se sentara ao chão. Draco sabia que ela estava ali, bem próximos, e por alguma razão, Draco não queria abrir a porta, se ela sabia o mesmo.
“Gina, você está errada. Não posso ficar contente ao lado de alguém que esta querendo machucar aqueles que julgo serem meus amigos” pensou Ann enquanto encostava a cabeça na porta.
“Confie em mim”. Draco pensou nas palavras que havia dito algumas horas atrás. Levou as mãos até o roto.
— Idiota. – sussurrou para si mesmo de modo que somente ele pudesse ouvir. – Você ainda está aí? – falou se dirigindo a porta. Ann se assustou, ficou calada olhando a mesma. – Eu sei que está. Por que veio? – silêncio. – Já deve ter ido. – falou em voz baixa para si mesmo.
— Nem eu mesma sei a resposta. – Draco encarou rapidamente a porta, de lado, ainda sentado ao chão encostado na mesma. Ann ficou em silêncio. Ela se afastou da porta e andou silenciosamente pelo corredor. Draco se levantou de um pulo e abriu a porta rapidamente, mas esta já não estava mais presente.


Horário de almoço, duas horas antes do começo dos duelos. Ann estava passando as folhas de um livro velho, sentada na mesa da Grifinória. O fala, fala era grande e a conversar rolava solta pelo salão, não parecia aquele estresse pela manhã, era como se todo mundo tivesse esquecido, mas mesmo assim, era possível ver alunos do primeiro ano correndo aqui e ali com as famosas figuras que fizeram um grande sucesso em Hogwarts. Rony olhava emburrado para alguns alunos do primeiro ano que cochichavam e davam risinhos medonhos e olhavam para ele, Rony debruçado sobre a mesa, mexendo calmamente o garfo sobre o prato, quase com a cabeça deitada na mesa, olhava com um olhar ameaçador para os alunos, que não se intimidavam. Ele estava num estado de espírito assustador e quem falasse com ele era capaz de explodir, e foi o que aconteceu. Lilá simplesmente se jogou em suas costas que o garoto se levantou de um salto a fazendo cair para trás, batendo num garoto da outra mesa que acabou batendo o rosto no prato à frente. Rony, porem nem se deu conta do estrago que fez, estava com os olhos quase saltando as órbitas espumando pelo nariz, foi segurado por Harry ou ele faria um estrago nos alunos do primeiro ano. Foi notificado como estresse. Ele não era o único que estava assim. Hermione bufou, se levantou da mesa esbarrando em alguns livros que deixou cair.
— Eu te ajudo. – disse Ann ao se abaixar. Muitos dos alunos já estavam saindo de suas mesas para suas respectivas obrigações. Draco ficou espiando Ann pela aglomeração de alunos que passavam. Parou perto da escada e viu a garota ajudando Hermione. – Hermione! – exclamou ela. – Você que é tão cuidadosa com os livros, não imaginava que carregasse um tão velho. – comentou sorrindo. Hermione congelou, rapidamente encontrou os olhos de Harry. Engolindo seco, a garota estendeu a mão nervosa para receber o livro de Satesf Soa.
— É um antigo livro de receitas da minha mãe. – respondeu e se arrependeu da respostas.
— Nossa! Que legal! Posso ver?!
— É... pode, mas agora precisamos nos concentrar nos duelos não é mesmo?! – disse a garota nervosa.
— Claro! – consentiu Ann. Draco ficou espiando as duas arrumarem as coisas de Hermione que havia caindo no chão. “Eu achei que ela havia deixado com Dumbledore”, as duas foram subindo as escadas junto com o restante dos alunos, Draco puxou uma garota do quinto ano da Grifinoria, a garota ficou dando protestos para a atitude grosseria do garoto que a arrastava para perto das mesas.
— Cale a boca! – rosnou ele. – Quero que você faça um favor para mim. – a garota franziu o cenho.
— Favor? Para um Sonserino? Nunca!
— Você vai fazer! Conhece a Granger? – a garota fez cara feia.
— Conheço. – disse de má vontade. Draco não ligou.
— Você viu o que ela derrubou no chão.
— Como você acha que uma garota como eu iria reparar...
— Cale a boca e preste atenção, eu não fiz uma pergunta, foi uma afirmação, você viu quando Ann Theron comentou sobre um livro.
— Ta querendo o livro de receitas da mãe trouxa de Hermione Granger? – a garota esboçou um sorriso maldoso e maroto. Draco a olhou de cima com arrogância ameaçadora. Pegou no braço da garota e fez com que ela batesse na mesa.
— Apenas pegue o livro. – sua voz soou impiedosa no ouvido da garota, que esta, estremeceu. – É um livro bem velho.
— O que tem esse livro?
— Apenas pegue.
— Por que deveria fazer isso?
— Você é da Grifinória não é? Quer que eu tire cinqüenta pontos por desobediência a um Monitor?
— Isso é chantagem! – indagou ela.
— É uma das minhas preferidas. Agora saia da minha frente. Estou esperando pelo livro aqui embaixo e não ouse voltar seu ele. – disse empurra-la. A garota fez cara feia e subiu as escadas a passos pesados. Draco ficou encostado na parede olhando os alunos irem para as suas salas comunais esperar para que eles fossem liberados para o estádio. Ao se encostar a uma pilastra, Draco viu de relance um vulto parado no corredor vazio a suas costas, hesitante, Draco virou-se lentamente, discreto, em quanto os alunos passavam a caminho do estádio. Olhou para ver o vulto que se identificou como Roland Welling, este conversar com dois homens do Ministério da Magia. Sua face parecia rubra de cólera, falava quase em sussurros, dos quais Draco não pode escutar.
— Welling! – chamou um de seus amigos, bem próximo a Draco. Roland olhou e se retirou da conversa com os dois homens, com a costumeira mão direita no bolso, ele segurava com a esquerda um pequeno frasco que ainda olhava atentamente.
— Todos já estão a caminho! – falou outro de sua equipe dando um tapinha de leve nas costa do garoto, rapidamente Roland deixou cair o frasco próximo aos pés de Draco, era um pequeno e continua um liquido escuro, Roland o apanhou ligeiramente sem notar a presença de Draco.
— Estou lá num minuto. Preciso fazer algo. – disse ao se despedir dos amigos e subiu escada a cima. Draco olhou a sua volta e fez o mesmo, mas ao chegar ao patamar, perdeu o garoto de vista.

— Oh Desculpe! – disse a garota ao abrir a porta do dormitório onde Ann, Gina e Hermione estavam.
— Olá Andressa! – sorriu Gina. – Bom, eu vou ver como Harry está. – disse ao sair do quarto, a conversa de Hermione e Ann rolava solta, Andressa fingia procurar alguma coisa.
— O que foi Andressa? – perguntou Hermione. A garota pareceu se assustar.
— Bom... Parvati me pediu pra subir até aqui para pegar uma coisa da irmã dela, que está lá em baixo.
— A cama de Parvati fica do outro lado. – disse Ann tentando ajudar. Lilá entrou no quarto com uma cara de choro. – Ihhh... o que foi?! – exclamou Ann.
— Nada. – respondeu seca. Em seguida caiu no choro. Ann se levantou.
— Parece que todo mundo esta num estado de nervos inconfundível – comentou Hermione deixando sua mochila em cima da cama de Gina. – Vou sair um pouco. – Hermione saiu batendo a porta. Ann ficou olhando para a porta que a amiga sairá, Lilá se deitou na cama com o rosto escondido do travesseiro, Andressa ficou fingindo procurar algo enquanto.
— Ann... – disse a voz tremula de Lilá. – Como é... como é se sentir assim...?
— O quê?! – exclamou Ann. Lilá se levantou, olhou para Andressa.
— Bom, só estou procurando por uma coisa, podem conversar! – disse esta rapidamente.
— é muito importante isso que você tem que procurar?! – perguntou Lilá parecendo incomodada.
— É... e se eu não encontrar Parvati vai me matar.
— E por que ela não vem procurar? – perguntou Ann. Andressa ficou perdida, olhou rapidamente pela janela.
— É que é um brinco da irmã dela, e Parvati não devolveu, agora a imã dela o quer de volta e disse que se ela não encontrar, né? Já viu! Parvati não subiu ainda e a irmã dela acha que está aqui, e como eu sou amiga de Parvati ela me pediu para procurar. – disse tudo na mais inocência. “Malfoy, espero que esse livro te mate”, amaldiçoou ela. Lilá se levantou.
— Não é por nada não, Andressa, mas eu quero falar com a Ann em particular, então...
— Não, tudo bem! Andressa, pode ficar procurando. Vamos Lilá, a gente conversa lá fora. – disse ao sair do quarto batendo a porta. Andressa olhou para a porta por dois segundos e rapidamente voou na mochila de Hermione, pegou o livro velho que viu ela derrubar, lançou um feitiço para que ficasse pequeno colocou no bolso das vestes e saiu porta a fora. encontrou Lilá e Ann no pé da escada.
— Hum? – fez Ann. – já procurou?
— É... é que realmente não achei... infelizmente. Acho que Parvati perdeu, agora a imã dela vai ficar furiosa quando souber.
— Coitada da Parvati. – comentou Lilá.
— Bom, até. – se despediu e saiu da sala comunal da Grifinoria, o livro no bolso. Foi rapidamente recebida com um puxão no braço.
— Espero que você morra com isso. – disse a garota com uma voz cheia de ódio.
— O livro. – disse ele sem se importar com o comentário. Ela o tirou do bolso e o colocou na não com agressividade. – Nunca pensei que uma Grifinoria faria isso, roubar coisas é feio! – disse em tom irônico.
— Espero que você tenha um castigo muito severo, Malfoy! – rosnou ela.
— Não se preocupe, ás vezes sinto que ele está muito perto. – disse ao girar em seus calcanhares sair pelo corredor silencioso com o livro de Satesf Soa em mãos.

**

Toulon, França. 1986.
— Moleque impertinente! – urrou um homem corpulento, trajava avental braço sujo de sangue de carne, tinha cabelos espessos e negros que escapavam por baixo do chapéu encardido. Ele rosnava para um garotinho encardido e sujo de lama, cabelos opacos muito negros e olhos acinzentados, trajava vestes acinzentadas e sujas de terra, descalço e desolado. – Fora daqui! – berrou fechando a porta de madeira da cozinha de um restaurante. O garoto se levantou, com dificuldade, ficou fitando a porta, escutou sua barriga roncar, e saiu andando para longe do cheio forte de comida. Era uma noite fria e nebulosa, estava no começo de inverno e o cheiro forte de terra molhada enchia os pulmões dos habitantes do bairro da breve chuva que caíra. Com os pés doendo de tanto andar, com frio, ele parou no meio de uma ponte, sentou-se no chão e tentou ali calar a sua fome.
— Hei garoto! – chamou o guarda. O garoto se assustou, saiu correndo em disparada para qualquer lugar, sem rumo, parou e se escondeu dentro de uma casa velha e abandonada.
— O que foi? – perguntou a voz de outro homem que vinha ao lado de policial.
— Não é nada. Era só um moleque. – respirando fundo, ele observada os policiais se distanciarem. A casa velha fedia a mofo e animais mortos, mas era melhor ficar ali do que no frio lá fora. Os dias se passaram e a semana de dezembro amanhecerá cinzenta, e o frio tenebroso de inverno caiu sobre a França. As ruas mais belas de Toulon tinham sido enfeitadas com diversas árvores de pinheiros com bolas coloridas, luzes faiscantes e diversos enfeites de natal, coberta por flocos de neve. O garotinho mantinha seus olhos arregalados nas grandes árvores e ficava perto delas, tempo o bastante para se esquentar no calor das lâmpadas até que algum guarda corresse para pega-lo. Ele passou por uma loja de doces, uma das lojas mais visitadas pelos turistas na temporada. Ela era como uma casa antiga e muito bem arrumada, dentro, estava cheio de gente, crianças, mulheres, homens e velhos, todos comprando os diversos chocolates de natal de todos os tamanhos e formas e várias cores. Ele grudou a testa na janela de vidro e com olhos arregalados observava a imensa variedade de chocolates de formas variadas. Seu rosto pálido e reluzente fazia reflexo quando sua respiração abafava o vidro. Uma garota de cabelos cacheados parou na sua frente, do lado de dentro da loja, e ficou fitando o garoto com um olhar de curiosidade. Ele levantou a vista e encontrou os olhos azuis da garota que sorriu para ele, que este ruborizou a face. Ela saiu correndo para fora da loja, mas ao colocar o pé para fora, ele saiu correndo.
— O que foi senhorita? Alguma coisa errada? – perguntou a voz de um senhor que parou na frente da loja, onde a garotinha estava parada ainda a observar as costas do garoto que já estava distante. O frio tórrido de inverno não era afável com os habitantes que o desafiava. Num albergue para mendigos, duas pessoas tinham sido levas as pressas para os hospitais mais próximos por causa do frio. Um garotinho se acolhia num cobertor velho, sujo e cheirando a mofo, esfregava as duas pequenas mãos pálidas uma na outra e assoprava entre eles, em busca de uma pequena centelha de calor, que quase não existia e assim passou a noite fria e silenciosa.
— O que faz aqui, moleque? – perguntou friamente o cozinheiro que o expulsou da ultima vez, estava colocando o lixo para fora. O garoto lhe olhava com olhos suplicantes e arregalados. Nada respondeu. – Humm... – fez o homem ao coça levemente à nuca. – Não tenho dinheiro pra ficar dando a qualquer um e você deve está com fome não é? – perguntou. O garoto consentiu que sim. – Está bem... – disse ao dar um suspiro. – Mas não posso alimentar vagabundos! Vai trabalhar pra ganhar comida. Venha. Você sabe lavar pratos? – o garoto balançou a cabeça novamente. – Certo... – ofegou. – Você fala pelo menos? – o garoto pigarreou.
— Não muito, senhor.
— Ah... – fez o homem. – Ta bom, venha comigo. – disse ao entrar. O garoto trabalhava todos os dias, sem folga, e tinha apenas uma refeição por dia, mas era mais do que ele esperava, pelo menos acabava com a sua fome, às vezes chegava a catar restos dos pratos dos clientes. Não passava da cozinha, sempre entrava pelos fundos e morava em baixo da ponte algumas quadras dali. O garoto estava indo ao trabalho, passou numa mercearia para comprar uma saca de arroz que o dono mandou, caminhando por uma estradinha de terra. O caminho era o seu único aliado, e sua a única amiga a solidão. Sempre passava por uma pequena escola e ficava horas e horas a observar os alunos que se aglomeravam no pátio e brincavam o dia todo, e sempre nesses momentos ele olhava para as suas mãos e se lembravam que tinha trabalho a fazer.
— Jhonny, olha só, o pivete que esta trabalhando pra o velho. – disse uma voz fria de deboche às costas do garoto, que este deu um pulo para o lado derrubando a saca de arroz, caindo por cima dela. – O garoto se assustou!
— Mike, deixa o garoto. – falou Jhonny que acendia um cigarro na boca. – Sabia que ele é filho de alguma prostituta que deixou esse bastardo na frente da loja da minha mãe? – disse ao chutando as pernas do garoto, que este se encolheu. – Claro, minha mão não foi burra o bastante para criar filho dos outros, sabe como é? Peste é peste. E levou ele para o orfanato, mas ele fugiu.
— Faz tempo que não brincamos com ele! – guinchou uma garota que se pendurava no pescoço de Jhonny.
— É... – fez Mike. – E aí, garoto, está a fim de dar uma tragada? É negocio fino! – a garota dava altas risadas. O garoto o olhava de arregalar e cada vez mais se encolhia. – Você não quer? Fala rapaz! Não tenha medo não! – disse ele dando um sorriso debochado.
— Ele está com medo, tadinho dele. – dizia a garota com um sorriso maldoso.
— Esse garoto me irrita! – disse Jhonny ao avançar pra cima do garoto dando-lhe um soco no rosto, o garoto bate a face no chão e seu lábio inferior cortou. – Levanta! – berrou ao chutar o garoto. O garoto permaneceu no chão, não chorava, não emitia emoção de dor, apenas recebia com uma expressão de indiferença. Jhonny chutava o garoto sem piedade e quando mais chutava mais forte era a dor que o garoto sentia apesar de não expressa-la e isso era o que mais irritava Jhonny: a falta da expressão.
— Pára Jhonny! Está vindo alguém! – disse rapidamente a garota. Jhonny olhou para os lados, e viu que vinha ao longe um velho a passos lentos.
— Dessa vez, você teve sorte. Dá próxima, você morre. – disse Jhonny ao cuspir no rosto do garoto. Os três saíram correndo. Enquanto ele se levantava devagar catando a saca de arroz do chão e limpando o cuspi do rosto. Um velho de cabelos grisalhos, olhos miúdos e pele avermelhada, trajava vestes surras e cinzentas parou diante do garoto.
— O que eles fizeram com você? – perguntou ele com uma voz amargurada e abafada. O garoto não respondeu, ajeitou a saca nas costas. – Venha até a minha casa, está todo machucado. – disse pegando no braço do garoto, que hesitou. – Eu vou te ajudar. Não vou machucar você. Quantos anos têm? – o garoto apenas olhava para o chão. Então respondeu numa voz embargada e rouca.
— Oito, senhor.
— Ora, vejam só! É quase um rapazinho. E bonito também. Quem são seus pais?
— Não tenho pais, senhor. – disse ao olhar para o velho a sua frente. O velho arregalou os olhos, uma expressão triste e sombria passou pro seus olhos. – Algo errado?
— Não... – respondeu olhando para a estrada. – Não é nada. – falou. Olhou para o garoto. – Tem olhos como a chuva. – o garoto franziu o cenho. – Olhos tristes. – sua voz soou distante. Em seguida, como se recebesse um choque para voltar à realidade. – Venha, venha para a minha casa, vou tratar destas feridas.
— Não. Obrigado. Tenho que voltar para casa. – recusou.
— Ora, o que é isso? Venha, venha! – disse o velho com gentileza.

**
Aos abrir as pálpebras, olhos acinzentados se ofenderam com a claridade alta que entrava pela janela, e as mechas avermelhadas que caiam levemente sobre os olhos displicentemente foram jogadas de lado, pelo dono que passou a mão rapidamente pelos cabelos. Suspirou fundo, fitando o teto. Roland ficou assim por alguns minutos, se levantou pegando em seguida o longo sobretudo preto, guardando cuidadosamente a varinha nos bolsos e saindo em seguida do quarto.

Draco subiu as escadas de dois em dois, passando por corredores vazios e outros que ainda haviam alunos se encaminhando para as suas salas de aula ou as salas comunais. Parou abruptamente ao ouvir vozes num corredor silencioso, se escondendo atrás de uma estátua. Da sala dos professores Draco viu sair o professor Dumbledore e Professora McGonagall, que esta mantinha na face uma expressão aflita.
— Já soube de como vai ser, detalhadamente, a tarefa que os alunos farão no duelo? – perguntou McGonagall com sua voz arrastada, enquanto Dumbledore fechava a porta da Sala e checavam alguns papeis em mãos, Draco aproveitou para se esconder atrás de uma porta aberta de uma sala vazia.
— Sim, professora Minerva, sim. – soou a voz distante do professor.
— Não sei se posso aprovar isso, mas atrás de meus argumentos estão os escândalos supérfluos de Olímpia que são um exagero. Rufus Schuenemann deve saber muito bem o que está fazendo...
— Eu noto um tom de preocupação em sua voz, professora McGonagall. – disse Dumbledore gentilmente. – Mas quero que saiba que Schuenemann é um velho amigo, e os alunos estão seguros, temos grandes aurores para esta tarefa, ele não pensaria em nada perigoso que machucasse os alunos.
— Então vai haver mesmo uma tarefa na floresta. – murmurou Draco para si mesmo.
— E Olímpia não precisa se preocupa, são os próprios aurores que estarão lá.
— O que me preocupa neste ponto.
— Os aurores estão para da proteção, Professora McGonagall, não há com o que se preocupar. – disse Dumbledore calmamente, enquanto Minerva mantinha seu ar severo e aflito.
— Soube que um Auror conhecido como Loki está aqui. Dizem que ele é muito rigoroso e não se aproxima de ninguém. Você o conhece, Dumbledore?
— Loki...? – sussurrou Draco.
— Sim, eu o conheço. – sua voz pareceu distante, por alguns instantes eles se mantiveram em silêncio. Até que Dumbledore continuou. – Suas habilidades são extremamente surpreendentes, apensar de ser muito jovem. Mas não se preocupe, James Milan está a par de tudo.
— Jovem...? – murmurou Draco.
— Sinto Muito Alvo, mas James Milan anda um tanto estranho ultimamente...
— James sempre foi desse jeito. Desde que foi torturando há muitos anos, ninguém nunca o trauma depois que fica.
— É nisso que me preocupa! – contestou ela.
— Temos os professores, temos Hagrid, e outros aurores também. – disse ele dando um sorriso. – Não se preocupe, nossos alunos são muito espertos.
— Fiquei sabendo que esse Loki está infiltrado junto com os alunos para participar do Duelo de Prata. É verdade isso?
— Isso é...
— Ah! Professor Dumbledore, já estão a sua espera. – soou a voz amarga de Filth aparecendo no corredor interrompendo a resposta de Dumbledore.
— Já estamos indo Argo. – os três saíram do corredor, passando pela porta em que Draco estava escondido, depois de passado alguns minutos, Draco saiu e se viu num corredor vazio e hostil, aperto o livro na mão e caminhou silenciosamente até parar ao ver um liquido verde musgo perto de uma porta fechada. Foi até ela. Agachou-se para examinar.
— Tsc... – fez um ruído com a boca. – Então o que a nojenta da Granger disse estava certo. Tinha me esquecido completamente disso. – ele ficou parado pensando, até que virou-se para olhar para o corredor. “Este corredor é próximo à biblioteca”, pensou. – foi lá onde ela disse que encontrou uma poção como essa. – murmurou. Ficou parado examinando por algum tempo. “Este corredor teve suas salas esvaziadas para hospedar os alunos de fora junto com os aurores do Duelo de Prata”, pensou novamente olhando para o corredor. “Se eu estiver certo, a pessoa que está usando-a deve está por perto”. – Ou deve ser algum dos alunos ou um auror – sussurrou ele. “Fiquei sabendo que esse Loki está infiltrado junto com os alunos para participar do Duelo de Prata. É verdade isso?” – Se isso for verdade... – Draco ficou pensativo, examinando cada milímetro de suas dúvidas. – Não tínhamos tantos aurores em Hogwarts no quarto ano no dia do Torneio Tribruxo. Tem alguma coisa errada. Deve está acontecendo alguma coisa. – ele ficou pensando, olhando para o corredor. – Se está infiltrado no duelo... pode ser uma hipótese inverossímeis, mas... ele deve está atrás de mim. Tenho que tomar mais cuidado. Alguém deve ter contado. Mas quem? – ele falou ainda olhando para o liquido verde musgo, ficou imaginando as pessoas que sabem sobre seu segredo. “Ann?!”, pensou ele lembrando. – Será? – si perguntou. “Nós não nos falamos depois do que aconteceu. Se ela contou, eles devem estar armando alguma”. Pensou novamente olhando para o liquido. – Ou essa pessoa é muito burra ou é muito esperto para deixar pistas assim. Se meu palpite estiver certo... tenho quase certeza de que é esse Loki quem está usando isso...
— Teve o mesmo palpite que eu? – soou uma voz arrogante as suas costas. Draco se virou instantaneamente.
— Welling... – murmurou Draco com desdém. Roland estava encostado à parede do corredor com as mãos nos bolsos em tom de sarcasmo no rosto.
— Esse rato deve ser muito descuidado ou deve ser muito esperto, não acha? – disse Roland em tom irônico, olhando de forma autoritária para Draco. Rolando andou calmamente até olhar de cima para o liquido bem abaixo de seus pés. – Talvez o fato de ser muito esperto nem venha a ser convincente.
— O que quer dizer? – perguntou Draco observando as intenções de Welling.
— Que pode estar sendo descuidado. Isto é, se não esse rato não escutou nada de anormal ultimamente. – respondeu encarando Draco. Os dois ficaram em silêncios por alguns instantes.
— Talvez ele queira persuadi alguém?
— Persuasão? – fez ele irônico. Olhou para o chão onde estava o liquido. – Eh... você pode ter razão... – concluiu. Rolando saiu caminhando pelo corredor, parou e inclinou a cabeça de lado para. – Tome cuidado senhor, Malfoy. Pode ter gente te vigiando. Ratos podem cair na própria armadilha. – Draco ficou quieto, observando a figura de Welling cruzar o corredor. Olhou o liquido ao chão.
— Ratos desgraçados. – bufou ele andando a passos pesados pelos corredores segurando firme o livro velho.

Se o dia da primeira etapa do Duelo de Prata amanheceu claro e cinzento, desta vez tinha um sol radiante lá fora acompanhando de uma brisa leve e quente.
Se no dia da primeira etapa do Duelo de Prata, que fora uma prova, estava os alunos em pavoroso, neste os alunos estavam em estado de guerra. Um exemplo deste primeiro estágio estava na torre da Grifinória. Depois do café da manhã os alunos do quinto, sexto e sétimo ano que não estava participando dos duelos poderiam se encaminhar para o estádio, os outros alunos que não faziam parte dos duelos do quarto ano para os mais novos foram para as suas salas de aulas, em meio a protestos e birras, mas foram. Os participantes foram para as suas salas comunais se preparando para os duelos. Gina, que na primeira vez se arrumava cantarolando, estava sentada numa cadeira reta no dormitório feminino, com um olhar perdido, escutando as mais diversas histórias de duelos que Aristella contava, que esta, estava pra fazer um buraco no chão de tanto andar de um lado para o outro. Parvati, que da outra vez colocava os acessórios que dizia que eles lhe davam sorte, desta vez estava jogando um a um pela janela, com os pretextos: “Se desse sorte, não estaria nessa agonia”. Lilá, que da outra vez estava num estado de transe mental e que ficava falando coisas estranhas ou chorava por nada, agora, havia se trancando no banheiro e se recusava a sair dentro de cinco anos. Hermione, que andava para a biblioteca em cinco e cinco minutos e tentava enfeitiçar os livros, desta vez, tinha na face uma expressão rubra de cólera e que se algo acontecesse a ela, mataria Harry. Ann que estava nervosa e roia as unhas e se imaginava pulando da janela sem sentir dor, estava sentada na porta do banheiro, esperando que Lilá saísse, pois estava sentindo uma grande dor de barriga e alegava está sentido algo no estomago, pois jurava que o café da manhã iria voltar rapidinho. Com os meninos não foi diferente. Simas, que enfeitiçara dois alunos do segundo ano dizendo que estava num estado de nervos, dessa vez, teve sua varinha escondida pelos próprios, e ele rodava toda a sala comunal a procura dela aos berros. Neville que teve ataques durante a noite e dizia esta sendo atacado por Dementadores, agora jurava que tinha um perto da janela e que o Dementador sussurrara em seu ouvido dizendo que viria pegar Harry Potter, o que fez Minerva McGonagall, sair arrastando o pobre garoto para a Ala-hospitalar.
— MAS EU VI! – berrava ele em prantos enquanto McGonagall o segurava pelos braços arrastando ele pela escada, os outros alunos presenciavam a cena aterrorizados com diversas expressões de medo. Um garoto do quinto ano chegou a desmaiar.
Harry, que estava ansioso por uma vingança, andava de um lado para o outro, em seu quarto, segurando firmemente à varinha na mão que nem notara Neville sair aos berros e tentara puxar a barra da sua da manga de suas vestes, nem si quer percebeu que McGonagall havia entrado no quarto. Rony, que parecia ter provado mais uma vez do próprio feitiço de cara de lesma, desta vez parecia ter levado o feitiço de petrificação, fitava o teto escuro, deitado reto, e suas expressões estavam pálidas como um defunto. Harry parou de andar, sentindo seu coração bater nas costelas e uma ânsia horrível no estomago, olhou para a janela como se sentisse acuado ou se tivesse sendo perseguido por algo assustador, levou as mãos aos cabelos e resolver apurar os ouvidos na porta do quarto para escutar o que estava acontecendo lá em baixo, só deu para escutar os berros de Simas a procura de sua varinha e passos correndo apressados pelos quartos ao lado.
— Rony! – chamou ele com uma voz abafada. Rony fez um ruído com a garganta. – Vamos descer. Rony fez outro ruído com a garganta. – Vamos logo! – bufou puxando o amigo pelo braço que este se fez de pesado. – Rony!
— Estou nervoso! – alegou Rony com uma voz distante saindo do transe. – Olha pra mim?! O que pareço?
— Ta com uma aparência horrível! – falou Harry consciente. Harry saiu puxando Rony, que este se reusava a descer, mas desceu. As escadas nunca pareceram tão longas e Rony disse que elas pareciam mais serpentes prestes a acordar e devorar todo mundo. Harry olhou de esgoelar para o amigou, chegou a verificar sua temperatura, que este o olhou com um olhar vazio. Harry levou os olhos para a sala, parecia está entrando numa selva, Simas corria de um lado para o outro a procura de sua varinha, algumas meninas estava pregadas na janela, encolhidas com cobertores e assopravam as mãos, como se o tempo estivesse frio, apenas de fazer um dia leve e quente. Alguns garotos aproveitaram para duelarem sozinhos, o que fez o maior estrago na sala comunal, parecia esta nevando na sala, fizeram parecer um dia de neve, pois flocos caiam do tempo e boa parte da mobília estava coberta deles. Hermione, Gina e Ann vinham descendo as escadas com as expressões de quem estava se encaminhando para a forca.
—Não fala nada. – disse rapidamente Gina ao se encontrar com os dois, que estes deram os ombros. Caminharam em silêncio ao contrário de outros alunos que caminhavam de uma forma como se estivesse prestes a receber um premio, pelos jardins esverdeados de Hogwarts sob o pôr-do-sol daquela tarde.
—Olha só pra eles. – comentou a voz distante de Rony quando os alunos do terceiro ano da Lufa-lufa passaram aos pulos e balançando bandeirinhas. – Felizes da vida...
— Não são eles quem iram participar, não é? – falou Simas que vinha logo atrás. – Acho que um evento como esse fosse mais divertido, mas tenho a sensação de coisa pior. – tremeu.
— Tem como você ficarem de boca fechada um minuto! – exclamou Hermione irritada ao para de supetão na frente dos garotos, que estes levantaram as mãos se rendendo. Ela bufou e continuou seu caminho.
— O que deu nela? – perguntou Rony.
— Estresse de duelo. – respondeu Ann em tédio.
Eles caminhavam devagar, pelos imensos jardins daquela tarde. Um grupo de estudantes estava parado próximo ao estádio.
— Ainda não começou o duelo! – berrava uma garota, quase pulando em cima de um garoto de Beauxbatons.
— Parece que já começaram definitivamente. – comentou Rony sarcástico.
— Está com medo? Ele desafiou, tem que aceitar. – disse o garoto sacando a varinha.
— Pare! – berrou mais uma vez a garota.
— Deixe ele, Elisha! – rosnou o garoto para a garota que esta o olhou de forma descrente. – Se ele quer.
— Se ele quer só não! Você pediu. – disse de forma arrogante o garoto a sua frente.
— Vocês de Beauxbatons não valem nada. – vociferou o garoto meio segundo depois de voar uns três metros do chão, dando um berro surdo e caindo em cima de três pessoas que passavam pelo local. O garoto guardou sua varinha com um sorriso maliciou e ao se virar, Harry e Rony o reconheceram como Michael Aira de Beauxbatons. Gina, Ann e Hermione vinham logo atrás, mas estavam tão absortas em sues sapatos que mal observavam a pequena briga de Aira.
— tsc... – fez Harry. – Esse garoto gosta de antecipar os duelos.
— Eu que não quero ir contra ele. – comentou Rony. Chegaram a imensos portões negros, onde já se ouvia a gritaria do público.
Ao abrirem os portões, foram recebidos por um som vibrante de tambores. O teto do estádio, enfeitiçado para cair sobre as cabeças das pessoas papeis picados, de diversas cores e formas, tirinhas coloridas se moviam como pequenas cobras de um lado para o outro no ar, flutuando aqui e ali, a aglomeração de alunos era grande, todos sorriam e gritavam, batiam palmas, a excitação era grande. Bandeiras das escolas estavam erguidas em diversos pontos do imenso estádio que se estendia para o alto. Homens do Ministério da Magia andavam de um lado para o outro, com suas veste negras esfumadas, divididos em pontos estratégicos do grande estádio. Numa arquibancada alta, Dumbledore estava conversando com alguns membros do Ministério da Magia, sacou a varinha e a levou até a têmpora.
— Puxa... puxa... – gaguejou Rony.
— Bem diferente de antes! – exclamou Simas abobado.
— Isso está parecendo mais uma final de campeonato de Quadribol! – Falou Dino.
— Não pensei que ia ser isso tudo. – falou a voz tremula de Hermione.
— Isso parece a Copa Mundial de Quadribol! – exclamou Dino.
— Puxa vida! Minha nossa! – exaltou Tom ao chegar com a equipe de Draco Malfoy, que este vinha logo atrás correndo os olhos pelo grande estádio. – Vamos trabalhar! – disse ele ao pegar o saquinho de apostas, mas fora impedido por Draco que puxou a gola de suas vestes o trazendo de volta. – O quê?! – fez ele. Draco o empurrou para outra direção, onde estava um auror do Ministério da Magia perto do que parecia ser uma porta, era a entrada para os duelistas.

O estádio era um grande circulo, onde no centro ficava a grande plataforma, envolvida num carpete negro de superfície áspera. Em volta da plataforma, numa circunferência de dez metros, uma barreira de cor prateada quase anil numa altura sete metros, servia como uma barreira protetora contra os feitiços praticados durante o duelo. Ao lado do auror que esperava ao lado de uma abertura oval, era a pequena passagem dos duelistas para a arena. Os duelistas entraram, as suas costas ficavam as grandes arquibancadas todas lotadas de alunos. Alguns corriam de um lado para o outro, outro ainda trocavam as figurinhas dos duelistas, outros observava pergaminhos com as anotações das apostas.
Draco passou e sentiu um olhar furtivo lhe vigiando, ao procurar se deparou com o olhar do auror James Milan, a um canto da arena. Draco teve seu contato visão quebrado por um aglomerado de estudantes que passou na frente, ao procurar pelo auror ele já não se encontrava mais lá. Rufus Schuenemann ao lado de Dumbledore, sacou a varinha, deu duas pancadinhas na mesma e a levou a têmpora, olhou brevemente para o estádio.
— Boa tarde! – saudou aos alunos com uma voz arrastada o estádio entrou em silêncio. – É com grande prazer anunciar este evento que vem a séculos de tradição ser realizado em todo o mundo bruxo. Quem vem de séculos de tradição testando, evoluindo, mostrando os melhores duelistas de todos os tempos. – ele levantou a varinha à cima de sua cabeça a estendeu a sua frente num gesto reto. Imensos quadros mostrando a face dos duelistas de geração em geração, descendo como cascatas. Neville chegou a dar dois passos para o lado esquerdo como se quisesse deixar os quadros passarem direto, mas eles sumiam assim que chegavam perto.
— Uau! – sussurrou alguns alunos olhando para os quadros que desciam.
— Estes meus jovens, foram bruxos de grande nível, de grande sabedoria, de grande desempenho em duelos. – ele agitou a varinha e os quadros pararam de descer. – Agora, temos o prazer de trazer ha. vocês o Duelo de Prata, que ficou extinto há mais de vinte anos, passou por grandes regras...
— Tem como cortar esse discurso tediosos? – murmurou Robert Koehler para Miranda Gaspar, esta lhe deu uma cotovelada. – Au! – fez ele massageando as costelas.
—... Espero que vocês façam o melhor! – ele baixou os olhos negros dando a palavra a um auror no centro da arena. O auror subiu de um salto na plataforma, olhou a sua volta os espectadores ansiosos. Ele sacou a varinha e a levou a têmpora.
— Sonorus. – sussurrou. – Obrigado senhor Schuenemann, pelo belo discurso. – sua voz soou irônica e divertida. Robert levou as mãos à boca sufocando um riso, e foi presenteado com uma nova cotovelada de Miranda. – Bom, todos já devem está nervosos demais, não vou tomar mais do que o tempo de vocês. Vamos algumas coisas que quero dizer; não são muitas, mas são bem importantes. Esse duelo vai testar a capacidade de vocês; rapidez, é muito importante, não tem como você conseguir derrubar seu adversário sem ser rápido, se for lerdo demais vai ser derrubado primeiro; inteligência, a diversos, centenas de feitiços, pode usar qualquer um, desde que tenha consciência do que está fazendo; é proibido, escutem bem não vou repetir mais de uma vez, é proibido permanentemente usar qualquer uma das três maldições imperdoáveis, o aluno que a usar será desclassificado e será punido de acordo com o conselho docente presente no estádio. O duelo acaba quando o jurado disser que o adversário não pode mais duelar, dito isso, por favor, não queria prolongar algo que já está terminado, se você quiser matar seu oponente, os aurores presentes pularam na arena para pará-los e aviso, nossos aurores não serão gentis, eles usaram a força se preciso. – alguns alunos olharam para os aurores que estavam presentes. – As barreiras aqui presentes, servem para proteger os demais enquanto estiver havendo um duelo. Não se preocupe, é seguro. – ele fez um gesto brusco. – Expelliarmus!! – berrou ele. O feitiço chicoteou com grande pressão na barreira azulada fazendo um grande clarão prateado onde o feitiço bateu, alguns alunos que estavam atrás pularam de susto. – Não atravessa. – falou. – As barreiras são claras e quase imperceptíveis aos olhos, mas se tocadas, elas emitem uma quantidade de energia no local onde foi tocada. Agora vamos a parte mais interessante. – ele agitou a varinha com graciosidade, algumas velas suspensa foram se apagando as poucos, o estádio em silêncio entrou num ambiente a meia luz. Todos em silêncio e ansiosos, observavam a olhos arregalados e atentos às mãos nucas do auror no centro da arena. Ele ficou girando graciosamente como se tivesse movendo um lenço leve com o vento. Um pingo de luz, do tamanho de uma boa de godê, apareceu ao seu lado direito, ele continuou a girar a varinha, e uma outra apareceu ao seu lado esquerdo. Com um aceno brusco, esticando seu braço a sua frente às duas luzes, tão pequenas, era o centro das atenções daqueles olhares curiosos, e até mesmo se dava para ouvir algumas respirações abafadas. As luzes desceram até o chão, em círculos subiam como se desenhasse algo concreto, e da proporção em que subiam o seu rastro de luz deixava algo sendo esculpido. Era alto e ereto. Negro e brilhante. Como um cano de canhão, em pé, numa altura de quatro metros, estava postado a frente do homem. Este olhou para o objeto esculpido a sua frente, entrou no campo de visão da platéia que observava curiosa e interrogativa.
— Ande homem, não seja um trouxa que se fazem de mágicos de araque. – murmurou Rufus Schuenemann.
— Como os senhores lá em cima. – disse ao apontar para o corpo docente de cada escola presente. – Devem saber que este é o famoso canhão do começo! Este canhão, meus jovens, é que vai disparar dos duelistas de uma forma bem interessante! – disse ao caminhar até a abertura onde estavam postados os duelistas nervosos. – Os duelistas, por favor, queria se posicionar em equipes diante da barreira azul. – os alunos se encaminharam a passos hesitantes e rastejantes, alguns tão ansiosos que tropeçavam nos colegas vizinhos e outros tão abobados com a canhão que mal se mexiam, tiveram que serem empurrados pelos que vinham atrás.
Era um pequeno túnel, sem paredes sólidas, sem teto. O que separavam os duelistas dos alunos que estavam sentados nas arquibancadas de daqueles que iriam subir na arena, eram apenas duas barreiras: uma azul, que os protegia dos feitiços proferidos por aqueles que estivessem em duelos; e uma barreira branca, fininha, quase imperceptível, que divida aos olhos daqueles que assistiam os duelistas daqueles alunos que estavam sentados nas arquibancadas mais próximas.
— Muito bem. Todos estão aqui? – ouve um murmúrio tímido de concordância. – Ótimo.
— Que dispare o começo! – exclamou Robert Koehler em voz baixa com excitação levando as mãos aos ouvidos.
— Que dispare o começo! – gritou em alto e bom som o auror. O Canhão explodiu, todos os presentes rapidamente levaram as mãos aos ouvidos, e se abaixaram em suas cadeiras. Uma onda de fumaça cinzenta cobriu o estádio, pouco a pouco, foi se dissipando e mostrando a maioria dos presentes agachados de olhos esbugalhados e temerosos. O Auror tinha no rosto um belo sorriso, e consigo um pergaminho meio queimado. Ele o desenrolou ainda sorrindo. – Este é o Disparo do Começo, todo o disparo do canhão serve para anunciar o começo do duelo. Teremos algumas pausas, e este duelo pode durar dias para acabar, então vão se acostumando com os disparos. A cada disparo, é dado uma lista de duelistas para a hora devida. Não há erro, o canhão dispara um duelista de cada equipe por vez, por vias das dúvidas, não há como o canhão disparar duelistas de uma mesma equipe. – ele verificou o pergaminho. – O primeiro duelo é da escola de Hogwarts, entre as casas Grifinória e Lufa-lufa! – exclamou ele. – Da Grifinória: Parvati Patil e da Lufa-lufa: Laura Mariana.
Parvati engoliu seco, ficou parada de olhos arregalados, ao sentir todos os olhares se voltando contra ela. Sua mão tremeu e sua garganta ficou seca.
— Vai lá! – disse Aristella empurrando-a, a garota tropeço e quase caiu, se ajeitou, passou as mãos tremulas rapidamente sobre os cabelos negros.
— Parece que é verdade não é? – começou Rony em voz baixa para Harry.
— Quê? – fez Harry
— Que esse tal de Welling é campeão mundial de duelos... – Rony parou e um verruga apareceu franzindo o cenho.
— É parece que sim, o que foi? – disse ao notar a expressão curiosa de Rony.
— Parai um instante. Se esse tal de duelo foi banido há mais de vinte anos, porque o Welling é campeão mundial? Ele é mais velho do que a gente?
— Eu não sei...
— Não. O Duelo de Prata foi reintegrado a comunidade bruxa há uns dois anos atrás, no mesmo ano que teve o torneio tri-bruxo. – respondeu Simas logo atrás. Rony e Harry o encararam. – O que foi? Que não aprecia um bom duelo? – Harry e Rony se entreolharam.
— Ahh... – fizeram em uníssono.
— O segundo duelo é entre as escolas de Hogwarts e Beauxbatons. – a platéia entrou em polvoroso, os murmúrios aumentaram numa proporção assombrosa. – Seus duelistas são: Michael Aira de Beauxbatons e Ronald Bilius Weasley da casa Grifinoria, Hogwarts. – Rony tremeu. Harry, Hermione, Gina e Ann olharam rapidamente para o amigo, que este só via o nada a sua frente. Ann passou a mão rapidamente diante dos olhos do garoto, que este não se mexeu.
— Nossa! – ofegou Gina.
— Talvez o que disse algumas horas antes não valeu muito para o canhão. – disse Harry em tom divertido e ao mesmo tempo preocupado. Draco Malfoy olhou rapidamente para a equipe de Roland Welling, Michael Aira estufava o peito de arrogância e exibicionismo. Draco deu um suspirou tedioso e voltou seus olhos para a arena.

Parvati Patil entrou na Arena a passos vacilantes e devagar, segurando firme a varinha ela olhava a sua adversária com olhares de esgoelar e desviava o olhar em seguida para seus pés, que caminhavam lentamente até a pequena escada. Sua adversária, esta estava calma e muito tranqüila, já estava esperando na plataforma. O auror ficou ao lado do canhão, próximo à barreira azul, longe da plataforma. Nisso um examinador do duelo ficou entre as duas garotas.
— Muito bem. – começou o examinador, Parvati levantou a mão e o fez menção de que o homem não começasse ainda. – Não está pronta? – perguntou. Parvati balançou a cabeça negativamente, a platéia estava em silêncio, era o primeiro duelo. Parvati respirava fundo e com dificuldade. O examinador ficou parado, esperando. Parvati deu alguns passos a diante, e fez sinal a sua adversária para esperar. Passaram mais de dez minutos assim, paradas. A platéia já estava em nervosa e inconformada com a demora, algumas pessoas já estavam reclamando. – Senhorita Patil, já está pronta? – perguntou o examinador calmamente.
— Começa logo! – gritou um garoto da platéia. E os murmúrios começaram.
— Porque ela está demorando? – perguntou Ann ao lado de Hermione.
— Eu não sei. – respondeu.
Foram se passando os minutos, o examinador já estava conversando com um auror que estava parado perto da plataforma. Outros professores já estavam em suas conversas rotineiras, Michael Aira, que o próximo, já estava com cara de quem iria matar um e possivelmente Parvati quando saísse da arena, isso se ele não pular lá antes, Victor Hartley lia atentamente a revista: O Pasquin, e de quando em quando, a virava de cabeça para baixo fazendo expressões curiosas e excitadas; Kristin Lana estava numa animada conversa com duas garotas da Corvina e uma da Grifinória sobre os produtos de cabelos que os trouxas usam e Roland Welling estava numa conversa curiosa com Luna Lovegood. Luna gesticulava com os braços e arregalava os olhos de maneira alucinada enquanto Roland tinha no rosto uma expressão curiosa de quem estava bastante interessado na conversa.
— O que você acha que eles estão conversando? – perguntou Hermione curiosa com uma voz debochada a Ann.
— Quem? – fez Ann tirando sua atenção de Parvati que ainda estava parada na plataforma, respirando fundo, e sua adversária já estava de braços cruzados batendo o pé direito freneticamente.
— Welling e Luna. – disse Hermione. Ann olhou, estreito os olhos em seguida encarou Hermione com um sorriso engraçado.
— Desses dois pode sair qualquer coisa. – falou ao se voltar para o duelo. – Mas que droga o que a Parvati está pensando? – metade da platéia já tinha se esquecido de um duela a sua frente. Laura, impaciente de esperar, atacou Parvati com um feitiço de desarmar, esta foi pega de surpresa e sua varinha voou três metros no ar.
— Petrificus Totalus – berrou Laura para Parvati, num instante Parvati pareceu petrificada e caiu como tábua no chão. O examinador se aproximou de Parvati que só conseguia mexer os olhos.
— Eliminada. – disse ele com uma voz de tédio. A platéia olhou para a arena e parecia perdida sem entender.
— Finalmente! – exclamou Aira com os gesticulando com os braços sacando a varinha e passou rapidamente por dois examinadores que estes carregavam Parvati para fora da arena, lançando um olhar de morte para esta que apenas só conseguia mexer os olhos. De cara amarrada, Hermione e Ann foram até Parvati.
— O que foi aquilo?! – explodiu Ann. Parvati, que agora se recuperava do feitiço, apenas balançava a cabeça negativamente.
— Desculpe, mas eu não consigo ficar numa arena. – alguém lhe puxará com tanta força pelo colarinho das vestes que Parvati parecia que iria morrer enforcada e deu de cara com uma Aristella que tinha no rosto expressão de quem iria matar um.
— O que foi aquilo?! – sua face estava rubra de cólera.
— Foi o que eu acabei de perguntar. – disse Ann irônica.
— Você... você... você... – de tão nervosa estava Aristella, esta empurrou Parvatir com ignorância e saiu de perto dela dando passos pesados afastando aqueles que estavam a sua frente, para darem passagem.
Aira já estava na arena, espumava pela boca, com a varinha em punho. Rony precisou ser chacoalhado por seus colegas de equipe para que pudesse reagir. Ele gaguejou algumas vezes.
— Vai Rony! – empurrou Gina.
— Vá lá e faça o seu melhor! – disse Ann.
— Sei... por que vocês não desejam logo a minha morte. – falou irônico encarando um Aira de braços cruzados esperando em cima da plataforma. Rony foi caminhando lentamente.
— Será que vai dar certo? – perguntou Hermione nervosa. – Será que ele vai sair muito ferido?
— Por que vocês não podem dizer que ele pode até ganhar? – falou um Harry indignado. Ann, Hermione e Gina o olharam de forma descrente e tediosa. – Ta bom, não ta mais aqui quem falou.
— Não é isso Harry... – começou Ann.
— Não é que não acreditamos no Rony... – falou Hermione.
— É só que... – balbuciou Gina.
— Vocês querem ficar caladas e observar?! – exclamou ele, as três se calaram.
Rony subiu na plataforma, de quando em quando desviada os olhos do olhar mortífero de Aira que segurava em punho, agora, a varinha. Rony engoliu seco, sacou a varinha e ficou em posição.
— Nervoso? – perguntou Aira em desdém. – Não se preocupe, seu nome será bem escrito na lápide. – as mãos de Rony tremeram.
— Prontos? – exclamou o examinador. Aira aperto nas mãos a varinha e Rony fez o mesmo. A platéia olhava atônita. – COMECEM!







N/A:
Eu sei que disse que estava na parte dos duelos, mas é que esse capítulo pediu muito para ser o uma parte do desfecho de algumas coisas, (ta dando para perceber que algumas coisas já estão se encaixando?). E tinha que ser nesse capítulo a história de Roland Welling que será de grande importância daqui pra frente.

Esse capítulo não teve nenhuma música cantada, tudo foi mais instrumental das obras de Sagisu Shirou, são músicas do repertório, para o clima de Duelo. São as OT’S de Bleach.
Quem quiser baixar essas músicas instrumentais é só falar comigo que eu passo link ^^/

Peço desculpas mil vezes pela demora, ._.
Eu sinto muito, como eu disse na comu tive alguns problemas pessoais que me fizeram atrasar...

Ahhh e tive uma entrevista com o Aliança 3 Vassouras. ^^
Estava tão nervosa que às vezes me escapava o raciocínio do que responder *lerda*
Desculpe a minha falta de tato >.< eu sinto muito

Eu tenho mais é que agradecer a vocês!!!!! E dizer muito obrigada a todos que estão lendo está fic!!!! Muito obrigada mesmo!!! Muito obrigada de coração!!!

Agradeço muito os comentários nos sites em que a fic está postada, nos e-mails... obrigada mesmo! Fico honrada.

Até o próximo capítulo ^^/



























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