Me Apaixonei sem Querer escrita por Daniele Avlis


Capítulo 15
Salve-me - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Capitulo dividito em 5 parte
parte 2



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Continução...

       - O que está acontecendo?! – perguntou e a suas costas vinham Rony e Harry, curiosos.
       - Eu não sei! – respondeu. Começou a sentir uma vontade de ir até lá. De ver como ele estava. Mordeu de leve os lábios inferiores. “Mas o que eu estou pensando...” balançou a cabeça negativamente.
       - Saiam da frente! Saiam da Frente! – berrava a voz de Tom com a varinha levantada para dar passagem aos professores que passavam com os dois alunos acidentados.
       -... esse Duelo de Prata só serviu como exemplo pra esses alunos se matarem a qualquer hora! – rosnava Minerva entre dentes enquanto passava com mais dois professores para dentro do castelo sendo seguidos por mais duas macas que carregava os dois alunos. Zabini gemia de dor enquanto Draco permanecia inconsciente ao passar por Ann, Hermione, Rony e Harry. Ann tocou de leve a mão de Draco que estava pendendo da maca, que flutuava.
       -... eles iriam se matar cara, eu vi! – dizia um dos alunos da Corvinal ao passar.
       -... Será que Malfoy morreu? – perguntou uma garota da Corvinal ao seu lado havia um grupinho de garotas que estavam chorando. Ann as olhou por alguns instantes sentiu uma mão tocar em seu ombro. Rapidamente ela olhou e encontro os olhos gentis de Hermione. Ann baixou os olhos para o gramado e viu os passos das pessoas caminharem para dentro do castelo.

       Os alunos foram obrigados a ficarem no Salão Principal. Aos berros a Professora Minerva pediu que todos seguissem a seus afazeres que ninguém havia morrido. Alguns alunos da Sonserina fizeram alardes dizendo que queria ir à enfermaria, mas foram obrigados a ficarem para não perderem pontos. Os alunos seguiram para seus afazeres. Os da Grifinória comentavam o que ocorrido e alguns soltavam: “Se os dois morressem não fariam falta”. Pansy ficou o tempo todo na enfermaria, sendo acalentada por suas amigas e ela não perdia tempo em proferir nomes nada agradáveis e a culpar Harry Potter pelo ocorrido e a Ann Theron também. Ficaram sabendo das noticias de que Zabini estava bem, mas precisava ficar mais alguns dias internado e Draco permanecia desacordado. Logo, Ann não poderia passar por algumas alunas da Sonserina que era logo atacada ou com feitiços de azaração ou com xingamentos verbais e até agressões físicas o que rendeu a ela uma grande dor de cabeça que foi parar na diretoria algumas vezes por ter mandando algumas alunas para a enfermaria com narizes quebrados ou com falta de alguns tufos de cabelos. Até que estava sentindo falta de brigar como trouxa, algo que ela fazia constantemente na Academia para Garotas Oxigenadas.
       - Agora vão... E senhorita Theron, vá cuidar desse nariz, por Deus! – dizia Minerva nervosa, pela sétima vez aquele dia, se controlando para não parti pra cima das alunas a sua frente. Ann de um lado, com um pano no nariz encharcado de sangue com Hermione e Gina, que estavam visivelmente descabeladas e arfantes. Harry segurava Gina pelo braço para que a garota não saísse no tapa com as outras garotas da Sonserina do sétimo ano que estava prestes a pular em cima deles a qualquer momento do outro lado da sala. Os alunos da Grifinória saíram primeiro. Hermione estava com as mãos nos ombros de Ann, como se a guiasse para a enfermaria. Hermione tinha no rosto um pequeno arranhão causado por um feitiço que a tingirá no peito e a derrubara no chão. Gina estava num estado de nervos quase incontroláveis, Harry tinha que ficar segurando ela pela cintura a força, se soltasse era capaz da garota dar meia volta e brigar com as garotas da Sonserina dentro da sala da diretora. Quando chegaram à enfermaria, Madame Pomfrey veio atendê-los visivelmente aborrecida. Ann rapidamente correu os olhos pelo ambiente. Draco não estava lá, deveria está na outra sala mais adiante. Ela reparou o outro lado que estavam com as portas abertas.
       - Mas isso não pára? Agora a toda semana tem sempre um aluno que caiu duelando por aí! – disse ela ao guiar Ann até um leito vazio. Era um exagero, não era toda semana, fora somente aquele dia. Parecia que o pequeno e intimo duelo de Zabini e Draco desencadeará uma guerra de alunos da Grifinoria contra alunos da Sonserina, o que era de se estranhar um pouco em vista que Zabini e Draco pertencem à mesma casa e nada tinham a ver com a Grifinoria. Talvez seja apenas um motivo para caírem no pau mesmo, vai saber.
       Ann bufou ainda com o lenço de Hermione no nariz, o mesmo latejava e Ann sentia as lágrimas de dor correndo por sua face suja de terra e suada. Pomfrey entrou numa salinha apertada e começou a mexer no seu estoque de poções, agitada e atrapalhada. Veio gingando apressadamente enquanto colocava seu material numa mesinha ao lado do leito.
       - Vou pedir um aumento. Não mereço isso... – bufava ela. Ann tentou suprimir um riso ao olhar as caras dos amigos a sua frente que tentavam fazer o mesmo. Mas o que só fez com que a dor de seu nariz aumentasse. Ela gemeu de dor. Pomfrey tirou o lenço das mãos da garota. Pegou a varinha e começou a sugar o sangue seco. Ann ainda fazia cara de dor. A enfermeira pegou alguns materiais ao lado e um vidrinho com um liquido aquoso e cinzento, o derramou delicadamente num pano branco e limpo. – Tome. Passe isso em todo o nariz. – disse de modo apressado ao entregar o pano. Ann o tomou em mãos sem demora. Suspirou enquanto tomava coragem para tocar no nariz novamente e começou a passar fazendo o máximo possível para não sentir dor. Pronfey foi até Hermione que levantou as mãos.
       - Não precisa Madame Pomfrey, eu estou bem!
       - Que bem nada! Olhe o seu estado minha querida! – disse ela agitada ao olhar para Hermione.
       - Estou bem, é sério... Mas dê algo a Gina! – disse ao apontar a amiga ao seu lado que ainda arfava. Pomfrey se virou para Gina que lançou um olhar mortal a Hermione. Pronfey guiou Gina até um leito ao lado de Ann.
       - Esthgou behemm... – falou Gina engrolado. Ela franziu o cenho. – Estasii beaamm... Haah?
       - É, estou vendo bem que você está bem. – suspirou a enfermeira. Gina olhou para Hermione procurando saber de algo. A amiga deu de ombros. 
       - Parece que lhe lançaram um feitiço que alterou alguma parte de seu cérebro para falar.
       - Masrd ehum naaooo... – tentou falar novamente. Bufou dando um soco na cama com raiva. Jogou-se para trás deitando no travesseiro impaciente. – Maartoss aakwlaa garosstsa... – Hermione riu com Harry ao seu lado.
       - Você sabe o que ela quis dizer? – perguntou Harry a Hermione. Gina lançou um olhar assassino para os dois por estarem rindo de sua desgraça.
       - Acho que ela está querendo dizer que vai matar aquela garota. – respondeu rindo. Gina olhou para Hermione fazendo joinha com as mãos para dizer que amiga acertou no que ela quis dizer, sorrindo. Gina olhou para o lado e viu que Ann estava com uma sobrancelha arqueada.
       - Ohh qussae ffoiass? – Gina bufou derrotada. Ann caiu na risada e olhou para Harry e Hermione.
       - E eu achando que já tinha visto de tudo! – disse a garota ainda rindo. Gina começou a fazer gestos para Ann como se dissesse: “Você ainda me paga!”.
       - Se vocês estão bem, por favor, voltem para suas casas. – disse Madame Pomfrey a Hermione e Harry que acenaram para as duas e saíram antes que a enfermeira desse um ataque. A garota arregalou os olhos quando viu a enfermeira trazendo um frasco grande como uma garrafa. Pomfrey fez Gina beber um liquido grosso e pegajoso de cheiro duvidoso e cor preta. Gina fez careta levando as mãos à frente impedindo que Pomfrey chegasse perto.
       - Ohhs qusses isstross...?
       - Vai fazer você voltar a falar dentro de algumas horas. É ruim, é mal cheiroso, é penoso tomar; você vai sentir falta de ar; vai ter seu coração parado por alguns minutos; vai ter uma febre muito alta, mas vai sobreviver. – ela disse isso tudo como se fosse algo normal. Gina olhou desesperada para Ann que olhou desesperada para a enfermeira que olhou para Ann com um olhar tedioso. – É para o bem dela. Se ela não tomar isso, nunca mais vai voltar a falar e isso só vai piorar. – Ann olhou para Gina de olhos arregalados. Gina devolveu no olhar mais esbugalhado ainda.
       - Vai, toma ou você não vai voltar a falar! – disse Ann desesperada numa voz embargada por causa do nariz. – Garanto que a gente vai dar o troco naquelas garotas! – incentivou. Gina olhou quase chorando para a garrafa. Fez um gesto para a mesma correndo as mãos de cima a abaixo da garrafa olhando para a enfermeira.
       - Se é pra beber tudo? – Gina balançou a cabeça afirmando. – Sim. – Gina resmungou fazendo um ruído agourento com a garganta.
       - Toma isso logo! – disse uma voz irritada ao fundo da enfermaria. As três olharam. Zabini estava sentado e as encarava. Gina estremeceu os lábios quando voltou a olhar para a garrafa. – Se quer pegar as garotas que te fizeram isso vai ter que beber! – disse mais uma vez o rapaz. 
       - Ele tem razão. – concordou Ann. Gina abriu a tampa da garrafa e um odor imenso invadiu a sala. Zabini levou as mãos ao nariz juntamente com Ann. Gina afastou a garrafa fazendo careta.
       - Uuhhh... – fez a garota. Ann riu. – Issioss ehshe hosridnsvel.
       - É... – riu Ann. – Meu nariz pode está quebrado, mas ainda deu pra sentir o cheiro. – disse fazendo careta. 
       - Vamos senhorita Weasley, não temos tanto tempo assim! – rosnou Pomfrey irritada com um lenço no nariz. Gina mordeu os lábios, tampou o nariz, mesmo não adiantando nada, levou a boca até o bocal da garrafa, olhou para o teto como se dissesse “Aqui vou eu”, e começou a beber de uma vez. Demorados longos vinte minutos, com interrupções de Gina que empurrava a garrafa para a enfermeira que ralhava com ela dizendo que teria que ser tudo. Gina tomou e logo adormeceu. Pomfrey foi até Ann e tirou o pano do rosto da garota. E lhe entregou outro. Ann olhou para uma garrafa prateada que estava ao lado e viu um ponto roxo berrante que se movia. Ela olhou atentamente. E viu seu reflexo nela e no centro de seu rosto, havia um ponto roxo. Ann rapidamente levou a mão ao nariz ao pegar a garrafa prateada e reluzente que serviu de espelho.
       - AAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!! – berrou em plenos pulmões. – MEU NARIZ! MEU NARIZ! MEU NARIZ ESTÁ ROXO!! – gritava ela desesperada. Pomfrey parecia nem ter se alterado. Entregou mais um pano que agora tinha uma grande mancha um pouco esverdeada e amarelada, um tanto nojenta.
       - Isso é só o começo. Passe mais esse. – disse lhe entregando o pano. Ann pegou rapidamente o pano e começou a passar ferozmente no nariz como se fosse uma macha que tinha que sair dali o mais rápido possível. Um resmungo soou ao seu lado. Pomfrey foi até Gina que parecia ter acordado com os gritos de Ann. Pomfrey tocou em sua testa. Rapidamente ela correu para uma salinha. Ann olhou para Gina, suava muito e algumas mechas de seus cabelos avermelhados estavam grudadas em sua testa e no pescoço da garota. Pomfrey voltou correndo com uma bacia de água e colocou um pano molhado na testa da garota.
       - Ela vai ficar bem? – perguntou Ann de mancinho.
       - Vai, a poção está fazendo efeito agora. A febre indica que o corpo dela esta reagindo contra o feitiço. – Ann se sentiu um pouco mais aliviada, mas só se sentiria feliz se as duas saíssem dali bem.
       - Quanto tempo isso vai durar? – perguntou Ann aflita ao olhar seu reflexo no espelho ao abaixar o pano para verificando seu nariz, não tinha melhorado em nada.
       - Esses processos são lentos. Isso vai durar até amanhã... – disse. Ann bufou ao começar a passar novamente. – Não durma. – Ann olhou pra a enfermeira.
       - Se eu dormir vai acontecer alguma coisa? Vai piorar.
       - Vai ser uma poção atrás da outra. Você não pode parar de passá-las ou isso não vai sair até amanhã. Você tem apenas um pequeno intervalo de quinze minutos. – Ann voltou a passar com mais ferocidade ainda.
       - Tome. Agora esse... – disse ao entregar mais um pano contendo mais uma poção.

      Pomfrey foi atender a uma emergência do outro lado do castelo. Mas antes, olhou no relógio de pendulo e ponteiros estranhos que estava postado a um canto do ambiente dizendo que ela poderia parar por quinze minutos quando olhasse seu nariz com a cor normal. Gina parecia calma e dormia levemente. Já parecia se passar da meia noite e nem havia jantado, aquele dia realmente fora bem agitado desde o duelo de Draco com Zabini – aquela manhã –, isso resumindo apenas um único dia. 
      A enfermaria estava entregue a um silêncio modorrento, dava para se ouvir alguns ruídos não identificados ao longe. Ann passava pela vigésima vez o pano no nariz sem pausas. Já estava com o braço dormente e às vezes, revezava de braço. Estava sonolenta e fechava os olhos de quando em quando. Quando notava que havia diminuindo a velocidade, ela acordava rapidamente para voltar à ativa. Estava deitava e quase entregue ao sono, pegou a garrafa ao lado e avaliou novamente o nariz, não tinha mais as cores do arco-íres de outrora, ela já viu bilhões de cores passar por seu nariz. Parecia que estava voltando à cor normal, havia um vermelho ainda mais era por esta esfregando demais. A dor já nem latejava mais. Estava cansada demais e resolveu parar, como havia dito a enfermeira.
      Um som de algo batera ao chão na sala vizinha. Ela rapidamente abriu os olhos, estava tão cansada que nem tinha forças para se sentar. Correu os olhos pela sala, Gina e Zabini estavam dormindo. Alguém se apoiou na porta da sala. Ann arregalou os olhos. A porta se abriu e Draco apareceu se escorando na mesma. Ann se sentou rapidamente com o coração pulsando na garganta. O rapaz andou alguns passos cambaleando. Ann pulou do leito e foi até ele no instante em que o garoto deu mais um passo para frente. Ann o segurou.
       - O que está fazendo?! – perguntou ela enquanto o segurava. Ele matinha a mão ao rosto e os olhos fechados, espremidos.
       - Não grita. Estou com dor de cabeça. – resmungou ele. Ann o levou até um leito mais próximo. 
       - Deita aí! – mandou. Ele parou a frente do leito.
       - Eu não quero deitar! – reclamou ao se virar para ela. Ele a encarou com uma sobrancelha erguida. Espremeu os olhos no símbolo da Grifinoria no uniforme da garota. Ele a encarou novamente com o cenho franzido. A olhou de cima a abaixo, em seguida bufou:
       - Quem é você pra me dar ordens? – Ann entortou a boca.
       - Não reclama e deita logo!
       - Você não manda em mim!
       - Deita nessa porcaria e deixa de ser infantil!
 Draco a encarou novamente, levemente interessado.
       - Vou perguntar mais uma vez: Quem é você? – Ann bufou irritada caminhou pesadamente para seu leito o deixando sozinho. – Eu heim... garota esquisita... – resmungou ele ao caminhar para o leito que ela indicou, correu os olhos piscando como se suas pálpebras doessem e viu Zabini dormindo num leito. Rapidamente ele correu para o leito. – O que aconteceu? O que aconteceu com ele? – ele perguntou ao se virar para Ann agitado. Ann arqueou uma sobrancelha.
       - Você duelou com ele. – ela disse dando os ombros como se fosse óbvio.
       - Eu? – fez ele. Ann o olhou de lado. Arregalou os olhos. Saltou do leito e foi até ele.
       - Você não se lembra? – Draco a olhou como se ela fosse louca, depois olhou para o amigo.
       - Do quê? – fez ele. Ann levou as mãos à boca como se sufocasse um grito.
       - Você não se lembra de quem é?!
       - Mas é claro que me lembro de quem sou! – rosnou ele impaciente. – Só não faço a mínima idéia do que o Zabini está fazendo aqui e nem sei quem é você! – Ann arregalou os olhos. 
       - O... que...? – balbuciou ela. Draco a olhou como se ela tivesse uma doença contagiosa. – Não... não... se lembra... de mim?
       - Lembrar?! – fez ele debochado, mas ainda impaciente. – Desde quando eu iria me lembrar de alguma Grifinoria, isto com a exceção da trouxa nojenta da Granger que vive nos calcanhares do idiota do Potter e aquele Weasley rabugento que insistem em pegar no meu pé! – vociferou irritado. – Agora me diga! Como eu me lembraria de você?! Nem sei quem você é! – disse agora voltando para encarar o amigo no leito. – É cada coisa que vejo; me lembrar de alguma Grifinoria. Como se eu mantivesse contato com esse povo... – resmungava ele entre dentes enquanto Ann caminhava lentamente de volta para seu leito. Voando em pensamentos. 
      Ela se deitou, pegou o lenço e começou a passar no nariz como se fosse algo automático. Com os olhos arregalados fitando o teto. Ela ainda digeria as palavras de Draco em sua mente “Não lembra quem sou, não se lembra” pensava ela constantemente. “Não lembra...” ela sentou-se de um salto.
Draco a olhou de lado de um modo desprezível. Ela saltou do leito mais uma vez e caminhou até ele a passos pesados. Ele se empertigou com os olhos arregalados temendo que ela fizesse algo contra ele.
      - Nem ouse se aproximar de mim! – berrou ele erguendo os braços para frente. – Nem chegue perto! Não sei por que você está aqui e nem quero saber. E se você tiver aqui com alguma doença pode voltando para o seu leito – disse ele tudo muito rápido quase atropelando as palavras. Ann parou a sua frente cruzando os braços.
      - O que você se lembra? – perguntou numa voz arrastada. Estava entrando num estado de nervos que ela nem conhecida. As palavras ainda ecoavam na sua cabeça: “Nem sei quem é você!”
      - O que eu lembro? – perguntou rindo cinicamente. – Desde quando eu lhe devo explicações? – disse debochado.
      - Anda logo Dra... Malfoy. – ela disse suspirando o último nome com raiva. Ele arqueou uma sobrancelha.
      - Que intimidade é essa? Quem te deu o direito de me chamar pelo primeiro nome!
      - Não enrola Draco, até que momento você se lembra?! – perguntou com raiva dando ênfase ao primeiro nome dele. Draco a encarou emburrado.
      - Que intimidade é essa?! 
      - Intimidade, até onde eu sei. Que somos namorados! – esbravejou ela com enfadonha. “De onde foi que eu tirei isso?!” pensou exasperada. Draco fez uma cara de espanto.
      - O QUÊ?! – berrou. Zabini resmungou. Os dois olharam rapidamente para o rapaz. – O quê?! – exclamou ele ao voltar-se para ela aos sussurros. – Desde quando somos namorados?! Só se fosse para eu querer que meu pai me matasse quando soubesse que eu estaria namorando uma Grifinoria...
“É, desde quando Ann? Idiota” pensou ela com raiva de si mesma.
       - Foi seu amigo hoje cedo quem me disse! – “Que bela tentativa...” dizia uma voz sarcástica em sua mente. Ela balançou a cabeça negativamente.
       - Meu amigo?! – ele exclamou. – Você é doente ou o quê? Qualquer um que diga a você que está namorando alguém você acredita?! – ele rosnou. Em seguida arregalou os olhos assustado. 
       - O que foi?! – perguntou ela se assustando levando a mão rapidamente ao nariz.
       - Não me diga que meu amigo é o Potter?! – disse numa voz arrastada sobressaltado. – Se você disser isso eu me mato agora mesmo!
       - Não é o Harry, seu idiota. Foi o Tom!
       - Você anda bem intima de meus amigos. Está namorando eles também...? – mal Draco terminou de falar e logo receberá uma bofetada na cara. Ann arfava de raiva. – VOCÊ FICOU MALUCA?! – berrou em plenos pulmões. – QUER MORRER?!
       - O que é isso aqui?! – berrou uma voz irritada atrás deles. Pomfrey estava de braços cruzados. – Senhorita Theron, volte para seu leito e continue o que estava fazendo! – disse ela com raiva. Theron deu uma olhada furtiva em Draco que franziu o cenho. Voltou-se a se deitar em seu leito. – E o senhor, Senhor Malfoy, volte para o seu leito.
       - Mas eu me sinto bem! – disse ele.
       - Volte agora mesmo! – disse alterando a voz. O rapaz deu de ombros e saiu caminhando até um leito mais próximo. Deitou-se e deu uma olhada furtiva em Ann, que não viu por estar deitada fitando o teto.
       - Eu quero saber o que aconteceu com meu amigo. – disse quando a enfermeira passou por ele. Pronfey girou nos calcanhares e foi até Draco e o olhou atentamente. – O que foi?
       - Vocês duelaram. – respondeu ela como se avaliasse o garoto. Os olhos de Draco caíram em Ann, que se mantinha na mesma posição.
       - Ele não se lembra do que aconteceu. Nem sabe quem sou eu. – disse Ann ainda olhando o teto. Pomfrey se aproximou de Draco.
       - Meu Deus, parece que o caso é mais grave do que eu pensava. – ela disse surpresa. Draco franziu o cenho.
       - Então quer dizer que ela é minha namorada?! – exclamou ele alarmado como se fosse o fim do mundo.
       - O quê?! – fez Pomfrey sem entender.
       - Ela! – Draco apontou descaradamente para Ann que agora se sentava penosamente.
       - Zabini fez o que muitos gostariam de ter feito: derreter o cérebro de Draco Malfoy. – disse com cinismo. Draco fechou a cara.
       - Eu não acredito que estou namorando você, não é possível. Você só deve ter feito um feitiço em mim! – ele gesticulava com os braços, nervoso. Ann bufou se jogando para trás.
       - Nós não estamos namorando, ta legal?! – disse exasperada.
       - Como não?! E por que disse isso?!
       - Foi seu amigo quem falou!
       - E você acredita em tudo que te dizem?! Se te mandarem pular de uma ponte pularia?
       - Ah cala a boca! – bufou.
       - Não me mande calar a boca! Eu nem te conheço!
       - Ai que raiva do Zabini agora! Ele deveria era ter matado você de uma vez!
       - PAREM COM ISSO! – berrou Pronfey. – Senhorita Theron, por favor, cuide do seu nariz! – Ann arqueou uma sobrancelha. – E o senhor, Senhor Malfoy, se acalme! – disse com raiva e se dirigiu até a sua salinha. Draco bufara e Ann deitará novamente. Ele ficou a observá-la.
       - Ei! – chamou. Ela não deu ouvidos. – Ei, você! – Ann continuou seu tratamento. – Ei, menina!
       - Ah! O que é agora?! – bufou ao se sentar. Draco fez uma careta.
       - Aff... só queria perguntar uma coisa! 
       - Então pergunta logo, caramba!
       - É verdade isso mesmo ou você só está atrás da fama da minha família...? AI! – gritou ao ser atingido por uma garrafa que Ann jogará sem cerimônia. – Eu só tava perguntando! Não precisava ser agressiva...
       - Vai dormir Malfoy! Só vou deixar passar essa por causa do seu estado mental! – rosnou ao se deitar e virar de costas para ele. – Se perguntar alguma besteira juro que você vai passar dessa pra melhor. – ele ficou em silêncio. Ann escutava ele fazer alguns barulhos, estava mexendo nos instrumentos que Pomfrey havia deixado ao lado da cama do Zabini. Ela o ouviu se deitar. Virou-se devagar e o olhou. Ele estava deitado num leito próximo ao de Zabini, do outro lado da enfermaria. Estava de barriga pra cima e com as mãos na cabeça. Ann voltou-se a ficar de costas.
       - Ei... – ele chamou mais uma vez. Ann rolou os olhos. – Só mais uma pergunta... – falou. Ann se manteve quieta. – A gente se ama?
       Ann engoliu seco, mas não respondeu e nem tinha resposta. Na verdade não sabia o que tinha com Draco Malfoy. Não sabia que tipo de relação era aquela. Estava cansada, continuou a passar o pano no nariz, aquilo já estava irritando. Estava com a cabeça doendo e não tinha mais capacidade para pensar. Talvez a ficha que Draco disse que não se lembra dela ainda não caiu. Achou por alguns instantes que era brincadeira. E se ele realmente não se lembra isso não seria bom? Ficaria livre dele. Se ele não se lembra dela não conhece sua história... não sabe de nada... de mais nada... “Ele não se lembra de mim...” ela engoliu em seco novamente. – Ei! – ela o escutou novamente. Ann começou a sentir um peso no peito “Ele não se lembra de mim...” Ann passou a mão rapidamente pelo rosto, notou que sua mão saiu molhada, estava tão perdida em pensamentos que nem se deu conta que estava chorando. – Ei! – soou a voz dele bem próximo dela. Ann rapidamente enxugou o rosto e ao se virar viu que Draco estava ao lado do leito dela, em pé, de cenho franzido e esperando pela resposta. Ann tomou um susto.
       - O que está fazendo?! – perguntou ao se sentar.
       - A gente se ama? – ele retornou perguntou de mancinho. Qual foi o feitiço que Zabini jogou nele que o deixou daquele jeito? Pensou ela levantando uma sobrancelha.
       - Já disse que não somos namorados.
       - Mas você disse...
       - Foi seu amigo quem falou quando você estava brigando com Zabini. Ele berrou no meu ouvido dizendo para eu Pará-lo.
       - E por que você não parou?
       - Por que tínhamos brigado.
       - E por que brigamos?
       - Recupere a sua memória que você vai saber! – disse ao se virar e deitar emburrada. Não era possível que ele não lembrasse... “Que ridículo!”
       - Ei!
       - Vai dormir Malfoy! – vociferou. Ela o escutou se afastar e deitar no leito da cama.
       - Ainda acho impossível que eu namore você. Nem é educada e ainda é uma Grifinoria. – Ann bufou e achou que quando o dia amanhecesse teria um dia cheio e foi o que aconteceu.


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