I Hate My New Brother! Or No... escrita por Biee


Capítulo 16
Adeus, família...


Notas iniciais do capítulo

Gente, aqui está. Eu não estou mudando mais os títulos dos caps, porque minha inspiração para títulos sumiu. Fica assim e ótimo. E eu não sei quando vou postar de novo.



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P.O.V. Thalia Grace

Quando saí de minha subconciência, não abri os olhos. Fiquei ouvindo. Uma voz eu nunca havia ouvido na vida, mas deduzi ser de um doutor, enquanto a outra era de Nico.
–Doutor, ela ficará bem?-Nico perguntou
–Não sei. Tenho de ver. Ela teve uma alucinação. Tenho de descobrir o que é-o doutor respondeu-lhe.
–Quanto tempo pode durar a recuperação?-Nico questionou.
–No mínimo, 3 meses-o doutor respondeu e ouvi Nico soltar um suspiro.
–E no máximo?-ele perguntou
–Nunca-o doutor respondeu. Eu poderia nunca me recuperar? Eu poderia nunca mais poder falar? Nunca? Isso é muito tempo. Isso quer dizer que minha vida poder ter sido estragada por um milk-shake? Não, não foi só um milk-shake. Foi Luke.Se ele não tivesse contado para meus pais, ou tivesse contado depois que chegassemos, eu estaria em casa, possivelmente dormindo. E depois? E se eu continuasse a ter alucinações? Seria colocada em um hospicío? Eu seria morta? Presa? Essas dúvidas rondavam minha cabeça.Abri os olhos.
–Olha quem acordou!-exclamou o médico. Eu o fitei-Thalia, tente falar algo.
Eu tentei, com todas as minhas forças, mas minha boca não se mexeu nem um milímetro.
–Venha, você irá para o pscicológo- o médico orientou.

1 mês depois

Eu ainda estava internada. Eu já conseguia andar. Era um grande avanço. Leo e Luke haviam voltado para sua cidade, afinal, não sabiamos quanto tempo duraria a recuparação. Eles não tinham a vida toda. Eu me encontrava sentada na cadeira da pscicológa.
–Thalia! Pelos seus avanços, provavelmente você irá voltar a falar, mas não sei quando. Mas já é um avanço!-ela me incentivou. Assenti. Me levantei e acenei para ela. Abri a porta e saí. Vi a forma de Nico na ponta do corredor, de costas para mim. Andei até ele. Vi que havia alguns caras na sua frente. Foi quando ouvi o que eles falavam.
–Olha, o Niquinho veio cuidar da amiga louquinha! Que meigo!-um exclamou.
–É por isso que você não tem namorada!-exclamou outro.
–Ninguém gostaria de namorar alguém que cuida de uma louca!-o terceiro exclamou. Eles eram seis. A raiva ardia dentro de mim. Eu NÃO era louca. E Nico poderia ter uma namorada, mesmo me visitando. Tive uma ideia. Suavisei meu olhar e andei até Nico. Peguei sua mão. Juntei meus esforços e sorri para ele, antes de beija-lo. Se os garotos pensam que ele não pode ter uma namorada, vamos fazer eles pensarem que ele tem. Fui puxando Nico até meu quarto, e vi que os garotos estavam totalmente chocados. Entramos em meu quarto. Nico olhou para mim.
–Thalia, por quê fez isso?-ele me perguntou.
Peguei um papel e escrevi:

'Não gostei do que eles disseram a você. Achei injusto eles te zoarem por minha causa.'

Dei o bilhete a ele e ele leu. Olhou para mim e sorriu.
–Então quer dizer que minha pequena irmãzinha quer me proteger? E que ela já pode sorrir?Só não pense em beijar os outros meninos!-ele advertiu e se eu pudesse, eu riria.

'Virou superprotetor? Legal! Muito legal!'

Dei a ele o bilhete e ele riu.
–Então, a velha Thalia está de volta!-ele disse, rindo-A velha Thalia, que debocha de tudo!

2 meses depois do sequestro

Eu já podia falar algumas palavras. Me sintia um bebê. Eu tinha de ser cuidada o tempo todo. Ser vigiada. Ser ensinada. Isso era horrível. Os 'amigos' de Nico nunca mais tinham incomodado ele. Hoje era aniversário de Maria, e meu pai pediu para eu chamar Nico. Iriamos jantar fora. Eu ainda morava no hospital. Iria chamar Nico na faculdade. Ah, Nico. Ele dormia comigo toda a noite do hospital. Peguei um táxi e entreguei o endereço da faculdade.
Logo, o taxista parou em frente a faculdade.
–Dez reais, moça-ele falou. Os táxis em Londres são BEM baratos. Entreguei a ele o dinheiro e saí.
A faculdade era IMENSA. Por fora, ela era um grande prédio, com uma pracinha na frente. Ele era todo branco com azul. Andei até a pracinha e passei, olhando o belo chafariz que estava no centro. Cheguei na recepção e andei até a recepcionista. Ela era baixinha, gorda, com cabelos rosas ( sim, acreditem) e mascava um chiclete. Ela usava um blaser SUPER apertado com calças boca de sino e rasterinhas metade do seu número. Me aproximei.
–Nico di Ângelo-falei. Umas das únicas palavras que aprendia foram aquelas.
–Sala 307, décimo sétimo andar-ela me indicou. Assenti e andei até o elevador. Subi até o 17° andar. Saí e andei até a sala 307. Parei em frente a porta branca. Respirei fundo e bati na porta. O professor abriu-a.
Ele tinha cabelos pretos, era alto, com olhos cinzas. Tinha fortes marcas de expressão e uma barba rala. Ele sorria.
–Sim? O quê quer?-ele perguntou. Já havia preparado o bilhete.

'Vim levar Nico di Ângelo'

Simples e objetivo. Entreguei-o.
–Sim. Senhor di Ângelo, a sua namorada está aqui para leva-lo. Não a faça esperar-o professor falou e Nico se levantou. Acho que muitas garotas daqui gostam dele, afinal, quando Nico se levantou e eu corri os olhos pela sala, vi várias delas me fulminando.
Ele chegou até a porta. Notei que ele não desmentiu o quê o professor falou.
–Tchau, sr. Waiters-ele se despediu.
Saímos. Logo, entendi o porque de Nico não ter desmentido que sou sua namorada. Os 'amigos' dele estavam na sala. Ok.
–Oi-ele falou-Como vai?
–Nico-eu falei.
–Oi?-ele questionou.
–Nico-eu disse.
–O quê foi?-ele me perguntou.
–Nico-falei novamente.
–O QUÊ FOI?-ele perguntou. Peguei um papel e escrevi.

'Estou falando em Niquês!'

Entreguei a ele o bilhete e ele riu.
–Hahaha, Niquês! Parabéns pela criatividade!-ele me elogiou. Sorri.
–Então, aprendeu uma palavra nova?-ele perguntou. Neguei. Na verdade, já havia aprendido várias palavras, mas não contei a Nico. Queria fazer uma suspresa, falando no Discurso do Primeiro Ano. Era um discurso onde os parentes dos alunos do primeiro ano da Faculdade falavam um pouco sobre o aluno.Faltavam exatos 2 meses para o Discurso do Primeiro Ano. Nós entramos no elevado e descemos. Andamos até o estacionamento e entramos no carro de Nico. Ele saiu. As casas e o comércio passavam pela janela. Logo, chegamos ao restaurante onde meu pai e Maria nos esperavam, em uma mesa no andar de cima. Andamos até eles.
–Oi-cumprimentou Nico. Eu acenei com a mão.
–Oi-cumprimentaram meu pai e Maria juntos. Maria me olhou. Eu havia contado, ou melhor, escrito o meu plano para ela, e ela adorou.
–Vamos pedir batata-frita?-perguntou Maria. Eu e Nico assentimos. Ela foi e pediu. Logo, o garçom serviu. Começamos a comer.
–Vou no banheiro-falou Maria. Era a hora. Eu peguei minha bolsa e tirei os brigadeiros. Nico pegou os palitinhos decorados, tipo para usar em azeitonas, e colocamos nos brigadeiros. Em dois, meu pai colocou umas velas, com a idade de Maria.
–Vai lá, Thalia-meu pai falou. Fui até o banheiro e fiquei esperando Maria. Ela saiu. Entreguei a ela um papel.

'Tenho uma suspresa para você'

–Ok, me leve!-ela falou. Tapei seus olhos e fui a guindo até que a sentei em sua cadeira. Nico tapou os olhos dela e eu me sentei no meu lugar. Ele destapou os olhos de Maria e começaram a cantar o Parabéns. Fiquei meio chateada. Eu não conseguia cantar. E ninguém reparou. Bati palmas e lágrimas se formavam em meus olhos. Fiquei com a cabeça baixa para esconde-las. Quando terminaram, me levantei e fui até o banheiro. Não aguentei mais. Lá, eu comecei a chorar. Havia levado minha bolsa. Peguei um pedaço de papel e escrevi o endereço de casa.Fui até a porta do banheiro e espiei a mesa deles. Naquele momento, estava muito triste com eles. Vi que ninguém observava a porta. Nem deveriam ter notado minha ausência.
Saí do restaurante e chamei um táxi. Dei o endereço e logo estava em casa. Paguei o táxi e entrei em casa. Fui até meu quarto, coloquei meu pijama e me deitei. Estava pronta para dormir. Mas não conseguia. Não conseguia parar de pensar em tudo. Nas minhas mágoas. Quando estava no hospital, e desejava ardentemente que Nico viesse me ver. Quando os 'amigos' dele apareceram, era a primeira vez que ele tinha ido me ver desde o dia do sequestro. Todos. Me lembrei que estava em casa novamente. Eu não poderia estar aqui. Tinha de estar no hospital. Mas só queria uma noite. Uma noite em casa. Uma noite sozinha.
Me levantei e tranquei a porta. Não importa que Nico não possa entrar quando chegar. Eu só queria ficar sozinha. Nico havia me magoado muito. Percy, Jason, Travis, Piper, Annie e Katie haviam ido me ver uma vez por semana. Era o máximo, afinal , tinham de estudar para as provas. Mas ainda iam.As lágrimas escorriam incessantemente por minha face. Eu nunca havia sido drámatica. Mas eu precisava. Pelo menos hoje. Eu precisava disso. Eu necessitava isso.
Ouvi eles chegando.
–O quê achou das batatas fritas?-perguntou Maria.
–Estavam ótimas-Nico respondeu
–Eu nem acredito que você e Zeus fizeram isso por mim!-Maria exclamou. Agora ela havia me esquecido. Notei como as palavras dela na noite antes do Acampamento haviam sido vazias. Totalmente vazias. Como bolhas. Bonitas, mas sem nada, sem sentimento. Os passos de Nico se aproximavam, mas eu não ligava. Ele tentou abrir a porta.
–Mãe, a porta do meu quarto não quer abrir!-ele exclamou. Agora o quarto era só dele? Olhei para o lado. Lembrei de como as coisas de Jason ficavam lá. Ele havia ido morar com Piper. A porta foi forçada de novo.
–Está trancada por dentro!-Maria exclamou.
–Mas não é possível, só existem 3 pessoas que tem a chave. Eu, você, Zeus e.... Thalia-Nico falou.
–Thalia abra a porta!-Nico pediu. Tomei uma decisão. Ali não era mais o meu lugar. Peguei minha mala e joguei todas as minhas coisas dentro. Peguei o papel em que havia escrito o endereço do hospital e guardei-o no bolso da calça. Enquanto isso, Maria e Nico procuravam a chave deles. Eu tinha de ser mais rápida. Peguei minha bolsa de alças e coloquei rapidamente todos os meus livros dentro. Quando terminei, abri a janela e joguei minha mala para fora. Com a mochila dos livros nas costas, agradeci pela casa ter, na parede lateral, um grafiato com grandes bolas de cimento. Desci por ali. Quando cheguei no chão, peguei minha mala e abri o portão. Havia sido inteligente a ponto de pensar neste detalhe. Chamei mais um táxi. Tinham de fazer pontos de ônibus mais perto da minha casa e perto do hospital! Entrei no táxi, dei o endereço. Quando cheguei, eu paguei o taxista e saí. Olhei para o hospital e disse as únicas palavras que se adequavam aquele lugar.
–Olá, nova casa-falei, fitando o grande hospital, que de noite brilhava, com várias luzes o indicando.


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Notas finais do capítulo

Bye Bye