Luca (O personagem, não eu) POV'S On

Era quase 00:00, estava ouvindo uma de minhas músicas preferidas no meu celular, "Bohemian Rhapsody" do Queen, um antigo grupo de rock Inglês, uma música meio triste, mas muito boa, estou na frente de um espelho da minha mansão, a mansão da famiglia La Morte, uma das mais temidas famiglia mafiosa, isso mesmo, esse é meu sobrenome, me chamo Luca La Morte, estava me penteando com uma escova, meus longos e volumosos cabelos vermelho-escuros cacheados que vão além das costas estão atrapalhando um pouco minha visão, encaro meu rosto infantil e meus olhos da mesma cor dos cabelos, minha pele não é nem muito clara nem muito escura, possuo 1,84 de altura e mesmo não sendo musculoso, posso quebrar algumas coisas fácilmente, estou usando uma camiseta social vermelha, com um paletó negro encima, calças negras sociais, tênis sociais também negros, e uma gravata negra, na cabeça uma cartola também negra com uma fita vermelha com um laço.

- Dá pra você parar, sorella?!

Quem falou aquilo foi meu irmão mais velho de 18 anos, Dante. Eu tinha 13 anos, e faria 14 próximo mês, dia 13, ou seja: Faltava um mês e um dia pro meu aniversário, "sorella" significa "irmãzinha" em Italiano, ele me chama assim para me irritar, já que já mandei alguns idiotas pro inferno quando me chamavam de "moça" ou perguntavam "você é um moço ou uma moça?". De qualquer forma, se não fosse pelo mesmo tom de pele e cor dos olhos, e eu e Dante não nos pareceríamos NADA!!! Ele é loiro de cabelos espetados, tem 1,93 de altura, é forte embora não seja musculoso, estava de terno e gravata negros, calças sociais e tênis da mesma cor, porém sua camisa social era branca, ele usava luvas brancas e estava girando uma faca nas mãos, eu sentia uma intenção assassina vinda dele, mas pensei "grande coisa, eu tenho um revólver", e também, mesmo que Dante fosse "um cidadão-nada-exemplar" digamos, duvido que ele tentaria mesmo me matar.

- Que foi, Dante? - Perguntei me virando para ele, vi que ele estava mesmo irritado.

- "Que foi, Dante?" UMA OVA!!! - Gritou ele com raiva - VOCÊ NÃO VAI ABRIR MÃO DE LIDERAR A FAMIGLIA LA MORTE MESMO QUE EU SEJA MAIS VELHO?!

- Isso mesmo! - Eu disse - Nosso pai morreu ontem, porém não te nomeou chefe da famiglia.

- ELE TAMBÉM NÃO TE NOMEOU!!! - Protesta.

- Eu sei, mas não acho justo que você se nomeie chefe só por ser mais velho, só te aceitarei como chefe se mostrar que mereçe! - Exclamei.

- Nesse caso... - Disse Dante avançando em minha direção com a faca em mãos - MORRA!!!

Me desesperei e peguei a pistola, acertei sua cabeça no mesmo instante em que a faca dele atrevessou meu pescoço, só me lembro de três coisas antes de morrer:

1:Vi o meu sangue e o sangue de Dante escorrendo.

2:Vi o relógio, acho que morri exatamente à 00:00.

3:O último trecho que ouvi da música, ele era assim:

Nothing really mattersAnyone can seeNothing really mattersNothing really matters to me

Que significa literalmente "Nada realmente importa, e qualquer um pode ver, nada realmente importa, nada realmente importa para mim", e acho que senti algo salgado e molhado vindo dos meus olhos, será que... Eu chorei antes de morrer? Mas por que chorei? Por que eu estava morrendo? Ou por que matei meu irmão? Queria saber o por que...

Algumas horas depois...

Eu estava num lugar onde o céu era negro, e era possível ver chamas no chão, eu estava rodeado por elas, porém não me queimei, vi minha cartola no chão, ela estava intacta, meu pescoço também, porém tinha algo estranho: Não sentia meu coração, e não respirava, eu não tinha necessidade de respirar, "Onde estou" pensei.

- Você está morto, você agora é uma alma! - Uma imponente, grave e assustadora voz podia ser ouvida, porém eu não ouvia nada, até que em minha frente apareceu uma esfera negra, ela tinha dois olhos vermelhos assustadores, e um "666" dourado acima dos olhos, 666... Me lembrava que esse número tinha algum significado obscuro, mas era o que mesmo?

- Q-q-quem é você? - Indaguei com medo.

- Sou o imperador da desgraça, dos dessastres, do caos, do medo e da destruição! - Disse a esfera - Me fortaleço graças ao ódio, o sofrimento e os pecados dos humanos, o inimigo de tudo o que é sagrado e aliado de tudo que é maligno, sou o rei dos dêmonios, Satan!

- Sa-sa-Satan?! - Indaguei - O mesmo da bíblia?

- Eu mesmo, e você foi escolhido por esse inferno de chamas para voltar a vida, - Dizia ele, e eu via algo surgindo, um corpo - Reconheçe esse corpo?

Como eu não reconheçeria meu próprio corpo? porém, ele estava tão, tão... Sem vinda!

Parecia que eu tinha perdido todo, ou quase todo sangue, e em meus olhos opacos, eu podia ver o horror etampado.

- Bem, - Satan voltou a falar - Agora você irá voltar a possuí-lo! - Após essas palavras, vi uma luz vermelha vindo do rei demônio, ela tinha forma de uma labareda vermelha com uma estrela dourada no centro, ela veio até a palma da mão direita do meu corpo, e meu corpo mudou, parecia novo, não tinha nenhuma cicatriz, nem no pescoço, e eu entrei no meu corpo, bem na palma da minha mão direita, voltei a respirar, mas ainda não sentia meu coração, e eu não sei por que - Vá para a sala de armas, depois de escolher algumas armas, se bem que você já tem uma, depois disso, siga Mefistófeles, ele irá liderar um ataque a terra. - Após isso, Satan desapareceu, e eu não estava mais naquele inferno de chamas, mas sim numa sala com uma mesa negra a frente, com várias armas nela, e mais algumas em estantes, eu me aproximei da mesa.

Lá encontrei um revólver igualzinho ao meu, do mesmo modelo, um Winchester 22, eu era bom em atirar com duas armas, e botei no meu bolso esquerdo, já que no direito já tinha o outro revólver, e vi uma espada de punho negro com uma caveira dourada no final, seu protetor também era negro, mas no centro tinha outra caveira dourada, e sua lâmina era vermelha e larga, sou um bom esgrimista, mas aquela espada era bem diferente de uma de esgrima, embora eu não tenha ressistido e pegado ela, logo mais um homem entrou na sala:

Terno, gravata, calça social e tênis todos negros, como a cartola em sua cabeça, que cobria um pouco o rosto, e seu cabelo negro volumoso que ia até o pescoço ajuda mais a ocultar o rosto, só podia ver seu nariz e sua boca, sua camisa social que ficava por baixo do terno também era negra, e ele tinha nas mãos um guarda-chuva, advinha que cor era? Negro também, ele era robusto e tinha quase 2,00 metros de altura.

- Vamos seus molengas, já dei tempo o suficiente para vocês escolherem suas armas. - Disse o homem vestido de negro - Se não se apressarem, tiro as vidas que o Lorde Satan generosamente lhes concedeu com isso. - Falou mostrando o guarda-chuva.

- Há! - Disse um garoto que parecia terminha idade - Como um guarda-chuva pode nos matar?

- Assim! - Dizia o homem vestindo de preto pegando a cara do garoto com sua mão esquerda, e usando o guarda-chuva para perfurar o pescoço do garoto com a direita, não era um guarda-chuva muito pontudo, porém o homem enfiava lentamente o guarda-chuva no pescoço do garoto com força, tirando bastante sangue, até que o guarda-chuva penetrou completamente o pescoço, e cortou sua cabeça, litros de sangue jorraram e até atingiram um pouco o homem, que não mudou nem um pouco de postura, e jogou aquela cabeça, com um rosto horrorizado e amedrontado no chão, um pouco longe do resto do corpo, o homem não mudou a postura, por outro lado, acabei vomitando, vendo aquele meu nojo, o homem veio até mim e perguntou: - Qual o seu nome, garotinha?

"Garotinha?!" pensei, "Tá de sacanagem!" mas respondi:

- Sou um homem, me chamo Luca La Morte.

- La Morte... - Analisou - "A morte" em Italiano, para alguém com esse sobrenome, você possui um estômago fraco quando se trata de assassinatos.

- E você, quem é?

- Mefistófeles. - Responde ainda frio - Ande, La Morte, iremos invadir e conquistar a terra, e massacraremos a humanidade.

"Conquistar a terra? Massacrar a humanidade?" pensei, aquele cara era muito folgado, eu não queria fazer aquilo! Então peguei meus revólveres, atirei nas costas de Mefistófeles, que se virou para mim, e ele disse:

- O que foi? Está se rebelando? Mesmo após o meu mestre te conceder uma nova vida?

- Eu não pedi uma nova vida, ele me deu por que quis! - Exclamei - Mas isso não significa que eu queira me tornar servo dele! - Coloquei os revólveres nos bolços, peguei minha espada, e avançei em Mefistófeles.

Continua...