Estigmas Das Trevas escrita por AngelSPN


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Fim da história. Espero que aproveitem a forma distorcida que criei para essa fic. Algumas falas foram extraídas do seriado para dar mais veracidade. Agradeço a todos que me ajudaram com os reviews para prosseguir. Beijos.



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Dean estava parado, não movia nenhum músculo. Tinha medo de perder aquele primeiro contato com o irmão. Era tão bom ser visto, ser ouvido! Alheio por alguns momentos de todos ao seu redor não percebeu a aproximação de uma sombra que ganhava forma. Aquele espectro pairou sobre o corpo do jovem que tentava ser reanimado pela equipe médica.  O loiro sentiu um calafrio, e olhou para o próprio corpo no leito. A “coisa” aproximava-se ainda mais, deixando-o cada vez mais fraco.

— Saia! Saia de perto de mim!Fora! — Ele gritava com tanta ferocidade que o espectro o encarou e saiu como a rapidez que chegou.

— Dean? O que foi isso? — O moreno questionava sem entender absolutamente nada.

— Está tudo bem Sammy. Eu...

— Dean? Você está aí? — Sam em lágrimas tentava contato, mas desta vez não conseguiu ouvir ou ver o irmão. Uma mão posou sobre o ombro do rapaz fazendo-o sobressaltar-se e voltar a realidade.

— Senhor?Senhor? ­— Dizia o doutor analisando o estado emocional do moreno.

— Sim...sim. — Sam dizia voltando a encarar o par de olhos cravados nos dele.

— Conseguimos reanimar seu irmão. A pulsação está normal. Pode acalmar-se.

Sam apenas assentiu um obrigado, e, chegou perto de onde estava o irmão segurando sua mão, deixou as lagrimas banharem seu rosto. Havia visto o irmão, falado com ele. Soube naquele momento que Dean estava ali, lutando. Tinha que achar uma forma de se comunicarem.

— Dean? Você está aí? Pode me ouvir? — O loiro correspondia às perguntas, mas não haviam respostas. Um grito do outro lado do corredor chamou a atenção de Dean.

— Você não ouviu isso Sam? Não acho que não.

Dean Winchester correu até o corredor, uma mulher loira pedia socorro. Ele tentava chamar alguém para ajudar, mas ninguém o ouvia. A mulher abriu bem os olhos e o segurou-o pela camisa branca.

— Você vai morrer. — A mulher desconhecida soltou um suspiro longo e cerrou os olhos.

Dean afastou-se rapidamente daquelas mãos que continuavam o prendendo, encostou-se na parede e viu o mesmo espectro aproximando-se do corpo da jovem e levando seu espírito consigo. Daquele momento ele sabia muito bem com quem estava lidando. Estava ferrado.

***

— Pai, eu o vi. Falei com ele por alguns segundos. Mas algo aconteceu, perdi contato. Acha que isso é possível? — O moreno queria muito acreditar.

— Não sei, filho. Mas Dean é bem capaz disso. Hey, Sammy...vamos fazer de tudo para trazê-lo de volta ok? — John colocou sua mão no ombro do jovem.

— É, eu sei.

— Sam, preciso que cuide de seu irmão, agora.

— Está bem, o que o senhor está fazendo? — Sam perguntou, mas não queria ouvir a resposta.

— Bobby me trouxe a colt. Vou guardá-la em um lugar seguro e... — John não conseguiu terminar a explicação, seu filho mais novo já estava saindo pela porta do quarto. Antes de ir olhou para o pai e arriscou uma última pergunta:

— Porque tem que ser assim? Porque? Dean está lutando pela vida, você luta para ver o amaldiçoado morto, e eu...eles tem planos para mim...você sabe o que significa isso?

— Não. Mas vamos...conseguir vencer.

A última palavra foi dita como um sussurro. Sam fechou a porta e saiu. Dean a tudo observava, olhou a fisionomia do pai. Não havia dúvidas, John estava mentindo. Ele sabia de alguma coisa.

O Winchester mais velho levantou-se, estava estranho. Diferente, os olhos revelavam uma determinação, uma loucura. Dean seguiu o pai, viu quando o mesmo entrou no banheiro e subiu no vaso. Começou a tatear o teto, encontrou o que havia escondido.

— Pai? O que você vai fazer? — O loiro seguia os movimentos do velho Winchester. — Porque está pegando a colt? Ela é mais importante do que eu? Sam está tentando de tudo para me salvar e você...você nem sequer foi me ver? — Dean sentiu a voz embargar.

John sentiu um súbito mal estar, colocou a palma da mão na parede. Respirou profundamente e continuou com sua jornada. Dean sentiu uma repulsa, viu que seu ódio estava afetando aquele a quem ele tanto amou. Resolveu deixar o pai, sentia as súplicas do irmão. Sam sim, se importava com ele. E isso era o suficiente.

***

                — Dean? Se você pode me ouvir, não venha zombar de mim. Mas achei algo que pode nos ajudar a nos comunicar. Então...não resmungue, ok? — Sam tirou uma tábua Ouija da caixa e a colocou no chão. — Dean, você está aí?

                — Sam, só pode ser brincadeira. — O loiro aproximou-se e sentou. — Me sinto um palhaço na festa de pijama. Tá, não vai dar certo mas....puta merda! — Dean não acreditou quando o indicador correu até o SIM.

                — Cara, graças a Deus! Você não pode nos deixar, eu e o papai vamos acabar nos matando. — O moreno estava com suas covinhas amostra. — Dean o que há? — Sam sentiu o indicador de madeira mexer-se. — caçando? Você está caçando? O que é? Está aqui no hospital? — Sam perguntava rapidamente.

                — Uma pergunta de cada vez, mano. — O loiro movia o indicador até as letras formando as palavras.

                — O que é? — Sam mudou de posição ainda mais séria.

                — Acho que ele não está matando as pessoas, acho que ele está as levando. É um ceifeiro Sammy.

                — Ceifeiro? Dean ele está atrás de você?

                — Sim.

                — Cara...se isso for verdade...se for morte natural...você...

                — É, estou ferrado. Não tem como matar a morte, não é?

                — Não...não...não. — Sam levantou-se, passando os dedos nos lábios cortados pelo acidente. — Papai deve saber o que fazer.

                — Papai... — Dean viu o irmão sair do quarto. — Nosso pai está preocupado com outras coisas.

                Sam correu por todo o hospital, procurou seu pai por cada canto. Ele havia sumido, deixou-os sozinhos novamente. O moreno voltou para o quarto do irmão com o diário nas mãos.

                — Mano, eu não achei o pai. Mas aqui deve haver alguma forma de salvar você. Só te peço para agüentar, ok? Não vai morrer logo agora que começamos a nos conhecer melhor. — Sam soltava uns sorrisos só dele.

                — Obrigado, Sammy. Por não desistir de mim.

                O loiro saiu, sentia algo chamando-o. Viu uma bela mulher olhando-o. Dean sabia que alguma coisa nela não estava certo.

                — Olá Dean. Sou Tessa vim para te ajudar.

                — Quem é você? Espere! Você....

                — Sim. Não precisa nem completar. Você viu minha verdadeira forma e meio que pirou. Isso machuca uma garota.

                — Olha só, sei que você já deve ter ouvido muitas vezes isso...mas não posso ir, preciso cuidar do meu irmão. Ele irá morrer, estamos em guerra e...

                — Dean, essa guerra acabou.

                — Não, ainda não. Eu...

                — Acabou para você.

                — Por favor, preciso de mais um tempo. Meu pai sabe de alguma coisa, algo muito sério sobre o Sam. Tenho que protegê-lo, depois prometo ir com você. Caso contrário não irei.

                — Não obrigo ninguém a ir. Mas você mudará, se tornará aquilo que você caça.

                — O que você quer dizer com isso.

                — Dean, como você acha que os espíritos se tornam vingativos? Eles não querem ir, ficam presos neste mundo e no outro. A alma se corrompe e acabam machucando as pessoas.

                O loiro estava olhando-a, sabia lá no fundo que Tessa dizia a verdade. Ele estava cansado, sentia-se ainda mais depois de tudo que passara nas mãos de Alastair. Não suportaria voltar para aquele inferno. Pela primeira vez sentia a vontade de partir, porém não sem antes consertar as coisas. Seu irmão era sua responsabilidade.

                — Darei até essa noite para você se decidir. Que fique bem claro, ou você vem comigo ou ficará vagando pela eternidade. Para o seu corpo você não voltará mais.

                Dizendo essas palavras o ceifeiro desapareceu. Deixando o eco na mente do jovem. Foi como reviver os últimos momentos, a infância, sua mãe, o nascimento de Sam. O beisebol que seu pai olhava e até jogava, e então os gritos, as chamas e o pequeno Sammy em seus braços chorando. Ele não sabia o que fazer, há muito deixou de rezar. Não acreditava em anjos, mesmo que tenham dito que Castiel os ajudou. Dean nem ao menos lembrava direito de sua fisionomia. O que o loiro lembrava eram das torturas, do fogo em sua carne. Das palavras sórdidas que saiam da boca dos demônios e dos terríveis pesadelos. Sim lidava como se fossem pesadelos, mas eram mais que isso, eram reais. Tão reais que seu corpo sentia os estigmas das trevas. O horror de dia após dia ser estraçalhado, e, voltar a acontecer tudo de novo no amanhecer.

                Dean não soube como aconteceu, mas ele acabou sentindo a presença de seu pai. Ouvia ao longe uma espécie de invocação. O loiro sabia que algo de bom não sairia desse ritual.

                — Pai? O que o senhor está fazendo? — Dean aproximou-se do caçador que cortava a própria palma da mão deixando o sangue correr abundantemente em um recipiente e logo em seguida sendo consumido pelo fogo.

                John tentava invocar o demônio, era essa a idéia do caçador. Por isso ele queria a colt. Dean acompanhava com o olhar parado as ações que logo se seguiram.

                — Apareça seu desgraçado! — O caçador gritava.

                — Ora, ora. Vejam só que surpresa. John Winchester me conjurando? Mas porque será? Oh...vejamos...quer fazer um acordo? Acertei?

                — Você? Nos enganou muito bem sua vadia. — John estava surpreso, havia sido feito de palhaço e não percebera na arapuca armada por eles há muito tempo. — Daniel me alertou, eu não quis ouvi-lo...

                — Sim, você estava abalado demais com as suas idiotices familiares. Foi fácil me aproximar. Sam ainda acredita em mim. Você sabe sobre o Sam, não é? — Ruby chegou bem perto do caçador.

                — É, eu sei.

                Dean continuava imóvel, estava sendo difícil ter que ouvir tudo calado sem acabar com a vida daquela vagabunda. Afinal, ele estava certo sobre ela.

                — Sabe John, com o Dean fora do meu caminho...será mais fácil manipular o doce Sam. Ele tem todo aquele poder adormecido dentro dele e quando despertar...uau! Será o apocalipse na terra.

                — Não deixarei isso acontecer. Dean não deixará. — John falava com convicção e confiança. Isso deixou o loiro em frangalhos.

                — Sabe John, não estamos a sós nesta sala. Mas você não precisa saber disso. O que você quer? — Ruby falou olhando diretamente para o loiro, ela sabia que ele estava ali. Mas Dean continuava sem conseguir se desvencilhar das garras invisíveis que o mantinham imobilizado.

                — Você está atrás disto, não é? — John mostrou a colt para a loira.

                — Pai, o que o senhor está fazendo? — O caçador clamava por ser ouvido.

                — Nossa, direto aos negócios. Gosto disso John. — A demônia avançou para cima do caçador mais velho, mas não conseguiu atingi-lo.

                — Você não é tão esperta quanto eu pensava, afinal. — John olhava para o teto, onde havia a armadilha do diabo desenhada. — Eu podia acabar com você aqui mesmo.

                — Mas não vai, não é? — Ela continuava sorrindo, deixando o loiro cada vez mais indignado.

                — É, não irei. Eu lhe entrego a colt, e, em troca você salva o Dean.

                Aquilo caiu como uma bomba na cabeça do loiro, seu pai estava pronto para entregar a colt em favor da vida do filho.

                — John, acho que quero algo mais que isso. Vamos acrescentar alguns ingredientes? —  Ruby sorria, estava vencendo. Conseguiria seu intuito.

                — Pai, não. Ela é uma víbora. Acaba com a vida dela. Agora! — Dean gritou com todas suas forças, as velas que John acendeu se apagaram e um ar frio tomou o lugar.

                — Sentiu isso John? Seu filho parece não concordar com suas atitudes. Não é Dean? —  Desta vez Ruby dirigiu a palavra diretamente para o loiro que continuava sem poder mover um músculo. E não só ela podia vê-lo, com lágrimas nos olhos John viu o filho e todo seu sofrimento.

                — Maldita! Solte meu garoto. Acabarei com você aqui e agora! — John começou a recitar o exorcismo.

                — Espere! Se fizer isso, seu filho cai morto. E pronto a voltar para aquele inferno que você mesmo fez ele experimentar. O que achas? Prometo salvar Dean e como bônus ele não se lembrará de nada disso. E você me dará a colt e a sua alma. Temos um acordo? — Ruby não tirava os olhos negros de John.

                — Não pai, por favor. Não faça isso. Por tudo que é de bom nesta terra, não faça isso! Deixe-me ir, não conseguirei viver sabendo que você vendeu a sua alma. Eu te imploro pai. — Dean sentiu o corpo cair, não parecia ser um espírito. Sentia a dor, a emoção e os sentimentos gritando dentro de seu peito.

                — Filho. Eu sinto muito. Sinto por não ter correspondido as suas expectativas. Um dia você me entenderá. — John voltou seu olhar para a demônia. — Mas com uma condição. Faça Dean esquecer o que presenciou nesta sala e antes que você me leve quero me certificar que meu garoto esteja bem.

                — Claro. E sobre mim, você nada falará.

                Antes que o loiro pudesse ver o final do desfecho, uma escuridão o envolveu. Fazendo-o desaparecer na frente dos presentes.

                — Para onde ele foi? — o velho caçador gritou.

                — A morte veio buscá-lo. —  Ruby falou sem nenhuma emoção na voz.

— Eu aceito. — Ela sorriu, viu o caçador desmanchar o circulo e soltá-la.

***

Sam estava ao lado do leito do irmão. Estava perdido com seus pensamentos, quando de repente Dean abre os olhos com dificuldade de respirar.

— Dean! Enfermeira! — Sam correu até o corredor chamando por ajuda.

O médico examinava o loiro e comentou estupefato:

— Você deve ter um anjo da guarda muito forte. Não há edemas, contusões...você está saudável! — O médico disse saindo e deixando os irmãos a sós.

— Sammy, quer dizer que eu estava caçando um ceifeiro? Como escapei?

— É. Você não lembra de nada?

— Não. Apenas um vazio. Algo não está certo, eu sinto isso. Onde está o papai?

— Ele...

— Estou aqui filho. — John aproximou-se com um leve sorriso nos lábios. — Que bom que você está bem, garoto.

— Onde você esteve, pai?

— Por aí.

— Ah, sim. Muito específico. — Sam tomou uma postura agressiva.

— Qual é, Sammy. — Dean resmungou, não queria brigas.

— Filho, por favor. Podemos parar de dar cabeçadas um no outro? Na maior parte das vezes não sei porque brigamos. — John estava abatido e demonstrando muito cansaço.

— Pai, o senhor está bem? — Sam percebeu o quanto o pai estava esgotado.

— Sim. — John aproximou-se dos dois filhos. — Olha, eu cometi muitos erros, pensei ter feito o melhor que pude. Fiz Dean crescer rápido demais, coloquei um fardo muito pesado em seus ombros. Ele cuidou de mim e de você e nunca reclamou. Sammy, quando você saiu, eu enlouqueci. Achava que os demônios iriam pegar você. E me arrependo profundamente de ter feito o Dean passar por tudo o que passou. Eu daria tudo para voltar ao passado e jamais ter.... — As palavras estavam difíceis de serem pronunciadas, o caçador estava muito emocionado. Os dois irmãos apenas o olhavam, todos estavam em um momento muito delicado.

— Pai, você não precisa...

— Por favor Dean. Deixe-me terminar. Quando perdi você para o maldito do olho amarelo, meu mundo desabou. O meu garoto que sempre me recebia com aquele olhar de herói depois de uma dura caçada...eu o havia condenado a morte, pior entreguei você de bandeja para os malditos. Dean me perdoa, eu sei que não mereço o perdão de vocês dois. Mas achei, que estava agindo corretamente. Quando aquele anjo se apresentou para salvá-lo...pensei que era truque do destino. Todo esse seu sofrimento é culpa minha..

— Pai, não faça isso com o senhor. O senhor achava que estava protegendo-nos, não te condenamos por isso. O tempo faz com que percebemos o que o amor distorcido é capaz de fazer. O poder de destruição é muito grande. Por isso temos que ficar juntos, unidos. Assim venceremos o mal que tenta se alastrar pelo planeta. — Dean também falava muito emocionado. Jamais vira o pai naquele estado.

— Sam, você pode pegar um café para mim? ­

— Tá, pego sim. — Sam dirigiu-se até a porta, mas antes de sair John o abraçou. Um abraço caloroso e demorado. Sam não havia retribuído o abraço, mas sentiu algo diferente. Seu pai finalmente estava mudando. O jovem retribuiu o carinho. Ambos depois se olharam e sorriram sem dizer uma única palavra. John viu o filho afastando-se e voltou seu olhar para aqueles olhos verdes cintilantes.

— Pai, o que foi? — Dean sabia, sentia que algo estava errado. Todo seu corpo o alertava.

— Filho, preciso que você cuide do Sam.

— Eu sempre cuido dele, pai.

— Eu sei. Mas você precisa salvá-lo.

— Como assim pai? O senhor está me assustando. — O coração do loiro estava aos pulos.

— Dean, não posso dizer muita coisa. Mas você precisa salvar seu irmão, ou você terá que... — As palavras pararam, estava difícil ir adiante.

— Ou terei o quê, pai? — Dean levantou ainda mais da cama.

— Ou você terá que...matá-lo, filho.

John sentiu-se um lixo, mais uma vez estava jogando um peso nos ombros do filho mais velho. Viu aquele olhar de ódio brotar mais uma vez, nenhuma palavra a mais foi pronunciada. O loiro acompanhava os passos daquele homem que dizia ser um pai amoroso, que amava a família acima de tudo. Agora despejava toda aquela porcaria e saía sem dizer nada?

— Pai...espera! — Não obteve resposta. E foi em questão de alguns minutos perdido em seus mórbidos devaneios, que ouviu a voz de Sam.

— Pai! Socorro, alguém me ajude! — O corpo de John estava caído, imóvel, sem vida.

Os dois garotos ouviram quando os médicos desistiram e anunciaram sua morte após várias tentativas de reanimá-lo.

— Certo pessoal. Hora da morte 10:41.

Ao longe uma luz emanava de um homem de olhos azuis e de sobretudo. Ele acompanhava o desenrolar dessa história com muito pesar. Sentia a dor daquela família e sabia que isso era apenas o começo de um duro destino. Coisas muito piores estavam por vir, queria impedir tal sofrimento. Mas ordem eram ordens, não poderia interferir nas escolhas humanas.

— Estás chorando Castiel? — O homem loiro com sotaque  o questionava.

— Não Balthazar. Apenas me deixei levar pelos sentimentos profundo que esses humanos possuem. Isso não irá mais acontecer.

— Você os ajudou antes. E ajudou hoje. Livrou o seu protegido Dean das sombras que o atacavam em sonhos. É hora de partirmos.

— Estigmas vindo do inferno, não poderiam circundar a terra. Lamento por não ter podido evitar a entrega da chave para aquela demônia. — Castiel falava pausadamente, com tanta serenidade que chegava a assustar.

— Vamos amigo. Agora é com os humanos essa guerra. Enquanto não nos autorizarem a intervir estamos de mãos atadas.

Castiel assentiu. Seu amigo tinha razão, era hora de sair de cena e aguardar novas revelações. Olhou mais uma vez para os bravos homens e seguiu com Balthazar, abrindo suas asas gigantescas e desaparecendo em um clarão.


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Notas finais do capítulo

E então, ficaram decepcionados? Não? Sim? Aguardo seus reviews e suas opinões. Até algum dia amigos!
Beijos AngelSPN.



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