Memórias Esquecidas escrita por Jenny


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

#Revisado
Leiam&Divirtam-se
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Yasuhara espalhou pela mesa vários artigos de jornais contendo fotos de mulheres que morreram na casa nos últimos dezesseis anos, pegou seu cadernos de anotações abriu em uma página e começou a ler

– Nos últimos 16 anos muitas famílias moraram nessa casa, no primeiro ano foi a família Yoshida, um casal com uma filha, encontraram a menina morta em seu quarto com marcas de asfixia como não acharam o culpado, os pais saíram da casa e 2 anos depois uma outra família comprou a casa, os Narashima tinham dois filhos a mãe caiu da escada e bateu sua cabeça gravemente depois de algumas horas morreu de traumatismo craniano, o pai saiu da casa com os dois filhos e a colou a venda. 2 anos e meio depois outra família comprou a casa o casal Hoshimaru que tinham uma filha, a Mãe e a filha foram encontradas na cozinha com a garganta cortada, procuraram o assasino mas também não o encontraram – Ele fez uma pausa, olhando para todos para ver se tinham escutado depois continuou

– Nos 11 anos seguintes outras famílias moraram aqui e muitas outras mulheres morreram – fez outra pausa

Masako levantou sua mão para cobrir sua expressão de aterrorizada com a manga de seu kimono, Mai e Ayako estavam horrorizadas nem se importando com as lágrimas que estavam se formando em seus olhos estavam tristes pelos pais e filhos que perderam as pessoas que amavam, como um fantasma poderia fazer tamanha crueldade?

– Mas oque é intrigante nessas mortes é que todas tiveram o mesmo padrão, além de serem todas do sexo feminino elas tinham cabelos e olhos castanhos – Yasuhara disse com cautela e quando terminou todos os olhares se voltaram para Mai

– Oh Mai.. – A voz de Ayako sumiu, seus olhos mostravam claramente sua preocupação assim como todos os outros

– Ainda não disse tudo, antes da primeira família morar na casa logo quando as mortes começaram uma outra morou aqui antes dela e essa família foi.. – Yasuhara disse lentamente, ele não sabia como os outros iriam levar essa informação, na primeira vez que viu o artigo levou um choque mas depois percebeu que Mai deveria ter uma boa razão para não contá-los

– Foi a minha – Mai disse surpreendendo a todos e principalmente a Yasuhara, ele não estava esperando que Mai falasse por si mesma, com o choque ninguém disse uma palavra Mai não sabia se eles tinham escutado então repetiu novamente

– Eu e minha família nós moramos aqui – repetiu alto o suficiente para que todos ouvissem

A equipe SPR estava atordoada o suficiente para não conseguirem falar nada mesmo Naru estava surpreso com o que acabara de ouvir mas sua expressão fria não deixava mostrar, Ayako abria e fechava a boca que nem um peixe ela queria falar mais o som da sua voz não saía, Masako esqueceu de levantar sua mão até o rosto e agora estava com a mesma aparência atordoada que Takigawa e John, somente Yasuhara que já sabia e Lin não mostravam muitas expressões

A princípio Naru ficou surpreso afinal não esperava que algo tão importante fosse revelado, algo dentro de si o incomodava, sentia uma dor aguda toda vez que pensava que Mai não tinha confiança nele o suficiente para contá-lo, já que eram chefe e empregado era o que deveria ser feito, ou será que não? mas para ele fazia todo sentido

Não é que isso seja útil ou não para o caso, esse não é o ponto mas por qual motivo ela omitiria a verdade? a Mai sempre foi um imã para perigos, ela tenta não nos preocupar mas acaba fazendo o contrário, toda vez que penso que ela está em perigo esqueço meu lado racional e ajo sem pensar não consigo entender como uma simples assistente desastrada consegue ter tanto efeito sobre mim

– Mai querida, porque não nos disse antes? – Ayako falou calmamente para não pressioná-la, era exatamente o que todos queriam saber

Mai estava de cabeça baixa e com as mãos no colo dava para perceber o seu nervosismo pela tensão em seus ombros

– Eu sei que isso não é grande coisa mas eu só não sabia como falar, estava ciente de que Yasu ia ter que pesquisar sobre o histórico da casa e quando ele fizesse isso seria mais fácil para mim contar – Mai disse ainda de cabeça baixa

– Você só tinha que dizer que já morou aqui antes não tem mistério nenhum, não é como se fossemos te crucificar – Takigawa disse

– Bou-san não é tão fácil assim, foi aqui neste lugar que tive meu pai e minha mãe assassinados, presenciei suas mortes mas por sorte ou azar quem sabe, eu não lembro quem os matou nem o que aconteceu, logo depois fui mandada para um orfanato..as vezes eu penso se..se eu realmente mereço estar viva – Mai disse, deixando os pingos das lágrimas caírem em sua roupa

– Sinto muito pelo que aconteceu Mai – Ayako foi até Mai e a envolveu em um abraço terno, fazendo Mai relaxar a tensão que estava sentindo

– Ninguém tem culpa pelo que aconteceu muito menos você, e mais se não fosse por você Mai talvez essa equipe nunca tenha existido você é o que nos une – Ayako disse suavemente acariciando seus cabelos

Naru não disse nada apenas ficava observando Mai, e admirando a força que aquela menina tinha, de ter perdido os pais, de ter ficado órfã, de morar sozinha e mesmo com todas as dificuldades ela nunca aparentava estar desanimada, sempre sorria como se fosse o próprio sol, iluminando todo o escritório que parecia ficar solitário quando ela não estava

– Obrigada, Ayako – Mai disse dando um pequeno sorriso – Vou sair um pouco, prometo não demorar – Mai disse sem deixar que alguém respondesse e saiu da base

Todos permaneceram calados durante algum tempo até que Yasuhara decidiu cortar o silêncio

– O único além de mim que não mostrou nenhuma reação foi você Lin, seria porque você já estava sabendo? – Perguntou, foi o único que tinha percebido pois o resto estava perdido em pensamentos

– Digamos que sim, soube a pouco tempo quando estava pesquisando o histórico da casa, encontrei um artigo na internet e nele estava uma garota com cabelos castanhos e em baixo da foto estava escrito o nome de Mai – Lin disse ignorando o resto da equipe que o olhava incrédulo por não ter dito antes

– Naru a Mai bate com a descrição das vitimas e como você é o parceiro dela não deve perdê-la de vista – Lin o lembrou e Naru se levantou da poltrona indo até a porta afinal não se sabe o que pode acontecer com a garota que atrai o perigo 24 hrs por dia

– Quando voltar quero saber se alguém tem mais alguma informação que possa ser útil – Dizendo isso saiu da base

– Naru-chan está preocupado com nossa Mai, o que acha que devemos fazer monge-kun – Yasuhara disse com um sorriso travesso e olhou para Takigawa

– Não sei, está pensando a mesma coisa que eu? – Takigawa perguntou sorrindo de orelha a orelha

– Quem sabe fazer ciúmes para um certo chefe narcisista – Yasuhara falou transformando seu sorriso em um riso diabólico junto com Takigawa

– E-Eu não sei se isso está certo – John disse nervoso, se aquilo saísse errado todos iriam pagar

– Vamos, não seja estraga prazeres isso vai ser divertido não é? – Takigawa perguntou

– Sim, sim..vai ser – Yasuhara disse com um sorriso tão assustador que fez John ficar mais nervoso do que já estava

Lin estava ouviu tudo que eles estavam falando mas decidiu apenas ignorá-los mas se bem que se divertir um pouco com o frio narcisista não seria nada mal

Mai caminhava lentamente pelo corredor deixando que seus pés a guiassem, subiu as escadas e entrou em uma sala onde tinha um lindo piano de cauda branco estava muito bem conservado e não tinha um risco sequer

Sentou no banco em frente ao piano e passou os dedos pelas teclas sentindo falta dos tempos em que treinava com sua mãe, lembrou de uma melodia e começou a tocar e cantar suavemente ao terminar ouviu alguém batendo palmas, assustada se virou rapidamente para ver quem era

– Você..está ai a muito tempo? – Mai perguntou, era constrangedor saber que alguém a ouviu afinal nunca tinha tocado nem cantado pra ninguém exceto seus pais

– O suficiente para saber que a voz da minha assistente não é nada mal considerando que você é idiota e desastrada – Naru disse

– Mesmo querendo elogiar uma pessoa você ainda é arrogante, será que não consegue engolir o orgulho e dizer que sou boa? narcisista idiota – Mai resmungou a última parte mesmo assim Naru ouviu

– Aumente seu dicionário de insultos Mai e sobre sua habilidade de cantar você tem futuro, poderia cantar em um bar qualquer e ser muito conhecida entre o público da terceira idade – disse com a intenção de irritá-la, e deu certo

– Seu.. maldito workaholic, não consigo acreditar que trabalho pra você a tanto tempo – Mai disse irritada se levantando do banco para ir embora e quando estava quase chegando a porta tropeçou no chão mesmo que não houvesse algo para fazê-la cair

– Isso doeu

– Do que está reclamando, sou eu que estou com peso em cima de mim – Naru disse em baixo de Mai, quando percebeu que ela ia cair agiu por instinto e a encobriu na queda

– Mai não se mecha muito está me machucando – Naru reclamou quando Mai moveu sua perna

– Descul..pe... – A voz de Mai sumiu ao perceber a situação inapropriada em que estavam, sua pernas entre as de Naru, as mãos dele estavam em sua cintura e uma das mãos de Mai estava em seu tórax e a outra a apoiava no chão, se entrasse alguém nesse exato momento pensaria que eles estavam fazendo oque não devia

Mai estava tão envergonhada que seu rosto estava extremamente corado, como isso foi acabar assim?, Naru não se moveu e não pediu para que ela saísse apenas olhava para seus olhos sem nenhuma expressão, Mai se perguntou o que deveria estar passando pela mente de Naru, quando fez menção de sair ele segurou mais forte em sua cintura

– Naru?..– que atitude foi essa agora? foi igual a quando estavam no escritório

– Shh.. não diga nada apenas quero saber oque está acontecendo comigo – Naru disse, queria compreender porque tinha vontade de tocá-la e descobrir o que mais ela tinha a oferecer, nunca teve esse sentimento antes será que Mai tinha razão quando dizia que muito trabalho fazia mal? com certeza algo não estava certo

Mai aperto os lábios, estava nervosa o movimento só fez com que sua sede aumentasse, Naru aproximou de seu rosto e tomou seus lábios sem permissão

– Hum..– Mai tentou resistir mas como já espera aquilo por tanto tempo cedeu e o beijou de volta, e tinha gosta de..chá? era esperado vindo de Naru

Mai tinha um gosto exótico fazendo com que Naru desejasse mais daquilo mesmo nunca tendo experimentado era como um vicio, intensificou o beijo e com habilidade adentrou a boca de Mai e explorou cada centímetro, sua mão subiu até a nuca de Mai e a outra pressionou sua cintura para fazer com que seus corpos se aproximassem ainda mais se fosse possível, Mai acariciou seu peitoral descobrindo um ponto sensível onde nem ele sabia que tinha

Se separam depois de algum tempo para obter ar, a respiração dos dois estava descompassada e os lábios de Mai estavam levemente rosados, por mais que desejassem ficar ali por mais tempo tinham que voltar para a base, principalmente Mai que ficaria sendo atormentada por Ayako pela sua demora

– Naru, antes de voltar tenho que saber porque me beijou? – Mai perguntou

– Não sei quando começou mas tenho vontade de te tocar e fazer outras coisas – Naru sussurrou deixando Mai corada

– Não compreendo o que está acontecendo, cheguei até a pensar que isso poderia ser algum efeito colateral do chá ou até mesmo excesso de trabalho mas quando você ficou tão perto não consegui conter a vontade de provar seu gosto – Naru disse, beijando Mai novamente e explorou sua boca com a língua mais uma vez depois se afastou satisfeito de ter deixado a garota corada de novo

– Esse foi m-m..meu primeiro beijo – Mai disse, Naru gostou do que ouviu isso significava que ele tinha sido o único a sentir o gosto de seus lábios

– Nunca gostei de ver outros homens te olhando, nem de te ver conversando com algum isso me faz esquentar por dentro, por isso seja somente minha – Naru disse, o coração de Mai estava batendo descontroladamente no seu peito tinha medo que tudo aquilo fosse apenas um sonho mas com certeza seria o melhor que já teve

– Naru sei oque você está sentindo, é a mesma coisa que eu sinto por você mas não quero que pense que gosto de você apenas porque tem uma boa aparência, gosto de todos os seus lados mesmo o workaholic, narcisista e arrogante mas foi tudo isso que fez eu me apaixonar por você – disse com um sorriso

– E também gosto do seu sorriso aquele você usa poucas vezes, o que eu sinto por você é..amor

– Amor? então é isso, eu nunca pensei sobre ele talvez por nunca ter sentido isso por uma outra pessoa, mudando de assunto você está realmente pesada Mai – Naru disse mas estava mais uma vez brincando com a paciência de Mai, afinal ela não pesava tanto assim

– Ora me desculpe ser desastrada, você sabe mesmo estragar um clima – Mai disse fingindo estar brava mas depois riu e depois ficou pálida

– N-Naru aqui não tem ar condicionado tem? – A temperatura da sala tinha baixado e nem Mai e nem Naru tinham notado, eles se levantaram e foram até a porta que tinha sido fechada sem que percebessem

– NARU alguma coisa pegou no meu tornozelo – Mai disse nervosa, estava começando a achar que o tal fantasma tinha um fetiche por tornozelos

– Tente se acalmar e use o mantra que Takigawa te ensinou depois os sutras de Matsuzaki

– Está bem, Naumaku sanmanda bazaradan kan – Repetiu o mantra algumas vezes em seguidas fez o sutra de Ayako e os nove cortes

– Rin,pyou,tou,kai,jin,sha,retsu,sai,zen – quando terminou a temperatura voltou ao normal e eles voltaram para a base

A maioria estava conversando e quando Mai entrou na base pararam e esperavam que ela estivesse triste o que era o contrário, Mai sorriu docemente para que eles soubessem que o assunto que foi discutido mais cedo não a incomodava mais e ocupou o lugar vazio ao lado de Ayako

– Mai-chan, vocês demoraram muito, o chefe te consolou apropriadamente? – Yasuhara perguntou sorrindo maliciosamente e Mai decidiu acompanhar sua brincadeira

– Yasu, já me declarei pra você e porque ainda duvida de mim? sabe que eu sou incapaz de traí-lo – Disse brincando mas Naru não deve ter gostado nada do jeito que ele olhou para Yasuhara como se fosse cometer homicídio

– Mas e então qual foi o motivo da demora de vocês? – Takigawa perguntou sorrindo

– Ah, é que apareceu um fantasma e pegou na minha perna nada mais – Mai disse como se aquilo fosse sem importância e todos a olharam

– Você é realmente despreocupada e se algo te acontecesse? – Ayako perguntou

– Não precisa se preocupar Ayako, usei o mantra e o sutra que você e o Bou-san me ensinaram – Mai disse sorrindo e Ayako se convenceu

– Bem, agora podemos continuar a tentar descobrir quem é o fantasma que está na casa – Takigawa disse

– Sei apenas que ele tem a ver com o tempo em que Mai morou na casa – Yasuhara falou cautelosamente

Mai sabia que Yasuhara estava escolhendo as palavras com cuidado com medo de atingi-la emocionalmente mas ela já tinha decidido superar a morte de seus pai e seguir em frente sempre contando com a ajuda da SPR, por isso não se importava de falar sobre o assunto, era bom que não tinha mais que esconder as coisas de ninguém

– Não precisa se segurar Yasu, agora que lembrei quando fui ataca pelo fantasma junto com a Inore fiquei inconsciente e tive um sonho

– quando Mai disse "sonho", Naru a olhou como quem dizia "porque você não disse logo?", ela apenas ignorou e continuou falando

– Mas nele não tinha nada que seja relevante para o caso – Takigawa se levantou do sofá e foi até Mai com uma almofada nas mãos

– Faça o que sabe fazer de melhor: dormir – Ele disse entregando a almofada nas mãos de Mai, ela mostrou sua língua e Takigawa riu

Ayako se levantou do sofá para dar mais espaço para Mai, ela fechou seus olhos e se concentrou até que sentiu sua cabeça pesada e foi para o reino dos sonhos


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Notas finais do capítulo

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