The Only Exception escrita por May


Capítulo 22
The same tricks that, that once fooled me


Notas iniciais do capítulo

heeey leitores *-* muuito obrigada pelos reviews, li todos *--
mt obrigada, não respondi, porque atualmente meu tempo anda corrido, fim de ano na minha escola é terrível, teste de todas as matérias, projeto, trabalhos valendo mt ponto , S: e não posso deixar isso de lado, claro que reservei meu tempinho no computador para escrever os capítulos, mesmo demorando, mas daqui a pouco as aulas acabam, e os capitulos vão ser mais frequentes, tanto em the only exception, quanto em November Rain *U*
Obrigada pela linda recomendação amada Anna Júlia R ♥
quem tiver twitter me segue ai kk @THGminhavida ^^
espero que gostem do cap, eu demorei pra revelar, mas esse é só de revelações marcantes u-u
bj.
A frase é da musica Ignorance de Paramore, acho que pelo o que perceberam, sou fã de paramore *-* e significa : Os mesmos truques que, que uma vez já me enganaram



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Pedi para ele repetir mais umas duas vezes. Não estava entendo ainda, a ficha não caia ainda. Como assim famílias inimigas? Porque corriam atrás de mim então? Será que minha família devia alguma coisa, ou vice versa, vai entender... Era a única coisa que me vinha em mente, sobre isso.

– Não acredito. Peeta, o meu quase sequestro hoje tem haver com isso?

Ele não respondeu.

– Me responde. – Pedi depois de um tempo, mas o silencio se seguiu.

– No colégio conversamos. – Ele diz antes de desligar, e me largar sem alguma resposta.

A minha noite inteira se seguiu no silencio, enquanto pensava. Não consegui fechar os olhos, dormir. Minha mente estava pesada, não conseguiria pregar os olhos. Viro para os lados, com os pensamentos me incomodando.

[...]

No outro dia, levanto cedo. Recebi uma mensagem de Madge, dizendo que ela estaria a caminho logo, logo, com Clove. Aproveitei o tempo que elas chegavam e fui conversar com meus pais, indo diretamente ao ponto.

– Mellarks e Everdeens inimigos, porque não me contaram antes?

– Não sabia que um Mellark estava próximo demais de você. – Meu pai diz me olhando.

– Se soubéssemos você nunca estaria nesse colégio. – Minha mãe completou.

– Agora já chega, podem esclarecer essa história agora. Não sou uma criancinha mais para vocês me esconderem as coisas.

– Sente-se que vamos te falar sim.

Sentei-me.

– Negócios, negócios, ambas as espresas Mellark como Everdeen trabalham no mesmo ramo, mas claro cada uma pro seu lado. A empresa de nossa família sempre foi um pouco mais sucedida, por ser mais conhecida, e eles não aceitam muito bem isso. Acham que roubamos o prestigio deles, tanto quanto dinheiro e exigem isso de volta. Eles querem dinheiro. Acontece que não devemos nada, e eles estão ameaçando nossa família.

Arregalei os olhos.

– Porque vocês não entram em um acordo? – Pergunto tipo uma idiota.

– Eles são cabeça dura, Katniss eles estão atrás de você, que pelo momento está sendo a mais fácil de atingir. Por isso que você veio pra esse colégio. Ficar o mais distante da cidade onde eles pensavam que você estava. Só que agora você está no mesmo colégio que o filho deles.

Fiquei mais pasma ainda. Será que Peeta sabia?

– Mas nada aconteceu até agora... – tento.

– Ontem foi um milagre você conseguir fugir.

– Peeta me ajudou.

– Não o proteja. Aposto que ele estava metido nisso.

– Ele me trouxe pra casa, me ajudou. Estou falando a verdade. – Falo me irritando.

– Não queremos você perto dele Katniss.

– Eu estudo com ele, desistam.

– Por isso mesmo que vamos voltar pra cidade. E você a estudar na mesma escola, com segurança máxima.

– NÃO QUERO VOLTAR. – Falo a beira de lágrimas.

– No começo você não queria vir, agora devia ficar feliz em voltar.

– AHAHAHA, muito engraçado, agora que eu tenho amigos, um milagre. Eu me acostumei nessa bagaça. – Falo.

– Sinto muito, você vai poder continuar vendo seus amigos.

– NÃO, vocês não vão deixar eu ver o Peeta.

– Esquece esse garoto.

Saio da sala e bato a porta com força. As meninas já estavam na sala e me encaravam surpresas.

– Kat... – Madge começa, olhando pra mim.

– Meu quarto. – Falo baixo.

Elas me seguem. Tranco a porta quando entramos e começo a entrar em desespero.

– Menina, o que está acontecendo? – Clove pergunta preocupada.

– MUITA COISA. – Grito andando do lado pro outro. – E-le-es, que...r.em n-os s.e..eparar.

– Você está enlouquecendo Kat. Senta, se acalma e nos conta quem quer separar vocês. – Madge diz me segurando pelo braço.

Sento-me na cama. Ainda sem expressão.

Respiro fundo. E começo a contar as coisas para as meninas. Que apenas assentem e permanecem em silencio, me escutando contar. Faço questão de contar todos os detalhes, falando que eu fui atacada, depois do que eu descobri, de tudo. Falar, desabafar me fez um bem enorme, todo aquele peso que sentia no peito na noite anterior foi embora, porém a angustia continuava, era terrível, mas de um mal já me livrava. Assim que acabei, ambas que olharam, como se não acreditassem no que estava ouvindo.

– Pelos deuses Katniss! Isso parece um filme de ação, misturado com ficção. – Madge exclama.

– Madge engula seus comentários idiotas. – Clove diz séria. – Kat o que você pretende fazer?

– Nossa me bate Clove.

Clove fez careta e eu respondi.

– Não sei, com meus pais eu sempre tento bater de frente, mas é difícil, vou ter que sair do colégio.

– AH NÃO. – Madge diz assustada. – Não pode nos deixar assim.

– Eu não quero ir, não mesmo. Eles querem me afastar de Peeta.

– Porque eles acham que ele está ajudando a te capturar?

– Tipo isso, mas se fosse isso, eu já estaria capturada, ontem ele me ajudou gente. Até me trouxe pra casa. Isso me aperta o coração. Não quero desconfiar dele de novo...

– Não sei nem o que pensar. O jeito é falar com ele Kat.

– É, mas como?

[...]

No domingo as meninas foram embora. Eu fiquei no meu quarto trancada, pensando no que iria fazer. Ia embora do colégio, mas minha mãe apareceu no meu quarto.

– Filha, estivemos pensando, e...

– E...?

– Vamos deixar você no colégio, com uma condição.

Fiquei surpresa.

– Conte-me mais sobre essa condição. – Falo.

– Não namorar o Mellark, não ficar perto dele. Porque você corre perigo, é sério Katniss, na escola você está segura. Então o evite.

Dei risada.

– Avá, por acaso tem jeito de sair na escola durante a semana? Claro que não vou sair. Beleza? E bem que vocês poderiam pagar logo os Mellarks e eles deixarem de me ameaçar, ficar nessa situação não é legal.

– Segunda vamos a uma viagem, tentar o acordo mais sociável possível, mas nada é certo.

– Espero que consigam. – Falo. – Mas não me tirem do colégio. Agradeceria.

– Ok, vimos que você lá mudou bastante. Largou a rebeldia um pouco. E lá dentro sabemos que estará segura, portanto nada de sair finais de semana, até conseguirmos resolver a situação.

– Tá.

...

Assim que desci do carro dos meus avós, acenei para os mesmos e fui andando em direção à entrada do colégio. No caminho Madge e Clove vieram correndo em minha direção.

– Você não ia sair do colégio? – Madge pergunta ao mesmo tempo em que retomava o folego.

– Ia, passado, mas se quer se livrar logo de mim...

– Eita Kat, só perguntei. – Ela diz rindo. – Fico feliz que fique, mas você está irritada...

– Claro, essa confusão toda, a qualquer hora podem me capturar sabe.

– Até aqui no colégio? – Clove pergunta nos acompanhando na conversa.

– Não sei, meus pais falaram que não. Mas sei lá. Preciso falar com o Peeta, será que ele já chegou? – Pergunto.

– Não faço ideia.

Seguimos, entrando no colégio, depois subimos as diversas escadas e quando fui abrir a porta do nosso dormitório, vi Peeta dentro dele, e ao seu lado Delly, com um sorriso nojento no rosto. Peeta estava mais pálido.

– Katniss, chegou a tempo. Clove, Madge, pode nos dar licença? – Delly fala ainda onde está.

Madge olha pra mim.

– A tempo do que? Porque minhas amigas tem que sair? – Pergunto.

– Porque temos um assunto longo talvez. – Peeta diz me encarando.

– OOOK, sem problemas, eu tenho mesmo que dar uma volta no corredor, hm quer dizer, sei lá, lá fora. – Madge diz enrolando, puxando Clove e saindo do dormitório. Batendo a porta.

Um pequeno silencio se estabeleceu, mas não demorei a quebra – lo.

– Eu sei que temos que conversar, mas o que Kelly tem haver com isso? – Pergunto.

– Tudo, ela andou te observando... – Peeta fala.

Arregalo os olhos.

– COMO ASSIM ANDOU ME OBSERVANDO? – Pergunto incrédula.

– Não precisa gritar. Escandalosa. – Ela disse.

– AH Katniss, o momento pelo o que vejo vai ser revelações. – Ele disse dando um suspiro. – Sim, ela andou te observando, ela trabalha para os meus pais...

Fico mais pasma ainda.

– Tr-tr-tr-a-balha...? – Pergunto baixo, a decepção era um tanto quanto visível na minha fala.

– Trabalho sua estúpida, vai ter que repetir quantas vezes? – Delly fala me fitando distante.

– Cala sua boca. – Falo me alterando. – Por isso sempre sentia a presença de alguém me observado, você é louca.

– Você que é louca, deu pra sentir presença agora é? Eu sei fazer meu trabalho direito.

– Com certeza. – Falo irônica.

– Continuando. – Peeta fala com firmeza. – Eu sou a droga do garoto que te beijou naquela festa, agora me pergunto, porque fiz isso, você nem sequer se lembra de mim.

A ficha caiu totalmente, então ele era... Nesse momento me senti mais lerda do que tudo. Como não pude perceber.

– Eu... eu estava inconsciente. – Falo hesitante.

– Garanto que estava. KATNISS EU TE DEI TODO O TEMPO DO MUNDO, PARA VOCÊ SE LEMBRAR DE MIM... – Ele eleva a voz.

– Não grita comigo. – Falo emburrada, ao ponto das lágrimas. – A SUA família está atrás de mim e nem por isso estou irritada com você, eu acredito em você.

– Não acredita não. Pensou até que eu estava te traindo com ela. – Ele diz apontando pra Delly.

– Essa maldita não segura à língua mesmo. – Resmungo irritada

– É, porque você queria esconder isso de mim, não é?

– NÃO PEETA EU ERREI E NÃO QUERIA QUE FICASSE MAGOADO COMIGO SE DESCOBRISSE ISSO.

– Parem de gritar. – A outra resmunga.

– NÃO SE METE NISSO. – Grito novamente.

– Katniss, é uma pena não é, eu já estava magoado com outras coisas.

– Não me venha com esse drama, é sua família que quer me sequestrar, coloca uma maníaca atrás de mim, pra me vigiar, não duvido nada que foi ela que contou aquele dia que fomos para o lago, só quer que eu me ferre, ameaças a minha família, e nem sei SE VOCÊ ESTÁ METIDO NISSO, NÃO SEI SE VOCÊ JÁ SABIA DE TUDO, QUE ELA ME ESPIONAVA, DE TUDO, E NEM POR ISSO, JÁ CHEGUEI BRIGANDO COM VOCÊ.

– KATNISS, POR ACASO VOCÊ ESTÁ TRANCADA EM UMA SALA RECEBENDO AMEAÇAS, SEQUESTRADA? NÃO VOCÊ NÃO ESTÁ PORQUE EU NÃO PERMITI.

– AH MAIS É CLARO, E ISSO MUDA TUDO. – Resmungo.

– Realmente não tem mais jeito. – Ele diz balançando a cabeça.

– COMO ASSIM? – Pergunto.

– Acabou. – Ele diz friamente.

– COMO ASSIM ACABOU PEETA MELLARK? Até três dias atrás você disse que me amava.

– Não vai dar certo isso.

– Ok, pode me abandonar.

– Tchau Katniss. – Ele diz ao ponto de sair.

– NUNCA MAIS OLHE NA MINHA CARA, CRETINO. – Grito sentindo as lágrimas.

A outra o segue, e eu escuto a porta bater. Caio no chão, sentindo as lágrimas correrem livremente pelo meu rosto. Queria xingar, brigar, bater, correr, fugir, me acorrentar. Aquilo acabou comigo.

Ouvi a porta abrir de novo. Madge e Clove. Vieram em minha direção me abraçar. Mas eu não queria abraço, de ninguém.

– ME LARGUEM. - Falo me afastando delas.

– Kat, o que aconteceu? – Clove pergunta em pé ao meu lado.

Mas eu não respondi, não responderia tão cedo...

[..]

Depois do ocorrido, tentei o máximo possível não pensar mais no assunto, na verdade tentava esconder a tristeza, e seguir em frente. Complicado? Muito. Mas como nunca me fiz de molenga e sensível, não ia ser agora. Já que ele me deixou, não vou correr atrás. Por mais que eu queria.

Se passaram, exatamente 1 semana. Nesse momento estou na aula de música, que está um tédio. Sempre gostei de aulas de música, mas agora, não queria mais prestar atenção.

– Então. – A professora dizia enquanto andava de um lado para o outro. Tentei me concentrar pelo menos na minha matéria preferida. – Como sabem... O Haloween está chegando, e o colégio pretende organizar uma grande festa. – Ela diz sorridente. – Quero organizar um mini concurso de canto de toda escola, para aproveitar um evento. Quem quiser participar claro.

– Qual vai ser o tema das músicas? – Uma garota perguntou levantando a mão.

– Rock, pop rock e punk. – A professora responde. – Então quem vai querer participar? – Ela pergunta indo em direção a sua cadeira, pegando um papel e uma caneta.

Claro que Madge e Clove não iriam querer participar, Madge então com sua linda voz ia encantar todo mundo. Isso não me interessava, diziam as pessoas que eu cantava bem, pura mentira.

Algumas pessoas levantaram as mãos, poucas até mesmo, mas tinha outras turmas também, do outro lado da sala, vi a Kelly, ops Delly levantar a mão. A professora anotou no nome dela. Não pude deixar de sentir a raiva subindo pelas minhas veias. Ódio, tudo culpa dela.

Por impulso ergui o braço. Madge e Clove abriram um sorriso voluntário, imagino que elas ficaram muito felizes ao ver que levantei o braço. A professora sorriu e anotou meu nome. Do outro lado da sala, vi a Kelly me encarar, com aquela cara de cachorro rosnando. Não pude deixar de sorrir. Só de pensar que ia duelar contra ela, me dava mais ansiedade ainda.

O sinal tocou, todos se levantaram e saíram. Era intervalo agora.

– KATNISS. – Madge gritou. – Que booom que você vai participar, imagina, já ganhou de TODAS. – Ela diz animada.

– Nem exagera você hein. – Falo sem expressão. – Só vou participar porque...

– Katniss. – Alguém me chama me interrompendo. Delly.

– O que é que você quer Kelly? – pergunto encarando ela.

– Kelly não, meu nome é Delly, e só tenho um aviso pra você.

– Ui, a garota de avisos, diga logo e vá embora, não quero perder o resto do meu dia ouvindo você. – Fala levemente irritada.

– Hm, eu percebi que você só vai participar do concurso, porque acha que vai ganhar de mim.

– Só acha? Tem certeza filha, ela canta melhor que você até dormindo. – Clove diz.

– AHA, vocês nunca me ouviram, o caso é que, eu vou ganhar, eu consigo, porque já consegui outras coisas, não concorda Katniss. – Ela diz sorrindo.

– Saí daqui sua piranha, você não conseguiu nada, e vamos ver quem ganha.

– Você que não vai ser. – Ela diz.

– Aham, só se você me sequestrar né. – Acrescento.

Ela arqueou a sobrancelha.

– Era só isso mesmo, não da pra conversar com você. – Ela diz.

– Verdade, não me entendo com vacas não. – Sorriu e ela saiu andando xingando.

– Nossa Kat, você foi demais. – Madge diz batendo palmas.

– Nada que ela não mereça, como vocês dizem que eu canto bem, vou acreditar nisso por uma vez.

– Acredite, realmente você canta bem, e tenho certeza que vai ganhar. – Clove diz.

Sorriu, esperava mesmo ganhar, faltava apenas pouco tempo para o Halloween, e eu estava esperando esse dia chegar o mais rápido possível.



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Notas finais do capítulo

gostaram?
Prometo que mais tarde respondo todos os reviews do cap anterior, muuuuuuitos beijos *u*