HIATOS-A Assassina Em Mim escrita por Elisabeth


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Olá, gente!
Já vou avisando que esse capitulo não foi feliz. - pelo menos não para mim, mas espero que gostem.
Nossa já são 111 reviews. Estou mega feliz. e parece que temos uma espécie de TeamDylan e TeamDen aqui , msoamosams' amando isso ♥
Muito obrigada a todos que estao acompanhando a fic.
Bom, espero que gostem. Boa Leitura!



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... Quando o rapaz que vive aqui comigo se sentou junto do outro na sala de visita pude ver que se tratava de gêmeos e que ambos me olhavam do mesmo jeito. Eu me encontrava do outro lado do vidro que separava a sala de visitas do resto do reformatório, mas antes do rapaz chegar ao encontro do irmão o que esperava sentado me desafiava. Ele via que eu não gostara do modo como me olhava, mas conservou o olhar sobre mim.

Como eu estava?

Meu cabelo está mais comprido, na linha do sutiã – eu não uso, mas é só para você ter uma ideia. Sutiãs me dão a sensação de estar presa numa camisa de força. Uso um tipo de top, sempre preto ou cor da pele. -, cada vez mais enrolados nas pontas. O uniforme do lugar não existe. Você veste o que bem entender, só não pode ficar nu. Estava vestindo camiseta branca, um casaco preto, calça justa e botas sem salto. Não gosto de moda, mas não gosto de me vestir feito uma sem teto. Apesar da aparência sou feminina, mas no limite. Não gosto de maquiagens, saltos, penteados, colares, brincos... nada dessas coisas. Apenas uma boa roupa e cara lavada.

Como eles são?

O que mora nesse fim de mundo comigo chama-se Dylan, pele clara, cabelo arrepiado e preto, muito preto. Covinhas uma em cada lado do rosto, corpo aceitável – minto, ele é másculo. Parece ser uma pessoa tranquila, mas eu sei que ele esconde algo de baixo dessa bonança toda.

O irmão que parece ser o mais velho é ruivo, tem olhos castanhos claros, másculo. Tem a pele bronzeada. Ambos devem ter 1,84 ou mais. Não posso dizer um numero exato, pois estavam sentados. Acredito que o mais velho seja o problema da família, não sei. – apenas um palpite.

Enfim, os dois são gêmeos e de boa aparência e, também, ambos estão na minha lista negra.

Quando Dylan chegou ao encontro do irmão dei meia volta e fui em direção a minha cela.

Passei pela ala norte onde jaziam as “Loucas de Pedra” que diziam ver coisas sobrenaturais.

Hoje trariam uma colega de quarto para dividir cela comigo.

Maravilha – pensei ironicamente. -, uma coleguinha para colocar o papo em dia! Deus dê-me paciência, pois se me der força –mais -, eu mato esse feto de puta.

Entrei e logo deparei com a criatura.

– olá! – cumprimentou toda alegre.

Olhei-a de cima a baixo e...

– 1º eu não gosto de nenhum tipo de interação humana. Não me faça força uma com você. 2º eu não a quero aqui, que fique bem claro isso. Não interessa o que você fez, como você fez e por que você fez. A única coisa que eu quero é que me deixe em paz, sozinha em absoluto silencio ou...

– Ou o quê? – vagabunda atrevida.

Prensei-a contra a escrivaninha que tinha um prego avantajado quase perfurando suas costas. Peguei minha faca improvisada e a coloquei dentro de sua boca. Primeiro, tive que forçar com as mãos sua mandíbula para que abrisse aquela boca que fedia a alho e cebolas, depois fui colocando lentamente a lamina dentro e forçando-a abrindo a mandíbula até que os cantos da boca se rasgassem.

–... Ou eu rasgo sua cara ao meio. LITERALMENTE!

A faca é silenciosa, é pessoal.

Depois que a soltei a mesma pôs sua mão a boca chorando desesperadamente, jorrando sangue.

– Você é bem bonitinha até. – fingi uma cara de dó – É uma pena essa boca tão linda, agora toda rasgada... na próxima vez... – aproximei-me dela, que estava sentada na cama, apontei-lhe o dedo -,... eu espero que não haja próxima, pois não hesitarei em te matar.

Devia tê-la matado, mas meus alvos são outros.

Hoje eu não sonhei com Isadora. Fiquei meio frustrada com isso, mas tudo bem. Sinto-me presa ao amor que sentia por ela e tenho medo de não sentir por mais ninguém. Sou uma assassina, eu sei, mas eu gosto de amar e gosto de me sentir amada. Eu nunca fui amada em toda a minha vida. Meus pais – juro – nunca me disseram um “eu te amo” para mim. Nunca. Não que eu sinta falta, mas penso que seria fundamental para que eu não me tornar-se isso que sou hoje. Apesar de tudo, eu amo ser o que sou, pois o que faço é o que me da prazer e é o único motivo que eu vejo para continuar a viver.

Se eu não tenho coragem de me matar?

Não é questão de coragem. Eu prezo pela vida

– Engraçado? Ela mata e preza pela vida.

Prezo pela minha vida. – é diferente.

E, também, pelos olhos de Deus, matar-se é um pecado muito grande que desfaz todas as chances de alguém entrar no céu.

12h37min da manhã, reformatório de Miami – Refeitório.

Estava deixando a mesa quando senti um braço me puxar. A minha primeira reação iria, sem duvida, matar a pessoa, mas pensei antes, pois poderia ser alguma das guardas.

Não era.

Era ele. O gêmeo sem sal.

– Oi? – interação humana. Já começou mal, mas por algum motivo conspícuo do qual não sei explicar não o xinguei ou o ameacei de morte instantânea por me tocar. – Qual seu nome?

– Nenhum que você terá a necessidade de algum dia usar.

– desculpe... – baixou a cabeça. É um frouxo! - ... eu apenas queria ser gentil. Percebi que ninguém jamais se aproximara de você, então tentei, mas se te incomodo...

– Dylan, não é? – confirmou com a cabeça – Eu, naturalmente nessas situações o mataria sem dor nem piedade por ter me tocado e pior ainda, ter dirigido a palavra a mim sem minha licença – olhava-me incrédulo e apreensivo pelo que estava por vir -, mas você tem coragem e admiro isso. Percebi que me olhava já há semanas insanamente e confesso que fiquei brava e até tentada a matar-te, mas agora vejo que não passa de um garoto atrás de um rabo de saia para se esfregar. – arregalou seus olhos.

– Engana-se! Eu, eu...

–Ei! Conhece minha fama e minha habilidade com facas. Não hesitaria em usar essa, – apontei para a faquinha do meu prato – mesmo sendo de plástico, em você.

Dylan

Já estava criando –falsas – expectativas quando ela disse que admirava minha coragem por vir falar com ela quando ele me solta aquele coice. E ainda me ameaçou de morte! Ela pensa que a quero como um pervertido qualquer. Mal sabe ela que estou apaixonado e que quase deixei isso escapar, mas ela é uma assassina. Como posso nutrir sentimentos por uma pessoa assim? Eu devia odiá-la, abominar sua existência, mas muito pelo contrario, se ela não existisse, eu a inventaria.

Den foi me visitar e foi muito bom porque pude desabafar, se não tudo pelo menos o bastante, sobre meus sentimentos por Amanda. Den é um irmão bom, mas é um assassino. No começo isso me assustou e até mesmo quis me afastar dele, mas depois de um tempo aceitei, pois isso é uma doença. Pelo menos eu penso assim. Eu o amo, mas não sei se ele me ama. Ele é um sociopata, finge todas sus interações sociais e nesse aspecto ele me lembra Amanda. Meu Deus como ela linda, sinto que se eu não a tiver não poderei suportar ficar nesse reformatório por muito tempo, mas e se ela me matar?

Não, Dylan. Seja confiante uma vez na vida. Seja homem uma vez na vida. Conquiste essa garota, faça ela feliz e quem sabe ela desiste dessa vida?

Den

Amanhã eu não vou visitar Dylan, mas sim a Amanda. Vou me insinuar para aquela policial tarada e pedir para que ela não diga a Dylan que eu estive lá. Vou tentar me aproximar dela e dizer o que estou sentindo.

Eu mesmo não sei o que sinto. Nunca senti desejo por ninguém.

Espero que esse desejo que sinto por ela não seja de sangue. De sua morte. Por que se for... ela irá sofrer e Dylan também.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Sejam sinceros.
Autora movida por reviews!
#BeijosComSaazon ;*
~.
"Te beijar ou te Matar" - Leiam!