Datherine Forever escrita por Martina Santarosa


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

É mais ou menos assim que eu acho que deveria ser a serie The Vampire Diares.



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Bato o copo na mesa depois de ter virado minha décima dose de whisky. Décima? Talvez fosse a vigésima. Não que fizesse muita diferença. Eu queria me embriagar até não poder andar. Brinco com o copo enquanto espero o barman vir servir uma nova dose. Me pergunto como cheguei a esse ponto. Como eu, Katherine Pierce, a vampira mais diva e egocêntrica de Mystic Falls, chega ao fundo do poço por um cara?

O barman volta com meu whisky e seguro a garrafa virada em meu copo até estar quase transbordando. Ele me olha com uma cara desinteressada e deixa a garrafa comigo. Viro o copo e sinto a garganta queimar de leve. Anos e anos bebendo whisky e destilados e nunca enjoo da queimação e do calor que a bebida causa. Praguejo baixinho quando a palavra calor me faz pensar nele de novo.

Pego a garrafa e saio cambaleante do bar. Paro na porta e tento decidir para que lado fica meu hotel. Direita, tenho certeza. Quer dizer, quase certeza. Seguindo minha intuição, ando devagar pela rua enquanto tento esvaziar a garrafa antes de chegar no hotel. Sozinha e quieta, é quase impossível que meus pensamentos não se voltem pra ele, mas estou cansada de mais para impedir. Sinto suas mão em minha pele e seus lábios pelo meu corpo. Suspiro e me encosto em uma parede.

Quantas vezes já não tinha dito que o amor era a maior fraqueza de um vampiro? E mesmo assim, aqui estou eu, sofrendo com um coração abandonado. Tento me lembrar do que foi diferente, o que fez essa sensação estranha e dolorosa crescer no meu peito. Não houve muitas novidades, o sexo foi bom, droga, muito bom, mas nada de surreal. Não, foram aqueles olhos. Ah, malditos olhos.

Subo as escadas para o meu quarto em silencio, não querendo acordar os outros hóspedes, isso se existir algum. Deito na cama e jogo a garrafa vazia no chão desejando poder apenas desligar, mas com o tempo isso deixa de ser suficiente.

Meu telefone toca. Nova mensagem. Rolo na cama atrapalhada e agarro o celular esperando que seja ele. Mensagem da operadora. Jogo o celular na parede, irritada. Não tão irritada por ele não me ligar, sei que não vai, nem teria por que. Mas irritada comigo por querer que fosse ele. Como eu, que sempre (ou quase sempre) sou tão segura, independente e desapegada virei essa menininha apaixonada que fica esperando mensagem? Droga. Apaixonada. Katherine Pierce apaixonada. Suspiro porque sei que é verdade. Já fazia tanto tempo...

Junto o celular e sento no chão, acabada. Com um movimento quase inconsciente, vou até meus contatos, clico nos favoritos e sussurro o único nome salvo na lista.

Damon.

Clico no nome e vejo a foto de perfil. Tirei a foto enquanto ele dormia. Certo, isso já está beirando a loucura e obsessão. Mas não estava apaixonada quando tirei a foto. Bem, se já estava, eu ainda não sabia. Estava juntando minhas roupas e saindo do quarto dele em silêncio quando parei para dar uma ultima olhada e simplesmente não resisti. Tive que tirar a foto, até achei estranho aquela vontade incontrolável, mas na hora não pensei que fosse o começo de uma obsessão de uma estupida garotinha apaixonada. Não pensei que chegaria a esse ponto.

Passo o dedo pela foto, imaginando ser o rosto dele. Os cabelos bagunçados e as marcas das minhas unhas nos ombros dele. Ele parecia um deus deitado tranquilo, com a respiração calma. Ah, pouco me importa que pareça uma obsessão, fico feliz de ter tirado a foto. É muito bom olhar para esse rosto calmo e contente e saber que eu o deixei assim.

Cansada de me deprimir com lembranças estúpidas e supervalorizadas, tiro minhas botas de salto e me jogo na cama, disposta a dormir e não pensar mais nisso. E para ter certeza de que não vou sonhar com ele, programo meu cérebro para pensar em pôneis zumbis comento fígado de macaco. Ok, nojento o suficiente.

Aperto os olhos e relaxo os ombros, sentindo o sono vir rápido em razão da bebida. Perco o controle de minha mente enquanto adormeço e meus pensamentos se perdem no mar azul que são os olhos dele.


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