Santo Futebol! escrita por Larissa Vitória


Capítulo 1
A nossa história


Notas iniciais do capítulo

Bom, me perdoem por qualquer erro de ortografia e boa leitura!
Beijos!
Larissa Vitória
Ps: os textos em itálico são todos flash back.



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Quem diria que nossa história começaria com um amor por futebol? Jamais me esquecerei do dia em que nos falamos pela primeira vez.

Uma típica quarta-feira na Mantorum, cheguei cedo na sala com a criatura irritante que chamo de amiga. Já ia me sentando e por reflexo olhei para Alice, ela olhou para mim e para a porta, arregalou os olhos e me deu um beliscão. Vadia!

– 'Cê tá perdendo a noção do perigo Alice? Por que você beliscou?!

– Calma Lizie, olha para a porta da sala que você vai entender.

Revirei os olhos para ela e desviei-os para a porta. Santo Deus! Minha boca deve ter aberto uns 10 centimentros.

Parado lá perto da velha porta amarela, olhando a sala curiosamente, estava a personificação da beleza.

– Respira Lizie, respira, olha pra mim. Ele tá vindo pra cá!

Ele se aproximou timidamente e estendeu a mão:

– Hei garotas, tudo bem? Meu nome é Arthur!

– Oi, eu sou a Alice, e essa aqui é a Elizabeth! - Disse ela apertando a mãe dele energicamente.

– Será que vocês poderiam me ajudar? - Ai meu Lorde, as voz dele era meio rouca e linda, me deixou completamente hipnotizada.

Alice abriu um sorriso malicioso. Medo, muito medo desse sorriso!

– Ah! O Robert que senta do seu lado foi transferido, certo Lizie?

– É foi, pode sentar aqui Arthur! - Disse indicando a cadeira ao meu lado.

Depois disso não conversamos mais, ele realmente prestava atenção nas aulas.

Ele causou um alvoroço em toda a população feminina da Mantorum, elas o perseguiam o tempo inteiro. Era ridículo!

Alguns dias depois nos falamos de novo.

Era terça-feira, aula da sapa velha, já disse que odeio Inglês? Já estava meio aérea, quando fui uma bolinha de papel bateu na minha cabeça. Olhei para um lado e Alice estava desenhando em seu bloquinho, olhei para o outro e Arthur acenava indicando que era para eu abrir o bilhete. Meu coração acelerou.

" Oi Liz (posso te chamar assim?), será que você poderia me ajudar novamente? O que eu faço pra essa garotas pararem de me perseguir? Elas estão me deixando louco!!! "

Ri após ler aquilo, o coitado foi assediado até pela diretora.

" Hei Arthur! Fica calmo, elas só estão assim porque você é a carne nova da Mantorum, só mais uns 3 dias e elas param.

Ps: pode me chamar de Liz sim, adorei o apelido! "

Escrevi o bilhete com o meu garrancho ( meninas supostamente não deveriam ter lindas letras floreadas?) e joguei para a mesa dele.

Alguns minutos depois outro bilhete chegou, e este dizia:

" Obrigada pela dica, mas será que não tem uma jeito de, talvez despistá-las pelo menos na hora do almoço? "

Bom, ter até tem, mas na acho que ele vá aceitar. Mas bem, não custa nada tentar certo?

" Se quiser pode passar o horário de almoço comigo e com a Alie, nós conhecemos um lugar onde ninguém vai, se você for, espere por nós perto da escada de incêndio , depois do sinal. "

A resposta chegou alguns minutos depois, breve e direta:

" Vou estar esperando. "

Contei para Alice e recebi um olhar malicioso da mesma. Medo, muito medo. Passei o resto da manhã com borboletas no estômago, sem saber o por quê.

Ele estava lá após o sinal, e nós o levamos para nosso local secreto, que consistia basicamente em uma estufa abandonada em cima do prédio três. Conversamos por todo o período do almoço sobre All-stars, música e sorvete.

Perto da hora de voltar pra classe, a Alie acabou deixando escapar sobre a minha paixão por futebol, contou pra ele que todo dia de jogo eu abandono ela para ir com os garotos da turma para a Cantina do Nando assistir os jogos. Vadia Maldita!

Descobri que ele era fanático por futebol, e ele me fez prometer que o levaria para a Cantina do Nando assistir um jogo. Naquele dia nos tornamos amigos, e depois melhores amigos, e por fim eu me apaixonei...

Bah, que ótimo! Tudo que eu precisava era que começasse a chover a chover, plena sexta-feira e eu aqui plantada na porta da escola, com uma blusa fininha, calça jeans e sapatilha, SAPATILHA!

Minha mãe tá com o carro no trabalho, meu irmão, aquele inútil, na casa da namorada. Decidi tentar ir a pé mesmo.

Começei a caminhar, e uns 5 minutos depois, já bem perto da casa da Alice, acho que escorreguei, ou tropeçei, sei lá. Só sei que fui para o chão contudo e cai em cima do meu pé, que agora doia absurdamente.

Não sei quanto tempo fiquei ali, sem conseguir me levantar, senti alguém me cutucando. Era o Arthur, ótimo!

–Você é doida garota? Que se tá fazendo aí largadona na chuva?

–Cai, acho que torci o tornozelo.

– Vai Liz, segura no meu pescoço que eu te carrego.

– Não precisa não Arthur, só me ajuda a ficar de pé que eu dou um jeito.

– Deixa disso Liz, segura logo!

Meio relutante passei os braços em volta do pescoço dele. Senti meu corpo sendo suspenso e um cheiro inebriante me invadiu, era meio amadeirado e ao mesmo tempo doce. Ergui os olhos e o encontrei me fitando. Intenso.

Acho que naquele momento, vendo ele tão carinhoso, gentil, me descobri apaixonada.

Peguei uma bela gripe aquele, e com muito esforço eu me controlava para não o agarrar toda vez que o via. Não aguentei e contei para a Alie, que berrou, berrou e berrou mais um pouco disse que já sabia e que tinha certeza que era recíproco. Achei ela uma doida varrida naquele dia.

Por fim, 1 ano e 6 meses depois, nos acertamos, me lembro como se fosse ontem.

Final de copa do mundo. Brasil x Argentina. Tenso! Os meninos e eu marcamos as 14:20 na Cantina, suei frio o dia inteiro.

Encontrei com o Arthur e o Duca no caminho, chegamos quando faltavam apenas 2 minutos para o inicio do jogo. A Cantina tava lotadéééérima, mas o Cadu tinha segurado 3 lugares na mesa com ele e o Lucas. Acabei ficando entre ele e o Arthur.

Começa o jogo. 25:27 minutos e a Argentina sofre uma falta na grande área. Pênalti. Minhas pernas e meus braços tremeram, todos na mesa dão as mçaos e eu sinto um choque percorrer todo meu corpo quando encontro a mão do Arthur. Ele percebe o meu desespero e sussura no meu ouvido:

– Calma Liz

Outro arrepio percorre meu corpo. Gol da Argentina. Deixo minha cabeça pender para o lado do Cadu e vejo Arthur lançando um olhar mortal para ele. Deve ser só impressão. 32:48 em um passe perfeito de Luiz, Daniel empata o jogo para o Brasil. Todo mundo grita e pula, dá para sentir o calor se espalhando pela Cantina.

Fim do primeiro tempo, agora é hora de comer e discutir o jogo.

Rola a bola novamente no Maracanã, Argentina tem a posse. 15:56 em um ataque de um tal de Valdez a bola passa a milimetro da trave do goleiro do Brasil, cubro os olhos com as mãos e sinto braços com o familiar cheiro amadeirado e doce me rodearem, me acomodo mais nos braços do Arthur. 45:00, o juíz dá 2 minutos de acréscimo, dá pra sentir a tensão em todos. Edson pega um contra ataque e dá uma arrancada aos 46:20, manda um passe perfeito para Ronaldo que está livre, a defesa da Argentina está desarmada. Aperto o braço do Arthur. Ele olha para o goleiro e chuta aos 46:47, entrou. ENTROU. É GOL! VENCEMOS!

Levanto e grito, todos fazem o mesmo, a Cantina tá uma barulheira só, o Arthur me faz ficar de frente para ele, nos aproximamos e tudo vira um borrão a nossa volta, nossas testas se encontram, fecho meus olhos e...

CABUM!

Foi como se milhares de fogos tivessem explodido bem ao nosso lado. Só conseguia pensar em como a boca dele tinha sabor de morango.

O ar já começava a faltar quando começamos a ouvir os " Nossa, eles tem folego!" " Eu sabia que eles se gostavam" e coisas do tipo. Separamos nossos lábios e eu sorri, abri os olhos e vi que ele sorria também.Perfeito!



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Notas finais do capítulo

Oi galera, e aí, gostaram? Me mandem sugestões, críticas e quem sabe elogios. Lembrem-se, eu ainda posso fazer um epílogo.
Beijos!
Larissa Vitória