- Então a Susana esta... – Lucia não terminou de falar, olhou para a minha mais velha e os olhos começaram a se encher de água, que estavam prestes a cair.

- Não pode ser. – disse Edmundo, baixo, mal passando de um sussurro.

- Aslan, não tem um jeito de contornar isso? – perguntou Pedro.

- Isso já aconteceu. – respondeu Aslan, tirando olhares surpresos e confusos dos Pevensie de Fernando. – A conversa que tive com Susana foi para avisá-la que ela iria ir para o meu país e que teria que deixar vossas majestades, mais o amor que ela sente por vocês foi tão foi tão grande que fez um milagre.

- O que ta acontecendo? – Susana pergunta, abrindo os olhos devagar e deu de cara com o olhar confuso de Pedro.

- Susana. – ele gritou, abraçando a Irma com força e se esquecendo que ela estava em seu colo, sendo assim, os dois caindo na grama, Pedro rindo como uma criança.

- Aslan, mais ela vai ficar conosco para sempre? – perguntou Lucia, os olhos brilhando de felicidade.

- Vai, isso comprova que o amor vence a morte. – disse Aslan, sorrindo.

Susana estava totalmente feliz, entendera o que Aslan dissera e estava alegre sabendo que poderia ficar com seus irmãos, mais logo seus olhos se entristeceram quando se lembrou de Caspian, ela nunca mais poderia vê-lo.

- Nunca mais. – disse, baixinho, mais todos puderam ouvir e seus olhos já diminuíram a felicidade. O rei de Nárnia havia morrido, trazendo a tristeza para todos.

- Susana. – chamou uma pequena voz familiar, Susana se assustou na hora, olhou para o lado de Aslan e viu Caspian, parado, sorrindo para ela.

Susana se levantou no mesmo instante e foi até Caspian, com um pouco de medo, mais com o sorriso que o rei de Nárnia estava, o medo ia embora. Por fim, ela terminou o pouco espaço que os separava e deu-lhe um abraço apertado, as lagrimas já escorrendo por seu rosto. Os dois ficaram assim, abraçados, por um longo tempo.

- Vou sentir sua falta. – disse Caspian, as lagrimas descendo por seu rosto.

- Eu também. – naquele momento, Susana não queria soltar Caspian. – Eu te amo.

- Eu te amo. – disse Caspian, soltando Susana e dando-lhe um beijo na testa e depois na face chegando finalmente aos seus lábios.

O beijo dos dois foi doce e apaixonado, um beijo de despedida, apenas os dois podiam vivenciar o que era aquele sentimento, o dor e de tristeza. Quando o ar acabou e tiveram que se separar, mais não desviaram os olhares.

- Temos que ir, Caspian. – disse Aslan, com um certo pesar na voz, doía ver a rainha e do rei tão tristes, mais o que tinha acontecido não pode ser mudado.

Caspian e nem Aslan estavam mais ali e os Pevensie e Fernando não estavam mais no Ermo do Lampião, os Pevensie estavam no castelo, no quarto de Caspian, o corpo do rei sobre a cama. Fernando estava em sua casa e logo que tinha aparecido ali seu filho entrara ali dentro, sorrindo como sempre. Quando viu o pai, foi logo lhe dar um abraço.

Os Pevensie olhavam tristemente para o corpo de Caspian e um por um foram deixando o quarto, ficando apenas Susana que tinha se sentando ao lado da cama, deu um beijo na esta de Caspian, se levantou da cadeira e saiu do quarto, uma última lagrima saindo de seus olhos antes de fechar a porta.

A noticia da morte do rei se espalhou naquele mesmo dia, todos, tanto narnianos quanto telmarinos ficaram alarmados com a ideia e queriam saber quem matara o seu rei. Pedro apenas falara que não era preciso vingança, por que seu assassino já havia sido punido.

Estava de noite e todos do reino de Nárnia apagaram tudo e deixaram apenas algumas velas acesas para iluminar as ruas, o enterro do reino seria no dia seguinte e já estava tudo preparado.

Estava nublado e nem uma única nuvem branca podia ser no céu, todos estavam e volta do caixão branco em detalhes em ouro, Susana, Pedro, Edmundo e Lucia eram o que estavam mais próximos.  Pedro se aproximou do caixão e disse alto para que todos ouvissem.

- Foi-se um rei nobre, que sempre se importou com o bem estar de seu povo, Caspian era um rei que não media esforços para ajudar o seu povo e se arriscava para proteger todos que amava. Hoje se vai um rei que mereceu ser rei de Nárnia. – disse ele, olhando para cada um. – Que Caspian esteja muito feliz no país de Aslan.

- Salve o rei Caspian. – disseram todos juntos.

Fizeram dez minutos de silencio a Caspian, Pedro e Edmundo colocaram o caixão na cova e enterraram.

Susana assistia quieta, quando cada pedaço de terra cobria o corpo de seu amado era como se uma faca cortasse em mil pedaços seu coração. Os únicos pensamentos que tinha em sua mente era que nunca mais iria ver Caspian novamente, o seu sorriso, sua voz. Mais de uma coisa ela sabia, os momentos que tinha vivido com ele nunca ia esquecer, nunca esqueceria Caspian.