Fairy Tail! Aratana Densetsu! escrita por Maya


Capítulo 57
OVA - O Tradicional Natal da Fairy Tail


Notas iniciais do capítulo

Yo meu querido povo! Como estão?
Finalmente a OVA saiu! Considerem isso o meu presente de natal pra vocês ^^
Espero que agrade e que os faça rir. O capítulo 57 já está a caminho :D
E não se esqueçam: é só um OVA, então não levem muito a sério o que acontecer aqui. Nada desse especial interfere diretamente na história da fanfic (a não ser algumas pequenas e breves partes...).
Boa leitura!



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– Nadeshiko, se não formos agora, vamos nos atrasar.

– Estou quase pronta, Nick-kun!

– Ah... – Nick murmurou para si mesmo. – Já é a segunda vez que ela diz isso e está muito frio aqui fora.

O natal de X849 chegara. Com ele veio a neve que cobriu as ruas, bancos e telhados das casas e prédios, transformando Magnólia numa grande cidade branca. O frio que fazia naquela época era tanto que a maioria das pessoas preferia ficar em casa sentado diante da lareira, conversando e aproveitando a ceia com a família. E na Fairy Tail não seria diferente; todos os magos se reuniriam no prédio da guilda para celebrar esta data com sua grande família.

Nadeshiko enfim saiu de casa com Neko em seus braços. O mago de gelo se surpreendeu; sob o casaco, podia-se ver o belo vestido vermelho que a garota vestia, que combinava com o arco em sua cabeça.

– Você está linda, Nad-chan! Se arrumou assim para alguém em especial?

O rosto da garota ficou da mesma cor que seu vestido.

– N-não! É só que esse é meu primeiro natal de verdade, então...

– Conta outra – resmungou Neko. – Você estava cantando e justamente quando ia falar o nome do Deivid, o Nick-kun bateu na porta!

– Mentira! – De alguma forma, Nadeshiko conseguiu ficar ainda mais vermelha.

– Deivid? Nossa. Por essa eu não esperava.

– Já disse que é mentira!

–Eu também queria que fosse! – Choramingou o Exceed.

Nick sorriu.

– É melhor irmos logo, ou perdemos o jantar e o Deivid. Vamos.

–--

– Eu ainda não acredito que você fez isso!

– Não foi de propósito!

Mesmo do lado de fora da guilda já era possível ouvir os gritos de Luke e Ace. Nicolas e Nadeshiko se entreolharam e suspiraram juntos antes de entrar no prédio.

Lá dentro, os dois magos discutiam enquanto Yume tentava acalmá-los. Tinha um forte cheiro de queimado no ar e a maioria dos membros da guilda parecia desanimada.

– O que aconteceu aqui? – Perguntou Nadeshiko.

– O idiota do Ace botou fogo na árvore de natal! Se a Yui e a Berry não estivessem aqui, estaríamos fritos! – Gritou o ruivo. – Como podemos comemorar o natal agora?!

Nick arqueou uma sobrancelha. Olhou para o amigo e logo depois para Yume.

– Ei, Nick – chamou-o a garota. – Isso não te dá um déjà vu enorme?

O rapaz riu.

– Pois é. – Ele olhou para o ruivo. – Luke, não foi exatamente isso o que você fez no natal de X846?

Luke o encarou em silêncio por alguns segundos. Então, deu uma risadinha sem graça e coçou a cabeça.

– É mesmo! Tinha me esquecido disso – confessou.

– O quê?! Você fez a mesma coisa e fica gritando no meu ouvido?

– Eu já disse que me esqueci!

– Pois eu não – disse Fel. – Só de lembrar eu já fico cansada...

– Eu já pedi desculpas – resmungou o ruivo.

– Por quê? O que aconteceu? – Indagou Nadeshiko?

– Ah, é uma longa história – falou o loiro. – Resumindo: Luke queimou nossa árvore enorme de natal por acidente enquanto lutava com Elijah, recebeu a maior bronca de todas do Mestre e foi obrigado a compensar isso. Então ele pediu pra Felicity usar sua magia para fazer outra árvore do mesmo tamanho crescer. Mas ela perdeu o controle e a árvore ficou grande demais...

– E não deu pra enfeitar a tempo, o que significa que eu fiquei exausta à toa – completou Felicity. – Não sei por que ainda faço o que você pede, Luke.

– Eu já pedi desculpas! – Repetiu ele.

– Ei, Fel! – Exclamou Ace. Nick imediatamente olhou para Luke. Como esperava, o amigo estava emburrado. – Agora você já tem mais controle sobre sua magia, né? E também tem mais gente na guilda agora, além do pessoal da aliança! Aposto que daria tempo.

A garota pensou por um instante. Então, fez uma careta.

– Só de pensar eu já fico cansada.

– Por favor! Por mim – pediu o Dragon Slayer.

– Vai fazer essa carinha pra Mia, largatixa desengonçada! – Gritou o ruivo. – Se a Fel for fazer algo por alguém, será por mim! E só eu chamo a Fel de Fel!

Felicity e Mia coraram. Ace só ficou confuso.

–... Hein?

– Acho que tem alguém com ciúmes... – Cantarolou Neko.

– Ele goxta dela – caçoou Lucky,

O rosto de Luke ficou tão escarlate quanto suas chamas assim que ele se deu conta do que disse.

– Calem a boca.

– Se quiser eu te dou um empurrãozinho! – Ofereceu Eriol.

– Sabemos o que aconteceu na última vez que deu um “empurrãzinho” – interveio Diego. – Cupido de uma figa...

– Ei! Não tenho culpa se você decidiu olhar pro Elijah no último segundo – defendeu-se o arqueiro.

– Mas eu ainda te culpo – resmungou Elijah.

– Eu também – concordou o Darklight.

– Nós também – disseram Yui e Sasha.

– Fiquem quietos todos vocês – ordenou o Mestre Taylor. – Felicity, você vai fazer essa árvore querendo ou não. O resto de vocês vai chamar as guildas aliadas.

Felicity suspirou. Ace bateu um punho no outro e abriu um sorriso.

– Beleza! Vamos lá!

–--

– Vocês sempre fazem árvores gigantes pro natal? – Perguntou Yuri.

Ele e os outros integrantes da Light Guild olhavam abismados para a enorme árvore que Fel havia feito nascer na parte de trás da Fairy Tail.

– É uma tradição – explicou Mia.

– Daqui a pouco a tradição vai ser “queimar a árvore e abusar da magia da Fel” – brincou Mortis.

– Mas... Como vocês conseguiram queimar a primeira árvore? –Indagou Nonoka.

– O Luke e o Ace estavam lutando, aí o Ace exagerou um pouco e queimou tudo – contou Ammy.

– Seria uma boa hora para você e Marry os separarem – falou Dante.

– Eu não ia parar de comer minha torta de morango para dar uma surra em dois panacas pela milésima vez – respondeu Marry.

– Ah, não importa – disse Natasha. – Vamos logo com isso. Estou ficando com fome e tem várias vigas de metal me esperando lá na Pegasus.

Ela foi a primeira a agira. Mirando para o céu, soltou um rugido. As pequenas farpas de metal foram o mais alto possível e depois caíram lentamente sobre a árvore, fazendo pequenos brilhos se espalharem por ela. A primeira atitude do grupo animou os demais.

– Então vamos nessa! – Gritou Shirou. – Me dê uma mão, Eriol!

Shirou criou usou sua magia para fazer um grande cubo de gelo negro surgir no céu. Antes que ele pudesse cair, Eriol lançou uma flecha em formato de broca e com a ponta feita de metal, que foi girando até se colidir com o cubo e despedaçá-lo. Os cristais de gelo negro caíram sobre a árvore.

– Não vou ficar fora dessa! – Exclamou Ace.

Luke o interrompeu jogando duas lacrimas em sua direção. O Dragon Slayer não entendeu.

– São lacrimas decorativas. Decore-as com sua magia. – Luke mostrou uma lacrima que segurava. Dentro dela, o fogo tomava a forma do rosto de um leão, que rugia. – Não ouse tacar fogo na árvore de novo!

Ace mostrou a língua e começou a decorar suas lacrimas.

Um a um, todos os magos foram combinando suas magias para enfeitar a grandiosa árvore. As magias mais destrutivas eram armazenadas nas lacrimas ou combinadas com as esferas de gravidade que giravam ao redor da árvore. Lacrimas com leões e tigres escarlates, dragões de fogo e de pedra, relâmpagos, água, veneno e pequenas explosões enfeitavam os galhos juntamente com detalhes de madeira, cristais de gelo, flores e pétalas que dançavam com a ajuda do ar... Tinha de tudo ali.

– E a estrela? – Quis saber Hana. – De quem vai ser a magia?

– O mais certo seria juntar a magia de todo mundo – sugeriu Koichi. – Mas não daria muito certo. É muita gente.

– Posso fazer isso?

Todos se viraram para Daisuke.

– Moleque, desde quando você está aqui? – Estranhou Yano.

– E que tipo de magia você tem, afinal? – Perguntou Hiromi.

– Uma mais forte e mais bela do que de todos vocês! E aí? Posso?

– Não – respondeu Aiko. – Seu pai sabe que você está aqui?

– Eu não preciso da permissão do meu pai pra esse tipo de coisa – reclamou o garoto.

– Sinceramente, eu não vejo nada de mal em deixar o Daisuke-kun fazer a estrela – falou Nyra. – Temos mais lacrimas com esse formato, certo? Vamos testar; se ficar legal, colocamos. Se não, descartamos.

– Eu concordo com a Nyra-chan – disse Bianca. – Vamos pessoal, o Mestre Naoto não vai expulsar ninguém só por termos deixado seu filho participar.

– Sei lá... Eu não tenho tanta certeza disso – ponderou Ruby.

– É mesmo – concordou Saphire. – Ele anda bem temperamental ultimamente.

– Sem problemas! Se ele reclamar, é só a gente falar que foi ideia do Koichi – sugeriu Satoshi. – Ele é o queridinho do Mestre mesmo.

– Eu não sou...

– Boa ideia! É só jogarmos a culpa no Koichi – aprovou Ankamy.

– E assim, o Mestre vai ficar calmo na hora – concordou Gabriel.

– Eu não sou o queridinho do Mestre Naoto!

Todos os membros da Eletro Magic olharam para o usuário da Archive Magic.

– É sim – disseram.

– Papai diz que queria que você fosse meu irmão – afirmou Daisuke.

– Então está certo, né? Daisuke pode fazer a estrela – concluiu Deivid.

– Não precisavam ter exagerado tanto por causa disso.

– Pessoal? – Misaki os chamou. – Vamos logo com isso, por favor?

O filho do Mestre da Eletro Magic nem esperou que alguém lhe desse a estrela; correu logo até a caixa e pegou a lacrima. A segurou com as duas mãos e se concentrou. Segundos depois, um fogo brilhante e azul surgiu no interior da lacrima.

– Isso... É Rainbow Fire? – Perguntou Lothos.

– Não, é bem diferente – respondeu o menino. – Eu chamo de Sacred Fire!

– Legal! Deveríamos lutar qualquer dia – disseram Ace e Luke ao mesmo tempo.

Os dois se encararam de cara feia.

– Você...

– É melhor vocês deixarem essa luta para depois – sugeriu Nick. – Se queimarem a árvore de novo, a Felicity não vai conseguir fazer outra e esse natal será mesmo como o de três anos atrás.

– Nem tanto. Acho que já estamos grandinhos para o Mestre Taylor no prender com suas histórias intermináveis – Berry falou.

– Mas até que foi divertido sair de fininho, pegar a comida e os presentes e comemorar no quarto do Dante – lembrou-se Mortis.

– É, só não foi divertido quando o Luke esquentou a comida até demais e acabou queimando tudo – contraditou Sasha.

– Ei... Isso não teria acontecido se o Dante não tivesse esbarrado nele – Fel defendeu o amigo.

– Eu disse que o quarto era pequeno demais para tanta gente e tanta coisa... – Falou o Dragon Slayer do Veneno.

– Se ao menos a Yume não tivesse negado nossa entrada no quarto dela...

– Luke! Eu já disse que homens não podem entrar na Fairy Hills!

Luke deu seu melhor sorriso sapeca para a amiga.

– Qual é! Eu sei que você já tinha uma almofada de coração com o nome do Nick naquela época.

Yume corou violentamente. Nick arqueou as sobrancelhas e olhou para a namorada.

– É sério?

– Não! O Luke nunca entrou no meu quarto, não pode saber o que tem lá!

– Tem certeza de que eu nunca entrei, Yume? – Brincou o ruivo.

– Seu...

– Mas a parte mais hilária foi quando o Mestre descobriu vocês e os proibiu de comer. – Elijah gargalhou com a lembrança. – Depois ele esquentou a comida que restou e eu fui a única criança que comeu naquele natal! Ainda bem que eu não participei dessa maluquice de vocês!

– Galera! – Gritou Misaki. – Todo mundo aqui está com fome e quer encerrar logo isso! Então será que dá pra vocês encerrarem o assunto e ajudarem o Daisuke a colocar a estrela?

– Misaki-chan fica mesmo bravo quando quer comer – provocou Hana.

O rapaz corou. Os membros da Fairy Tail pararam de conversar por ora e todos concordaram que Fel devia colocar a estrela. Então, a garota enrolou a lacrima em seu chicote e o fez crescer até chegar ao topo da árvore, depositando o enfeite ali.

– Ficou ótima! – Elogiou Ace. – Ainda melhor do que a primeira! Então, vamos comer?

Ninguém protestou. Satisfeitos com o trabalho cumprido, todos os magos se direcionaram para o interior da Fairy Tail para comer a ceia. Eriol era o único com a cara amarrada ali, e apenas Diego percebeu isso.

– O que foi? – Perguntou ao amigo.

– Vocês tiveram natais animados antes mesmo de eu chegar... E como esse é o meu primeiro natal aqui, tem que ser o mais animado de todos! Afinal, o grande Eriol está aqui agora!

– Mas o que você...

Eriol nem esperou Diego completar a pergunta. Com um movimento de mão, ele fez várias flechas com corações vermelhos nas pontas aparecerem a sua frente.

– Espera, Eriol...

– Multiple Cupid’s Arrows!

As flechas foram disparadas em direções aleatórias, atingindo várias pessoas ali presentes. Não demorou muito para o caos se espalhar pela guilda.

– Lucky! Se afaste da Kay, maldito! Ela é minha!

– Sem chance, Neko!

– Afaste-se da minha namorada, Ace!

– Mas a Yume é tão linda...

– Lothos... Você está incrível hoje...

– Saia de perto de mim, Shuichi.

– Alguém me ajude! Misaki está louco!

– Sim! Louco de amor! Como nunca percebi o quão bonita você é, Hana?

– Nojento...

– Satoshi... Quando foi que você ficou tão atraente?

– Você está me dando medo, Ruby...

Com medo de uma mulher? Você é mais idiota do que eu pensei! – Provocou a alma de Mathias.

– Como a Sasha pode ter se esquecido de onde te conheceu, Kenzo? Eu não me esqueceria nunca! – Paquerou Berry.

– O... O quê?

– Você está maravilhosa, Nadeshiko-chan!

– Kouji, Kazuo! Não se aproximem dela!

– Saia da nossa frente, Deivid!

– Rapazes...

– Ei Yuri, até que pra um pirralho você é bem bonitinho.

– Hearther, pare de beber.

– Eu apoio, priminho!

– Pare de rir, Natasha.

– Nonoka, meu amor...

– De novo não, Gabriel!

– Seu cabelo é tão bonito, Luke. Faz jus ao dono.

– Mia, o que deu em você? – Perguntaram Luke e Fel ao mesmo tempo.

– Dante! Vamos dançar!

– Essa não é você, Marry!

– O amor me fez mudar!

– Marry, eu nunca quis tanto te dar uma surra – disse Ammy.

– Você é bem fofa, sabia? Yui, certo?

– S-sim... Willy, pode se afastar um pouco? Ou muito?

– Eriol... – Chamou-o Diego. – Sua ideia de animação é o caos iminente?

– Isso! – Riu o rapaz. – Olha lá, Diego! O Elijah olhou pra Sasha quando foi atingido! É melhor correr ou você perde ela... Ou seria ele?

– Cala a boca, Eriol.

Quando o Darklight correu até Sasha e Elijah, Eriol riu mais alto ainda.

– Queimar a árvore, abusar da magia da Felicity e espalhar o caos! Me parece uma boa tradição de natal!


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Notas finais do capítulo

Até o próximo!
E feliz natal a todos!



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