Outtake III – Parte II

Edward ajudou Bella a descer as escadas com cuidado e continuou segurando sua mão até atravessarem a porta da frente, dirigindo-se até a lateral da casa para encontrar os familiares reunidos no espaço decorado em azul-claro e branco.

Bella sorriu agradecida e animada enquanto analisava tudo à medida que se aproximava. Nos topos das três colunas da varanda havia alguns balões e fitas nas cores padronizadas da pequena comemoração, uma mesa comprida coberta por uma toalha lisa e também azul-claro sob a varanda continha vários tipos de frios, salgados, docinhos e bebidas, ao lado dela havia uma caixa grande e enfeitada que Bella não soube identificar para quê servia e as pessoas que estavam ali se distribuíam em quatro mesas redondas de cinco cadeiras cada em frente à varanda, sobre a grama do jardim. Quando o casal chegou mais perto, Alice foi a primeira a avistá-los e correr em direção a eles.

– Até que enfim, hein, Bella! Estava prestes a ir atrás de você – reclamou a baixinha, fazendo Bella sorrir e revirar os olhos antes de abraçá-la. – Gostou do que preparei para o meu sobrinho lindo? Aposto que serei a tia preferida dele eternamente – afirmou com ar convencido.

– Alice, você seria a tia preferida dele mesmo se ele não quisesse. Seu poder de persuasão me assusta até hoje – brincou Bella e sua prima mostrou-lhe a língua infantilmente. – Mas eu adorei. Está tudo muito fofo. Obrigada – agradeceu sinceramente.

– Awn, olha como ela está cafoninha! Ser mamãe está te fazendo muito bem, Bella – disse Alice, puxando a mão da prima até onde estavam todos os familiares reunidos.

Bella sentiu vontade de chorar de emoção ao reparar na faixa que estava pendurada na parede sobre a mesa que continha a comida, que dizia numa caligrafia grande e bem desenhada:

BEM-VINDOS AO MEU CHÁ DE BEBÊ!

ANDREW

Os espaços em branco da faixa estavam preenchidos por pequenos desenhos de mamadeiras, chupetas e chocalhos. Mais uma vez Bella sentiu-se agradecida por Alice e olhou sorrindo para Edward, que retribuiu. As pessoas logo pararam de conversar entre si para cumprimentar o casal e o bebê assim que os viram. Os primeiros foram Renée e Charlie, que assim como Alice, Jasper, Rosalie e Emmett haviam chegado naquela manhã apenas para aquela pequena comemoração. A mãe da morena ficou afagando a barriga protuberante da filha e repetindo o quanto estava feliz não apenas pelo fato de que seria avó, mas também por vê-la realizada e começando a construir sua própria família. Charlie era mais contido e a cumprimentou brevemente, também acariciando seu netinho e recebendo um leve chute em resposta.

Carlisle e Esme, pais de Edward, aproximaram-se também e cumprimentaram a nora, não conseguindo esconder a satisfação, principalmente Esme, que não segurou as lágrimas e emocionou-se ao sentir seu netinho na barriga de Bella, sentindo imenso orgulho do filho.

Rosalie e Emmett também reivindicaram suas vezes de também paparicar a amiga, fazendo-a rir do modo infantil que eles competiam para tocar-lhe a barriga. Edward observava tudo com um enorme sorriso no rosto, sentindo-se orgulhoso e agradecido de tudo o que construíra ao lado da mulher da sua vida.

Após conseguir tirar Rose e Emmett de cima de Bella, Alice a segurou pela mão e conduziu-a até à espreguiçadeira que ela havia arrastado até perto de uma das mesas para que se sentasse e ficasse à vontade. Edward sentou-se ao seu lado e depositou um beijo carinhos em sua têmpora, murmurando um “eu te amo” contra a pele dela, recebendo um sorriso satisfeito em troca.

– Eu realmente adorei aquela mesa – comentou a morena, os olhos fixos na mesa de comida. – Principalmente pelo que tem nela. Parece tudo tão gostoso... – continuou e fez menção de levantar, mas seu marido a impediu.

– Pode ficar aí, eu pego para você – disse ele atencioso.

– Obrigada, meu amor – agradeceu ela enquanto ele levantava. – Um pouco de tudo, por favor – pediu com um risinho antes de ele se afastar. Emmett o acompanhou.

Bella ficou observando Edward por um instante e sentiu vontade de rir de si mesma ao lembra-se do pânico idiota que sentiu no dia em que se olhou no espelho e viu sua imagem enfiada em um vestido branco e longo, que se moldava perfeitamente em seu corpo da parte inferior do busto até à cintura, a partir de onde descia solto até os pés, e com alças largas caídas nos ombros. Seu cabelo estava preso em um coque bem elaborado e com adornos brilhantes aqui e ali, complementando seu visual de noiva. Lembrou-se do momento em que sua mãe entregou-lhe o buquê e disse que Edward estava esperando por ela no altar, e foram essas palavras que a fizeram mover-se do lugar.

Toda e qualquer insegurança que ela ainda poderia ter desaparecem instantaneamente assim que ela pôs os pés na igreja e avistou seu noivo ao longe, e sua vontade era de simplesmente largar do braço de seu pai e correr até ele. Lágrimas de emoção escorreram lentamente por suas bochechas quando eles disseram a simples palavra que os fariam um do outro para sempre a partir daquele momento.

Um sorriso involuntário surgiu no rosto de Bella quando ela pensou na sorte que teve, levando automaticamente sua mão para acariciar sua barriga. A maior e melhor prova do amor dos dois.

Ela olhou para baixo por um segundo e tomou um leve susto ao ver um tufo de pelos laranja saindo debaixo de sua espreguiçadeira. Só então percebeu que era Jimmy, e o que ela estava vendo era o rabo dele. Riu baixinho ao pensar que ele estava cada vez mais preguiçoso com a idade.

– Hm, parece que aquela história de “grávidas ficam com os hormônios à flor da pele” é mesmo verdade – brincou Rosalie, dando um leve susto em Bella após sentar-se ao seu lado.

– Do que está falando, Rose? – fez-se de desentendida, pigarreando um pouco.

– Ah, Bella, você nem ao menos disfarça quando fica comendo a bunda do seu marido com os olhos – explicou Alice, sentando-se perto dela também.

– Eu não estava fazendo isso! – exclamou um pouco alto, mas logo se recompondo. – Estava? – questionou baixinho e as amigas riram.

– Não – disse Alice. – Mas você estava encarando ele tão fixamente que fiquei com medo de você ficar vesga – explicou e Bella suspirou.

– Ah, eu só estava pensando... – contou a morena. – Edward é simplesmente incrível – disse, tornando a olhar na direção dele, que nesse momento discutia algo com Emmett e Jasper, gesticulando e rindo. – O que foi mais encantador nele quando nos conhecemos foi o modo como ele me tratou. Ele não ficou cheio de frescuras, tomando cuidado com o que fazia ou falava só porque eu sou uma apresentadora de TV. Ele me viu como eu realmente era, e sempre demonstra que me ama apesar dos meus inúmeros defeitos. E agora nós vamos ter um filho... Acho que eu não poderia estar mais feliz – concluiu, levantando o olhar e vendo que sua prima tinha os olhos marejados.

– Eu estou tão feliz por você, Bella! – disse a baixinha, mexendo na trança da prima. – Tão bom ver que você finalmente encontrou alguém que te ama e te quer de verdade. Ver você construindo a sua família... – completou, limpando as lágrimas antes que caíssem por seu rosto e borrassem sua maquiagem.

– Obrigada, Alice. – Bella sorriu, segurando a mão da baixinha.

– Você tinha que ver a animação dele conversando comigo e com a sua mãe sobre fraldas, mamadeiras e essas coisas – disse Rosalie, rindo.

– Isso é porque você não o viu no dia em que ouvimos o coração de Andrew pela primeira vez. Ele ficou pedindo repetidas vezes para o médico deixá-lo ouvir de novo – comentou a morena. – Mas não se comparou à última ultrassom que fiz. O encantamento nos olhos dele quando ele encarou a foto com nosso bebê chupando o dedo... – contou. Bella estava cada vez mais empolgada em dividir com as amigas o quão feliz Edward a fazia.

– Qual de vocês escolheu o nome? – quis saber Rosalie.

– Ele. Nós combinamos que se fosse menina eu escolheria. E se fosse menino, a escolha seria dele. O nome Andrew nunca soou tão bem como quando saíram dos lábios dele – disse, virando um pouco a cabeça e olhando o marido novamente, que estava realmente entretido em uma conversa com os outros rapazes.

– É um lindo nome. Eu adorei – disse Alice, batendo palminhas.

– E você já está de licença, Bella? – perguntou Rose de repente.

– Sim. Gravei mais um programa, que irá ao ar daqui duas semanas, antes de entregá-lo à Tanya Denali, que vai me substituir até acabar meu resguardo – explicou.

– Ah sim. E você já pensou no que vai fazer depois disso? – inquiriu a loira.

– Como assim?

– Bom, você não vai poder ficar levando seu bebê pro estúdio o tempo todo, não é? Vocês vão contratar uma babá ou algo assim? – quis saber e Bella franziu a testa.

– Eu não tinha pensado nisso ainda. Mas é o mais provável – aquiesceu. – Se bem que eu já não gosto da ideia de ter outra pessoa cuidando do meu filho. Não se pode mais confiar em ninguém hoje em dia – comentou, preocupando-se imediatamente.

Será que ela seria uma boa mãe? Será que sua rotina de gravações e afins atrapalharia sua relação com seu filho? Os deixaria distantes? Ela estremeceu ao pensar nisso.

– Não se preocupe com isso. Sei que vocês darão um jeito. – Alice a tranquilizou. – Mas deixe para pensar nisso depois. Agora aproveite o prato de comida generoso que seu marido vem trazendo para você – disse com uma risada no momento em que Edward tornava a sentar ao lado da esposa e lhe entregava a comida. Rosalie e Alice aproveitaram para levantarem-se e servirem-se também.

Bella sentiu sua boca salivar e abriu um grande sorriso antes de começar a degustar as guloseimas à sua frente.

– É impressão minha ou vocês estavam falando de mim? – perguntou Edward enquanto eles comiam. Bella deu de ombros.

– Impressão sua – respondeu, olhando-o de lado, um sorriso brincando em sua boca, deixando claro que estava mentindo.

– Você estava o tempo inteiro rindo com elas e olhando para mim. Será que foi mesmo só impressão minha? – ergueu uma sobrancelha.

– Ok, você quem pediu. – Ela diminuiu o tom de voz. – Eu estava contando a elas o quanto você é bom de cama, como a sua língua e os seus dedos me deixam perto do céu mesmo que eu esteja com esse barrigão – disse e Edward arregalou os olhos e engasgou um pouco com a comida. Bella gargalhou.

– Você não está falando sério – afirmou ele, acompanhando-a nas risadas.

– Não estou. Mas a sua cara foi impagável – apontou para ele. – Mas isso não deixa de ser verdade, você sabe – piscou, encostando seus lábios nos dele por um breve segundo.

– Claro que eu sei – disse convencido, colocando um docinho na boca de Bella. Ela mordeu seu dedo de propósito. – Ai! – reclamou baixinho, puxando o dedo rapidamente.

– Foi sem querer – disse ela, fingindo-se de inocente. – Me deixa dar beijinho que passa. – Ela puxou o dedo dele de volta, e mais uma vez ele engasgou quando ela o colocou na boca e chupou. – Passou? – questionou, sorrindo maliciosa. Edward olhou para os lados, ficando um pouco aliviado ao ver que todos comiam e conversavam entre si, sem prestar muita atenção no casal.

– Não – respondeu, fazendo os dois gargalharem.

– Depois eu quem sou tarada. – Bella fez um bico.

– Mas você é – rebateu ele, beijando o bico dela.

Pouco tempo depois, todas as mesas dispostas no jardim estavam bem próximas umas das outras e todos conversavam animadamente enquanto comiam e bebiam. Alice aproveitou esse momento para puxar a grande caixa que estava ao lado da mesa até onde Bella estava, batendo na mesa para chamar a atenção de todos.

– Está na hora dos presentinhos! – anunciou animada.

– Presentes? – perguntou Bella confusa, olhando para Edward, que deu de ombros simplesmente.

– Claro! É assim que funciona um chá de bebê, ué – disse a baixinha. – Eu sei que você já tem um enxoval lindo e completo, vai dizer que não precisava e blá blá blá, mas não poderia faltar uma brincadeirinha! – explicou, tirando três potinhos de tinta não tóxica nas cores vermelha, branca e azul de dentro da caixa.

– Ah, não...

– Ah, sim! Nós somos a melhor família do mundo, priminha, tínhamos que trazer um presentinho que fosse para Andrew. Agora nos ame, conforme-se e vamos começar – disse, dando um tapinha leve no ombro da prima.

Alice tirou um embrulho de dentro da caixa e entregou para Bella adivinhar o que era. Infelizmente, a morena não conseguiu acertar, e Alice levantou a blusa dela, deixando sua barriga exposta, e entregou a tinta para que Edward fizesse as honras. Ele colocou o dedo no potinho e fez um coração torto em torno do umbigo dela, enquanto todos riam da cena.

No penúltimo embrulho, a barriga de Bella não tinha mais espaço para mais nenhuma pintura sequer, e sua bochecha direita tinha uma estrela azul desenhada por Emmett quando ela errou o presente dele e de Rosalie.

– Eu mesma vou me pintar se isso não for uma mamadeira – disse segurando o embrulho, que só podia ser uma mamadeira. Ela soltou um gritinho quando viu que havia acertado e perguntou de quem era o presente.

– Você vai, Renée – disse Charlie rapidamente. O sorriso de Bella cresceu.

– Aê! Vem aqui, mãezinha – chamou batendo palmas, segurando o pote de tinta branca.

– Você tinha que acertar logo esse, Bella? Eu já estava até aliviada depois que você errou o sapatinho – disse Renée, relutante em levantar de seu lugar.

– Mãe, é só uma pinturazinha. Olha só a situação que eu estou! – apontou para a barriga enfeitada. – Agora venha. Não se pode negar pedido de grávida, você sabe – disse, rindo quando sua mãe se aproximou.

Ela mergulhou o dedo dentro e pintou o nariz da mãe, em seguida fazendo três listras brancas em cada uma de suas bochechas. Bella riu quando viu o resultado.

– Você está uma gata, mãe! – debochou, arrancando gargalhadas de todos, inclusive de Renée.

– Ok, ok, vamos para o último – disse Alice, forçando seu corpo para dentro da caixa para alcançar o último embrulho, entregando-o à Bella quando conseguiu.

Era retangular e achatado, e parecia ter algo que se movia na parte de trás. Bella achou estranho quando um palpite veio à sua cabeça. Aquilo não era exatamente o que se dava em chá de bebê.

– Isso parece um porta-retratos... – disse confusa, olhando para a prima.

– Abre – incentivou, e Bella logo se animou com a possibilidade de ter acertado mais um.

O coração da morena acelerou quando ela abriu o presente, e algumas lágrimas surgiram em seus olhos. Ela tocou a imagem naquele porta-retratos de moldura bonita e bem elaborada e abriu um enorme sorriso. Nela, Edward estava ajoelhado à sua frente, com as mãos levemente pousadas sobre sua barriga e depositando um beijo nela, enquanto ela olhava para ele sorrindo, suas mãos cobrindo as dele. Ela lembrava-se de que eles tiraram aquela foto há alguns dias atrás.

– De quem é esse? – questionou, olhando para todos que estavam ali.

– Meu – disse a voz que estava do lado dela. A voz que deixava suas pernas bambas há anos.

Ela virou-se para Edward e sorriu, aproximando-se dele e beijando-o suavemente.

– Obrigada, amor. É o presente mais lindo que eu já ganhei. E Andrew também – sussurrou, olhando novamente para a foto, e depois outra vez para Edward. Ela despertou um pouco ao ouvir um coro de “Aww” vindo de suas amigas... E de Emmett.

– Que bom que você gostou – disse Edward, alisando a barriga dela, sem se importar com a tinta.

– Eu adorei – respondeu ela, puxando o rosto dele novamente para beijá-lo. – Mas... Eu acertei, então... – disse contra a boca dele, rindo ao se afastar para pegar o potinho de tinta.

– Ah, mas não vale! – reclamou ele, tentando esquivar-se, mas Bella foi mais rápida e passou o dedo lambuzado de tinta vermelha na bochecha dele, fazendo um risco aleatório, repetindo o processo na outra bochecha e na testa dele. Ele fez uma careta enquanto ela manchava a cara dele.

– Pronto, Edward, terminei. Nem doeu – ela disse, puxando-o para beijá-lo mais uma vez.

(...)

Era um pouco tarde da noite quando todos foram deitar. Alice, Jasper, Rosalie e Emmett ocuparam os quartos de hóspedes da casa de Bella e Edward, enquanto os pais do casal preferiram hospedar-se em um hotel, prometendo visita-los no dia seguinte antes de viajarem de volta para casa.

Bella já havia tomado banho e esperava Edward terminar o dele sentada em sua cama, usando uma camisa dele que a deixava à vontade para dormir. Ela lia distraidamente uma revista sobre bebês e maternidade e não viu quando seu marido saiu do banheiro com uma toalha presa na cintura e seguiu para o closet. Ela só percebeu a presença dele quando ele saiu do closet, já vestido em uma calça de pijama, e xingou baixo ao tropeçar em algo.

– Edward? O que foi? – inquiriu ela.

– Tropecei nesse gato imbecil – respondeu, apontando para Jimmy, que nem sequer havia se movido do lugar. Bella rolou os olhos.

– Você nunca vai conseguir se dar bem com o Jimmy, não é, amor? Ainda não entendo toda a sua implicância com ele – disse ela.

– Eu poderia até gostar dele se ele ficasse fora do meu caminho – rebateu, passando a toalha nos cabelos úmidos mais uma vez antes de pendurá-la. – Aliás, ele não deveria estar aqui.

– Nem percebi que ele estava aí. Ele está cada vez mais preguiçoso com a idade, nem mia mais direito – observou Bella, deixando a revista de lado.

– Vou colocar ele lá fora – disse Edward, cutucando o gato com o pé. – Anda, bola de pelos inútil, para fora! – ordenou para o gato, fazendo Bella rir.

– Sinto muito te dizer, meu amor, mas ele não vai te ouvir – debochou.

Edward abaixou-se e pegou o bichano, levando-o rapidamente até à sala. Bella reprimiu a vontade de rir mais ainda quando ouviu a voz de seu marido reclamar e praguejar enquanto voltava.

– Esse gato ainda vai me pagar – murmurou, fechando a porta do quarto e indo deitar-se ao lado de Bella. A morena reparou um pequeno arranhão no ombro do marido e passou a mão por ali, antes de beijar o local levemente. Edward sorriu e beijou seu rosto.

– Edward... – ela começou, querendo e não querendo ao mesmo tempo tocar naquele assunto.

– Hm? – ele incentivou, colocando seu braço por trás dela e a erguendo devagarzinho, arrumando os travesseiros para que ela ficasse mais confortável.

– Você acha que eu vou ser uma boa mãe? – despejou a pergunta, e Edward ficou meio sem entender o porquê de ela questionar aquilo.

– Claro que sim. Eu tenho certeza. Por que está perguntando isso? – ele quis saber, fazendo carinho no cabelo dela.

– Ah, eu... Eu não vou poder cuidar dele o tempo todo, sabe? Meu trabalho é corrido, como você já sabe, eu... Tenho medo de que isso o afaste de mim – confessou, lembrando-se da conversa que tivera com suas amigas mais cedo.

– Bella – começou Edward, colocando sua mão no rosto dela e ajeitando-se na cama para olhá-la melhor. – Você não precisa se preocupar com isso. Você o ama, certo?

– Mais que a minha vida – respondeu sem hesitar.

– E é só isso que você tem que fazer. Eu sei que ele sente isso, e também te ama. Você será uma mãe maravilhosa, não importa se não poderá ficar com ele o tempo todo. Eu sei que você vai saber fazer os momentos em que estiverem juntos os melhores possíveis. Assim como faz comigo. – Ele sorriu. – Nós não ficamos o tempo todo juntos, mas eu sou a pessoa mais feliz do mundo por saber que você me ama – completou, capturando com seu polegar a lágrima solitária que descia pela bochecha de sua esposa.

– É incrível como você sempre diz a coisa certa para me fazer sentir melhor – disse ela, pousando sua mão na nuca dele, puxando seu rosto para ela. – Também sou feliz porque te amo – declarou, fazendo Edward rir. – E porque você me ama. Não é?

– Nunca duvide disso.

Um mês depois, quando Bella estava prestes a completar nove meses de gestação, Andrew veio ao mundo, provando a Edward e Bella que eles poderiam ser mais felizes ainda. Bella sentiu como se seu coração dobrasse de tamanho ao ouvir seu chorinho ecoar pela sala de parto, entendeu o que é amor incondicional quando sua boquinha rosada e faminta sugou o seio dela pela primeira vez, sorriu feito uma boba ao ver seus olhinhos verdes e brilhantes como o do pai a encararem curiosos, e encheu-se de orgulho ao ver seu bebê sendo embalado nos braços de Edward e perceber que aquilo era, sem dúvida, o melhor de tudo o que construíram juntos ao longo do tempo.