Dia De Empreguete, Véspera De Madame! escrita por Fernanda Melo


Capítulo 34
Capítulo 34


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura meus amores...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/235257/chapter/34

Nos dias seguintes a calma parecia ter reinado naquele ambiente, a família estava bem exceto por Alice que ainda continuava uma pilha de nervos, com a proximidade do dia do desfile e a estréia de sua coleção, andava tensa, nervosa seu humor parecia que variava constantemente, mantinha-se algumas noites em claro, suas mãos ficavam frias e sua dor no ombro ainda estava ali consigo.

                Com tudo isso ainda para completar as dores de cabeças fortes era o que mais lhe irritava eram todos os dias, isso lhe tirava a calma momentânea e ficava com medo de descontar sua raiva em alguém que ela amasse. Sua inquietação já havia sido percebida por Jasper que estava a cada dia mais preocupado com Alice, não sabia o que estes sintomas queriam dizer, mas tinha uma breve impressão do que fosse, poderia somente tirar as dúvidas se Alice fosse ao médico com ele, mas ela sempre se recusava.

                Quando voltou do trabalho mais tarde e encontrou Alice em seu quarto sentada na beirada da cama pôde perceber que ela havia emagrecido, seu rosto estava mais fino, seus dedos não deixavam dúvida, não se parecia com uma pessoa anoréxica, mas poderia estar no caminho.

                - Você está bem? – Ele perguntou preocupado tirando a atenção dela de seu celular voltando-se para o rosto angelical de Jasper.

                - Estou. – Ela disse passando a mão sobre a testa havia acabado de ser entregue por si mesma, estava nervosa, Jasper deduzira isto por sua simples atitude.

                - Você se alimentando direito?

                - Sim por quê?

                - Você está mais magra. Alice vamos até um médico, meu amigo ele pode lhe atender a hora que você quiser, estou preocupado com você pequena.

                - Eu... Eu não preciso, deve ser qualquer coisa boba, ando nervosa por causa do desfile.

                - Não Alice você está mal, eu sei apenas não posso lhe dar o verdadeiro diagnóstico, mas tenho certeza que isto é sintoma de estresse, você anda nervosa o dia todo, sua dor no ombro, as mãos e pés frios, sua inquietação, você nunca foi assim. Sem contar que agora passa mais noites em claro e suas dores de cabeça constantes.

                - Eu estou bem. – Ela disse em tom de voz calmo e tranqüilo levantando-se para ficar de pé em frente ao marido.

                - Você não está bem Alice, não seja teimosa quanto uma criança, vamos ao médico hoje, estou vendo que não impor nada para cima de você eu não conseguirei nada. – Ele segurou firme as mãos de Alice. – Eu apenas quero que você se previna se não for por mim, pelo menos por nossos filhos. Isso pode ser relevante, mas estresse pode ser mais grave do que você imagina. Você já está começando a perder peso e suas insônias... Ah Alice, por favor.

                Ela abaixou a cabeça e voltou o olhar para ele logo em seguida, sabia que algo estava errado consigo, mas não pensava que estresse fosse algo relevante sem importância, que logo passaria.

                - Está bem. – Ela se deu por vencida, deixaria Jasper cuidar desta situação. Ele rapidamente pegou seu telefone e discou o numero do amigo, um psicoterapeuta muito bem especializado, que saberia lhe informar sobre o que está acontecendo com Alice.

                - Você também ficará até mesmo melhor você verá. – Beijando a testa de Alice e em seguida dando-lhe um curto beijo nos lábios.

                Nem ao menos ela conseguia imaginar ser algo muito grave, estresse é algo que todo mundo tem hoje em dia, algo que virou rotina de várias pessoas em principal das cidades grandes. Tinha-se algo que não gostava era de se tornar motivo de preocupação para as pessoas, mas Jasper estava certo em seus pensamentos, teria alguma hora buscar por auxilio de um profissional, não poderia se permitir ir definhando aos poucos, vendo ser vencida pelo cansaço.

                Sua consulta seria somente no dia seguinte, Pablo a receberia muito bem um ótimo Psiquiatra, sendo até um dos melhores de Seattle.

                Alice desceu a escada acompanhada por seu marido, um silêncio era mantido entre eles, pelo o simples motivo de Alice sentir um pouco de desconforto ao olhar Jasper, ela via a preocupação emanar de seu olhar e isso a deixava completamente desconfortável, não gostava que ninguém sentisse pena de si, nem ficasse totalmente preocupada consigo, ela era forte conseguira seguir com a vida adiante mesmo depois de tantos acontecimentos ruins e repentinos em sua vida. Estava ali de pé ainda, era isso que importava não o que havia passado em sua vida.

                Vendo as crianças fazerem a lição de casa juntos tirou-lhe um pouco do ar, observou o quanto ambos eram diferentes, Katherine tão tranqüila como se estivesse hipnotizada em sua lição e Nickolas coçava a cabeça em sinônimo de dúvida.

                - Papai, o que eu poço ser quando crescer?

                - Você gosta de tanta coisa filho, por quê?

                - Tenho que desenhar o que eu quero ser quando crescer.

                - Bem... Do que você mais gosta?

                - Jogar beisebol. – Respondeu o menino completamente alegre.

                - Então desenhe você como o melhor jogar de beisebol do time de Seattle. – Ele bagunçou o cabelo do menino olhando para o desenho de sua filha em seguida. – E você meu amor, o que será quando crescer?

                - Musica papai.

                - Irá tocar bastante melodias em seu piano?

                - Sim.

                Katherine gostava mesmo de música, as aulas de piano iam de vento a polpa, ela se sobressaia muito bem, tanto que Jasper comprou um piano e o deixou na sala principal para que a menina pudesse treinar em casa, Katherine estava se mostrando uma menina muito esperta, já sabia ler muito bem, desde seus cinco anos e foi à aluna mais dedicada da classe desta semana. Ganhava bastante elogio da professora e estrelinhas de boa aluna, surpreendia a cada vez mais os pais pelo desempenho.

                Kath não ia tanto ao psiquiatra assim tinha algumas consultas, mas seus pesadelos vinham reduzindo, Stefan era ótimo com crianças e sabia lidar com Katherine muito bem, ela achava divertido ir às sessões uma vez por semana, estava se abrindo mais, gostava de interagir com pessoas confiáveis e estava mais falante do que antes, principalmente quando vai à casa de seus avós, sempre fica conversando com Esme sobre a escola, os colegas de classe e suas aulas de piano e quando seu tio Edward estava presente nas reuniões de família ela fazia questão de lhe mostrar o que aprendera no piano.

                - O lanche está pronto crianças. – Milena apareceu de repente na porta atraindo a atenção deles completamente para si, eles se sobressaltaram da mesa e correram em direção de Milena que segurou a mão de cada um deles guiando-os para o banheiro para lavarem as mãos.

                - Vamos lanchar também? – Ele chamou Alice que estava sentada em uma cadeira bem ao lado de Jasper que se encontrava em pé.

                - Vamos. – Ela sorriu para ele carinhosamente, segurando em sua mão delicadamente enquanto se levantava, sentindo uma leve vertigem, então, apertando involuntariamente a mão de Jasper, chamando a atenção dele toda para si. Imediatamente segurou Alice pela cintura para que ela não caísse, sentando-a de volta a cadeira.

                - Você está bem?

                - Estou foi apenas uma tontura, já passou. – Ela semicerrou os olhos com o intuito de conseguir enxergar melhor, vendo que a tentativa deu certo tentou levantar-se novamente, mesmo vendo que ela já estava melhor Jasper não desvencilhou e continuou segurando firme sua cintura.

                - Vou lhe levar para o quarto, levo seu café lá. – Ele disse enquanto guiava Alice escada acima, quando chegaram ao quarto ele desarrumou a cama do lado dela, tirando algumas das almofadas e em seguida a ajudou a deitar-se. – Fique aqui que já volto com um café bem reforçado. – Ele disse saindo em seguida do quarto.

                Alice passava sua mão ao redor da têmpora, mesmo tentando entender o que estava acontecendo não conseguiu pensar por muito tempo até sua dor de cabeça lhe atingir. Quando Jasper voltou com a bandeja o cheiro agradável do café e das torradas frescas com margarina lhe incomodaram, ela retorceu o nariz tentando afastar o incômodo da náusea que aquilo lhe causava. Levantou-se rapidamente da cama, deixando Jasper um pouco confuso e correu para o banheiro. Ele logo deixou a bandeija em cima da cama e acompanhou a esposa a passos curtos, a aquela cena, sim ela estava definitivamente muito mal e com um nível de estresse se elevando a cada dia mais, sendo permitido pela própria Alice que tudo isto estava acontecendo, quando o vômito cessou, ela foi até o lavabo e higienizou a boca, mesmo sentindo-se envergonhada por ver a expressão de Jasper, logo encostado na porta de braços cruzados e com uma expressão mais séria que o normal, não pôde evitar sentir-se irritada.

                - Não precisa dizer nada, eu sei o que está pensando.

                - Eu não estou pensando, estou me perguntando como você pôde permitir que isso chegasse a este ponto. – Ele estava irritado porque estava preocupado com ela, a voz ríspida e o tom de voz um pouco elevado demonstravam sua irritação. – Eu nem preciso lhe dizer eu avisei, não é mesmo?!

                - Não Jasper não precisa. – Alice gritou com ele, estava mesmo a ponto de explodir. – Mas tudo isso me sufoca, você está me sufocando.

                Os gritos foram ouvidos no andar de baixo, no qual as crianças estavam, Milena ao escutar prestou atenção na reação das crianças, ela também havia notado a mudança de Alice nessa semana, ela andava sempre cansada e se entupindo de remédio para a enxaqueca, andava sempre nervosa e irritada, mas tentava ao máximo não extrapolar, mas pelo visto agora não havia conseguido.

                - Crianças vamos passear?

                - Porque mamãe e papai estão brigando? – Nickolas perguntou um pouco assustado, nunca havia presenciado uma briga deles assim, mas Katherine apesar de um pouco assustada podia se dizer que ela já estava acostumada, isso foi sua rotina durante três anos de sua vida.

                - Não estão brigando Nick, precisam apenas de um momento a sós, agora vamos, podemos tomar um sorvete no caminho. – Ela pegou a bolsa tirando o avental e segurando a mão de ambas as crianças saiu da casa deixando o casal a sós. Elijah estava atento na porta da sala qualquer coisa entraria correndo para ajudar, mas sabia que eles apenas discutiam, não passava disto.

                - Você deveria medir suas palavras Alice, sou eu quem lhe ajuda quando você mais precisa. – Jasper disse sem pensar e também já nervoso e entregue pelo cansaço disto tudo.

                - Não preciso de sua ajuda, soube me virar muito bem quando não tinha você.

                - A claro, fugindo de mim e escondendo nossos filhos do próprio pai.

                - Não mude de assunto...

                - Isso tudo está relacionado a uma coisa só Alice que você não sabe controlar sua vida e muito menos saberá cuidar de duas crianças.

                - Nada disso teria acontecido se você não tivesse se envolvido com aquela louca da Maria, por SUA culpa estamos assim hoje, por sua culpa nossa filha passou por momentos desnecessários na vida dela, por sua culpa eu estou assim hoje, não venha jogar a culpa toda para cima de mim... – Ela avançou para cima dele apontando o dedo em sua cara, o que deixava cada vez mais Jasper nervoso, dentro de si, seu coração dizia para se acalmar, mas sua mente queria apenas retrucar tudo que Alice dizia e ele acabou seguindo o caminho errado.

                - Talvez eu devesse ter me casado mesmo com Maria, talvez não tivesse que conviver com uma louca feito você. – Aquilo bastou para Alice, era como se o tempo tivesse parado ali e que o chão estava começando a se abrir em seu arredor e ela não tivesse para onde correr, movida pela raiva acertou um tapa na face de Jasper, não sentindo nem um pouco de culpa naquele momento.

                - Então vá viver com ela, porque o úNicko problema aqui é você, por você ainda estar aqui ela persegue a mim e aos meus filhos, mas a quem ela devia atingir ela não faz nada, que é você. Vai correndo para os braços dela Jasper, mas não volte nunca mais para casa, vai... – Ela apontava em direção à porta enquanto ele passava a mão em sua bochecha completamente vermelha e que ardia um pouco de acordo que sentia cada vez mais a força do tapa desferido por Alice em sua face.

                Ele se manteve quieto por vários segundos, por raiva pensou em avançar para cima dela, mas ele não seria covarde a este ponto seria? Olhou nos olhos de Alice, seus olhos marejados, cheios de lágrimas querendo somente uma deixa para descerem em uma linha tênue em seu rosto. Ele olhou para os lados lembrando de tudo que disse e arrependendo-se até mesmo do ponto final que colocara em cada uma dessas frases.

                - Alice...

                - SAI DAQUI. – Ela gritou enquanto as lágrimas lhe tomavam e sua visão ficava cada vez mais turva, o que ele fizera? Estava completamente perdido, como concertaria um erro cometido por estar completamente de cabeça quente? Tentou se aproximar e tocar em seu braço, mas ela o tirou de sua direção, indo em direção a sua cama, ele segurou seu braço firme e tentou fazer com que ela olhasse para ele, mas ela o empurrou, esbravejou, estava ficando muito nervosa, sua dor de cabeça aumentara.

                Ao tocar em sua mão ele percebeu o quão fria Alice estava e pálida, ela chorava constantemente, não conseguia mais parar. Não tinha mais forças para tentar fugir de Jasper até mesmo não poderia mais era o úNicko a quem poderia se apoiar quando tudo se apagou.

                Jasper assustada com tudo aquilo, sentiu-se culpado ao ver Alice desmaiada em seus braços, nada disso teria acontecido se não fosse por culpa dele, ela tinha a total razão ele era o culpado de tudo de ruim naquela casa, era somente aquilo que se passava na mente dele, aquelas palavras sinceras serem pronunciadas da boca de Alice, pois sabia que sempre quando uma pessoa nervosa lhe dizia coisas desagradáveis é porque isso era sincero, era a mais pura verdade.

                Mesmo mantendo Alice ali ao seu lado, vendo que a pressão dela se mantinha normal ele ficou preocupado demais para esperar que ela acordasse por conta própria, pegou uma água de colônia que Alice tinha no banheiro embebedou o algodão e colocou próximo ao nariz da mesma, percebeu os olhos dela tremerem e aos poucos ela retomar os sentidos.

                Aos abrir os olhos pensou que tudo não tinha passado de um sonho, mas lembrou-se do desmaio e ver os olhos marejados de Jasper confirmavam tudo, ela não tinha forças para reagir, para se afastar dele.

                - Alice me perdoa, por favor. – Ela manteve-se incrédula a aquele pedido de desculpas, sua cabeça ainda girava por confusão. Ela não conseguia fazer absolutamente nada, fechou os olhos novamente deixando as ultimas lágrimas caírem, enquanto Jasper segurava sua mão.

                Alice tinha forças naquele momento somente para chorar, já havia tido várias brigas com Jasper, mas esta havia lhe feito sentir-se pior. Ouvir de seu próprio marido, de sua própria boca, que ela tanto adorava beijar, pronunciar aquelas palavras que tanto lhe machucaram,  ele lhe chamara de louca disse que preferia voltar para Maria e vendo-se voltada para Jasper remexeu-se na cama virando de costas para ele. Seus soluços eram mais altos agora que ele não podia ver seu rosto, ela não estava conseguindo se segurar.

                Se ele pudesse  voltar no tempo e se ao menos Alice pudesse ver o quanto estava arrependido ela não o ignoraria agora, mas ambos precisavam somente de uma coisa... Tempo. Ele antes de sair puxou com as mãos o cabelo para trás, deu uma ultima olhada em Alice e saiu sem dizer nada.

                Jasper desceu a escada procurando por Milena para saber de seus filhos, mas não os encontrando em lugar algum saiu da casa e perguntou Elijah que disse o que Milena havia feito, Jasper achou mais do que correto da parte dela.

                - Está tudo bem Sr. Jasper?

                - Eu fiz a maior burrada da minha vida Elijah, apenas isso.

                - O Sr. precisa de algo?

                - Não obrigado. – Ele voltou para dentro indo diretamente para seu escritório, mas não podendo evitar ouvir os soluços de Alice pelo corredor. Fechou a porta e em seguida debruçou-se sobre a mesa, poderia estar nervoso por ver Alice daquela maneira sem cuidar de si, mas porque havia feito aquele show todo? Ela não merecia nenhum a do que havia dito.Mas agora que tudo já estava feito como resolveria seu problema? Ele sabia como Alice era difícil e estava com medo dela persistir com a idéia de mandá-lo embora.

                Mais tarde as crianças retornaram a casa com estava em silêncio terrível. Milena ia levá-los para dar-lhe um banho. Nickolas insistiu que seria primeiro a tomar banho enquanto isso Kath iria ver como tudo estava, caminhou devagar até a porta do quarto dos pais, ela estava meio aberta e bastou ela esticar um pouco o pescoço e pôde ver sua mãe deitada na cama, ao entrar no quarto, somente ai ela percebeu que ela dormia, com lágrimas no rosto, fizera a pequena menina lembrar-se de certo dia, quando James gritou tanto com Victoria que assim que ele saiu, ela acabou dormindo vencida pelo cansaço com lágrimas ainda nos olhos e como e como ela fizera com Victoria ela subiu na cama e deitou-se ao seu lado e com a movimentação Alice acordou. Abriu os olhos bem devagar e olhou para a filha, aqueles inocentes e enormes olhos verdes claro.

                 - Você e o papai brigaram mamãe?

                - Não meu amor é que... Tivemos apenas uma discussão boba, mas está tudo bem.

                - Ele te machucou mamãe?

                - Porque você está perguntando isto meu anjo?

                - Sempre que James e Victoria brigavam, ele batia nela mamãe.

                - Não meu amor, seu papai não machucou a mamãe, não precisa se preocupar. – Alice forçou um sorriso e acariciou o rosto da menina. Ela sabia que a mãe não estava bem de alguma forma sentia, via-se escrito em seu olhar. A menina recostou-se mais em sua mãe, praticamente lhe abraçando. Alice sentiu-se um pouco melhor ao sentir sua filha ali consigo, aquele carinho inocente, infantil.

                Acariciando as costas da filha pôde sentir aquele calorzinho gostoso de sua bebê perto de si. Kath surpreendeu a mãe por colocar sua pequenas mãos em seu rosto.

                - Não chora mamãe. – Foi somente neste momento que Alice conseguiu dar-se conta que estava chorando, a pequena menina enxugou algumas lágrimas de sua mãe.

                Alice nada conseguiu dizer para sua menina, apenas segurou as mãos dela e as beijou. Continuaram ali até ouvirem Milena chamar por Katherine, já chegara sua vez de tomar o banho, Alice disse que daria o banho em Kath, a menina caminhou até o banheiro e pegou seus pertences de banho em seguida voltando rapidamente para o quarto da mãe.

***

                Logo após o banho e as duas já estarem de cabelos penteados, Katherine foi guardar todos os seus pertences, no meio do caminho encontrou com seu pai, meio chateada pela a briga de ambos não pôde deixar de expor estar chateada com o pai por ter feito sua mãe chorar.

                - Oi princesa já voltou do passeio? – Jasper puxou assunto com a menina que encontrava-se estática em sua frente. – Aconteceu alguma coisa?

                - Você fez a mamãe chorar.

                - Filha papai está arrependido do que fez, mas a besteira dele não pode ser concertada somente com um pedido de desculpas.

                - Então porque você fez isso papai?

                - Estava nervoso filha, sei que agi errado e que não tem desculpas para o que fiz.

                - Você magoou a mamãe. – A menina disse triste por vê-los assim, mas um pouco tanto que acostumada com esses acontecimentos.

                - Me desculpe por fazê-la passar por isso filha, não queria ter feito isso, papai ama a mamãe, muito mesmo tanto que estou com medo de perdê-la. – A menina olhou para o pai e em seguida esticou-se para poder dar-lhe um forte abraço. – O que você acha que papai deve fazer? – A menina de princípio deu de ombros sem saber a resposta certa. – O que você gosta de receber quando está triste?

                - Um abraço, bem forte.

                - Feito este que você me deu? – A menina gesticulou um sim rapidamente. – E se ela não quiser um abraço meu?

                - Ela vai querer papai.

                - Ta bom, eu vou tentar. – Ele beijou a testa da filha em seguida deixando-a ir para onde queria, seguiu até o seu quarto e parou diante a porta, perguntando-se se deveria mesmo fazer o que Katherine disse, mas eles eram adultos e teriam que resolver seus problemas alguma hora ou outra.

                Tomou coragem e adentrou o quarto, Alice não estava ali, sua cama bem arrumada, procurou no banheiro e nada então a viu sair da direção de seu closet. Alice ficou estática, não conseguia expressar nenhum sentimento e muito menos alguma reação. Jasper se aproximou sem dizer nada, com os olhos começando a ficarem marejados abraçou-a fortemente e mesmo que ela insistisse, e mesmo que ela dissesse várias vezes que não queria Jasper por perto, pelo menos não agora se entregou ao abraço segurando-o fortemente, encostando sua cabeça em seu peitoral, sentindo seu adocicado perfume. Gostava daquilo e mesmo ele tendo errado ela nunca conseguiria ficar muito tempo sem falar com ele, ele que tanto roubou sua admiração.

                - Me desculpe minha pequena, sei que palavras ditas uma vez não têm como voltar atrás, mas a úNicka coisa que eu posso fazer é lhe pedir perdão pelas idiotices pronunciadas por mim em meu momento de fraqueza. Perdoa-me meu amor.

                Alice sentiu as lágrimas silenciosas deslizarem-se pelo seu rosto, ainda magoada com as palavras de Jasper, mas não poderia ignorá-lo e muito menos não perdoá-lo, era o homem de sua vida e estavam passando por momentos que obviamente tiraria o casal mais equilibrado dos trilhos.

                - Estou me sentindo péssimo por ter feito isso com você meu amor, extrapolei demais com você hoje. – Ele segurava seu rosto entre suas mãos olhando no fundo dos olhos de Alice.

                - Tudo bem... Eu... Também não devia ter feito o que fiz, não deveria ter lhe...

                - Eu mereci aquilo, estava dizendo coisas que eu nunca ao menos deveria ter pensado. Naquele momento esqueci-me da úNicka coisa que eu deveria me lembrar que nunca conseguiria viver sem você.

                Alice abaixou o olhar, adorava tudo aquilo em Jasper e teria que desculpá-lo, estava nervoso, também tinha o trabalho, os problemas com os filhos e Maria, sem contar que estava ficando extremamente preocupado com a saúde dela, do jeito que Jasper era super protetor, brigaria sim com a pessoa para que pudesse vê-la bem.

                Jasper então puxou seu queixo para que ela levantasse seu rosto e pudesse lhe beijar, selaram um beijo rápido e em seguida Alice encostou sua testa na dele mantendo suas mãos firmes naquela barba por fazer, deixou as ultimas lágrimas caírem e antes de dizer mais alguma coisa respirou fundo.

                - Não faça mais isso, tenho medo de te perder. – Sua voz saia com um tom diferente pelo choro e Jasper puxando-a pela cintura para abraçá-la terminou aquela conversa dizendo:

                - Eu nunca seria capaz de fazer esta covardia, nunca lhe deixaria.

                No restante daquela tarde os sentimentos continuava tenso, mesmo o casal querendo não conseguiam esquecer-se das constantes cenas da briga que teimavam em voltar em suas mentes. Quando a noite caiu o casal foi deitar cedo no mesmo horário que os filhos, Jasper foi o mais carinhoso possível com Alice que não demorou muito a ser vencida pelo cansaço.

***

                No dia seguinte logo após deixarem as crianças na escola Jasper acompanhou a esposa até o hospital. Deixou que Alice entrasse sozinha esperava na recepção, ao final da consulta Alice voltou com a resposta já prevista de por Jasper, sim ela estava com estresse.

                - O que mais ele disse? – Ele perguntou enquanto a acompanhava pelo corredor do hospital, com o braço em volta de sua cintura pequena.

                - Que preciso de férias e de menos problemas possíveis, mas agora não dá, tenho o desfile, a preparação das crianças.

                - Falta somente duas semanas para isto, você pode pegar menos pesado com isso, deixar a maior parte do trabalho para as pessoas da empresa, enquanto a delegacia não se preocupe Suzana tem meu numero e já lhe avisei que é para me avisar sobre qualquer coisa.

                - Não tem como eu ficar 100% tranqüila.

                - Vamos fazer o máximo para que isso aconteça.

                - Terei que praticar mais exercícios físicos e sabe o que ele disse? – Ela abriu um largo sorriso. – Que massagens ajudariam também.

                - Porque você está me encarando desta forma pequena? – Ele havia entendido o recado apenas entrara na brincadeira.

                O dia estava sendo gracioso para o casal, estavam bem mesmo depois da discussão de ontem à tarde.

                - Você será meu massagista particular. – Ela brincou recostando sua cabeça no ombro dele ao longo do caminho até o carro.

                - Que tal assim que as crianças saírem da escola arrumar-nos para ir para Forks? Deve estar fazendo sol hoje, podemos levar as crianças na praia. Lugar tranqüilo quase deserto.

                - Tudo bem. – Alice sorriu e assim que ele abriu educadamente a porta do carro para ela deu um beijo rápido em Alice pegando a mesma de surpresa. Não demoraria muito até as crianças saírem da escola esperaram dentro do carro no outro lado da rua, em frente à porta de saída da escola. Quando todas as crianças começaram a sair Alice saiu do carro e esperou por seus filhos no passeio quando os viu acenou para que eles pudessem vê-la ali e logo foramcorrendo para o lado da mãe.    

Ela contou da novidade para as crianças e elas adoraram saber que iriam para Forks...

***

                Cegando no apartamento que Jasper mantinha em Forks para casos como estes, eles se acomodaram, as crianças foram deixar suas mochilas no quarto enquanto Jasper fazia esta tarefa para ele e Alice.  Logo iriam para a praia as crianças já vieram vestidas, não conseguiriam agüentar ter que esperar se arrumarem aqui, Alice foi rapidamente para o quarto colocar o biquíni e um leve vestido de um tom pastel, pegou seu óculos preferido.

Arrumou algum lanche para as crianças visto que na praia não tinha definitivamente nada por perto.

E quando saíram as crianças cantarolavam junto com o pai uma musica infantil que elas aprenderam na escola, Alice não pôde deixar de sentir-se feliz por aquele momento.

As crianças aproveitavam para tentarem fazer seus castelos de areia, Jasper deitou-se na areia juntamente com Alice para aproveitar o sol que não estava não muito forte. Aquele barulho do mar, toda aquela tranqüilidade, estava mesmo tranqüilizando Alice. Era o que ela precisava sua família longe de problema e sem muita confusão naquele momento Forks era a cidade mais que certa para que Alice finalmente pudesse ter o sossego que tanto almejava.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Tenho que confessar que este capítulo deu trabalho, gastei todas minhas energias para escrevê-lo, ai cansei rsrs...
Espero que tenham gostado e digam ai para mim o que acharam deste capítulo muuuuito tenso de hoje...
Bjos meu amores até o próximo o capítulo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Dia De Empreguete, Véspera De Madame!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.