Depois de umas três semanas de aula, lá estava eu e meus novos amigos na cantina, e até o Sasuke estava lá, calado na dele, como sempre. Eu estava sentada perto do Naruto e quando eu olhava pra Hinata ela não estava bem, parecia triste. E então percebi.

– Hinata, vêm comigo no quarto, preciso te falar do, hum, armário. – E sorri. Nos levantamos.

– Como assim o armário, Sakura-chan?

– No quarto te explico. – E sorri. Chegamos no quarto e falei: – Hinata, pode até ser que eu não te conheça muito, mas dá pra ver que você gosta dele.

– Q-quê? De q-quem? – gaguejou ela.

– Do Naruto, ora. Até as garotas estavam vendo seu olhar para mim e Naruto. Naruto é bem legal, mas não gosto dele mais do que amiga.

– Disso não duvido, Sakura-chan...

– Então o que foi?

– É que... ele não gosta de mim... e gosto muito dele. – Ela abaixa a cabeça, vou até ela e a abraço.

– Não fale assim, Hinata. – disse ao me afastar e olhar para ela – Eu realmente acho que ele olha demais pra você. Eu só acho que ele tem vergonha de dizer. Na sala, ele não pára de olhar pra você. – Isso é verdade. Naruto não pára de olhar para ela um segundo, só quando alguém grita com ele, o que, na maioria das vezes, é um professor.

– O-o quê? É s-sério, Sakura-chan?

– Sim, é sim. E a quanto tempo gosta dele?

– Desde a infância. Eu só não sabia como falar pra ele ... – disse ela olhando os dois dedos indicadores que ela tem mania de ficar tocando um no outro.

– Então uma hora você tem que falar.

– Hm... Sakura-chan, obrigada.

– De nad ... – E na porta estava Tenten.

– É... estamos no mesmo caso, Hinata. E caramba, Sakura. Você tem que mentir melhor – disse ela e ri enquanto ela ia fechando a porta e indo em direção a cama.

– E quem é o garoto, Tenten? – pergunto.

– Não me diga que você não reparou, Sakura? – falou Ino na porta – Tá muito na cara, só o Neji que não vê.... E tu tem mesmo que mentir melhor, Sakura.

– O Sai também não reparou, não é, Ino. – disse Temari na porta. Ah, qual é? Só faltam os garotos, a diretora, os professores entrarem por aquela porta. Olhei pra Temari, esperando a resposta dela – O quê?

– Ué, não vai dizer pra eu mentir melhor, não?

– Bem, elas já disseram. – E todas riram.

– Povo complicado ...

– Iih, Sakura, não vem, não. Ainda tem o seu caso – disse Ino.

– É... nem me lembre ... – E todas rimos por nossas desgraças. Que irônico...

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Naruto e eu nos tornamos muito amigos. Ele me falava de muitas coisas. Assim como eu falava também. Contei de como é ficar sempre viajando. Tendo seu lado bom e ruim. Ruim é você ter poucos amigos, não conseguir contar com ninguém. Bom é os lugares. Muito lindos. Falei do acidente da minha mãe. Nunca contei isso á ninguém. Nem para as garotas. Só Sasori sabia. E agora o meu mais novo amigo. Contei de Sasori. Eu perguntei se ele gostava de alguém do colégio. Ele disse que sim, só que não fala que gosta dela porque ele acha que ela gosta de outro. Então nem preferiu dizer quem é. A mãe do Naruto morreu no parto dele, ele só tem o pai, assim como eu. Ele disse como é péssimo parecer um órfão. O pai é Presidente, não pára em casa. E sem mãe, ele se sente como um órfão. Mas isso não mudava seu sorriso na cara e a forma como ele ajudava seus amigos. Ele disse que não importa em que situação seu amigo esteja, ele está sempre disposto á guardar seus problemas no bolso e ir ajudar seu amigo. Naruto é um garoto muito engraçado e bem bobo, adoro isso nele. Ele sempre leva tudo numa boa, sempre rindo das coisas. Naruto me disse que Sasuke parece mas uma ¨pedra de gelo¨.

– Ah, Sakura-chan, não ligue para o que ele diz. Sempre que ele se estressa, sobra pra alguém – me disse Naruto na cantina na tarde de sábado quando eu estava para explodir de raiva, quando Sasuke mais uma vez ficou me chamando de um monte de coisas.

– Minha vontade é de socá-lo – digo e olho pro Naruto. Ele estava massageando o rosto. Ele deve ter lembrado de quando lhe dei um tapa quando ele tentou olhar o quarto das garotas. Ficou bastante vermelho naquele dia.

– Sasuke vai parar no hospital. Eu quase parei.

– Não exagera, Naruto. E ninguém mandou você querer ficar olhando o quarto das garotas. E foi fraco o tapa que lhe dei.

– Fraco? – Ele arregala os olhos – Tô com medo do forte. – Ele se encolhe e eu comecei a rir.

Já é domingo, quando vejo o inspetor Kabuto e o professor de Química, Orochimaru, no corredor, passo direto. Não repararam em mim. Ufa. Não quero mesmo me meter em encrenca, mas é bem estranho o modo como esses dois estão sempre conversando.

Chego ao quarto, e as garotas querem fazer festa do pijama na casa de umas de nós. O que não poderia ser na minha, já que não tenho uma casa, né. Na próxima semana, já vamos na casa da Hinata. A semana passa muito devagar. Mas é sempre divertida as aulas em que Naruto aproveita para não perder nenhuma piada.

– Kakashi-sensei, o senhor repete sempre as mesmas coisas. Já sabemos a matéria – disse Naruto na sexta-feira.

– É mesmo, Naruto? Então me fale desse nosso tema.

– Aaah, o quê? Eu não. Não gosto de história, é tudo velho, as pessoas já morreram. Pra que falar do passado?

– Ora, Naruto, mesmo que seja sobre o passado, você tem que estudar, ou a única coisa que vai morrer sou eu corrigindo suas provas, como sempre. – E todos na sala riram. Naquele dia, as aulas já acabaram. Eu e as garotas fomos para o quarto, arrumar nossas coisas.

– Já pegou autorização pra sair, Sakura? – disse Ino tentando enfiar mais coisas no malão.

– Já, ontem – digo ao colocar meu pijama na pequena mala.

– Pra quê isso tudo, Ino? – disse Tenten olhando pro malão em que a Ino está pulando tentando fazer as coisas dentro dele diminuirem.

– Uma garota como eu não pode ficar sem suas coisas básicas – disse ,já saindo de cima do malão.

– Coisas básicas? E o que seriam? – pergunta Tenten com sarcasmo.

– Perfumes, maquiagem, roupas para dormir, roupas para sair, roupas para ficar em casa. – E olhamos para ela abismada enquanto ela contava nos dedos.

– Mas, Ino-san, são só dois dias lá – disse Hinata que está segurando a alça de sua mochila.

– Deixa, Ino não muda – disse Temari e todas rimos. Descemos com nossas pequenas malas, tirando a da Ino. O pior era que tivemos que ajudar a Ino a levar a sua grandiosa mala. Ainda bem que alguém com músculos apareceu:

– Ajuda, meninas? – disse Sai com um caderno na mão. Imaginei ser o caderno de desenhos onde ele leva para todo canto.

– Ah, é c-cla- – ia começando Ino.

– Agradecemos, Sai – disse Tenten que desviou o olhar para Ino. E revirou os olhos.

– Pode segurar? – Sai estendeu o caderno de desenho dele para a Ino.

– Claro – ela sorriu e pegou o caderno.

– Nossa, vão ficar um mês na casa da Hinata? – disse Sai ao levantar a mala.

– Não – disse eu rindo – Ino que é exagerada. – E todos rimos.

– Sakura! – disse Ino e quase deixou o caderno de desenho cair – Desculpa.

– Sem problemas – disse Sai e sorriu, deixando a Ino vermelha.

– Vamos, gente – disse Temari. Sai pegou a mala e fomos em direção ao portão, entregamos as autorizações e botamos as pequenas malas e o malão da Ino no portamalas.

– Até, garotas – disse Sai. Entramos no carro. Ino já foi logo botando os fones de ouvido. Ela já até sabia que íamos ficar enchendo ela. Quando chegar na casa da Hinata, ela não nos escapa. Foi o que as garotas e eu combinamos enquanto ela não ouvia. Chegamos no portão. A casa é muito linda. Jardim á frente com um balanço, árvores por um lado, flores do outro, caminho de pedra que leva a uma casona branca com várias janelas. Entramos e fomos direto para o quarto da Hinata. A mãe de Hinata estava em uma viagem de negócios. Lá só estavam o pai e a irmã, chamada Hanabi. Entramos no quarto e é muito lindo, todo branco com flores lilás na parede da cama e na parede da porta; uma cama com várias almofadas com colcha lilás, tapete branco no chão de madeira.

– Nossa, Hinata, seu quarto é muito lindo – disse Temari.

– Obrigada, Temari-chan.

Fomos para trás da casa, onde fica a piscina e um lindo gramado. Ficamos tomando banho de piscina a tarde toda. Jogando vôlei. Afogando umas ás outras. Subimos para tomar banho. Descemos para pegar guloseimas e refrigerantes e voltamos ao quarto. Comemos muito, enquanto comíamos, falávamos da escola, dos garotos...

– É mesmo né, Ino. Quando vai falar com o Sai? – perguntou Tenten.

– Falar o que? – disse Ino e deu uma grande mordida na rosquinha de chocolate para se distrair.

– Você sabe do que estamos falando. Quando você vai falar com o Sai? – disse Temari

– Não sei, gente. Poxa, é difícil pra caramba. Ele nem liga pra mim...

– Não fale assim, Ino-chan. E ele liga pra você, sim. – disse Hinata.

– Não sei como tem tanta certeza, Hinata... – disse Ino, mexendo na colher do sorvete.

– Olha, quando tiver uma oportunidade, você fala com ele – disse Tenten.

– Tá... eu falo... – disse revirando os olhos – E você Tenten? Como está com o Neji?

– Lá vem – disse Tenten e enfiou uma colher de sorvete na boca para demorar á responder, mas esperamos – Que garoto difícil! Eu ainda fiz aquele trabalho chato de Física com ele e não rolou nada na cantina. – Ao dizer isso, ela enterrou o rosto nas mãos e suspirou, eu e as garotas nos entreolhamos.

– Tenten, você também não já pensou em falar logo pra ele do que ficar só tentando dar em cima dele? – disse Ino.

– Ino tem razão, Tenten-chan. Conheço o Neji, e ele não é de reparar muito nas garotas que dão em cima dele – disse Hinata.

– E olha que são muitas – diz Ino. Tenten fuzilou Ino com o olhar – Me desculpe – disse e bebeu um pouco de refrigerante.

– E você, Hinata. Como está com o Naruto? – pergunta Temari. Naruto gosta de alguém que gosta de outra pessoa. Será esse alguém é a Hinata? Não sei, mas se for assim, quem será que o Naruto acha que a Hinata gosta? Me sinto mal por saber que o Naruto gosta de alguém e ela gostar do Naruto.

– Ah, nem eu sei, Temari-chan... – disse Hinata triste e suspirou. As garotas se entreolharam e resolveram nem tocar mais no assunto. E vieram logo pra mim:

– E aí, Sakura? Por que está tão calada? Resolveu com o Sasori? – perguntou Temari. Na verdade não resolvi nada ainda. Estou tão confusa, cheia de coisas na cabeça que nem tenho tempo pra pensar no Sasori. Dei de ombros.

– Ainda não – passo a mão na testa – Mas está bem complicado também. – Na verdade, nem quero conversar sobre isso, toda vez que falo disso me sinto pior. Ninguém mais queria conversar sobre os garotos, nem sobre nada, parece que o assunto ¨garotos¨ nos deixam bem cansadas. Arrumamos nossa bagunça, o resto das guloseimas. Pegamos as almofadas da cama da Hinata e botamos no tapete, á frente do sofá; arranjamos mais almofadas do quarto de hospedes e nos espalhamos pelas almofadas no tapete e no sofá, como Tenten se esparrama quando dorme, resolvemos que ela fica no tapete e Temari no sofá, já que ela é a mais calma pra dormir. E dormimos. Passamos a manhã de sábado quase toda dormindo. Á tarde fomos para a piscina de novo. Até a irmã da Hinata ficou com a gente. Ela é bem bonita, é bem parecida com a Hinata, tirando a franja, o tamanho e o jeito de ser. Hanabi é mais solta, enquanto Hinata é mais tímida. Essa noite fizemos as unhas, o cabelo, falamos de músicas e de viagens que cada uma já fez. Foi bem divertido. Na manhã de domingo arrumamos nossas bagunças, nos despedimos da família de Hinata e voltamos para a escola.

Tivemos deveres para fazer. Ficamos quase a tarde toda os fazendo. Até que cansamos e resolvemos descer na cantina para comer algo. Ao chegar na cantina, Naruto acenou para nós e ele está junto de Gaara e Sasuke. Eu quase desisti de comer, quando reparei que Sasuke estava lá. Mas quando eu disse que perdi a fome, Hinata não acreditou e insistiu para eu ir. E fui né. Umas pegaram suco, outras refrigerante. Comprei biscoito e dividiria com a Hinata, não tenho coragem de comer um inteiro, ela também não. Nos sentamos.

– Cadê Shikamaru? – pergunta Temari em pé.

– No quarto, dormindo, como sempre – disse Gaara e rimos.

– Vou vê-lo, tchau, gente – disse Temari sorrindo e saiu.

– Temari-chan vai no quarto dos g-garotos? – disse Hinata aterrorizada.

– Ei, calma, Hinata. – disse Naruto que estava ao lado da Hinata, ele passou a mão em seu ombro, o que a fez tremer. Ele sorriu e ela sorriu também.

– Gente, vou ali rapidinho, procurar por Matsuri – disse Gaara se levantando.

– Você ainda insiste em dizer que ela é sua amiga? – disse Tenten e todos rimos. Gaara ficou vermelho e logo disse:

– Ah, me deixem – e saiu. E rimos.

– Falando em dever, alguém aí fez aquele de Geografia? – disse Ino – Eu e as garotas não conseguimos algumas questões. Apesar da Sakura ter feito a maioria.

– Fiz não, vou inventar algo para dizer ao professor – disse Naruto e pegou um biscoito do Sasuke.

– Meu biscoito já está quase no fim, Naruto – diz Sasuke olhando dentro do pacote.

– Ué, quem mandou ser guloso?

– Eu não sou guloso. Você é que está comendo todo o meu biscoito! – diz Sasuke alto e Naruto ri da cara dele.

– Eu sei. Depois te pago outro – disse Naruto pegando mais um biscoito – É o último. – E riu.

– Eles são sempre assim? – sussurro para Hinata.

– Sim, apesar de ter sido difícil no começo. – E sorriu. Levantei as sobrancelhas. Como difícil?

– Pessoal, quem fez aquele dever do livro de Lingua Japonesa? Sakura fez quase tudo – disse Tenten, e sorriu para mim, sorri. Estava quase virando um tomate de tanto falaram que fiz quase tudo. Ah, não sou nerd, mas tenho que ter boas notas – Só que eu e as garotas não conseguimos umas questões lá.

– Eu tentei fazer. Mas sem sucesso – disse Naruto – Sakura-chan, você é boa em Lingua Japonesa, não é?

– É. Mais ou menos. Pelo menos é a matéria que me saio melhor. – E sorrio – Alguém fez aquele de química? Da página 200. Eu tentei, mas não consegui fazer.

– Não conseguiu fazer um simples dever de química, testuda? – disse Sasuke sorrindo. Seu sorriso é bonito, menos quando é esse que ele sempre usa comigo, o de maldade.

– Sasuke-kun! – disse Hinata surpresa.

– Por que você não deixa de ser arrogante, garoto? E pára com esse negócio de testuda, não fiz nada para você ficar com raiva de mim – falo alto. Me levanto e saio em direção ás escadas. Não aguento mais ser chamada de testuda por um idiota arrogante. Alguém me chama:

– Peraí, Sakura-chan. – Naruto. O que ele quer? Defender aquele idiota?

– Ah, Naruto. Me deixa – digo e subo correndo as escadas.

– Sakura, espera. Vamos conversar. – E paro, estamos no segundo andar, sento num degrau. Já estava morrendo de raiva, o que o Naruto queria agora? Ele se sentou ao meu lado e suspirou.

– Você tem sorte, sabia?

– É o quê?

– É, Sasuke já foi pior. – Olhei para ele surpresa, ele sorriu. Sasuke pior? Naruto só pode estar de graça. – Sério. Foi por causa do irmão dele, que morreu. Sasuke não ficou triste. Ele ficou com raiva. A mãe dele já tinha morrido no parto dele, e ele só tinha o pai. O pai não dava muito atenção para ele, sempre no trabalho. – E suspirou. – Sasuke é uma pessoa difícil, já vimos. Mas ele é sempre assim quando o pai dele liga, querendo ele nos negócios. Mas Sasuke não quer.

– Como não quer?

– É. O pai dele tentou forçar ele á tomar conta dos negócios dele e tal. Mas ele não quis. Aí o pai dele o obrigou á vir para cá – parou um pouco. – Foi difícil eu me tornar amigo dele, sabia? Ele era tão fechado, não gostava de ninguém. As garotas sempre gostaram dele, ele é inteligente. Sabe o que eu queria? Ser como ele. – Fiquei pensando naquilo. Naruto queria ser como o Sasuke? Aquele arrogante? E continuou: – No começo brigávamos muito. Até que, no jardim de infância, ficamos no mesmo quarto de garotos, nos conhecemos mais, e ele virou meu melhor amigo. – Fiquei pensando nessa história toda. Falei:

– Mas, Naruto, ele não precisa ficar descontando nos outros.

– Eu sei. É meio difícil ele me escutar. Mas vou tentar. – E sorriu – Vamos? – disse ele apontando para baixo.

– O quê? Denovo a cantina? Não, Naruto. Pra mim, por hoje chega.

– Certo. Até – disse e desceu. Fui pro meu quarto. Já estava com a cabeça doendo. Cheguei no quarto e fui direto para a cama.

Na segunda acordei como sempre. A Tenten jogando a almofada na cara das garotas para acordar. Não nos atrasamos pelo menos. Sentei no mesmo lugar de sempre. Na frente do Naruto e do Sasuke. E perguntei ao Naruto:

– Naruto, você nem ao menos tentou fazer o dever de geografia?

– Não, mas copiei um pouco do Sasuke. – Ele olhou pro Sasuke e sorriu. Naruto olhou pra mim. – Não entendo nada dessa matéria.

– Se quiser te empresto o caderno para copiar, enquanto o professor Asuma não chega.

– Sério, Sakura-chan? Sasuke tentou e fez só alguns.

– Aqui – disse entregando o caderno – Mas vá logo, hein – e sorri.

– Certo. – E sorriu. Sasuke resmungou. Nem olhei para ele, fingi que ele nem existe. Me virei e fui conversar com as garotas. O Prof. Asuma chegou, fez a chamada e disse que ia olhar os cadernos. Ainda bem que ele começou a olhar os cadernos da fileira do lado direito, somos do lado esquerdo, na parede. Naruto me entregou o caderno quando o professor já estava na fileira do meio. O professor deu um ponto para quem fez os exercícios. Conseguimos esse um ponto. A semana passou rápido, quando eu estava saindo da sala na sexta-feira, alguém me chama:

– Sakura, preciso falar contigo. – Não me virei, reconheci aquela voz, mesmo que ele tenha falado poucas vezes. Só não sabia o que o Sasuke queria comigo. Ouvi outra voz:

– Sasuke-kun! O que você quer com essa testuda? – Karin. Não queria mais ficar ali. Saí da sala e fui direto pro quarto. Não queria mais sair do quarto naquele dia. Pedi pra Ino pegar algo na cantina para mim. Fiquei no quarto só fazendo alguns deveres de casa, o que eram poucos, ainda bem; e fiquei no notebook, e assim foi meu dia. Estava de frente para o espelho que fica na porta do armário, olhei meu pescoço. Ah, como queria meu colar. Me sinto melhor com ele... me sinto perto da minha mãe... Fui para cama e dormi.