Conversando Com Os Anjos escrita por glassmotion


Capítulo 13
Capítulo 13




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Capítulo 13

        A escuridão continuou quando Gerard abriu os olhos. Ele acordou de um susto, arregalando os olhos de súbito, mas não viu nada.

            “Frank?”

            Havia chamado o nome antes mesmo de registrar qualquer outra coisa. Não sabia onde estava, porém... porém tudo parecia um bocado familiar. Gerard ficou parado um momento. Sentiu seu próprio corpo - não havia dor. Também não havia gesso em sua perna - ele arrastou a perna para os lados... estava deitado em algo macio. Macio e com seu próprio cheiro. Numa cama. Na própria cama, como diabos havia chegado ali? Por que não enxergava nada? Teria ficado cego? Teria morrido, aquilo era o limbo?

            “Frankie?”

            Gerard se sentou, jogando as pernas para fora da cama, e só então percebeu uma claridade avermelhada num canto. Porém, não era sangue, e não eram sirenes tampouco. Era o mostrador do relógio. 07:01am.

            Déjà vu.

            Um barulho seco encheu os ouvidos de Gerard, e ele se assustou levemente, mas não teve tempo de ver o que era: tudo ficou muito claro de repente. Ele piscou os olhos algumas vezes, sentindo-os arder. Sua visão foi se ajustando aos poucos, como a tela de um filme antigo vai se tornando nítida lentamente, e ele viu Michael. Ajoelhado em frente a ele, procurando por algo no criado-mudo, a palma da outra mão pressionada fortemente contra o queixo.

            “Você sabe daquele band-aid que tinha por aqui?” Mikey perguntou, mal humorado, o cabelo amassado e os óculos tortos.

            “Debaixo da fita do Black Sabbath,” Gerard respondeu automaticamente. Parou, boquiaberto, encarando a parede por um momento. O que... não. Não, o que diabos? Mikey achou o curativo e virou-se para o irmão, esperando ajuda. “Mikey, mamãe está fazendo waffles?”

            “Sim,” o caçula respondeu num tom de quem acha estranho, porque Donna não era de fazer waffles e porque desde quando Gerard era médium? “Como você sabe?”

            “Oh meu Deus,” Gerard disse antes de sair correndo do quarto. Mikey protestou que ele era um babaca por não ajudá-lo com o curativo, mas Gerard estava surdo para o mundo, o sangue correndo tão rápido em suas veias que ele estava ouvindo um zunido. Ele desceu as escadas num piscar de olhos, escorregou no tapete, quase caiu, agarrou o corrimão, se endireitou e correu até a cozinha. Donna cantarolava enquanto colocava os pratos na mesa. Usava uma blusa vermelha. Gerard levou as mãos à boca, tentando abafar os palavrões felizes e confusos que saíram dela.

            “Oh, bom dia, querido!” Ela saudou, sorrindo largamente.

            “Mãe, é seu aniversário de casamento? É seu aniversário de casamento, é? Não é?” Ele perguntou rapidamente, sorrindo tanto quanto ela.

            Donna fez um som de felicidade. “Você lembrou!”

            “Cacete!”

            “Que boa memória, Gee,” ela sorriu, mas quase caiu pra trás quando Gerard se jogou nela, abraçando a mãe fortemente. “Oh, ahaha, obrigada, querido!”

            “Cacete mãe que notícia boa, puta merda!” Ele riu, e deu um beijo estalado na bochecha dela. “Parabéns, mãe! Eu amo você!” - E ele saiu correndo de volta para o quarto, deixando Donna abobada na cozinha.

            Gerard quase jogou Mikey dentro do closet quando foi pegar seu uniforme, vestindo-se de forma desesperada. “Gerard, porra, qual é a tua?”

            Ele sorria, embora nunca tivesse se sentido mais confuso na vida. “Eu estou atrasado, Mikey, me dá meus tênis.”

            Michael entregou os tênis ao irmão com o rosto desconfiado. “Atrasado?”

            “Pra escola. Quer dizer, eu tenho que encontrar alguém.” Amarrava os cadarços com muita pressa, errando o nó várias vezes. “Eu preciso ir, então você peça ao papai pra te deixar na escola.”

            Mikey cruzou os braços, observando como Gerard se movia rapidamente, sem a lentidão normal. “Sua cabeça não está doendo hoje?”

            “Não!” Gerard respondeu alegremente, seu sorriso tão largo que Mikey imaginou se a cara dele não doía.

            “Como não?” Michael questionou, a voz rouca pela puberdade saindo inconstante e arranhada. Gerard, no entanto, não respondeu, apenas se concentrou em abotoar a camisa numa pressa épica, e Mikey decidiu que o detestava menos quando ele estava letárgico e quieto. Virou as costas e pôs-se a vestir o próprio uniforme.

            Gerard, por sua vez, estava estático, quase histérico. Pequenos flashes de pensamento passavam pela sua mente, tais quais questionando se estava sonhando, ou se havia perdido a memória, ou se estava louco. Essa era a parte racional tentando sair de dentro dele. Ao que ele sabia, rebobinar o mundo (ou o que quer que fosse aquilo) era algo impossível. Porém, se Gerard havia aprendido alguma coisa nos últimos tempos, se é que eles aconteceram, é que não se sabe de tudo. Ele nunca imaginou que anjos existissem. Ele nunca acreditou naquilo. Era tudo baboseira até acontecer com ele. Porém, aconteceu, ou não aconteceu, e ele não tinha a menor certeza de nada, mas uma coisa era certa: ele tinha a sensação de que aquilo era real, e de que agora ele sabia exatamente o que fazer. Como uma epifania drástica com uma mãozinha do destino.

            Gerard riu consigo mesmo, lembrando de todas as coisas que Frank havia lhe dito sobre destino.

            Frank.

            “Ahahahaw!” Ele quase gritou, numa felicidade ridícula. Havia terminado de se vestir, e olhou para Mikey com o sorriso maníaco que parecia colado eternamente ao seu rosto alegre. “Mikey!”

            Michael encarou o irmão, confuso e amedrontado - chegou a dar um passo hesitante para trás, porém, Gerard rapidamente se lançou para frente e abraçou o irmão fortemente. “Ahh!” Mikey gritou, assustado.

            “Ah Mikey bikey, eu amo você!”

            “Gerard me solta pelo amor de deus mãe!”

            Donna não precisou subir as escadas, uma vez que meio segundo depois Gerard estava na cozinha, mochila nas costas, e apenas agarrou um waffle antes de sair correndo novamente. Nem sequer tomou café. Não precisaria. Já estava mais do que enérgico e cafeína o tornaria atômico.

            Quando Gerard saiu de casa, viu seu carro. O sedan fosco, originalmente prateado, sujo e apagado como sempre foi. Por uma fração de segundo, a imagem da parede da fábrica cruzou a visão de Gerard, mas ele afastou logo esse pensamento. Pulou dentro do carro e colocou o cinto.

            Ele resistiu fortemente o impulso de descer o pé no acelerador e voar até a rua do Mother’s Hope. Sabia que se havia uma coisa que se deve evitar no trânsito, era impulso e pressa. Não saberia disso antes. Sabia disso agora. Continuava a sussurrar alguns palavrões contentes, seu estômago dando voltas de ansiedade. O waffle, meio mordido, estava jogado no painel do carro, já esquecido e sobreposto na mente hiperativa de Gerard.

            Embora no momento ele estivesse por demais estático para tentar raciocinar, mais tarde ele viria a imaginar o que diabos tinha acontecido. Nunca realmente teria certeza. Sabia que estava fora de seu alcance. Continuava incerto sobre Deus, mas havia restaurado sua fé na vida e nas pessoas. A cinzenta Jersey nunca pareceu tão bonita, Mikey nunca foi tão adorado e Donna e Donald nunca foram tão legais aos olhos dele. Gerard teve seus valores maximizados, e cada pequeno detalhe, cada minuto com as pessoas que amava ganharam uma nova dimensão de importância.

            Ele levou longos sete minutos para chegar à rua do orfanato. Estacionou do lado oposto da rua, um pouco para trás do ponto do prédio, mesclando seu carro a alguns outros ali presentes. O trânsito ainda era esparso, e um ou outro carro passava por ali de minuto em minuto. Ainda não eram nem sete e meia da manhã, e Gerard tentou terminar de engolir seu waffle, olhos presos à porta do orfanato como se fossem feitos de ferro e a porta fosse um ímã.

            Gerard estava certo de que teria uma úlcera nervosa antes das sete e vinte e cinco.

            Até que a porta se abriu e ele quase escalou o volante em desespero. Uma freira alta e gorda saiu de dentro do prédio, carregando dois imensos sacos negros de lixo. “Filha da mãe,” Gerard praguejou, voltando a se recostar no assento, coração batendo tão forte que ele sentia seu corpo pulando do encosto, tão rápido que parecia prestes a invadir sua garganta e bater bater bater até sair pela boca. Ironicamente, ele mal respirava. Suava debaixo da camisa, e tinha a boca seca, e estava bem certo de que balançava o pé direito na velocidade da luz.

            A freira deixou os sacos de lixo na calçada e foi voltando para dentro do orfanato. Desapareceu pela porta, que ficou aberta por mais um segundo, dando espaço a um garoto que saiu de dentro do prédio com um sorriso alegre no rosto.

            E foi ali que Gerard quase morreu, coração parando e voltando a pular desenfreado, lágrimas caindo pelo rosto sorridente, palavras horrorosas saindo de sua boca no momento mais feliz de sua vida. Era Frank. Frank, Frank, Frank, Frankie bem ali, em seu uniforme puído, fechando a porta gentilmente, pondo-se a caminho de sua nova escola particular, orgulhoso e alegre, ansioso para chegar e ter aulas em salas equipadas e bonitas, pronto para estudar horrores e dar seu melhor, a esperança de conseguir entrar em uma faculdade presente em seu coraçãozinho bom.

            Gerard, por mais feliz que estivesse, não conseguia não-chorar. Deixou o corpo cair para frente, soluços silenciosos e ritmados sacudindo seu peito, testa encostada no volante ao que as lágrimas caíam no couro escuro. Ele emitiu um som aliviado, como se tivesse passado as últimas duas horas num ringue com um adversário muito maior e mais forte, mas ainda assim tivesse acabado de vencer a luta. O sorriso que tinha no rosto ninguém jamais seria capaz de apagar.

            Levantou o rosto novamente, e viu Frank dobrando a esquina, andando em seu jeitinho encurvado, polegares presos nas alças da mochila. Gerard tinha que alcançá-lo, mas tinha algo que queria fazer primeiro.

            Ele não sabia exatamente a quem se adereçar - na verdade, não sabia por que diabos queria fazer aquilo. Mas assim como dizem que, nos momentos mais difíceis as pessoas se voltam a Deus, aquele era o momento mais feliz da vida de Gerard, e ele sentiu a urgência de agradecer a algo ou alguém. Ele não fez isso da primeira vez que viu Frank; ele não tinha idéia de que iria perdê-lo e que aquela seria a pior dor que poderia sofrer. Porém, na segunda primeira vez, ele sabia que deveria valorizar cada dádiva que recebesse do além, do destino, de Deus ou o que quer que fosse aquilo que lhe permitiu uma segunda chance.

            Lembrou das palavras de Bert - se ia fazer aquilo, que seguisse o manual -, e fez o sinal da cruz. Não se importava se estava sendo meio besta. Juntou as mãos, dedos entrelaçados, e as pressionou contra a testa. Agradeceu pela oportunidade, se desculpou pelo ceticismo prévio e por não ter dado importância à vida, e prometeu que, daquele momento em diante, daria o seu melhor, tentaria não ser tão preguiçoso e rabugento em relação a tudo, e que amaria cada pedacinho de Frank e de sua família por todos os segundos de sua vida.

            Quando Gerard terminou, estava prestes a ligar o carro quando lembrou que seu rosto ainda estava molhado, o nariz vermelho e totalmente patético. Ele enxugou as bochechas com a manga do paletó rapidamente, e se esticou para pegar os óculos escuros no porta-luvas. Checou seu reflexo rapidamente no espelho, ajeitou os cabelos como deu e pronto. Respirou fundo algumas vezes e ligou o carro.

            Gerard avançou pela rua, dobrou a esquina e avançou um pouco mais. Frank andava rápido, o danadinho, e já estava na metade do segundo bloco. O coração de Gerard parecia estar prestes a explodir quando ele aproximou o carro do meio fio e foi diminuindo a velocidade até Frank notá-lo, e então Gerard parou. A rua era mão única, e Gerard pôde aproximar o carro da calçada esquerda, o que significava que estava bem próximo de Frank quando sorriu largamente para ele. “Oi,” Gerard saudou alegremente, incapaz de conter toda a felicidade dentro de si.

            Frank olhou para o outro rapaz e, apesar de estar receoso e assustado pela aproximação repentina, o sorriso imenso e lindo que lhe era oferecido era meio que irresistível. Frank não pôde deixar de sorrir fracamente de volta ao dizer, “Oi?”

            Gerard conhecia aquele olhar. Aquele jeito tímido, incerto, porém disposto que Frank assumia sempre que algo novo lhe era apresentado. Bom sinal, bom sinal, e Gerard fez uma dança da vitória dentro de sua cabeça. “Você está indo para a Saint Peterson?” Ele perguntou no tom mais casual que podia, apontando fracamente para o uniforme de Frank.

            “Uhm. Estou, por quê?”

            Gerard se afastou um pouco da janela aberta, mostrando para Frank a insígnia em seu paletó. “Eu também,” disse, balançando os ombros. “Eu posso te dar uma carona, se você quiser.” Frank hesitou, seus olhos incertos. “Meu nome é Gerard,” o outro acrescentou, e estendeu uma mão para fora do carro.

            Como da primeira primeira vez, Frank encarou a mão pálida por um momento antes de esticar a sua própria e apertá-la. E Gerard, obviamente, quase morreu de novo, porque ele estava tocando Frank, e era Frank de verdade, inocente e oblíquo ao que tinham passado, exceto que não tinham realmente passado, e a cabeça de Gerard girou em êxtase. “Frank,” o pequeno acrescentou, maravilhado com o modo firme, porém gentil que Gerard segurava sua mãozinha.

            “Frank.” Soltou a mão dele, tentando espantar a vontade de agarrá-lo e beijar todo seu rostinho redondo e bronzeado. “Então, quer carona ou vai andando mesmo?” Por favor venha comigo por favor, Frankie, por favor não seja desconfiado, eu não vou te machucar.

            Frank considerou por um minuto. Aquele garoto era da idade dele, tinha o uniforme da escola, não parecia querer forçá-lo, e não parecia um assassino ou algo do tipo. Ele era ridiculamente atraente, verdade, com os óculos escuros quadrados na ponta do nariz delicado, exibindo imensos olhos verdes por trás. Mas ninguém tem culpa de nascer bonito, e alguma coisa naquele rapaz emanava uma serenidade que Frank não podia entender, porém não iria negar. “Se não for incomodar,” ele finalmente disse, a voz baixinha.

            “Entra aí,” Gerard disse num tom animado, forçando-se a ajeitar-se em seu assento e parecer o mais despreocupado possível. Frank deu a volta no carro e entrou, fechando a porta gentilmente como sempre fazia, enquanto Mikey geralmente batia com tanta força que o carro balançava. “Coloca teu cinto,” Gerard indicou gentilmente e ligou o carro. Frank gostou da preocupação dele, e obedeceu com um sorriso leve.

            Eles ficaram em silêncio por um minuto. Frank não sabia o que dizer, enquanto Gerard tinha tanto a dizer, mas não ousava abrir a boca. “Hm, Frank, então,” ele começou, soando descolado. “Você está em que ano?” Isso era uma pergunta normal, certo? Era. Devia ser, porque Frank não pareceu estranhar.

            “No último,” ele respondeu. “Hoje é meu primeiro dia na escola.”

            “Oh,” fez Gerard, tentando fazer parecer que não sabia disso, porém sem demonstrar a vontade avassaladora de gritar o quanto estava feliz que Frank estava ali porque puxa vida, o amava tanto. “Bem vindo, então!”

            “Obrigado!” Frank respondeu com entusiasmo, ousando virar o rosto e olhar para o motorista. Agora que estavam dentro do carro, Frank notou que a ponta do nariz dele estava vermelha. Será que ele estava chorando? Será que foi um erro aceitar a carona? “Hm, uh Gerard? Você está bem?”

            Gerard parou o carro num sinal vermelho, e olhou para Frank, que tinha obviamente se referia ao nariz dele. “Oh, sim, estou ótimo!” Gerard disse, sorrindo. “É só... rinite. Você sabe, esfriou do nada.”

            “Ah, é verdade,” Frank concordou, mas parou de falar por um momento quando Gerard tirou os óculos do rosto, levantando-os e prendendo-os no cabelo como uma tiara, deixando a face exposta, os olhos imensos brilhando. O rosto dele parecia o daqueles anjos querubins dos livros do orfanato. Frank desviou o olhar. “Frio, é.”

            Gerard riu levemente, e também se virou para frente. No carro ao lado deles, uma criança - de uns três anos, talvez - olhava pela janela, batendo no vidro. Gerard acenou para o bebê, que o encarou por um momento antes de rir gostosamente e bater as mãozinhas.

            “Eu adoro crianças,” Frank declarou aleatoriamente, obviamente nem sequer percebendo que tinha falado até Gerard se virar para ele, e Frank sentiu as bochechas queimarem.

            “Eu também,” Gerard respondeu, e de repente algo clicou dentro dele, lembrando-o de como aquilo tudo era especial. “Sabe, minha tia Connie acabou de ter um bebê.”

            Frank sorriu. “Que legal.”

            “É.” Encarou o volante por um momento, tamborilando os dedos nele. “Ela mora em Belleville. Você já esteve em Belleville, Frankie?”

            Frank balançou a cabeça. “Não,” ele respondeu, mas Gerard já sabia disso. O sinal abriu e Gerard moveu o carro, sem a menor pressa.

            “Eu acho que você ia gostar de lá,” disse o maior, sabendo que seria imbecil demais já sair convidando Frank para ir com ele à outra cidade assim do nada.

            “Quem sabe um dia,” disse Frank, olhando para o outro brevemente, tentado a ficar observando o rosto bonito dele sem parar.

            Gerard concordou, pensando que sim, definitivamente um dia, o mais rápido possível sem assustar Frankie, para que ele saísse daquele lugar horroroso e fosse morar com a mãe. Porque Gerard sabia onde ela morava, o que havia acontecido, e as coisas que poderia fazer com aquela informação o estavam deixando tão animado e feliz que ele mal podia conter.

            “Sabe, eu estava lendo um livro ontem,” Gerard começou, mentindo, mas com boas intenções, num tom de quem só está jogando conversa fora, “falando que tudo acontece por uma razão.” Virou uma esquina tranquilamente. “Você acredita nisso, Frankie? Quer dizer, sei lá, ficou na minha cabeça, só queria saber se alguém mais concorda.”

            Frank meneou a cabeça. “Sim, definitivamente. Acredito.”

            Gerard mordeu o próprio lábio, tentando conter o sorriso que teimava em manter-se ali. “Eu também, Frankie,” ele disse baixinho. “Eu também.”


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Notas finais do capítulo

Agora só tem um epílogo pra postar. :) ♥



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