All I Need escrita por Luce


Capítulo 8
Chapter 7 - I Always Loved You.


Notas iniciais do capítulo

EU VOLTEI! E com capítulo novo, que parece mais como uma one-shot, enfim. Boa leitura. xx



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Enquanto o silêncio foi aprofundado e a minha respiração estava ofegante apenas por ter Damon tão perto de mim, Stefan adentrou o quarto e pediu com a maior calma do mundo para conversar a sós com Damon por alguns segundos. Olhei para Damon depois disso e encontrei seus olhos azuis me encarando. Eu não fazia ideia do que passava pela sua cabeça no momento mas eu tinha uma grande vontade de não sair de seu lado nunca mais. Era como se eu sentisse que ele poderia fugir em um piscar de olhos.

Suspirei e, em poucos passos, estava fora do quarto e pude ouvir a música alta tocando no andar de baixo. Honestamente, essas pessoas eram surdas por ter que colocar o volume tão alto assim?

- Elena. – Uma voz chamou-me por cima do ombro e dei de cara com Bonnie. – Tudo bem com você?

- É. Claro. Por que não? – Virei-me para ela.

- Ótimo. – Ela então olhou por cima do ombro e agarrou meu braço, não botando tanta força nele. Apenas olhei para ela e franzi a testa, enquanto ela descia as escadas.

- Bonnie, o que... – Tentei falar, mas ela interrompeu-me.

- Não pergunte. – Ela disse. – Só vamos sair de perto dessa gente antes que algo aconteça.

- Você não entende! – Falei e, por mais desesperada que eu estava, arranquei o braço de sua mão e ela me lançou um olhar apavorante. Eu nunca fui tão forte para livrar-me de um aperto, mas isso havia mudado no momento em que eu me transformei e, honestamente, essa era uma das melhores partes de ser vampira. A força.

- Eu não posso sair de perto de Damon! – Continuei. – Não agora! Não quando eu tenho chances de perdê-lo de vista novamente! Não, Bonnie, eu não vou sair daqui!

Para minha surpresa, ela apenas suspirou.

- Sim, - disse – eu sei. Eu sei muito bem, Elena. Mas Damon não vai mais para lugar algum.

Essas palavras vieram como sacos de pancadas em minha cara.

- O que você quer dizer com isso? – Perguntei. – Como assim?

- Convenci Stefan a levá-lo de volta para Mystic Falls. – Ela deu de ombros. – Simples assim.

Eu não sabia se abraçava Bonnie fortemente ou fingia que eu não parecia muito alegre com o que ela acabara de falar. Escolhi a primeira opção.

Sorri para ela e a abracei, pulando em seus braços. Ela deu um riso pelo nariz e finalmente, livrei-me dos braços dela.

- Eu... Eu não sei o que dizer...

- Não diga. – Ela disse. – Olha, Elena, por mais que eu odeio Damon e não confie nele em nada... Eu não posso pensar só em mim nesse ato. Você o ama e, por tudo nesse mundo, eu só quero vê-la feliz como bem entender.

Balancei a cabeça e tentei ignorar o cheiro de sangue que estava invadindo minhas narinas quando um casal passou perto de nós duas.

- E Stefan? – Perguntei, rolando os olhos. – O que ele disse?

Ela ficou paralisada, mas ainda assim falou: - Ele disse que faria de tudo para vê-la feliz.

Não falei nada. Tentei processar as palavras, o que era impossível.

[...]

A viagem de volta á Mystic Falls passou diante de meus olhos. Na verdade, foi meio complicado no início. Tive de assumir a direção quando Stefan começou a caminhar longe do carro, mas avisou que iria ao carro de Damon junto com ele e, mesmo que eles haviam passado quase duas horas conversando, eles ainda tinham algumas coisas para acertar. Não discuti, ao invés disso, pisei fundo no acelerador, esperando chegar em Mystic Falls de uma vez por todas e esperar ter uma conversa justa com Damon.

[...]

Damon olhava para mim. Eu o olhava. Ele desviava o olhar.

Estávamos sozinhos em meu quarto. Pensei em quantas vezes já tivemos ali antes e quanta coisa havia acontecido naquele local. Quando ele disse que me amava, principalmente. Lembranças voltaram para mim como jatos e eu sentia que era a primeira vez que não queria retirá-las da minha mente. Era a primeira vez que as lembranças não doíam.

- Então... – Damon falou, desviando-me dos pensamentos.

- Sim. – Suspirei. – Você está aqui.

- Parece uma surpresa?

- Acho que sim.

- E você está feliz em me ver? – Ele perguntou, apoiando o queixo na mão e dando um sorriso malicioso para mim. Percebi que imediatamente estava sorrindo. Eu sentia falta daquele sorriso.

- Não se gabe por isso.

- Não estou me gabando. – Ele levantou as mãos. – Só estou fazendo uma pergunta.

- Que você já sabe a resposta. – Soltei uma risada e dei um leve soco em seu ombro. Eu me sentia mais viva ao seu lado e sem medo de sorrir novamente. Eu me sentia tão bem.

De repente, Damon parou de desviar seu olhar de mim. Ele me encarou e seu sorriso não estava mais ali. Era como se ele estava me estudando, como se algo em mim tivesse mudado. Tinha, obviamente. Eu havia virado vampira. Mas fisicamente, nada havia mudado em mim. Havia?

- Você está... – Ele franziu as sobrancelhas, indeciso do que dizer.

- Diferente? Ah, não...

- Não é isso. – Ele me interrompeu. – É só que... – Ele nunca terminou a frase.

Apenas fiquei paralisada, pensando que talvez fossemos acabar nos beijando. Seus lábios pareciam muito convidativos naquele momento. Mas, por alguma razão, não fui mais perto dele. Minha mente me dizia para deixar acontecer naturalmente e não forçar nada. Só que eu queria aproveitar cada segundo perto de Damon, por isso empurrei todos os avisos de minha mente de lado.

- Eu fui estúpido. – Já estava com os olhos fechados quando a voz de Damon inundou o quarto. Abri os olhos calmamente e percebi o quanto estávamos pertos, sentados ombro a ombro em minha cama. Eu o havia chamado ali para conversarmos antes de Stefan insistir para eu ir para casa quando voltamos a Mystic Falls.

- Eu fui. – Falei. – Esse tempo todo. Eu brinquei com seus sentimentos.

- Você não brinca com sentimentos, Elena. – Damon falou. – Você os fortalece. A cada momento que eu passava com você.

Não encontrei as palavras. Apenas o encarava.

Ele parecia tão próximo de mim. Espere. Ele estava tão próximo de mim. E finalmente estávamos sozinhos, digo, sem ninguém do outro lado da porta tentando ouvir nossa conversa. Naquele momento, era só eu e ele. Elena e Damon.

Mais cedo, eu não tinha certeza se Damon ia mesmo a minha casa para conversamos. Eu duvidava disso. Depois do que ele me disse no bar, sobre nossos mundos não colidirem, achava que ele realmente queria ficar longe de mim.

Mas ele achava que era para o meu bem.

Ele estava enganado.

- Eu fui estúpido por que tudo que eu fiz você passar foi uma vergonha para mim mesmo. – Ele disse de repente.

- Eu também.

- Não. Você não foi.

- Eu sei dos meus atos. – Disse, com firmeza em minha voz.

Então o quarto ficou inundado em silêncio. E, como as palavras vieram em minha mente, eu as soltei sem pensar duas vezes.

- Eu sei que sempre amei você.


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